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sexta-feira, 14 de agosto de 2020

GIBRALTAR, TERRITÓRIO ULTRAMARINO BRITÂNICO

Hoje iremos conhecer Gibraltar, uma cidade muito peculiar. Um pedacinho da Inglaterra, situado no extremo sul da Europa, fazendo fronteira com a região de Andaluzia, Espanha.  Localizada em uma intrigante encruzilhada de rotas marítimas, que envolve o Mar Mediterrâneo e o Oceano Atlântico. Bem longe da Inglaterra. Parece estranho, mas é isto mesmo. 
👉 Esta viagem foi realizada antes da Pandemia pelo Coronavírus (Covid-19). Se você pretende viajar, aguarde o controle da pandemia e a abertura das fronteiras. Mas, nada impede que você comece a fazer um planejamento antecipado. Depois, é só adequar as datas de acordo com a evolução e controle do vírus, com a descoberta e testes comprovados de vacinas.

Viajando de Ronda (Espanha) até Gibraltar (território britânico):

No dia 18 de maio de 2019, saímos de Ronda após o café da manhã (desjejum) do Hotel Arunda I, rumo à Gibraltar, Inglaterra. 
Era um sábado, ensolarado. Estávamos com um carro alugado e optamos por um caminho alternativo, pelas montanhas. Como não conhecemos a região, usamos o GPS para nos orientarmos.
Ronda possui uma rede de estradas montanhosas, que cortam a Cordilheira de Ronda ou Serrania de Ronda, até pequenas cidades e aldeias circundantes. Muitas destas cidades, fazem parte dos Pueblos Blancos, na Espanha. 
Estas estradas são asfaltadas e bem conservadas.
Mapa do Google Maps
Eu fiz postagem anterior onde eu conto um pouco sobre a Serrania de Ronda. Se quiser conhecer um pouco sobre o trajeto que fizemos, acesse AQUI.

HOSPEDAGEM: 

Continuamos na A-405, até a entrada para a cidade São Roque e de lá para a cidade La Linea de la Concepcion, que faz fronteira com Gibraltar. 
Ficamos hospedados na cidade La Linea de la Concepcion, Espanha. O Hotel, reservado pela internet foi o AC Hotel by Marriott La Linea, Calle los Cairelles. Praticamente à beira-mar, do hotel podemos avistar o rochedo de Gibraltar. São praticamente 3,5 km de distância até a entrada que leva ao grande rochedo.
La Linea de la Concepcion; AC Hotel by Marriott La Linea;
Os quartos do hotel possuem uma pequena varanda em forma de sacada com uma vista espetacular.
La Linea de la Concepcion; AC Hotel by Marriott La Linea;
A avenida que corre ao longo da beira-mar é a Av. de España (Av. Espanha).
La Linea de la Concepcion; AC Hotel by Marriott La Linea;
Ficamos apenas um dia em 
La Linea de la Concepcion. Mas, nossa intenção não era conhecer esta cidade. Nosso propósito era conhecer Gibraltar. 
Naturalmente, que existem outros hotéis e opções de alojamento tanto em La Linea como em Gibraltar. Pesquise na internet antecipadamente.
La Linea de la Concepcion; AC Hotel by Marriott La Linea;
Prontos para sair e desbravar o grande rochedo de Gibraltar? Se animem. Mas, antes vamos conhecer um pouco sobre o território.

BREVE RESUMO SOBRE GIBRALTAR:

Antes de iniciarmos nossa aventura, vamos conhecer um pouco sobre Gibraltar e sua história.
Você deve estar se perguntando como esta pequena península rochosa na ponta sul da Europa, com importante posição estratégica e reserva natural, pode pertencer aos britânicos. 
As primeiras presenças humanas na região datam entre 128 mil e 34 mil anos antes de Cristo. Existem referências dos extintos neandertais na região. 
Ao longo do tempo, o território de Gibraltar foi dominado por cartagineses, romanos, visigodos, vândalos, muçulmanos, espanhóis e britânicos que cobiçavam sua posição militar estratégica. 
No período dos fenícios era conhecido como Calpe, uma das colunas de Hércules.
O nome atual, Gibraltar, vem da expressão árabe jabal al-Tariq (ﺨﺒﻝﻄﺭﻕ), "montanha de Tárique". Uma homenagem ao general muçulmano Tárique que, em 711 d.C., desembarcou nesta região vindo do norte da África, iniciando a conquista do reino visigótico.
Em 1462, os muçulmanos foram expulsos, definitivamente, pelos católicos espanhóis, na reconquista cristã da Península Ibérica. Até hoje, o brasão e a bandeira do território de Gibraltar referenciam o reino de Castela.
No ano de 1704, Sir George Rooke, almirante naval britânico, liderou a força anglo-neerlandesa, tomando Gibraltar. Em 1713, a Espanha cedeu o território como pagamento da Guerra da Sucessão Espanhola, no Tratado de Utrecht. Gibraltar, passou a ser Território Ultramarino Britânico.
O território foi alvo de diversas tentativas frustradas de reconquista pelos Espanhóis, que até os dias atuais insiste na reivindicação sobre o rochedo.
Em 1967, um referendo junto à população gibraltina, manteve a soberania britânica no território.
O interesse pelo território está relacionado com sua localização na parte mais meridional da Europa, na Península Ibérica. 
Faz fronteira terrestre com a Espanha ao norte, além de fazer fronteira oceânica com o mar Mediterrâneo, Estreito de Gibraltar e Baía de Algeciras no mar Atlântico. Fica a uma curta distância da África. São apenas 14 km de mar até o continente africano (Marrocos e Argélia). Do alto do grande rochedo há espetacular vista em todas as direções.  
Atualmente, é denominado como Território Ultramarino Britânico.
Gibraltar, possui aproximadamente 35.000 habitantes, numa área de 6,8 km².  
Habitante ou natural de Gibraltar: Gibraltino
Clima: Mediterrâneo com invernos leves e verões quentes. Os melhores meses para visitar o território vai de abril a outubro, período com clima ameno (15°C a 25°C) e seco. De novembro a março, chove bastante, além de ser mais frio (10°C a 17°C).
Nomes populares do territórioGib ou The Rock (o rochedo).
Moeda de Gibraltarlibra esterlina ou libra gibraltina. O euro é aceito em várias lojas.
Língua oficial: Inglês. Mas, o povo fala o espanhol como segunda língua. Além de falar um dialeto local, o Llanito. Uma mistura de inglês britânico, espanhol, maltês, português e italiano. Então, não se apavore. Fale o português lenta e calmamente. No final, todo mundo se comunica.
Agora que sabemos um pouco sobre sua história, vamos começar o nosso tour.


SAINDO DO HOTEL PARA CONHECER GIBRALTAR:

La Linea de la Concepcion  ⇒  Gibraltar
Lá longe, visto do hotel, está o imenso rochedo de Gibraltar. O objeto de nosso destino.
O rochedo em si, é uma grande reserva natural com 426 metros de altitude em seu ponto mais alto. A cidade de Gibraltar se desenvolve aos pés e no entorno do rochedo. 
La Linea de la Concepcion
Abaixo, uma das muitas rotatórias na Av. de España, localizada bem próxima ao nosso hotel. 
Nós resolvemos ir a pé para Gibraltar. Para isto, deixamos o carro estacionado em frente ao hotel e seguimos até a rotatória que vemos abaixo. De lá, seguimos à esquerda pela beira-mar. Não tem como errar o rochedo de Gibraltar é bem visível é só seguir em sua direção pela orla marítima. A Avenida de España.
La Linea de la Concepcion
No caminho, nos deixamos encantar por La Linea de la Concepcion. Não teríamos tempo de explorar esta cidade. Então, aproveitamos o pouco que nos foi oferecido.
Após outra rotatória ajardinada e bem cuidada, a avenida passa a se chamar Av. Príncipe de Asturias. Neste ponto podemos observar uma pequena praia, a Praia Poniente ou Bahia La Línea de la Concepción (baía da linha da concepção).
Alguns metros adiante, temos o Club Maritimo Linense. Que além de promover pescas e esportes aquáticos, possui restaurante e belas vistas para a marina.
La Linea de la Concepcion;
Continuamos pela orla por poucos metros, até que avistamos, no lado contrário, uma imensa fonte. Não resistimos e atravessamos a avenida para ver de perto.
Um grande tanque com vários esguichos d'água, contornado por uma simpática praça com árvores, caminhos e bancos. É o Monumento a José Monge Cruz "Camarón de la Isla".
La Linea de la Concepcion; Camarón de la Isla;
Sobre o imenso tanque, várias gaivotas sobrevoavam. Uma típica cena de cidade marítima europeia.
La Linea de la Concepcion; Camarón de la Isla;
Sobre um alto e largo pedestal, sentado em uma cadeira está o homenageado. José Monge Cruz (1950-1992), conhecido como Camarón de la Isla ou simplesmente Camarón, foi um popular cantor flamenco. Era considerado um "deus" do flamenco.
Ao fundo, o rochedo de Gibraltar, nos lembra de nosso destino. 
La Linea de la Concepcion; Camarón de la Isla;
Retornamos à orla marítima. Caminhamos em um largo calçadão com bancos, área para skate, patins, bicicleta e caminhadas.
La Linea de la Concepcion; orla marítima.
Ainda estamos na Espanha. Um pouco mais de paciência. Estamos quase lá. Aproveite o momento para admirar o porto e suas diversas embarcações.
Observem a face ocidental do grande rochedo, Gibraltar.
La Linea de la Concepcion; orla marítima.
Vir a pé nos proporcionou um agradável momento. A vista é maravilhosa. 
Foram aproximadamente 30 a 40 minutos de uma caminhada tranquila e sem pressa, com algumas paradas para fotos. 
La Linea de la Concepcion; orla marítima.

ATRAVESSANDO A FRONTEIRA:

Para adentrar em Gibraltar, você tem que passar pela alfândega na fronteira com a Espanha ou pelo Terminal de Cruzeiro se você vier pelo mar. 
Não importa se você está de carro, táxi, ônibus, barco, lancha, avião ou a pé. Você está adentrando noutro país, no caso a Inglaterra. Mercadorias importadas ou exportadas também passam por controle alfandegário (Aduana).
Preferimos passar a fronteira a pé. Você pode ir de carro. Neste caso a fila pode ser é longa e lenta. Há um estacionamento pago na parte espanhola, Parking Santa Bárbara, Av. Príncipe de Asturias. Em Gibraltar há estacionamentos gratuitos e pagos. Alguns são destinados aos moradores locais. Pode não haver vagas suficientes.
Algumas pessoas fazem a travessia da fronteira de táxi ou ônibus de turismo, neste caso a responsabilidade de apresentar a documentação exigida é do passageiro.
Abaixo, vemos a Aduana, o ponto de controle da alfândega na fronteira, no lado espanhol, o Gibraltar Passport Control Station
O processo na alfândega foi relativamente rápido e fluiu sem muita demora. Em maio de 2019, a verificação do passaporte foi feita apenas pelo lado britânico. Apresentamos o nosso passaporte. Não revistaram nossas bolsas e mochilas. Uma ou outra pessoa tinham que mostrar seus pertences. Acho que a escolha é algo aleatório. Sem estresses. 
Gibraltar Passport Control Station
👉O passaporte com validade mínima de três meses, é obrigatório para brasileiros. Lembrando que a Inglaterra saiu da União Europeia (Brexit). Este processo foi iniciado em 2016 através de um referendo e concluído em janeiro de 2020. Portanto, no ano de 2019 quando estivemos em Gibraltar, ainda fazia parte da União Europeia. De lá pra cá, as regras podem ter mudado. 
Além disto, na época, não havia a "Pandemia do Coronavírus", que fechou a maioria das alfândegas, incluindo Gibraltar. Portanto, antes de planejar qualquer viagem, pesquise se a alfândega está aberta e liberada para estrangeiros e quais, além do passaporte, necessitam de visto e/ou outras exigências burocráticas.
Abaixo, a bandeira em primeiro plano é da União Europeia, seguida pela bandeira de Gibraltar e por último, a bandeira da Inglaterra. Com certeza, a bandeira da União Europeia não estará mais tremulando no território de Gibraltar.
Foto do Google

TOUR EM GIBRALTAR:

Você não paga para entrar na cidade, mas paga pelos transportes e a maioria das atrações, o que é muito justo.
Adquira o seu mapa de Gibraltar para facilitar sua circulação pela cidade.
Assim que você passa a alfândega tem uma enorme variedade de companhias oferecendo passeios turísticos. Se você gosta de explorar os lugares com calma e no seu próprio ritmo, vá por conta própria. Assim, você seleciona o que quer ou não ver.
Embora a cidade seja relativamente pequena, existem muitas ruas, ruelas e ladeiras. E, você, não vai querer perder tempo tentando adivinhar por onde seguir ou ficar andando em círculos. Muitas atrações ficam próximas de outras. Então, marque no mapa os pontos que julga interessante para conhecer. Agrupe as atrações de interesse por áreas. Apesar do território ser pequeno, idas e vindas tornam o passeio longo e cansativo. 
Mapa turístico
Assim que você passa a alfândega, você praticamente entra na área do Aeroporto de Gibraltar. Sem brincadeira. Para chegar na cidade é preciso atravessar a pista dos aviões. 
A Av. Winston Churchill corta a pista de pouso bem no meio. É muito estranho ver pessoas indo e vindo pela pista do aeroporto. A sensação é que você está fazendo algo errado e perigoso, podendo ser atropelado por um avião. Sinistro, né? Mas, não se preocupe, existe um rígido controle do fluxo na pista, afinal estamos na Inglaterra. A travessia só é liberada, via semáforos, se não houver pouso ou decolagem de alguma nave. Além disto, o tráfego de aviões é bem pequeno. No final, esta é a primeira aventura do visitante. 😂😂
Você pode atravessar a pista a pé, de táxi, de carro ou ônibus (autocarros). 
Em alguns pontos é possível alugar bicicletas. Passear de bicicleta na cidade velha, a parte baixa do rochedo é tranquilo e pode ser bem agradável. Mas, subir o rochedo de bicicleta é loucura. Mas, cada um conhece o seu limite e disposição.
De modo geral, o serviço de transportes públicos de Gibraltar, tem excelente cobertura. Mas, é preciso ficar atento. São várias linhas com destinos diferentes. Informe-se antes, para não pegar o bonde errado.
Decidimos seguir de ônibus até o teleférico de Gibraltar. Para tanto, pegamos o autobus (ônibus) nº 10 que faz o percurso Aeroporto/fronteira até Trafalgar. Informamos ao motorista o nosso destino como sendo a base da estação do teleférico, o Cable Car Base Station
Gente, estamos cortando a pista de pouso do Aeroporto de Gibraltar. Fizemos este percurso na ida e vinda. Não tem pra onde correr. Este é o único caminho. A foto abaixo, foi no nosso retorno. Mas, resolvi colocar agora para matar a curiosidade de vocês. 
Aeroporto Gibraltar

Gibraltar Botanic Gardens

Descemos conforme orientação do motorista e seguimos a pé até o Cable Car Base Station, na Red Sands Road. Não tem como errar. No caminho tem um restaurante italiano. Mama Mia, na esquina da rua onde fica o teleférico. A estação em si é pequena e seu entorno é ocupado por um grande estacionamento público, caso tenha ido de carro. 
Ao lado do estacionamento fica o jardim botânico, o Gibraltar Botanic Gardens ou Alameda Gardens com aproximadamente 6 hectares. Construído em 1816, sendo reativado em 1991.
O Jardim Botânico não cobra entrada e possui vários jardins, fontes e banheiros bem conservados e gratuitos. Entramos.
Botanic Gardens; Alameda Gardens
O paisagismo dos jardins conta com vários tipos de vegetação, fontes, trilhas, escadas de pedra, ponte e praças com monumentos, estátuas e bancos. Bonito e agradável. Aqui e acolá um canhão. Você verá muitos canhões em Gibraltar.
Minha sugestão é que você visite o jardim Botânico depois de subir ao rochedo. Afinal, este é um excelente lugar para um rápido descanso e relaxamento. Mas, tome cuidado. O tempo não para e o dia é curto para as várias oportunidades que Gibraltar oferece.
As duas fotos laterais abaixo, corresponde ao Jardim do Castelo. No gramado central do jardim um relevo do Castelo da Casa de Castela com a chave da cidade. Símbolo encontrado no brasão e bandeira de Gibraltar. 
Botanic Gardens; Alameda Gardens

Cable Car Base Station

Seguimos para o a Cable Car Base Station, a estação do teleférico (bondinho), que nos levou até o topo do rochedo, para a Top Stacion. A grande rocha é conhecida como The Roch Apes (a rocha dos macacos) ou simplesmente como The rock (a rocha).
São 412 metros até o topo em 6 minutos. Esta é uma forma rápida e divertida de se chegar ao topo do rochedo. Estávamos em maio, período que o teleférico não para na Estação Central onde fica o Apes Den (guarita dos macacos), local com a maior concentração de macacos ao ar livre. Local que você pode chegar por um dos muitos caminhos no rochedo.
O vagão vai relativamente cheio. Então, entre e se posicione o melhor possível para tentar alguma foto.
Cable Car Base Station

Reserva Natural:

Top Stacion:
Enfim, estamos na parte alta da estação do teleférico, a Top Stacion
Estamos no topo da Upper Rock Nature Reserva (Reserva Natural - Superior Rocha)
Um ótimo lugar para explorar o rochedo e apreciar o seu entorno.
A vista do alto é deslumbrante. Paga o preço do teleférico e você nem precisa suar a camisa. 😂😂😂 O valor do ingresso é salgado, mas você pode comprar apenas a subida e descer a pé. Ideal para quem quer explorar todos os recantos e atrações da reserva natural. Muitos fazem isto. As atrações da reserva, vai da apreciação de uma vista fabulosa, ver de perto os macacos silvestres e várias fortificações, artilharias, trilhas, túneis, cavernas e monumentos.
Nós resolvemos comprar a ida/volta. 
Cable Car Base Station
No dia em que visitamos Gibraltar, estava ocorrendo uma cerimônia de casamento. 
Sim, a Top Station do teleférico, aluga uma área para casamentos e eventos particulares. A grande vantagem para os noivos é que não precisam gastar decorando o ambiente e contratando atrações. O rochedo em si, preenche estes quesitos. Quem precisa de decoração com esta vista maravilhosa?
Assim como os noivos, seus convidados, padrinhos e madrinhas fazem pose e tiram várias selfies com os primatas. Pode parecer estranho, mas em certo momento, os convidados se esquecem dos noivos e se concentram nos macacos.
Gibraltar é um lugar fantástico para o enlace matrimonial. Para se casar em Gibraltar, não é necessário morar no território e nem precisa de visto. É só preparar a papelada e documentos, pagar uma taxa, comparecer ao cartório na véspera do casamento (com os documentos originais) e ir ao local do casamento na data agendada. 
O casamento mais famoso da ilha foi o de Jonh Lenon e Yoko Ono. 
A partir do alto do rochedo, temos lindas vistas panorâmicas com 360° de toda a península.
Além das belíssimas e estonteantes vistas, esta estação disponibiliza restaurante, cafeteria, loja de souvenir, banheiros e vários terraços de observação. Além da presença constantes dos macacos de Gibraltar, que veremos adiante. 
Ao longe, podemos ver boa parte da Costa do Sol da Espanha. 
Do alto, praticamente dá pra ver toda a cidade no sopé do rochedo, seu Porto, Marina e Terminal de Cruzeiros. Situados na costa oeste ou ocidental de Gibraltar. Gibraltar possui dois portos desportivos: o Queensway Quay e o Ocean Village, com lojas, restaurantes com vistas para o mar e o Casino de Gibraltar. 
Dá inclusive, para ver a pista do aeroporto que morre nas águas do mar. 
Ao lado da pista de pouso fica a praia ocidental Western Beach, próxima à fronteira espanhola, que não dá pra ver nesta foto. 
Na outra extremidade da pista de pouso, na costa leste, ficam as praias orientais Eastern Beach Playa de Levante, também não visível na foto abaixo.
Na foto abaixo, além da linda vista, você pode ser parte da trilha de caminhada que leva ao topo. Ideal para quem quer fazer o percurso a pé. Um longo caminho sinuoso, mas bem conservado em se tratando de uma reserva natural.
Existe um caminho para carros. Mas, é bom se informar sobre o percurso e estacionamentos disponíveis, previamente. Os carros não possuem acesso à todos recantos do rochedo.
Não há como não ficar encantada com os pequenos habitantes da reserva natural, os macacos. Atenção, a multa por alimentar os animais é altíssima. Fique ligado e não dê nada aos macacos.
Reserva Natural;
À esquerda do rochedo temos o lado oeste do território e ao fundo a fronteira com a Espanha, banhados pelas águas do Estreito de Gibraltar. O Estreito de Gibraltar é uma faixa de águas que liga o Oceano Atlântico ao Mar Mediterrâneo.
À direita temos o lado leste, onde ficam algumas pequenas praias e baías. Este lado é banhado pelo Mar de Alborão, a parte mais ocidental do Mar Mediterrâneo.
Você olha para uma costa e tem um mar, olha para a outra costa e tem outro mar. Olha em frente e tem outro país ao fundo.
Aproximando a imagem, podemos observar o topo do rochedo, sua ponta norte, voltada para a cidade espanhola, La Linea. 
Vejam como a constituição da rocha que forma um altíssimo penhasco de pura pedra calcária.
Este é o pico mais alto de Gibraltar, com 426 metros de altitude. E, no topo, na parte mais alta, fica o radar da Força Aérea Real Britânica (RAF). Acho que é isto, não consegui muitas informações a respeito.
Na próxima foto, avistamos a Catalan Bay (baía Catalã), na costa leste. Esta praia é considerada a segunda maior praia de Gibraltar. No século XVIII, era ocupada por pescadores genoveses. Durante a invasão napoleônica na Espanha, foi rota de fuga para os catalães. No verão costuma estar repleta de moradores e turistas.
Depois desta praia, temos as praias Eastern Beach e Praia de Levante, que não são vistas na foto. Elas ficam após a faixa de areia que parece avançar o mar, logo após a Catalan Bay. As areias destas duas últimas praias chegam bem próximas da pista do aeroporto de Gibraltar. Imagine você tomando banho de sol e vendo os aviões decolando e aterrizando. Surreal. 
Catalan Bay
Do outro lado, na costa oeste, fica a cidade propriamente dita, seu Porto e Marina, antes da pista do Aeroporto Internacional de Gibraltar. 
Além da pista do aeroporto, temos a cidade espanhola, La Linea e boa parte da Costa do Sol Espanhola.
As águas que banham este lado, faz parte do Estreito de Gibraltar, que se comunica com o Oceano Atlântico
Abaixo, algumas imagens do porto de Gibraltar e de La Línea de la Concepcion ao fundo. 
Entre elas, figura de forma inesperada, a pista de pouso do Aeroporto de Gibraltar. Notem como a pista termina em pleno oceano. Desconheço outro lugar com uma pista de pouso/decolagem nestas condições.
Nas imagens, temos a área portuária de Gibraltar e a cidade, propriamente dita, aos pés do rochedo.  
Os macacos de Gibraltar, estão em todos os lugares do rochedo. Mesmo naqueles em que você não tem acesso. E, nem perca o seu tempo tentando atrair a atenção deles. Eles não estão nem aí, pra ninguém.    
Uau! E lá está o continente africano. Tão longe e tão perto. Acho que tivemos sorte. O clima nos permitiu visualizar a silhueta das Cordilheiras Atlas (Montes Atlas) na África, conhecidas também como Montanhas Altas.
Quando o tempo está fechado, chuvoso e/ou com neblina, é impossível ver o continente africano.
A estrada, com pessoas caminhado para um ponto mais elevado, leva à antiga estação de Sinalização. Iremos até lá daqui a pouco. Aguardem.
O segundo caminho na foto, conduz até o Skywalk Gibraltar. Um ponto de observação com plataforma de vidro. São aproximadamente 10 minutos de caminhada. 
Seguindo além do Skywalk, você chega à St Michael's Cave (Caverna de São Miguel). Esta caverna serviu de hospital durante a II Guerra Mundial. Atualmente, é um grande auditório. Não fomos, mas eu super recomendo.
Na panorâmica seguinte podemos ver, lá no fundo à esquerda, o continente africano. À direita, também ao fundo, temos a Espanha com sua Costa do Sol. Na borda inferior da foto, temos o território de Gibraltar e sua orla portuária. 
Parece coisa de louco. Sendo Gibraltar território britânico, pode-se dizer que (teoricamente) você está na Inglaterra, avistando a Espanha e o Continente Africano ao mesmo tempo. Isto mesmo, você pode avistar três países e dois continentes. Isto sem falar nos dois mares, o oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo. 
Mais uma silhueta da África. Esta proximidade com o continente africano é a responsável pelo valor estratégico de Gibraltar. 
Daqui de cima, você percebe como é fácil observar e controlar qualquer aproximação não importa a direção. Fato muito útil ao controle do acesso à região.
Agora vamos sair da plataforma e caminhar um pouco até a estação de sinal que vimos a pouco. No caminho muitas construções antigas e abandonadas. São ruínas que você pode subir e obter lindas vistas panorâmicas. Apesar da estação está desativada, existem vários avisos de alta tensão em lugares cercados. Na dúvida não ultrapasse estas cercas. Os avisos existem por algum motivo.
Uma dica para quem for visitar Gibraltar. Tragam um casaquinho mesmo na primavera. No alto do rochedo venta muito e faz frio. Uma garrafinha d'água, também não faz mal algum.
No caminho, mais macaquinhos. Gente, vimos tantos macacos que resolvemos não ir a pé até o Apes Den. Mesmo porque teríamos que subir novamente para pegar o teleférico de volta. Como eu postei antes, a estação central do teleférico não funciona o ano todo.
Lembrando que é proibido alimentar os animais, sob o risco de multa. 
Além disso, são animais silvestres e podem morder. Não tentem contato direto com os mesmos. Respeite o espaço deles. Você é o visitante e não eles.
Existem cartazes com estas informações em vários lugares e, os funcionários e muitos turistas, falam sobre isto o tempo todo. Mesmo assim, alguns teimam em quebrar algumas regras.
Sem a menor dúvida, os macacos são verdadeiras estrelas no turismo local.
Vez ou outra, algum macaquinho faz uma pequena presepada e rouba um dos visitantes. Pode ser um lanche, óculos, chapéu, boné, celular, chave do carro, ... Enfim, o que você deixar fácil e descuidado. Havendo o risco de mordidas e arranhões. E, ao final do incidente, ainda ter que pagar uma alta multa por desrespeitar as regras e ser convidado a se retirar da reserva. Então, deixe as macaquices para os macacos e comporte-se.
Eu não me canso de admirar a vista. Verdadeiro colírio aos olhos e à alma.
Mas, se você quiser vistas melhores, que tal sobrevoar o rochedo de helicóptero? Gente, isto é possível. O passeio parte do Aeroporto de Gibraltar. Mas, não faz pouso no rochedo. Não me perguntem. Não faço ideia do valor. 
Os macacos de Gibraltar, são os únicos macacos selvagens de toda Europa. Oriundos da Ásia, transformou o grande rochedo de Gibraltar no seu habitat natural. Eles andam livremente pelo rochedo, protegidos por rigorosas leis britânicas. 
São aproximadamente 250 macacos-berbere (macaca sylvanus) ou, simplesmente, macacos-de-Gibraltar. Estes macacos se alimentam basicamente de frutas, folhas, raízes e insetos.
São relativamente pequenos. O macho adulto não chega a 1 metro de altura. Possuem um semblante calmo e pacífico. Mas, não se deixe enganar, são ágeis e seus dentes e garras são bem afiados. 
Existem algumas teorias para explicar a presença dos macacos no território.
Acredita-se que seus ancestrais chegaram em Gibraltar, através dos mouros durante o domínio da Península Ibérica pelos mouros. 
Outra teoria é que, quando a placa tectônica africana colidiu com a Europa formando o rochedo de Gibraltar, alguns macacos teriam mudado de lado. Simplesmente, pularam de um continente para o outro. 
O que realmente aconteceu, acho que nunca será totalmente explicado. Escolha sua melhor opção.
Para manter a população de macacos estabilizada, o governo britânico e gibraltino cuida de sua alimentação, bem-estar e saúde. Em alguns pontos do rochedo, existem áreas de alimentação dos animais, onde são depositados frutas frescas e sementes.
O rochedo tem outras atrações bem convidativas. Mas, eu confesso e assumo que vim pelos macacos. 😄😂😂😂
No ano passado, eu tive uma forte crise de hérnia de disco lombar. Ainda não me sinto pronta para arriscar longas caminhadas, principalmente subidas e descidas. Então, me contentei em não ver as outras atrações na reserva. No final da postagem coloco uma lista do que não vimos.  
No caminho, mais vistas deslumbrantes. Na Espanha, podemos observar sua Costa do Sol. Este é um momento para apreciar, sentir e absorver cada cantinho.
Por todos os caminhos e em cada recanto do rochedo, tem pelo menos um macaco marcando território. Aparentemente, indiferentes aos turistas, sem macaquices. Na boa. 
O engraçado é que são os turistas que arriscam alguma macaquice para atrair os macacos e garantir boas fotos. 
Também é muito comum a "catação de pulgas" entre os membros do clã de macacos. Catam e comem. Eca! 😝😝😝
Parece que há cabras, lagartos, raposas vermelhas e outros animais na reserva. Mas, nós só vimos os macacos.
Agora vamos ver o outro lado de Gibraltar, sua costa leste banhada pelo mar Mediterrâneo. Nem precisa andar muito. Praticamente, basta fazer meia volta e dar alguns passos.
O curioso é que o território não possui rios ou fonte de água doce. 
Sendo uma península com sua costa praticamente rodeada por mar (água salgada), o que mais tem são pequenas praias e baías. Umas próximas da outra. Nem todas propícias ao banho de mar. 
Resumindo, as praias e baías são:
  • Camp Bay Beach (Costa Oeste)
  • Little Bay Beach (Costa Oeste)
  • Rosia Bay Beach (Costa Oeste)
  • Western Beach (Costa Oeste)
  • Playa de Levante (Costa Leste)
  • Eastern Beach (Costa Leste)
  • Catalan Bay Beach (Costa Leste)
  • Playa de los Catalanes (Costa Leste)
  • Sandy Bay Beach (Costa Leste)
  • Playa del Algarrobo (Costa Leste)
Ainda na costa leste, temos a Sandy Bay Beach, uma praia de águas claras e calmas em uma formação de pequena baía. De longe, parece uma piscina construída no oceano.
Sandy Bay Beach
Realmente. A praia formada em frente às construções habitacionais que formam uma vila, não é natural. É obra da engenhosidade humana, construída entre 2013 a 2014. Portanto, bem recente.
Fora do verão, a praia parece vazia e abandonada. Mas, dizem que na alta estação é difícil conseguir espaço na areia.
Sandy Bay Beach
O mar do Estreito de Gibraltar é tranquilo. É comum cruzeiros parem em suas águas. 
Uma das atrações turísticas que a cidade oferece são as excursões para ver golfinhos e baleias na baía de Gibraltar. Não sei em que ponto eles ficam. Do alto do rochedo não vi nenhum. 
Descemos o rochedo pelo teleférico. Se você for explorar outros pontos do rochedo, eu sugiro que desça a pé, com calma e vá parando nos pontos de seu interesse. Mas, na subida, eu acho que vale pagar pelo teleférico. A subida é íngreme e alguns caminhos levam a pontos de observação que não continuam para o alto. Aí, você terá que retornar até o ponto para subir. Um verdadeiro vaivém. Além disso, descer é mais fácil do que subir. Ou como diz o matuto, pra baixo todo santo ajuda.
Após conhecer parte da Reserva Natural de Gibraltar (não exploramos todos os cantos), nada melhor do explorar a cidade e conhecer um pouco dos costumes "britânicos" que se mesclam com seus vizinhos espanhóis. 
Da base da estação seguimos em direção às Main Street. 
No caminho fomos surpreendidos por um desfile de carros antigos.    
Era o desfile de carros que estavam participando do 18º Rally Internacional de Veículos Clássicos e Vintage de Gibraltar. Pura nostalgia sobre quatro rodas.
Foi muito interessante a oportunidade de ver vários carros clássicos e antigos desfilando pelas ruas de Gibraltar. 
Ficamos bons minutos entretidos com o desfile de carros. Um mais encantador que o outro. Alguns motoristas vestidos a caráter para o evento. 
Um show à parte que tivemos a honra de presenciar. 
Nossos parabéns aos organizadores e participantes. 
Os carros seguiam contornando uma bem cuidada rotatória.
Não iremos acompanhar o trajeto dos carros. Resolvemos atravessar a rua e seguir para a calçada em frente. 
Adiante, uma antiga muralha lembra o passado histórico do território. Trata-se da Muralha Charles V (Charles V Wall) ou o que restou da mesma, construído depois de 1540 e reforçado em 1552. 
Este muro de pedras, possui três portões em formato de arco, abertos em épocas distintas e conhecidos como Southport Gate, New Southport GatesReferendum Gate.
Na foto abaixo, à direita do muro, fica o Cemitério de Trafalgar
Na mesma foto podemos observar dois dos portões da Muralha Charles V. 
À direita, temos o Southport Gate ou Portão da África, aberto em 1552 pelo engenheiro italiano Giovanni Battista Calvi. É o mais antigo. Sobre o arco, incrustados no muro, as armas reais de Carlos V e o brasão de armas de Gibraltar. 
À esquerda, temos o portão central, o New Southport Gate, aberto em 1883, para melhorar o fluxo do tráfego. Sobre o portão temos o brasão de armas do governador e de Gibraltar, sobre o qual ficam as armas reais da rainha Vitória (monarca britânica na época de abertura do portão).
Cemitério de Trafalgar
O Cemitério de Trafalgar foi construído em 1730, época que era conhecido como Cemitério Southport Ditch. Mudou o nome em homenagem à Batalha de Trafalgar (1805). Um curioso cemitério militar pequeno que, atualmente, está em desuso.  
Não entramos, mas pela grade dá pra ver as lápides. 
Cemitério de Trafalgar;
Ficamos alguns minutos sentados em um dos muitos bancos disponíveis nesta área. Um momento para relaxar e decidir o passo seguinte. Sentamos em um banco defronte ao cemitério. 
Do outro lado, no fundo da foto, temos o South Bastion 1540 (Bastião do Sul). Era parte das antigas fortificações de Gibraltar, protegendo a base ocidental do Muro Carlos V, originalmente construído pelos espanhóis e reforçado pelos britânicos.
Na foto não dá pra ver, mas tem uma estátua de bronze, em tamanho natural do Almirante Horatio Nelson (1758/1805), oficial britânico da Marinha Real Britânica, que atuou nas Guerras Napoleônicas, falecendo na Batalha de Trafalgar. A escultura é do escultor britânico John Doubleday (2005). 
Viajar para qualquer parte da Europa na primavera é um colírio aos olhos e sentidos. O colorido dos jardins floridos é um brinde aos visitantes. 
Resolvemos passar para o outro lado do muro. Atravessamos um dos portões do sul, Southport Gate.
Reparem no terceiro arco do muro como é mais largo que os outros dois vistos anteriormente. Este é o portão conhecido como Referendum Gate ou Arco do Referendo. Construído em 1967, ano do primeiro referendo a respeito da soberania do território.
O que dizer do belo canteiro com linda fonte que separa o terceiro portão dos demais? 
No outro lado do arco, uma típica cabine telefônica britânica. Na cor vermelha, é claro.
southport gate;
Ao lado do primeiro portão, o mais antigo, uma grande parede que lembra um muro de arrimo. Talvez parte da fortificação ou antigo bastião. Aos pés do muro, um canhão nos lembra o passado de guerras, conflitos e conquista da região. 
Este canhão foi projetado para os navios de guerra britânicos entre os anos de 1860 a 1880. No século XX, foram utilizados nas defesas costeiras de todo o Reino Unido e seus territórios.
Para quem aprecia, Gibraltar tem um estoque imenso de canhões de todos os tipos e gostos.
O canhão abaixo, não é original, é uma réplica dos canhões usados no cerco à Gibraltar.
Havia uma placa no local, mas não a fotografei e não consegui muitas informações na internet. 
Pelo o que eu entendi, estamos na chamada Cidade Velha.
Caminhando pela calçada, além do canhão, há um edifício com um portal bastante peculiar. Este portal é conhecido como St. Jago's Arch (Arco de São Jago). É um arco ornamental de arenito que pertencia a uma antiga igreja espanhola, Ermita Nossa Señora del Rosario, do século XVI. Apesar da placa, se você não prestar atenção, passa despercebido.
Estamos no final da Main Street, a famosa rua pedonal de 1 km de extensão, com muitas lojas, restaurantes, pubs e bares. Entre as lojas, vários prédios de valor histórico e cultural.
Do outro lado da rua, temos um edifício em forma de um grande U, com um pátio central. No braço esquerdo do U, com fachada lateral bem colorida, fica um teatro, o Inces Hall Theatre. No braço direito do U, fica um banco, o Gibraltar International BanK
Inces Hall Theatre
Resolvemos seguir pela Main Street, cuja tradução literal é Rua Principal, simples assim. Uma rua pedonal que mistura comércio e história. 
No caminho, a rua se alarga formando uma praça, a Praça do Convento. Um largo com duas preciosidades, uma defronte a outra.
Sala da Guarda do Convento; Praça do Convento
Pelo que entendi, a construção abaixo é a Sala da Guarda do Convento (Convent Guard Room), repartição governamental de Gibraltar. Não tenho certeza, mas faz todo o sentido.  
Sala da Guarda do Convento; Praça do Convento
No meio da praça, pintado no chão, o Brasão de Armas de Gibraltar. Este brasão faz referência ao Reino de Castela, antigo reino espanhol da Península Ibérica, formado durante a reconquista do território pelos cristãos, após o domínio muçulmano.
brasão de armas; Praça do Convento
Do outro lado da praça, fica o "Convent, Governors Residence". 
Construído em 1521, para ser convento de frades franciscanos. Estes deixaram Gibraltar após o domínio do território pelas forças britânicas.
O Convento é a residência oficial do chefe de estado de Gibraltar, desde 1728. 
O prédio sofreu remodelação nos séculos 18 e 19. 
Entre 1863 a 1864, sua fachada principal foi totalmente alterada, assim como sua escadaria e o Salão de Banquetes.
Convent, Governors Residence
Entre os anos de 1903 a 1943, o prédio foi denominado como "Casa do Governo". Em 1943, durante a 2ª Guerra Mundial, o nome original foi restabelecido, voltando a se chamar "Convento". 
Convent, Governors Residence
Ao lado temos uma capela anglicana, construída no lugar da capela-mor da antiga capela do convento franciscano. A King's Chapel (Capela dos Reis). Não entramos. Se você tiver tempo disponível entre para apreciar os diversos vitrais da capela.
Capela dos Reis
Seguimos pela mesma rua. Algumas construções homenageiam a primavera. Um mimo que mereceu registro.
Abaixo, os fundos da Catedral da Santíssima Trindade ou Catedral de Gibraltar ou Holy Trinity Anglican Cathedral. Igreja Anglicana (igreja britânica sem subordinação ao papa católico). 
Construída entre 1825 a 1832, em estilo arquitetônico mourisco (neoislâmico), sendo consagrada em 1838. Reparem no arco em ferradura da janela, detalhe arquitetônico mouro.
Holy Trinity Anglican Cathedral;
A entrada principal fica do outro lado, na praça da Catedral. É só contornar a igreja.
Vejam que lindo e vibrante este pequeno canteiro. Não resisti a uma foto.
Infelizmente, a escultura do anjo ficou cortada.
A Catedral da Santíssima Trindade, concluída em 1832, foi a capela privada do governador por um curto período em que a Capela dos Reis permaneceu fechada. 
Dentro da igreja o teto é sustentado por arcos em ferraduras apoiados em altos pilares. A cor branca predomina. A iluminação vem das várias e amplas janelas.
O singelo altar principal (altar-mor) com seu retábulo de madeira, convida a uma oração. 
No nicho esquerdo do retábulo temos uma escultura de Nossa Senhora. No nicho direito, fica São Bernardo de Clairvaux, padroeiro de Gibraltar. No centro temos o crucifixo.  
Holy Trinity Anglican Cathedral
O mosaico de vitral com cenas bíblicas, merece destaque. Belíssimo. 
Feito a partir dos cacos das demais janelas que tiveram seus vitrais estilhaçados em 1951, em decorrência da explosão do Royal Fleet Auxiliary Bedenham, navio de armamento naval. As demais janelas receberam vidros comuns.
Holy Trinity Anglican Cathedral
Igreja histórica com fascinante arquitetura. Simples se comparada à outras igrejas. Porém, exala paz e tranquilidade.
Abaixo, os púlpitos da igreja.
O primeiro, com uma águia sobre um globo esculpida em carvalho, data de 1893.
O segundo, de pedra portland branca, com pilares de mármore vermelho e teto em madeira esculpida, data de 1892.
Holy Trinity Anglican Cathedral
O órgão de tubos fica localizado no alto, na área projetada a partir da porta de entrada. É a galeria de música construída em 1952. Área reservada ao coro da igreja, acessada por escada. 
Holy Trinity Anglican Cathedral
Simplesmente encantador. Este órgão não é o original. E, sim, o seu substituto adquirido em 1880. Inicialmente este órgão ficava em uma das capelas, sendo transferido para o local atual após a conclusão da galeria de música em 1952.
Holy Trinity Anglican Cathedral
Holy Trinity Anglican Cathedral
Depois de visitar a igreja retornamos à Main Street
Se o seu tempo for curto e quiser ver o máximo de Gibraltar, esta é a rua a ser percorrida. Depois de visitar a reserva natural do grande rochedo, é claro.
Main Street;
Abaixo, um pouco da Main Street no cruzamento com a Library Street.
Estou me sentindo na Inglaterra. Mesmo nunca tendo ido até lá. 😂😂😂😂
Quer experimentar um pouco da culinária local? Procure um lugar com procurado pelos moradores da cidade. 
Main Street
Os integrantes da banda de música da Polícia de Gibraltar, em seu garboso fardamento. Extremamente simpáticos, interagem com os curiosos turistas.
No cruzamento da Main Street com a Bomb House Lane, temos o Royal Engineers' Monument (Monumento Real dos Engenheiros)
Uma homenagem aos Membros dos Engenheiros Reais que serviram no Rock após o domínio britânico em 1704. Este corpo de Engenheiros fora responsável pelas fortificações, melhorias das defesas locais, abertura dos complexos túneis e minas. A partir de 1772, os engenheiros civis foram substituídos por um corpo de Engenheiros Militares, com a formação da Soldier Artificer Company (Companhia de Artífices Militares), antecessor ao Corpo de Sapadores e Mineiros Reais.
Sobre uma base de pedra calcária fica a estátua em bronze de um separador com uniforme de 1772, em tamanho natural. A estátua data de 1994. 
Royal Engineers' Monument ;
Em frente ao monumento fica a fachada principal da catedral católica de Gibraltar, a Cathedral of Saint Mary the Crowned (Catedral de Santa Maria, a Coroada). 
Gibraltar possui 8 igrejas católicas, esta é a maior. 
Esta catedral foi edificada em estilo gótico, substituindo a mesquita principal, no coração da cidade, em 1462, logo após a expulsão dos mouros pelos cristãos espanhóis. 
Cathedral of Saint Mary the Crowned
Da estrutura da antiga mesquita resta parte do pátio mouro. 
Durante os bombardeiros do Grande Assédio do século XVIII, entre os anos de 1779 a 1783, ficou bastante destruída. Em 1790, precisou de vários reparos que terminaram apenas em 1810. Na época, parte do terreno da igreja foi usado na criação da Main Street.
Em 1820, foi adicionada a Torre Sineira com o relógio. Esta torre tem aproximadamente 30 metros de altura.
Sobre a entrada principal, um lindo mural de azulejo pintado, retrata a coroação de Nossa Senhora.
Catedral de Santa Maria, a Coroada
Por ser uma catedral, seu interior surpreende por ser pequeno e relativamente simples. Pelo menos se for comparada às demais catedrais católicas europeias que primam pela ostensividade e exagero. 
Abaixo, vista do interior da igreja a partir da nave central. Ao fundo, a capela-mor que abriga o altar-mor.
Catedral de Santa Maria, a Coroada
Apesar de ter sido construída no século XV, a igreja só foi elevada à condição de Catedral, por Roma, no século XX, em 1926.
Em 1931, a Catedral passou por obras de restauração.
Detalhes da capela-mor, do altar-mor e do sacrário.
Reparem no trabalhado retábulo de mármore, com pedestal, colunas e arco, encimado por duas esculturas de anjos. 
Acima do retábulo um lindo vitral colorido.
Catedral de Santa Maria, a CoroadaCatedral de Santa Maria, a Coroada
Capela do Santíssimo Sacramento, situada à direita do altar-mor.
Catedral de Santa Maria, a Coroada
Alguns detalhes do interior da catedral. 
Catedral de Santa Maria, a CoroadaCatedral de Santa Maria, a Coroada
Os vitrais coloridos das janelas são magníficos. Retratam cenas bíblicas, santas e santos católicos.
Catedral de Santa Maria, a Coroada
Sobre a porta de entrada principal fica a área reservada ao coral e órgão tubular. 
Pendendo do teto um lindo e grande crucifixo de madeira entalhada. 
Catedral de Santa Maria, a Coroada
A área destinada ao coral é iluminada por duas grandes janelas retangulares decorada com vitral colorido. 
Uma pequena curiosidade histórica: Ao saírem de Portugal para o exílio em 1910, a Rainha Amélia e D. Manuel II, estiveram em Gibraltar para visitar esta Catedral, antes de seguirem para a Inglaterra.
Catedral de Santa Maria, a Coroada
Abaixo, uma placa comemorativa alusiva ao General Sikorski (1881-1943). Era militar e político Polonês. Assumiu o posto de Primeiro Ministro da Polônia em exílio durante a 2ª Guerra Mundial, por oposição à ocupação do seu país pela Alemanha Nazista. Ele já havia sido Primeiro Ministro da Polônia em outra ocasião. Morreu em 1943, em acidente aéreo após decolar de Gibraltar com destino à Inglaterra. As causas do acidente nunca foram esclarecidas.
Catedral de Santa Maria, a Coroada
Ao sair não deixe de admirar a última capela à direita de quem sai. À frente de um cenário pintado servindo de fundo, estão as esculturas esculpidas em tamanho natural do Cristo Crucificado ladeado por Nossa Senhora e São João. A pintura que serve de pano de fundo é do artista local, Mario Finlayson.
Catedral de Santa Maria, a Coroada
Novamente, retornamos à mais importante rua comercial de Gibraltar, a Main Street
Aqui uma pequena e grande informação: Muitas lojas vendem artigos sem cobrança de impostos, tipo a Zona Franca. Os principais itens que atraem os turistas são: bebidas, cigarros, eletrônicos, roupas de marca, perfumes, cosméticos, calçados e joias. 
O ideal é que você faça uma relação do que gostaria de comprar e anote os preços no Brasil. Isto irá facilitar a decisão do que vale ou não a pena adquirir. Leve em conta o cambio da moeda local x dólar x real. Lembre-se que se você comprar no cartão, será cobrado taxas bancárias internacionais. Não deixe de pegar as notas fiscais, para passar na alfândega na volta ao Brasil, isto se forem artigos com cotas limitadas.
Main Street
Se estiver nos seus planos fazer compras em Gibraltar, lembre-se que as lojas e casas de câmbio fecham aos domingos. Então, planeje bem sua estadia.
Main Street
A famosa Casemates Square (Praça Casemates), no final da Main Streep. Na realidade, fica no início da Main Streep. Nós é que fizemos o trajeto ao contrário. 😏
Casemates Square
Nesta praça encontramos parte dos carros clássicos que participaram do desfile que vimos anteriormente. Aproveitamos para mais uma pose para foto.
Casemates Square
Esta praça faz parte da história de Gibraltar. Era em um dos prédios que ficavam as munições usadas na defesa do território. E, era aqui que ocorriam as execuções públicas e paradas militares.
Hoje a praça, considerada o maior espaço comum da cidade velha, é rodeada de lojas, restaurantes e bares. Vários eventos públicos recreativos, culturais e/ou políticos ainda ocorrem nesta parte da cidade, atraindo moradores e visitantes.
O curioso é que o prédio da Central Police Station (Central de Polícia de Gibraltar), a Royal Gibraltar Police (RGP), fica nesta mesma praça. Mais seguro do que isto, impossível. Entretanto, não relaxe. O índice de criminalidade e roubos é pequeno, mas como em todo lugar com grande fluxo de pessoas é possível de ocorrer. 
Casemates Square
As cabines telefônicas vermelhas, no estilo londrino, são puro charme. As primeiras cabines foram projetadas em 1924 pelo arquiteto britânico Sir Giles Gilbert Scott. 
Em alguns aspectos, Gibraltar é como uma pequena versão da Inglaterra com um clima tipicamente mediterrâneo. 
Casemates Square
Nossa passagem por Gibraltar está terminando. Hora de nos despedirmos desta encantadora e ímpar cidade. Sei que vou levar boas e lindas lembranças. Quem sabe um dia, ..., talvez voltemos.
Mas, ainda dá para os últimos registros de despedida.
Voltamos ao ônibus para retornar à alfândega. 
No caminho não pude deixar de me encantar com o Ocean Spa Plaza, luxuoso prédio residencial e spa, na marina Ocean Village.
Ocean SPA Plaza
Da avenida que corta o aeroporto de Gibraltar, a Winston Churchill Ave, conseguimos avistar o Moorish Castle (Castelo Mouro), que não chegamos a visitar. 
Este castelo possui uma longa história. Sua construção ocorreu no período da ocupação muçulmana na Península Ibérica, no ano de 711. Era formado por vários edifícios protegidos por muralhas fortificadas com portões de acesso e torres de vigia e controle. Destruído quase completamente durante a reocupação das tropas espanholas entre os anos de 1309 a 1333. Mas, os mouros retornaram e reocuparam novamente a região no período de 1350 a 1462, reconstruindo o castelo. Em 1462, a região foi novamente tomada pelos espanhóis cristãos.
Parte do castelo foi transformada em prisão até o ano de 2010.
Na foto, podemos observar a Torre de Menagem e a Casa do Portão, que fazem parte do complexo do Castelo Mouro. A Torre de Menagem era a mais alta do complexo e fornecia uma vista ampla da região.
Moorish Castle;
Novamente, tivemos que passar a pé pela alfândega. Desta vez uma rápida revista foi realizada em nossas mochilas e bolsa com direito a escâner. A documentação, já em mãos, foi conferida. Mas, foi igualmente rápido sem muito protocolo. 
Em La Linea, voltamos a pé ao nosso hotel. Fizemos o mesmo percurso da ida. Estava ansiosa por um bom banho e descansar. Antes, uma geladíssima cerveja na varanda. Com o maravilhoso cenário de fundo, quem resiste?
La Linea de la Concepcion; AC Hotel by Marriott La Linea;
Depois do banho e da cerveja bateu a prostração pós passeio. Ainda bem que não desmanchamos a mala. Amanhã é só guardar a roupa que usamos hoje e seguir viagem para o próximo destino. Sem traumas ou dramas.
La Linea de la Concepcion; AC Hotel by Marriott La Linea;
Lentamente, o dia foi se despedindo.
La Linea de la Concepcion; AC Hotel by Marriott La Linea;
La Linea de la Concepcion; AC Hotel by Marriott La Linea;
Impossível não se emocionar com o entardecer e anoitecer tendo como cenário o rochedo de Gibraltar. Resultado, mais fotos. 😁
La Linea de la Concepcion; AC Hotel by Marriott La Linea;
Gente, o pôr-do-sol visto do alto do rochedo deve ser fantástico.
La Linea de la Concepcion; AC Hotel by Marriott La Linea;
Em maio o pôr-do-sol, em Gibraltar e La Linea, ocorre por volta das 21 horas. O dia rende muito, dando oportunidade de fazer e ver muitas coisas. 
La Linea de la Concepcion; AC Hotel by Marriott La Linea;
Mesmo durante a noite, o rochedo de Gibraltar se destaca, graças a iluminação projetada sobre o rochedo. O celular não conseguiu captar toda a magia. Mas, eu garanto que é espetacular. 
La Linea de la Concepcion; AC Hotel by Marriott La Linea;
A iluminação dos barcos no porto, complementam o cenário.
La Linea de la Concepcion; AC Hotel by Marriott La Linea;
Nosso tempo foi relativamente curto. Não conseguimos ver tudo, mesmo tendo andado bastante. Se você quiser conhecer o máximo de atrações de Gibraltar e ainda fazer compras, o ideal são 2 a 3 dias no mínimo. 
Não circulamos pelas marinas, praias e deixamos de visitar as grutas, túneis e baterias da reserva natural, assim como vários museus, monumentos e construções históricas na cidade. Mas, mesmo sem ter visto tudo, no balanço geral, nossa visita foi muito positiva e proveitosa. 
Estávamos tão perto de Gibraltar que não dava para não parar. Não há como saber quando teremos outra oportunidade em retornar. O futuro é sempre uma incógnita. Mas, se voltar, eu sei o que quero rever e o que gostaria de acrescentar no passeio. 

O que não vimos em Gibraltar e que teríamos amado conhecer:

- Na reserva natural e na cidade:
  • St. Michael´s Cave (Cova/caverna de São Miguel). Gruta natural;
  • Apes Den (Guarida dos Macacos) e estação central;
  • Windsor Bridge (ponte de Windsor). Ponte suspensa com 71 metros de comprimento, no Royal Anglian Way (Caminho Real Inglês);
  • The Skywalk (Viaduto alto);
  • Great Siege Tunnels / Os Túneis do Grande Assédio (1779-1783);
  • World War II Tunnels / Os Túneis da Segunda Guerra Mundial;
  • City under Siege Exhibition / Exposição da Cidade sob o Assédio;
  • Moorish Castle / O Castelo Árabe (só avistamos ao longe);
  • Europa Point (farol) / Pilares de Hércules;
  • Mesquita de Gibraltar (Ibrahim-Al-Ibrahim Mosque);
  • Great Synagogue and Flemish Synagogue (A grande Sinagoga e a Sinagoga Flamenga);
  • Gibraltar Crystal (fábrica de vidro e cristal);
  • Gibraltar National Museum (Museu de Gibraltar).
É bom saber 👉🏽: O fuso horário de Gibraltar em relação ao Brasil é de + 5 horas (horário de Brasília). 🕓 
E vocês, já visitaram Gibraltar? Se sim, como foi a sua experiência? 
Aguardem a próxima postagem  Cádis, Espanha.
⇨ 😎 Viajando e sempre aprendendo. Muitas informações da postagem, foram conseguidas in loco, nos folhetos informativos dos monumentos, na recepção do hotel ou através de pesquisas na internet ("Santo Google" 🙌). 😉 
Se gostaram, façam as malas e boa viagem. ✈🚌🚊🚗
Não deixem de curtir e compartilhar. 
Bjs e até a próxima postagem que pode ser artes, guloseimas ou companhia (pensamentos, viagens, passeios, ..., devaneios)!!! 💋💋💋
Para quem se animar:  
FAÇAM A MALA e BOA VIAGEM!!!!!
Um abraço carinhoso a todos os meus familiares, amigos e visitantes,
                   Teresa Cintra
Se vocês tiverem gostado desta viagem, não deixem de ver:

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