Continuando nossa viagem pela Europa, saímos de Mérida após o café da manhã e seguimos para Córdoba.
A cidade
de Córdoba é a capital da província de mesmo nome, localizada na comunidade autônoma de Andaluzia, no sul da Espanha.
Entre os seus diversos monumentos os mais visitados são a Mesquita-Catedral de Córdoba e o Alcázar de Los Reyes Cristianos.
👉Esta viagem foi realizada antes da Pandemia pelo Coronavírus (Covid-19). Se você pretende viajar, aguarde o controle da pandemia e a abertura das fronteiras. Mas, nada impede que você comece a fazer um planejamento antecipado. Depois, é só adequar as datas de acordo com a evolução e controle do vírus. Além da descoberta e testes comprovados de vacinas.
- Breve história sobre Córdoba:
- Breve história sobre Córdoba:
A região onde Córdoba está inserida possui um extenso passado de domínios e conquistas.
Foram diversos povos que povoaram esta região. Romanos, visigodos, árabes muçulmanos, judeus e espanhóis católicos.
Tudo isto torna esta cidade rica em tradições, história, patrimônio cultural e arquitetônico variado.
Tanto que seu Centro Histórico foi considerado Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO, em 1994.
Foram diversos povos que povoaram esta região. Romanos, visigodos, árabes muçulmanos, judeus e espanhóis católicos.
- Fundada no ano 206 a.C., pelos romanos, foi uma importante colônia romana, ocupando boa parte da região de Andaluzia.
- Após os romanos, vieram os visigodos marcando a chegada do cristianismo na região, no século III.
- Em 711, foi conquistada pelos muçulmanos (Califado de Córdoba). Em 716, Córdoba torna-se capital do emirato Al-Andalus, pela dinastia Omíada.
- Na época islâmica de Abderraman III (912-961 d.C), na Idade Média, a cidade tornou-se um grande centro urbano, econômico, cultural e político. Época que prosperaram a agricultura, artes, construções, tornando-se a maior cidade da Europa Ocidental. Reinava o respeito e a tolerância entre diversas culturas e religiões (Islâmica, Católica e Judaica), o que tornou Córdoba conhecida como a Cidade das Três Religiões.
- No final do século X, começou o declínio da cidade sob o comando do general Al-Mansur (Almançor), que após golpe de estado, tomou o poder do califado e tornou-se governador árabe da Península Ibérica do final do século X a início do séc. XI. Seu governo é dito como cruel e sangrento, principalmente contra os cristãos. A cidade tolerante das três religiões, não mais existia.
- No ano de 1008, a cidade começou a ser saqueada por bárbaros, a anarquia imperava e a cidade decaia cada vez mais.
- Após, a reconquista em 1236, por Fernando III, Córdoba passou a ser mais uma cidade provinciana.
- No ano de 1478, os reis católicos Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela, implantaram o Tribunal da Inquisição Espanhola. Diferente da inquisição medieval, a inquisição espanhola tinha o aval da realeza que desejava manter o catolicismo como única religião em seus reinos. Começa as perseguições aos judeus e islâmicos convertidos, sob a suspeita que continuavam mantendo sua fé entre quatro paredes. Prisões injustificáveis, torturas, posse dos bens dos "hereges", morte em fogueira, ..., tudo que a crueldade permitir imaginar.
- O Tribunal da Inquisição Espanhola terminou em 1812, abolido pelos Tribunais Constituintes de Cádiz.
- Foi no século XIX, com o desenvolvimento industrial, que a cidade voltou a progredir.
- Em 1984, o Centro Histórico e vários monumentos de Córdoba, foram declarados como Patrimônio Mundial pela UNESCO.
Tudo isto torna esta cidade rica em tradições, história, patrimônio cultural e arquitetônico variado.
Tanto que seu Centro Histórico foi considerado Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO, em 1994.
- Hospedagem em Córdoba
Córdoba merece pelo menos um ou dois dias. Existem vários hotéis, hospedarias e hostel.
Mas, o melhor lugar para se hospedar, sendo você turista é no bairro da Juderia, de onde você percorre a pé para várias atrações turísticas.
Mas, o melhor lugar para se hospedar, sendo você turista é no bairro da Juderia, de onde você percorre a pé para várias atrações turísticas.
Como sempre fazemos, nossa primeira providência foi localizar o hotel reservado através da Booking.com. Foi apenas uma diária no Hostel El Antiguo Convento, na Calle Rey Heredia, 26.
Sem grandes luxos ou excesso de conforto, mas com ótimo custo-benefício. A diária foi de 65 euros, sem desjejum (café da manhã).
Interessante, a decoração retrô do hostel, com vários móveis e objetos antigos à mostra.
O quarto era pequeno e bem básico, com banheiro privativo, ar condicionado e uma pequena sacada que permite visualizar a estreita rua.
Interessante, a decoração retrô do hostel, com vários móveis e objetos antigos à mostra.
O quarto era pequeno e bem básico, com banheiro privativo, ar condicionado e uma pequena sacada que permite visualizar a estreita rua.
O hotel possui um pequeno terraço com vista limitada da cidade. Geralmente, este terraço é frequentado pelos fumantes.
A maior desvantagem do Hostel é não ter estacionamento próprio. Entretanto, fica perto de estacionamentos públicos e pagos. Deixamos o carro em um dos estacionamentos próximo e fizemos nossos passeios a pé. Pagamos 15,50 euros pelo estacionamento. Não foi barato, mas necessário.
A maior desvantagem do Hostel é não ter estacionamento próprio. Entretanto, fica perto de estacionamentos públicos e pagos. Deixamos o carro em um dos estacionamentos próximo e fizemos nossos passeios a pé. Pagamos 15,50 euros pelo estacionamento. Não foi barato, mas necessário.
Estando devidamente instalados, antes que nós iniciemos nosso tour sem guia pela cidade, deixo o registro do azulejo do hall de entrada do nosso hostel. Achei um mimo. Amei.
Bora bater perna que Córdoba tem muitas atrações. 🚶🚶
Vamos circular pelo centro histórico de Córdoba, no bairro da Juderia, o antigo e famoso bairro judeu.
Consiga um mapa da cidade no seu hotel ou em algum ponto turístico. Isto é essencial para facilitar seu passeio.
Aqui vou registrar algumas construções que contribuem para deixar esta cidade única e especial.
Todas na Calle Rey Heredia, a rua do nosso hostel.
- Palacio del Duque de Medina Sidonia
Próximo ao monastério, na Calle Rey Heredia, fica o Palacio del Duque de Medina Sidonia, D. Enrique de Castilla, filho bastardo do Rei Enrique II de Castela com D. Juana de Sousa. A residência é também conhecida por Armenta ou Cárdenas.
Construída em estilo mudéjar no século XIV, foi remodelada no século XVII. O portal em estilo barroco data de 1636. O brasão no frontal da varanda pertence à linhagem Armenta.
- Convento de Santa Clara:
Departamento Municipal de Turismo de Córdoba
Na Calle Rey Heredia 22, fica o Departamento Municipal de Turismo de Córdoba (IMTUR), em uma construção onde também funciona a Asociación de Artistas Flamencos de Córdoba (Organização sem fins lucrativos), com apresentações noturnas (ver programação antes) e restaurante.
Atualmente, apenas uma parte foi recuperada. Pelo menos o portão principal está recuperado e mantém o esplendor de seu passado.
Estava fechada e sem qualquer informação no exterior sobre horários de visitação ou se abre ao público.
Tudo que vimos até o momento fica na rua do hostel em que ficamos hospedados.
Almoçamos no bairro de La Juderia, onde não falta restaurantes, tabernas e cafeterias.
Escolhemos ao acaso a Taberna Deanes, Calle Deanes, 6. Ambiente agradável e simpático pátio interno, rodeado por vários salões cobertos. Optamos pelo menu do dia (menu da casa) a 12 euros cada, bebida não inclusa. Boas opções com preços em conta.
Nesta edificação funcionava o antigo Hospital Provincial de Agudos, fundado pelo então Cardeal Pedro Salazar, em 1704.
Nós não resistimos a uma porta aberta. Entramos.
No interior ficam dois pátios. Sendo o principal mais suntuoso e ajardinado.
Gente, este pátio é um convide à leitura e a filosofar. Bom, se você conseguir uma boa sombra. Mas, pelo menos é lindo e muito agradável.
O segundo pátio e menor e mais simples.
Abaixo, uma visão de um dos corredores que levam às salas de aulas. Um dia bem tranquilo.
Porta moura restaurada no início do século XX pelo arquiteto Ricardo Velázquez Bosco (1843-1923) e o escultor Mateo Inurria (1867-1924).
Balcones
Dobramos mais uma esquina para a fachada sul, na Calle Corregidor Luis de la Cerda. Lá encontramos os Balcones (varandas). Construídos no século XVIII, para melhorar a iluminação natural da biblioteca e outras salas da Mesquita-Catedral.
A fachada leste é a única que não possui portas e acessos ao interior do monumento.
Formados por três andares de arcos sobrepostos. Cada andar com cinco varandas. No andar do meio, podemos visualizar alguns brasões com escudos episcopais pintados.
Bora bater perna que Córdoba tem muitas atrações. 🚶🚶
Vamos circular pelo centro histórico de Córdoba, no bairro da Juderia, o antigo e famoso bairro judeu.
Consiga um mapa da cidade no seu hotel ou em algum ponto turístico. Isto é essencial para facilitar seu passeio.
Aqui vou registrar algumas construções que contribuem para deixar esta cidade única e especial.
Todas na Calle Rey Heredia, a rua do nosso hostel.
- Convento da Encarnação
No início da Calle Rey Heredia, à direita na esquina com a Calle Encarnación, fica o Convento Cisterciense da Anunciação de Nossa Senhora ou Convento da Encarnação. Criado em 1510, sofreu alterações no final do século XVII e início do século XVIII, adquirindo o aspecto barroco atual.
Sobre o portal de entrada, o relevo em pedra com a temática da Anunciação, foi acrescentado posteriormente, projeto atribuído ao arquiteto castelhano Hernán Ruiz III (1534-1606).
O mosteiro possui uma igreja de nave única.
Vista de um dos pátios do Monastério.
- Oratório do Cavaleiro da Graça
Defronte ao convento, na Calle Encarnación, fica o Oratório do Cavaleiro da Graça, datado de 1743. No frontão do portal, temos um relevo de um cálice. Símbolo da Congregação de Escravos Indignos do Santíssimo Sacramento.
👉 Curiosidade: Na rua da Encarnação, entre 1499 a 1507, morou o sacerdote e inquisidor Diego Rodriguez Lucero, o Grande Inquisidor, o Homem das Trevas, com formação em teologia e bacharel em direito. Provavelmente, um cristão convertido que se tornou um fanático cristão. Perseguia cruelmente os judeus convertidos acusados de, secretamente, praticarem cultos da antiga fé. Parece irônico e terrível ao mesmo tempo. Um convertido, perseguindo outros convertidos. O que o ser humano não faz para provar o seu valor e crença? Atropela inclusive os preceitos básicos da própria religião, os 10 mandamentos do Antigo Testamento e todos os ensinamentos de Cristo. 😞😩
Próximo ao monastério, na Calle Rey Heredia, fica o Palacio del Duque de Medina Sidonia, D. Enrique de Castilla, filho bastardo do Rei Enrique II de Castela com D. Juana de Sousa. A residência é também conhecida por Armenta ou Cárdenas.
Construída em estilo mudéjar no século XIV, foi remodelada no século XVII. O portal em estilo barroco data de 1636. O brasão no frontal da varanda pertence à linhagem Armenta.
A sacada da tribuna no primeiro andar é apoiada por suportes com máscaras do início do barroco andaluz.
Infelizmente, a porta estava fechada. Não tinha nenhuma placa no exterior, acredito que ainda sirva como moradia.
- Convento de Santa Clara:
Departamento Municipal de Turismo de Córdoba
Na Calle Rey Heredia 22, fica o Departamento Municipal de Turismo de Córdoba (IMTUR), em uma construção onde também funciona a Asociación de Artistas Flamencos de Córdoba (Organização sem fins lucrativos), com apresentações noturnas (ver programação antes) e restaurante.
Esta construção ocupa apenas uma parte do antigo Convento de Santa Clara, que fica na esquina da Calle Rey Heredia (rua do nosso hostel) com a Calle Osio.
Neste local, ocorrem exposições de festas e tradições judaicas.
Neste local, ocorrem exposições de festas e tradições judaicas.
A parte mais antiga do Convento de Santa Clara não é utilizada e aguarda definição de seu destino.
O convento de Santa Clara foi o primeiro convento construído após a reconquista cristã, sendo por este motivo um importante marco histórico de Córdoba.
Construída sobre os destroços de uma mesquita árabe. Sua torre foi construída aproveitando o minarete da antiga mesquita.
Após a extinção do convento, o mesmo ficou abandonado.Atualmente, apenas uma parte foi recuperada. Pelo menos o portão principal está recuperado e mantém o esplendor de seu passado.
Estava fechada e sem qualquer informação no exterior sobre horários de visitação ou se abre ao público.
- Bairro Judeu de Córdoba:
O Bairro Judeu ou La Judería é um labirinto de ruazinhas estreitas, sinuosas e simpáticas, com casas e prédios caiados de branco, pequenas praças e muitos pátios que podem ser visitados ou no mínimo vislumbrados. As casas servem de moradia, hotelaria, restaurantes, museus, lojas, ...
Por fazer parte do Patrimônio Histórico, muitas construções mantêm sua configuração original do período islâmico.
Na época, era comum as casas possuírem fachada simples e austera, a fim de afugentar os maus-olhados e cobiças. Porém, dentro eram construídos pátios de convivência familiar longe dos olhares curiosos de estranhos. Algumas casas possuíam mais de um pátio. Um para as visitas e outro apenas para a família.
Jardins, vasos floridos, fontes, bancos. Cada qual decorado ao gosto dos moradores.
Durante as Fiestas de los Patios, sempre em maio de cada ano, a maioria dos pátios são abertos para visitação.
Vejam o exemplo a seguir: Portas rústicas de madeira se abrem para um lindo pátio interno, precedido por um hall de entrada. Neste hall e pátio, permanecem os traços mouros nas arcadas e mosaicos do pavimento e paredes.
Espero que vocês estejam animados, pois o nosso passeio está apenas começando.Tudo que vimos até o momento fica na rua do hostel em que ficamos hospedados.
- Calleja de las Flores
No mês de maio, ocorre a Fiesta de los Patios de Córdoba ou Festival de Pátios Cordobeses. Época em que as ruas e pátios são enfeitados com vasos coloridos e floridos, formando um belo jardim vertical. Excelente época para "turistar" em Córdoba e aproveitar o clima romântico que invade as ruas.
A popular Calleja de las Flores (Ruas das Flores) ou beco das flores, termina em uma pequena praça sem saída. É passagem obrigatória com direito a lindas fotos.
Ande com calma e aproveite este mimo primaveril sem pressa. Encante-se.
No mês de maio, ocorre a Fiesta de los Patios de Córdoba ou Festival de Pátios Cordobeses. Época em que as ruas e pátios são enfeitados com vasos coloridos e floridos, formando um belo jardim vertical. Excelente época para "turistar" em Córdoba e aproveitar o clima romântico que invade as ruas.
A popular Calleja de las Flores (Ruas das Flores) ou beco das flores, termina em uma pequena praça sem saída. É passagem obrigatória com direito a lindas fotos.
Ande com calma e aproveite este mimo primaveril sem pressa. Encante-se.
Mas, não é só a Calleja de las Flores que recebe o ar primaveril em vasos. Outros pontos comerciais em diversas ruas seguem o exemplo como a lanchonete Taberna Los Geranios na Calle Velázquez Bosco (última imagem da foto abaixo).
Nestas ruas estreitas do bairro judeu, você encontra bons restaurantes, cafeterias e lojas de artesanatos e lembrancinhas. Aliás, isto é o que mais se tem neste bairro. Parece que tudo funciona em função do turismo local e internacional. Mas, não. Este é o jeito dos moradores saudarem a primavera e o período de cultivo.
Se você seguir pela Calle Velázquez Bosco, chegará na Mesquita-Catedral de Córdoba (que veremos no final da postagem).
Nestas ruas estreitas do bairro judeu, você encontra bons restaurantes, cafeterias e lojas de artesanatos e lembrancinhas. Aliás, isto é o que mais se tem neste bairro. Parece que tudo funciona em função do turismo local e internacional. Mas, não. Este é o jeito dos moradores saudarem a primavera e o período de cultivo.
Se você seguir pela Calle Velázquez Bosco, chegará na Mesquita-Catedral de Córdoba (que veremos no final da postagem).
O bairro da Juderia é um dos mais antigos. Você meio que se perde e se acha nas ruas. No final sempre encontra cantinhos charmosos. Vejam na foto abaixo a simpática Calle Romero, que como as demais ruazinhas recebe pavimentação de pedra e iluminação com candelabros.
Mas, o Palácio de Viana e seus doze pátios, no bairro Alcázar Viejo, é considerado o mais espetacular. Palácio Renascentista, na Plaza Don Gome, classificado como museu. De modo geral os pátios que participam do concurso são gratuitos. Não é o caso do Palácio de Viana, onde a entrada é paga. Visita completa (museu e pátio): 8 euros. Apenas os pátios: 5 euros. (Com o tempo curto, não o visitamos).
Taberna Deanes:Almoçamos no bairro de La Juderia, onde não falta restaurantes, tabernas e cafeterias.
Escolhemos ao acaso a Taberna Deanes, Calle Deanes, 6. Ambiente agradável e simpático pátio interno, rodeado por vários salões cobertos. Optamos pelo menu do dia (menu da casa) a 12 euros cada, bebida não inclusa. Boas opções com preços em conta.
- Plaza Cardenal Salazar
Depois do almoço, seguimos nosso passeio ainda no antigo bairro judeu. Foi andando sem rumo que nos deparamos com o imponente prédio da Universidade de Córdoba, Faculdade de Filosofia e Artes, na pequena Plaza Cardenal Salazar.
👉 Que pena. Meu celular resolveu pensar por si só e optou pelo branco e preto em alguns momentos. Eu só percebi muito tempo depois. Mesmo assim resolvi postar as fotos. Algumas ficaram interessantes. 😔Não estava em nosso roteiro, mas paramos para admirar o emblemático prédio.
Nesta edificação funcionava o antigo Hospital Provincial de Agudos, fundado pelo então Cardeal Pedro Salazar, em 1704.
Nós não resistimos a uma porta aberta. Entramos.
No interior ficam dois pátios. Sendo o principal mais suntuoso e ajardinado.
Gente, este pátio é um convide à leitura e a filosofar. Bom, se você conseguir uma boa sombra. Mas, pelo menos é lindo e muito agradável.
O segundo pátio e menor e mais simples.
Abaixo, uma visão de um dos corredores que levam às salas de aulas. Um dia bem tranquilo.
- Plaza Maimónides:
Saímos da universidade e continuamos o nosso passeio. Em pouco tempo chegamos à Plaza Maimónides.
Mais uma harmoniosa praça. Embora não seja arborizada as construções no entorno mantém a arquitetura original.
- Museu Taurino
Nesta praça fica o curioso Museu Taurino, dedicado aos toureiros e suas façanhas. Eu não sou adepta de touradas, mas resolvemos entrar pelo valor cultural desta prática em toda Espanha.
O museu ocupa uma antiga casa de dois andares, do século XVI, a Casa de Las Bulas (Casa dos Touros), também conhecida como Armentas.
O nome Casa dos Touros surgiu no século XVIII, quando aqui eram vendidos touros.
Em 1954, a casa foi adquirida pelo município de Córdoba e passou a abrigar o Museu Municipal de Artes e Ofícios Cordobesas. Apenas em 1983, passou a ser o Museu Taurino.
No pátio interno, na entrada do museu, uma escultura de um touro em tamanho original recepciona os visitantes. Impossível não tirar uma ou mais fotos.
Com forte tradição em touradas, Córdoba não poderia deixar de homenagear esta controversa atividade. Para tanto, conseguiu reunir informações, roupas, capas, esculturas, pinturas e outros objetos dos principais toureiros que aqui se apresentaram. Lagartijo, Guerrita, Machaquito, Manolete e Manuel Benítez, El Cordobés.
Próximo à entrada, o busto do toureiro Manuel Laureano Rodriguez Sánchez (1917 - 1947), conhecido como Manolete.
A exposição começa pelo pequeno pátio e segue pelas sete salas da Casa de la Bulas.
Além da exposição das roupas usadas pelos toureiros em suas apresentações, existem painéis e vídeos sobre os toureiros e eventos mais expressivos.
Para quem ama touradas, é um prato cheio. Vale a visita pela curiosidade.
O patio maior da Casa de la Bulas (Casa dos Touros) foi transformado no Patio del Zoco, que veremos a seguir.
Chama a atenção o imenso afresco pintado em uma das paredes do pátio bem conservado.
- Sinagoga de Córdoba
Saímos da universidade e continuamos o nosso passeio. Em pouco tempo chegamos à Plaza Maimónides.
Mais uma harmoniosa praça. Embora não seja arborizada as construções no entorno mantém a arquitetura original.
- Museu Taurino
Nesta praça fica o curioso Museu Taurino, dedicado aos toureiros e suas façanhas. Eu não sou adepta de touradas, mas resolvemos entrar pelo valor cultural desta prática em toda Espanha.
O museu ocupa uma antiga casa de dois andares, do século XVI, a Casa de Las Bulas (Casa dos Touros), também conhecida como Armentas.
O nome Casa dos Touros surgiu no século XVIII, quando aqui eram vendidos touros.
Em 1954, a casa foi adquirida pelo município de Córdoba e passou a abrigar o Museu Municipal de Artes e Ofícios Cordobesas. Apenas em 1983, passou a ser o Museu Taurino.
No pátio interno, na entrada do museu, uma escultura de um touro em tamanho original recepciona os visitantes. Impossível não tirar uma ou mais fotos.
Com forte tradição em touradas, Córdoba não poderia deixar de homenagear esta controversa atividade. Para tanto, conseguiu reunir informações, roupas, capas, esculturas, pinturas e outros objetos dos principais toureiros que aqui se apresentaram. Lagartijo, Guerrita, Machaquito, Manolete e Manuel Benítez, El Cordobés.
A exposição começa pelo pequeno pátio e segue pelas sete salas da Casa de la Bulas.
Além da exposição das roupas usadas pelos toureiros em suas apresentações, existem painéis e vídeos sobre os toureiros e eventos mais expressivos.
Para quem ama touradas, é um prato cheio. Vale a visita pela curiosidade.
O patio maior da Casa de la Bulas (Casa dos Touros) foi transformado no Patio del Zoco, que veremos a seguir.
- Patio del Zoco
Depois de visitar o museu você pode sair pela entrada principal (por onde entrou) ou pelo Patio del Zoco, um dos famosos Pátios de Córdoba na estreita rua Calle Judios. Fato que confunde um pouco. Muitos turistas acham que este pátio faz parte do museu. Mas, não. São duas entidades distintas uma da outra.
É, na realidade, um Centro Artesanal Municipal. Em 1954, os jardins da casa foram transformados no então mercado municipal de artesanatos pelo arquiteto José Rebollo Dicenta.
Aqui funciona a Asociación Cordobesa de Artesanos, onde se encontra os trabalhos de artesãos locais. São peças de prata, ouro, couro, madeira e cerâmica.
O termo
castelhano
zoco (souk) tem origem no
vocábulo árabe suq, que significa mercado.
O Patio del Zoco ou Pátio do Souk, mantem a arquitetura mudéjar encantadora do pátio interno da bela e antiga casa de dois andares, do século XVI, a Casa de Las Bulas, cujo prédio principal foi transformado no Museu Taurino.
Nas paredes, os vasos floridos proliferam em homenagem à primavera (estivemos lá em maio).
Em outro pequeno pátio interno, uma antiga e bem conservada fonte complementa o cenário. No portal arqueado ao lado da fonte funciona uma oficina de couro.
- Estátua de Maimónides:
Saímos do pátio e seguimos pela estreita Calle Judíos.
Em um pequeno recuo, que forma a pequena Praça de Tiberíades, encontramos a Estátua de Maimónides, em bronze sobre pedestal de pedra. Monumento de 1964, pelo escultor Amadeo Ruiz Olmos (1913-1993).
O judeu Ben Maimónides (1135-1204) foi filósofo, teólogo e médico.
Nascido em Córdoba foi expulso da cidade, juntamente com sua família, pelos muçulmanos (Almohads) aos 13 anos, estabelecendo residência em Cairo, Egito.
A edificação por trás da estátua,
é a loja Artesania Maimonides, que vende lindas peças trabalhadas em filigranas
de prata.
- Sinagoga de Córdoba
Seguindo pela Calle Judios, por 1 a 2 minutos, você chega na Sinagoga de Córdoba. Pensem
em uma rua estreitinha. Se não fosse o nome ao lado da porta de entrada, nós não teríamos entrado. A entrada é bem discreta.
A porta de entrada leva a um pequeno pátio para as abluções antes das orações.
Templo hebraico secular dos judeus sefardis, construído entre os anos de 1314 e 1315, no período cristão de Alfonso VI, em estilo mudéjar.
Em 1884, durante trabalhos de reforma e reabilitação do prédio, se
descobriu os originais trabalhos de reboco em gesso em estilo mudéjar, com decorações de vegetais e antigos
salmos judaicos, nas paredes correspondentes ao andar superior. A descoberta é atribuída a
- Casa de Sefarad
Saindo da Sinagoga, na mesma rua, não deixe de ver a Casa de Sefarad, um museu privado e independente. Situado na esquina entre a Calle Judios e Calle Averroes.
Mais barato, impossível. A entrada foi praticamente de graça. Apenas 0,30 euros. Se você for da comunidade europeia, é gratuito.
O recinto é pequeno e a visita corre rapidamente.
O pátio de ablução leva a um hall de entrada, onde uma escada de madeira acessa o piso superior onde as mulheres ficavam, era a galeria das mulheres.
As paredes na altura do andar superior, são finamente decoradas com gesso e estuque ornamentais. A nível do térreo as paredes estão descascadas e sem revestimentos.
As três janelas em arco, recebem moldura com lendas hebraicas. Pelo menos, foi o que entendi.
O recinto é pequeno e a visita corre rapidamente.
O pátio de ablução leva a um hall de entrada, onde uma escada de madeira acessa o piso superior onde as mulheres ficavam, era a galeria das mulheres.
As paredes na altura do andar superior, são finamente decoradas com gesso e estuque ornamentais. A nível do térreo as paredes estão descascadas e sem revestimentos.
As três janelas em arco, recebem moldura com lendas hebraicas. Pelo menos, foi o que entendi.
Esta é uma
das três sinagogas (antigas) existentes na Espanha, sendo a única sinagoga histórica da Andaluzia. Sua construção é anterior à expulsão dos judeus pela Santa Inquisição.
A sala maior e quadrada é a sala de orações. Cada lado tem aproximadamente 6,5 metros de largura.
A sala maior e quadrada é a sala de orações. Cada lado tem aproximadamente 6,5 metros de largura.
Os judeus foram expulsos da Espanha em 1492, pela inquisição, no reinado de Fernando II e Isabel I.
Após a expulsão, o templo teve vários usos. Foi hospital para pacientes com raiva, eremitério (1588) dedicado a alguns santos, escola infantil (século XIX).
Acima dos trabalhos em relevo, ficam cinco aberturas em arco que promovem a iluminação e ventilação do recinto.
Em 1884, durante trabalhos de reforma e reabilitação do prédio, se
descobriu os originais trabalhos de reboco em gesso em estilo mudéjar, com decorações de vegetais e antigos
salmos judaicos, nas paredes correspondentes ao andar superior. A descoberta é atribuída a Rafael Romero Barros (pai de Julio Romero de Torres).
No final do século XIX, a sinagoga foi declarada como Monumento Nacional.
Na parede à direita de quem entra fica o Tabernáculo, onde a cerimônia era proferida pelo rabino. Os pergaminhos sagrados da Torá, eram guardados nos ninhos laterais.
Na parede à direita de quem entra fica o Tabernáculo, onde a cerimônia era proferida pelo rabino. Os pergaminhos sagrados da Torá, eram guardados nos ninhos laterais.
No tempo em que foi usado como ermitério, a parede com o nicho ricamente trabalhado foi coberta com um retábulo de Santa Quitéria. Ainda é possível ver uma cruz que foi pintada no interior do nicho.
O mesmo aconteceu com as outras paredes da sinagoga, motivo que de certa forma preservou parte da herança hebraica.
O mesmo aconteceu com as outras paredes da sinagoga, motivo que de certa forma preservou parte da herança hebraica.
- Casa de Sefarad
Saindo da Sinagoga, na mesma rua, não deixe de ver a Casa de Sefarad, um museu privado e independente. Situado na esquina entre a Calle Judios e Calle Averroes.
O acesso custa 4 euros por pessoa.
A comunidade judia de Sefarad, refere-se aos judeus da Península Ibérica. É bom saber que os judeus viviam em Córdoba desde a época dos romanos.
Mosaicos romanos dos séculos II e III, descobertos acidentalmente em escavações durante obras de reforma da Plaza de la Corredera, em 1959.
Mais de uma fonte d'água para refrescar e vários canteiros demarcados com cercas vivas complementam o espaço.
A edificação que aparece no lado esquerdo da foto, faz parte da Caballerizas Reales (estábulos reais).
Nesta antiga e restaurada casa, do século XIV, objetos e murais resgatam e esclarecem sobre a vida cotidiana e religiosa deste povo, antes de sua expulsão da cidade pela inquisição, e queimas de livros hebraicos, em 1492.
Um bom complemento após visitar a Sinagoga.
Um bom complemento após visitar a Sinagoga.
Após passar pela recepção, você adentra a casa até um bonito e bem cuidado pátio central em formato retangular, com arcadas e colunas. Aqui a exposição tem início.
O pátio central e as cinco salas/quartos são divididos em oito tópicos:
Al-Ândalus, refere-se ao período na Península Ibérica do domínio do Califado Omíada (séc VIII).
São mulheres que se destacaram em setor na sociedade da época independente de sua religião. Mulheres cristãs, judias e muçulmanas. Pensadoras, poetas, médicas, bibliotecárias, ...
- Sala do ciclo da vida;
- Sala da Sinagoga;
- Sala Maimónides;
- Sala da inquisição;
- Sala das mulheres de Al-Ándalus;
- Sala dos ciclos festivos;
- Sala da juderia de Córdoba;
- Sala da música.
Al-Ândalus, refere-se ao período na Península Ibérica do domínio do Califado Omíada (séc VIII).
São mulheres que se destacaram em setor na sociedade da época independente de sua religião. Mulheres cristãs, judias e muçulmanas. Pensadoras, poetas, médicas, bibliotecárias, ...
No final da visitação, não poderia faltar a lojinha com lembrancinhas e souvenires.
- Museu
Al-iksir
Ainda na
Calle judios, encontramos outro museu em uma casa do século XIII, totalmente
reformada e adaptada.
O Museu
de Alquimia Al-Iksir que tem o objetivo de divulgar a história da alquimia, a
ciência milenar da transmutação da matéria, sob uma ótica um tanto mística e
espiritual.
Apesar de
todo o fascínio que o assunto pode despertar, não o visitamos. Nosso tempo em
Córdoba era bem limitado. Mas, deixo a referência para futuras viagens ou para
os mais aficionados.
A entrada custa 6 euros.
- Casa Andalusí
Saindo do museu, a uma distância de 8 m fica a Casa Andalusí, ambientada como uma tradicional casa andaluza típica do século XII. A edificação em que se encontra é do séc XI.
A entrada por pouco não passa despercebida.
A Casa
Andalusí é o ideal para conhecer como eram as residências em al-Ándalus e
entender o estilo de vida mourisco no período medieval. Uma pequena casa-museu.
São
vários ambientes bem decorados mesclando detalhes árabes e andaluzes.
Inaugurada em 1997, traz arquitetura e objetos de influência árabe como mobília, vasos, mosaicos, livros, luminárias, ...
Tem até um espaço destinado à história do papel e ao processo de sua fabricação na época do califado.
Abaixo, na parede, uma interessante impressão em couro.
Tem até um espaço destinado à história do papel e ao processo de sua fabricação na época do califado.
Abaixo, na parede, uma interessante impressão em couro.
Diferente da maioria dos museus, aqui você pode se sentar e folhear os livros à mostra.
Alguns livros e objetos de decoração podem ser adquiridos. Caso seja de seu interesse é só pedir informações na recepção da casa.
A entrada custa 4 euros.
A entrada custa 4 euros.
- Puerta de
Almodóvar
Seguimos
o nosso passeio até a Puerta de Almodóvar, conhecida como Bad al-Yawz / Puerta
del Nogal (Porta da Nogueira (período muçulmano) ou Puerta de Almodóvar, (após
reconquista cristã em 1236). O último nome, por conduzir à estrada para a Villa
de Almodóvar.
É dos
portões da parte oeste da muralha da cidade islâmica de Córdoba, conhecida como
Muralha de la Medina ou Muralha de la
Villa. Uma entrada ou saída para o Bairro Judeu (Centro histórico de Córdoba)
do qual acabamos de sair.
Apesar da origem árabe, a configuração atual desta porta é do século XIV.
Ameias piramidais coroam toda a parte superior da muralha.
Atualmente, apenas parte da muralha e algumas portas permanecem de pé. Esta parte está bem conservada.
Das sete portas de passagem desta muralha, restam apenas três. Esta é uma dela, o que a torna de inestimável valor histórico.
Ameias piramidais coroam toda a parte superior da muralha.
Atualmente, apenas parte da muralha e algumas portas permanecem de pé. Esta parte está bem conservada.
Das sete portas de passagem desta muralha, restam apenas três. Esta é uma dela, o que a torna de inestimável valor histórico.
- Estátua
de Sêneca
Próximo
da porta, fica uma estátua em bronze de Lucio Anneo Sêneca, cordobense do
Império Romano (4 a.C. - 65 d.C.). Sêneca é representado de corpo inteiro vestindo uma toga, segurando um pergaminho com a mão esquerda, sobre um pedestal de pedra.
A estátua foi
inaugurada em 1965, sendo atribuída ao escultor Amadeo Ruiz Olmos.
Sêneca
foi orador, filósofo, escritor, advogado e político. Chegou a ser senador do Império Romano.
Umas das
frases atribuídas a Sêneca, nos faz pensar, ... 👀:
“A religião é vista pelas pessoas comuns como
verdadeira, pelos inteligentes como falsa, e pelos governantes como útil.”
Por trás da estátua de Seneca, acessada por escadas, uma grande área pública com jardins, árvores e uma imensa fonte d'água em formado retangular, fornece sombra e frescor. Excelente espaço para caminhar, tirar fotos e descansar nos bancos à sombra de frondosas árvores.
Aproveite para se hidratar em um dos quiosques no entorno.
👉 Se você seguir pela praça e atravessar a pista mais adiante, chegará ao Mercado Victoria, um bom lugar para uma cerveja gelada e alguns tapas. Fica a dica.
- Muralhas de Córdoba
Antigamente, Córdoba tinha cinco áreas cercadas por muralhas defensivas: Villa ou Medina, Ajerquía, Castillo de La Judería (Castelo da Juderia), Alcazar Viejo e Huerta del Alcazar. Muralhas edificadas em períodos distintos. As últimas três no atual bairro de San Basilio.
Apenas alguns trechos das muralhas são mantidos até os dias atuais.
A seguir, o mapa mostra a área de cada muralha na época de sua existência.
Antigamente, Córdoba tinha cinco áreas cercadas por muralhas defensivas: Villa ou Medina, Ajerquía, Castillo de La Judería (Castelo da Juderia), Alcazar Viejo e Huerta del Alcazar. Muralhas edificadas em períodos distintos. As últimas três no atual bairro de San Basilio.
Apenas alguns trechos das muralhas são mantidos até os dias atuais.
A seguir, o mapa mostra a área de cada muralha na época de sua existência.
Seguimos ao longo da Muralha de la Medina e suas torres, pela Calle Cairuan. Sempre caminhando. 🚶🚶🚶
Na foto abaixo, a edificação à direita é o Hospital Cruz Roja de Córdoba (Hospital da Cruz Vermelha de Córdoba), fundado em 1933.
Em uma modificação recente, o antigo riacho que corria ao longo da muralha, foi transformado em um lago com três piscinas que se conectam.
Em uma modificação recente, o antigo riacho que corria ao longo da muralha, foi transformado em um lago com três piscinas que se conectam.
- Monumento a Averroes
Escultura de Averroes, médico e filósofo muçulmano (1126 - 1198), nascido em Córdoba. Também conhecido como Ibn Rushud.
Averroes, é considerado o maior filósofo árabe da Idade Média e de uma cultura excepcional para a época. Sua obra literária abrange religião, filosofia, medicina, astronomia, física, jurisprudência, direito islâmico e linguística.
Em um pedestal, a escultura de Averroes está sentada, segurando um livro apoiado no joelho esquerdo. Trabalho de 1967, do escultor Pablo Yusti Conejo.
Em um pedestal, a escultura de Averroes está sentada, segurando um livro apoiado no joelho esquerdo. Trabalho de 1967, do escultor Pablo Yusti Conejo.
- Puerta de La Luna
Alguns metros adiante, na mesma muralha, fica a Puerta de La Luna, atualmente é um acesso livre para o Bairro de La Judería.
Alguns metros adiante, na mesma muralha, fica a Puerta de La Luna, atualmente é um acesso livre para o Bairro de La Judería.
Ao atravessar o arco da porta, você acessa o pátio de um restaurante. Em um canto do pátio, um estreito arco leva a um caminho tortuoso até o interior do Bairro Judeu.
É bom lembrar que não estamos mais no Bairro da Juderia.
No final da Calle Cairuan, você encontra uma bifurcação que leva a outras atrações. Escolha conforme seu interesse:
- Baños del Alcázar Califal:
Na
Plaza Campo Santo de los Mártires ficam os Baños del Alcázar Califal,
conhecidos como banhos turcos, descobertos acidentalmente em 1903. Se você
tiver tempo disponível não deixe de ir. Valor do ingresso: 2,50 euros.
Novamente, por conta do nosso tempo curto, não visitamos os banhos árabes. Seguimos pela outra opção
na bifurcação.
-
Ruínas das Murallas del Castillo de la Judería:
Nós
Seguimos pela Calle Martin de Roa onde ficam as Ruínas das Murallas del
Castillo de la Judería (Muralha do Castelo do Bairro Judeu). Em péssimo estado
de conservação. O Castelo do bairro Judeu era uma edificação militar que foi
cedida aos judeus que chegaram a Córdoba a partir de 1236, pelo então reis
castelhanos. O bairro judeu que se refere a muralha não mais existe e nem o
castelo. Foi destruído após ataque na revolta antissemita de 1431. Estão apenas
parte das muralhas e algumas torres.
Você
pode seguir pela passarela de madeira, ou pela calçada da mesma rua. Gratuito.
- Estátua Del Abuelo & El Niño
No final das ruínas, ainda na Calle Martin de Roa, uma escadaria leva à pequena Plaza Manuel Garrido Moreno, no bairro de San Basilio (conhecido com Alcázar Viejo).
Nesta praça fica a já famosa estátua do avô e o Menino (Del
Abuelo & El Niño). Esta escultura é uma homenagem aos cuidadores dos pátios. Obra de 2015, atribuída ao escultor José Manuel Belmonte.
Vários pátios estão inscritos no Festival dos Pátios de Córdoba que ocorre sempre no mês de maio.
Estes pátios funcionam das 11 às 14 horas e das 18 às 22 horas.
Foto do Google Maps. Não consegui uma boa foto pela quantidade de turistas no local. |
Neste ponto, utilizamos o GPS para nos indicar o melhor caminho para o Alcázar dos Reis Cristãos. O Google Maps também resolve. Sei que estamos perto, mas você pode ficar rodando em círculos se pegar o caminho errado.
- Caballerizas Reales
Seguimos por uma passagem em arco que nos levou até a Calle Caballerizas Reales, onde fica a edificação com a Caballerizas Reales (Cavalariça Real). Edificado por Felipe II em 1570, o prédio foi reconstruído no século XVIII, após um incêndio que o destruiu parcialmente.
Atualmente este prédio antigo e bem conservado, mantem um museu com carruagens antigas e um pátio para adestramento e show equestre.
Os horários de abertura são bem limitados e variam de acordo com o dia da semana. Verifique antes na internet. Deixo a dica para quem se interessar.
Não entramos estava fechado. De qualquer maneira não estava em nossos planos.
👉 O show equestre, dura aproximadamente uma hora e custa em torno de 16 euros (consultar antes). Para assistir ao adestramento é cobrado uma taxa menor. Nos dias em que não há treinamento de adestramento ou show, a entrada é gratuita. Neste caso, você acessa apenas o local onde ficam guardadas as carruagens.
- Alcázar de los Reyes Cristianos
Continuamos nosso passeio até a muralha da fortaleza militar dos reis cristãos, o Alcázar de los Reyes Cristianos, também conhecido como Fortaleza dos Monarcas Cristãos. Fica na Calle Caballerizas Reales, no bairro Alcázar Viejo (San Basilio), estrategicamente construído às margens do Rio Guadalquivir.
A construção da fortaleza tem formato quadrado quase retangular (66 m x 62 m) com quatro torres em seus ângulos e contornada com muralha de blocos de pedras, com ameias coroadas com primas.
As torres são:
⇒ Torre del Leones (Torre dos Leões) ou Torre de Honra. Atual entrada principal, aberta em 1662;
⇒ Torre del Homenaje ou Torre do Tributo;
⇒ Torre de la Inquisición ou Torre Ochavada ou Torre dos Jardins;
⇒ Torre de La Paloma (Torre da Pomba) ou Torre de la Vela. Destruída em 185o e reconstruída posteriormente. Em formato retangular.
A torre abaixo é a Torre del Homenaje ou Torre do Tributo, vista do lado de fora da fortaleza.
Esta torre em formado octogonal, era utilizada pelos reis para as proclamações ao povo. Sob a torre ficava a cisterna que abastecia as salas dos banhos reais.
Ao lado desta torre, incrustada no muro pelo lado interno, desponta uma torre retangular mais alta. Sobre a mesma uma cabine com arcos dos quatro lados, encimada por um telhado de quatro águas. Ao lado desta torre fica a antiga Capela da Inquisição.
Do lado externo, um jardim com palmeiras, ciprestes, laranjeiras e limoeiros, amenizam a rudeza da construção e trazem sombra para os diversos bancos na área.
👉 Do outro lado, atravessando a rua, você chega na Plaza Campo Santo de los Mártins, onde ficam os Baños del Alcázar. Que já mencionei antes e não visitamos por falta de tempo. (Você roda e roda, anda e anda. E parece estar chegar ao mesmo lugar. Tudo é tão perto.).
A área onde a fortaleza foi edificada possui uma longa história, tendo sido morada, palácio e fortaleza em diferentes reinados ao longo dos séculos. Romanos, visigodos, árabes e cristãos espanhóis.
Nos tempos romanos, era onde ficava a moradia do governador romano e da alfândega.
Durante o período visigodo, aproveitando parte da construção romana, foi edificado uma fortaleza no local.
👳No período mouro, foi a fortaleza/palácio (Alcázar) do Califa, com a reconstrução da antiga fortaleza visigoda. Nos séculos de domínio islâmico, o primitivo castelo foi expandido em vários momentos, tornando-se cidadela fortificada.
⛪Com a reconquista cristã de Córdoba, em 1236, o palácio do Califa ficou bastante destruído.
Decorridos quase cem anos da reconquista cristão, obras de reconstrução foram iniciadas. Estruturas mouras foram adaptadas pelo rei Alfonso X (o sábio). Entretanto, a conclusão da reconstrução só fora finalizada por Alfonso XI (o justiceiro, o nobre).
Em 1328, após a fortificação do Palácio com novas adaptações e melhorias, ainda mantendo algumas características mouras, tornou-se moradia da monarquia espanhola durante sua estadia na região.
Aqui, os reis católicos Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela, ambos extremamente católicos, viveram por oito anos, até a reconquista de Granada. Granada era o último reduto da Península Ibérica em poder dos mouros (muçulmanos do norte da África). Foi a partir deste período que o Alcázar, passou a ser conhecido como o Alcázar de los Reyes Cristianos.
Nos tempos romanos, era onde ficava a moradia do governador romano e da alfândega.
Durante o período visigodo, aproveitando parte da construção romana, foi edificado uma fortaleza no local.
👳No período mouro, foi a fortaleza/palácio (Alcázar) do Califa, com a reconstrução da antiga fortaleza visigoda. Nos séculos de domínio islâmico, o primitivo castelo foi expandido em vários momentos, tornando-se cidadela fortificada.
⛪Com a reconquista cristã de Córdoba, em 1236, o palácio do Califa ficou bastante destruído.
Decorridos quase cem anos da reconquista cristão, obras de reconstrução foram iniciadas. Estruturas mouras foram adaptadas pelo rei Alfonso X (o sábio). Entretanto, a conclusão da reconstrução só fora finalizada por Alfonso XI (o justiceiro, o nobre).
Em 1328, após a fortificação do Palácio com novas adaptações e melhorias, ainda mantendo algumas características mouras, tornou-se moradia da monarquia espanhola durante sua estadia na região.
Aqui, os reis católicos Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela, ambos extremamente católicos, viveram por oito anos, até a reconquista de Granada. Granada era o último reduto da Península Ibérica em poder dos mouros (muçulmanos do norte da África). Foi a partir deste período que o Alcázar, passou a ser conhecido como o Alcázar de los Reyes Cristianos.
Após a reconquista de Granada pela Espanha, a fortaleza foi doada à igreja católica, sendo usada como Tribunal dos Santos Ofícios (Inquisição Espanhola) a partir de 1482 até 1812.
Período em que foi construída uma estrutura de norte a sul, que dividiu o pátio central em dois. De um lado ficava o Pátio das Mulheres e do outro lado o Pátio Morisco. E na peça central, as celas da Inquisição. A maior parte destas alterações permanecem até os dias atuais.
Em 1810, durante a Guerra Peninsular, foi utilizada pelas tropas napoleônicas.
A seguir, foi prisão civil (1812) e depois prisão militar (1931).
Em 1955, foi entregue aos cuidados da prefeitura (Ayuntamiento) de Córdoba pelos militares, tornando-se Monumento Nacional Espanhol. Reparos e restaurações foram iniciados pelo arquiteto Victor Escribano Ucelay.
Atualmente, como Monumento Cultural de Córdoba, funciona como museu, além de alugar parte do espaço para eventos públicos ou privados (casamentos, aniversários, concertos, ...).
Escudo de Felipe II, o prudente, encimado por uma coroa ladeada por dois anjos, esculpido em pedra. Inicialmente, este escudo ficava na fachada do prédio da antiga prefeitura.
Período em que foi construída uma estrutura de norte a sul, que dividiu o pátio central em dois. De um lado ficava o Pátio das Mulheres e do outro lado o Pátio Morisco. E na peça central, as celas da Inquisição. A maior parte destas alterações permanecem até os dias atuais.
Em 1810, durante a Guerra Peninsular, foi utilizada pelas tropas napoleônicas.
A seguir, foi prisão civil (1812) e depois prisão militar (1931).
Em 1955, foi entregue aos cuidados da prefeitura (Ayuntamiento) de Córdoba pelos militares, tornando-se Monumento Nacional Espanhol. Reparos e restaurações foram iniciados pelo arquiteto Victor Escribano Ucelay.
Atualmente, como Monumento Cultural de Córdoba, funciona como museu, além de alugar parte do espaço para eventos públicos ou privados (casamentos, aniversários, concertos, ...).
Escudo de Felipe II, o prudente, encimado por uma coroa ladeada por dois anjos, esculpido em pedra. Inicialmente, este escudo ficava na fachada do prédio da antiga prefeitura.
Acessamos a fortaleza pela Torre de los Leones. A primeira coisa que vemos, no Hall de entrada, é o monumento ao rei Alfonso X (1221 -1284), o sábio, recepcionando os visitantes. Vestido de armadura, manto e coroa, com um livro na mão esquerda e um cetro na direita. Obra do escultor Juan Polo Velasco, 1965.
Alfonso X, rei de Castela e Leão, iniciou as obras de melhorias na fortaleza muçulmana, adaptando-a para a cultura cristã. Obras concluídas por Alfonso XI.
Galeria
Passando pela ante-sala, à esquerda de quem entra, seguimos por uma galeria com várias esculturas, a maioria romanas.
A escultura abaixo, em madeira policromada, com certeza não era romana. Parece pertencer ao período cristão.
Infelizmente, não anotei sua referência. Mas, pela coroa e trajes com manto, talvez seja uma rainha. Seria Isabel I? Por outro lado, as calças compridas sugerem atividades que exigiam praticidade para locomoção e montaria. A rainha Isabel I, participava ativamente das decisões do reino, mas não creio que não ia aos palcos de guerras. Então, ..., não sei quem é.
Passando pela ante-sala, à esquerda de quem entra, seguimos por uma galeria com várias esculturas, a maioria romanas.
A escultura abaixo, em madeira policromada, com certeza não era romana. Parece pertencer ao período cristão.
Infelizmente, não anotei sua referência. Mas, pela coroa e trajes com manto, talvez seja uma rainha. Seria Isabel I? Por outro lado, as calças compridas sugerem atividades que exigiam praticidade para locomoção e montaria. A rainha Isabel I, participava ativamente das decisões do reino, mas não creio que não ia aos palcos de guerras. Então, ..., não sei quem é.
Mas, esta segue a temática romana. Não parece muito antiga.
Busto em bronze de Lucio Anneo Seneca. Obra de 1895 pelo escultor Mateo Inurria (1867-1924).
Sarcófago romano tardio, bem conservado, século III.
No centro a representação das Portas de Hades.
À esquerda, duas mulheres segurando rolo de pergaminho. Alunas? Poetas? ...
E, à direita dois homens, apenas um de toga e rolo de pergaminho em uma das mãos. Estes seriam um homem letrado e seu discípulo?
No centro a representação das Portas de Hades.
À esquerda, duas mulheres segurando rolo de pergaminho. Alunas? Poetas? ...
E, à direita dois homens, apenas um de toga e rolo de pergaminho em uma das mãos. Estes seriam um homem letrado e seu discípulo?
Seguindo por esta galeria, você acessa um corredor que leva à Caballerizas Reales (Estábulos Reais) e a principal escada atual. Subindo, a escada leva às salas do museu (sala do mosaico e sala do oceano). Descendo, você acessa os banhos reais.
Sala dos mosaicos:
Neste salão, acessado pela galeria que acabamos de ver, as paredes estão repletas de mosaicos romanos. Mosaicos romanos dos séculos II e III, descobertos acidentalmente em escavações durante obras de reforma da Plaza de la Corredera, em 1959.
Abaixo, o mosaico romano Eros e Psique, do século II d.C., abraçados no centro e cercados pela representação das quatro estações do ano. Infelizmente, incompleto.
Na parede contrária, fica o mosaico de Medusa, mais completo que o anterior.
Mosaico romano com temática da mitologia grega, no centro fica a cabeça de Medusa com cobras no lugar do cabelo.
Medusa é uma das três górgonas (Medusa,
Sthenno e Euryale), filhas do deus marinho Fórcis (Phorkys) com sua irmã Ceto (Keto), deusa dos perigos do mar (baleias, tubarões, monstros marinhos e qualquer outro ser estranho, exuberante e perigoso do mar). As górgonas não foram as únicas crias do casal. Eles tiveram vários filhos que, devido a consanguinidade do casal, eram verdadeiros monstros. Assim conta o mito.
Um dos vários mosaicos geométricos encontrados neste salão. Este é o maior de todos os mosaicos da sala, praticamente ocupa toda a parede. A foto, mostra apenas uma parte.
Mosaico romano do século II, com a mitologia grega “Polifemo e Galatéia”.
Polifemo era um ciclope que se apaixona pela ninfa dos mares, Galatéia. Um amor não correspondido, pois Galatéia era apaixonada pelo pastor Ácis. Em um momento que o apaixonado casal namora, são flagrados pelo ciclope. Polifemo, tomado de ciúme e fúria, esmaga Ácis com uma enorme pedra. No final, nem Ácis e nem Polifemo, ficam com a musa Galatéia.
O mosaico recria o momento do encontro dos apaixonados, Galatéia e Ácis, nas margens de um rio.
O mosaico recria o momento do encontro dos apaixonados, Galatéia e Ácis, nas margens de um rio.
Abaixo, os escudos de Córdoba e prefeitura.
Sala de recepção ou Sala do Oceano
A Sala de Recepção fica ao lado do salão dos mosaicos. Ambas na antiga Capela da Inquisição que mais tarde foi a Capela da Prisão. Atualmente, além de museu, é utilizada para solenidades municipais e casamentos.
A Sala do Oceano é pequena com mobiliário de época em madeira, muito bem conservados.
Entre os móveis, cadeiras do coro de várias paróquias (século XVII), escrivaninha com adornos em marchetaria (séc. XIX), antiga poltrona com escudo no encosto (séc. XVII).
Sobre a escrivaninha, uma escultura da cabeça do "grande capitão" González Fernández, esculpida em mármore branco pelo escultor Mateo Inurria.
Destaque para o mosaico romano Oceano, cuja parte central é preservada e dá nome à sala. No centro o rosto do Deus das águas, filho de Urano, cercado por criaturas marinhas.
Baños Reales Mudéjares
No subsolo do museu, embaixo da sala dos mosaicos, fica a área denominada por Baños Reales Mudéjares, os banhos árabes.
O acesso aos banhos reais é feito por um pequeno pátio na área nordeste do pátio mourisco.
Apesar do nome e sua configuração, os banhos foram construídos por Alfonso XI de Castela, em 1338, para sua amante favorita, Leonor Núñez de Guzmán. A construção da sala de banhos, aproveitou as dependências já existentes das masmorras da antiga Alcazaba Islâmica.
O acesso aos banhos reais é feito por um pequeno pátio na área nordeste do pátio mourisco.
Apesar do nome e sua configuração, os banhos foram construídos por Alfonso XI de Castela, em 1338, para sua amante favorita, Leonor Núñez de Guzmán. A construção da sala de banhos, aproveitou as dependências já existentes das masmorras da antiga Alcazaba Islâmica.
Composto por três quartos com teto abobadados e claraboias em formato de estrelas de oito pontas. Estes quartos são comunicados à caldeira, forno e cisterna, que ficam no subsolo da Torre Homenaje, responsáveis pela água quente e vapores dos banhos. As paredes parecem ser de pedra bruta com algumas áreas com concreto.
Subir a Torre dos Leões e andar pelo adarve até a Torre Homenaje, admirar a cidade de um ponto elevado, é algo que você não pode perder. Apenas o adarve que une estas duas torres é liberado para os turistas.
O acesso é feito por uma estreita e rudimentar escada caracol pela Torre dos Leões. Com corrimão rudimentar e degraus irregulares, alguns mais altos que outros, pode ser um desafio para alguns.
A foto abaixo, mostra a escada que acessa a parte superior da Torre do Tributo (Homenaje). Acesso protegido por gradil de ferro e não liberado para turistas.
A foto abaixo, mostra a escada que acessa a parte superior da Torre do Tributo (Homenaje). Acesso protegido por gradil de ferro e não liberado para turistas.
👉 Mais uma vez, meu celular, passou para foto preto/branco. Ou talvez, sem perceber, eu o tenha feito. Confesso que gostei do resultado de algumas fotos.
Abaixo, do alto da Torre dos Leões, vemos a Torre del Homenaje e ao lado o telhado da Capela da Inquisição.
Abaixo, do alto da Torre dos Leões, vemos a Torre del Homenaje e ao lado o telhado da Capela da Inquisição.
A torre mais alta, terminada com estrutura de varanda e teto de quatro águas, era onde os juízes inquisidores enforcam os condenados pela inquisição, diante dos moradores locais. Um recado cruel e direto aos não convertidos.
Na foto abaixo, temos parte do telhado da antiga Capela da Inquisição. Não tenho certeza, acho que a pequena torre com teto convexo era a torre sineira da capela. 😏
Na próxima foto, podemos ver com clareza o adarve que interliga as duas torres (Homenaje e Leões) consideradas as mais antigas da edificação. As únicas abertas ao público.
Por este caminho, você pode ir de uma torre à outra. Porém, subir ou descer somente pela Torre dos Leões.
As outras duas torres (Inquisição e Pombas) não estão abertas ao público.
Abaixo, o grande telhado de duas águas, ao lado do adarve, pertence à antiga capela cristã, que inicialmente foi a Capela da Inquisição e, posteriormente, a Capela da Prisão.
Hoje, abriga parte do museu do Alcázar.
Abaixo, o grande telhado de duas águas, ao lado do adarve, pertence à antiga capela cristã, que inicialmente foi a Capela da Inquisição e, posteriormente, a Capela da Prisão.
Hoje, abriga parte do museu do Alcázar.
Do alto da Torre dos Leões, a vista panorâmica da cidade é maravilhosa.
Vejam a foto abaixo:
A torre alta e isolada é o Campanário da Mesquita-Catedral que iremos mais adiante.
A estrutura que se eleva no centro da foto, é a Catedral Católica construída após a reconquista cristã, que rompe o telhado da Mesquita, bem no coração.
Pela foto dá para perceber, como a Mesquita-Catedral de Córdoba fica bem próxima do Alcázar.
Vejam a foto abaixo:
A torre alta e isolada é o Campanário da Mesquita-Catedral que iremos mais adiante.
A estrutura que se eleva no centro da foto, é a Catedral Católica construída após a reconquista cristã, que rompe o telhado da Mesquita, bem no coração.
Pela foto dá para perceber, como a Mesquita-Catedral de Córdoba fica bem próxima do Alcázar.
É do alto da Torre dos Leões, que você obtém as melhores vistas panorâmica da fortaleza e jardins, da cidade, do rio e região circundante.
Então, com tranquilidade e calma, faça um pequeno esforço e suba a estreita escada de pedra. Você não irá se arrepender.
Na foto abaixo, temos uma vista geral dos jardins e parcial da Caballerizas Reales (que não visitamos) à direita.
As grandes piscinas ornamentais, cuja água servem para aguar os jardins, formam uma linha praticamente reta.
As superiores são usadas como lagoa para peixes e sua água é esverdeadas. As demais são apenas ornamentais e suas águas são mais límpidas.
Os jardins do Alcázar, estão dispostos em três níveis, acessados por lances de escadas:
⇒Terraço Superior ou Jardim Alto;
⇒Terraço Médio ou Jardim Médio;
⇒Terraço Inferior ou Jardim baixo.
As grandes piscinas ornamentais, cuja água servem para aguar os jardins, formam uma linha praticamente reta.
As superiores são usadas como lagoa para peixes e sua água é esverdeadas. As demais são apenas ornamentais e suas águas são mais límpidas.
Os jardins do Alcázar, estão dispostos em três níveis, acessados por lances de escadas:
⇒Terraço Superior ou Jardim Alto;
⇒Terraço Médio ou Jardim Médio;
⇒Terraço Inferior ou Jardim baixo.
Para além das ameias das muralhas, o esplendor dos jardins do Alcázar. Ao fundo, a cidade e os campos nos arredores.
Na área de chão batido, supostamente ocorriam corridas de touros.
Abaixo, à esquerda, parte do Pátio Morisco e da Torre da Inquisição. E, à direita, uma grande área de terra batida, dentro dos jardins, o Pátio das Corridas de Touros.
Vejam que linda vista abaixo. Parte dos jardins do Alcázar, da cidade e os campos além de Córdoba.
Para descer, temos que voltar pelo agrave e acessar a escada da torre em que subimos, a Torre dos Leões.
Mas antes de circular pelos jardins do Alcázar, vamos falar um pouco sobre os dois pátios internos, criados com a construção de estrutura central, com diversas salas no período da inquisição. Estrutura que dividiu o pátio interno em dois.
Pátio das Mulheres ou Pátio Feminino ou Pátio Oriental:
Criado após a divisória do pátio central pela Inquisição.
Nesta divisão, o lado leste da fortaleza, foi ocupada totalmente com assuntos e atos relacionado à inquisição.
Este mesmo pátio, passou a abrigar a ala feminina após a fortaleza virar prisão. Daí o nome Pátio das Mulheres.
O acesso ao pátio não é permitido. Por uma varanda no Salão dos Mosaicos, você pode apreciar o espaço e tirar algumas fotos.
Escavações recentes, descobriram vestígios de antigas construções romanas, visigodas e, subsequentemente, mouras.
No momento, parecem um amontoado de destroços. No futuro, acredito que será aberto ao público, com placas de identificação. Talvez, uma parte seja reconstruída. Quem sabe?
Pátio Morisco ou Pátio dos Mouros ou Pátio Mudéjar.
De planta retangular, no lado oeste da fortaleza, é o único espaço que mantem sua configuração desde a sua construção pelos mouros.
Possui duas piscinas pequenas e rasas, contornadas por grandes vasos floridos.
De planta retangular, no lado oeste da fortaleza, é o único espaço que mantem sua configuração desde a sua construção pelos mouros.
Possui duas piscinas pequenas e rasas, contornadas por grandes vasos floridos.
No centro do pátio, entre as piscinas, fica uma fonte simples e singela.
A vegetação deste pátio, segue o estilo andaluz, com vários canteiros com laranjeiras, limoeiros, romãzeira e loureiro.
Laranjas apetitosas, ao alcance das mãos. Como queria uma casa com um pomar assim. Mas, fiquei na vontade.
A muralha oeste com ameias, liga a Torre dos Leões à Torre da Inquisição.
Esta parte da muralha possui duas passagens que levam aos jardins do Alcázar. Uma no estilo mouro com arco em ferradura, fechada por grade de ferro. E outra no canto, próximo da Torre da Inquisição, que leva aos jardins do Alcázar.
A muralha oeste com ameias, liga a Torre dos Leões à Torre da Inquisição.
Esta parte da muralha possui duas passagens que levam aos jardins do Alcázar. Uma no estilo mouro com arco em ferradura, fechada por grade de ferro. E outra no canto, próximo da Torre da Inquisição, que leva aos jardins do Alcázar.
Se vocês olharem a foto abaixo, podem perceber um arco largo apontando acima das laranjeiras, lá no canto da muralha, próximo da Torre da Inquisição. É por onde passamos para ir aos jardins.
No lado sul, vemos uma construção caiada de branco com galeria abobadada.
A torre, que aparece no encontro com a muralha e a parede sul, é a Torre da Inquisição (acesso não permitido para a torre).
No lado contrário, na parede norte do pátio (não visível na foto), temos a galeria onde fica o sarcófago romano.
No lado contrário, na parede norte do pátio (não visível na foto), temos a galeria onde fica o sarcófago romano.
Jardins do Alcázar:
São vários jardins distribuídos em três níveis, cada um mais lindo que o outro.
Com uma imensidade de árvores frutíferas e aromáticas, palmeiras, ciprestes, além de canteiros de flores, fontes, piscinas e esculturas, em um imenso espaço. Impossível uma rápida visita. É a melhor parte do Alcázar.
⇒ Terraço superior ou Jardins Altos:
Na parte mais alta, próximo à passagem pelo Pátio Mourisco e ao lado da torre da inquisição, fica um pequeno jardim com uma fonte central.
Abaixo, a Torre da Inquisição, com formado cilíndrico, coroada com estrutura octogonal com ameias. Foi reconstruída pelo monarca Henrique IV, século XV.
Durante a Inquisição Espanhola, serviu como arquivo e armazenamento de documentos da Corte da Santa Inquisição. Face sombria da história da humanidade. 😬😩
Pela sua localização, a Torre da Inquisição, é também conhecida como Torre dos Jardins.
Esta parte dos jardins altos, é composta por canteiros com cercas-vivas, muitas árvores cítricas, fontes e bancos para descanso.
Em minha opinião, os diversos jardins bem cuidados, são o forte da fortaleza e merecem visita detalhada e sem pressa. Por este motivo, eu sugiro que termine sua visita ao Alcázar pelos jardins.
Reserve um bom tempo para caminhar, relaxar e apreciar cada detalhe.
Reserve um bom tempo para caminhar, relaxar e apreciar cada detalhe.
Em certo momento, você pensa: Já vi tudo.
Aí, caminha um pouco mais e descobre novas maravilhas. A vontade é fotografar cada cantinho, cada ângulo. Afinal, turista é turista. 😎
Nesta hora, eu dou graças ao carregador portátil de celular na bolsa. E cresce a esperança que ele tenha carga o suficiente. 😄
Aí, caminha um pouco mais e descobre novas maravilhas. A vontade é fotografar cada cantinho, cada ângulo. Afinal, turista é turista. 😎
Nesta hora, eu dou graças ao carregador portátil de celular na bolsa. E cresce a esperança que ele tenha carga o suficiente. 😄
Ainda no nível do terraço superior, subindo um lance de escadas, você chega a um tanque com água esverdeada e muitos peixes.
Mesmo com algumas características mouras, a configuração atual dos jardins é de diferentes fases do período cristão, em estilo renascentista.
Em vários pontos dos jardins, você encontra achados arqueológicos romanos e visigodos.
Na foto seguinte, temos parte da muralha com a Torre da Inquisição à direita, parte dos jardins que visitamos e um dos tanques de águas esverdeadas.
Esta área ainda faz parte do terraço alto, onde duas grandes piscinas (lagoas ou tanques) coletavam a água proveniente das montanhas por aqueduto e do rio Guadalquivir através de moinhos d'água.
Esta água abastece as demais piscinas e fontes de todo o jardim, além de regar os canteiros e jardins.
Esta água abastece as demais piscinas e fontes de todo o jardim, além de regar os canteiros e jardins.
Nestes tanques há grande quantidade de peixes de água doce, de bom tamanho. Parecem carpas, não tenho certeza.
A atual configuração dos jardins não é a mesma dos tempos mouros. No período islâmico, parte da área dos jardins era destinada ao harém real. Ao final dos jardins, começavam as hortas reais (atualmente ocupado, em parte, pelo jardim baixo).
Tanto na época islâmica como na cristã, ocorreram muitas modificações e acréscimos.
A partir do Jardim Alto, você tem uma visão geral de todo o complexo ajardinado.
Subindo um lance de escadas ao lado dos tanques esverdeados, seguimos para um pequeno e charmoso jardim localizado ao lado da Torre dos Leões.
Um recente jardim, construído no século XX, que pode passar despercebido. Mas, merece ser visitado.
Estruturas de ferro em arco, recebem vegetação verde (buxo) que, por sua vez, sustentam roseiras. Pena que não estava florido. Deve ficar maravilhoso.Mais de uma fonte d'água para refrescar e vários canteiros demarcados com cercas vivas complementam o espaço.
A edificação que aparece no lado esquerdo da foto, faz parte da Caballerizas Reales (estábulos reais).
Retornando aos tanques superiores, temos uma linda visão geral dos jardins, a partir do nível superior próximo à Torre dos Leões. São quase 55.000 m² de paisagismo.
Infelizmente, eu não fotogravei o piso com mosaico de pedras dos patamares e corredores de cada nível dos jardins. Embora simples, confere beleza ao conjunto como um todo.
⇒ Terraço Médio ou Jardim Médio ou Jardim Intermediário:
Vamos descer o lance de escadas para o nível intermediário.
Aqui e acolá, encontramos vestígios da era romana, como a coluna junto ao pequeno tanque artificial abaixo.
A Torre que aparece na foto é a Torre dos Leões, vista dos jardins.
As piscinas superiores, jogam suas águas para este pequeno tanque, que por sua vez distribui a água para as demais piscinas no nível intermediário e inferior.
O atual Jardim Médio foi projetado e executado no século XIX, no espaço ocupado pelo antigo Jardim dos Inquisidores.
Nesta área, você obtém uma linda vista das torres mais antigas da fortaleza. A Torre do Leão e a parte da Torre Homenaje.
Nesta área, você obtém uma linda vista das torres mais antigas da fortaleza. A Torre do Leão e a parte da Torre Homenaje.
As águas coletadas nos tanques superiores são distribuídas por gravidade, através de canalização, para os demais tanques nos níveis inferiores.
Na foto, temos uma visão clara do grande tanque do nível médio e da canalização que leva a água do pequeno tanque, também no nível médio, visto anteriormente.
Na foto, temos uma visão clara do grande tanque do nível médio e da canalização que leva a água do pequeno tanque, também no nível médio, visto anteriormente.
À esquerda do tanque, fica a área destinada ao Pátio das Corridas de touros, circundado por laranjeiras podadas. Segundo informações, neste pátio ocorreram as primeiras corridas de touros em Córdoba.
A poda de arbustos e árvores em formato ornamental é denominada de Topiária.
A poda de arbustos e árvores em formato ornamental é denominada de Topiária.
Busto feminino nos corredores que separam a piscina do nível médio com as do nível baixo.
Parte da antiga Huerta del Alcázar, foram transformadas nos magníficos jardins baixos ou inferiores, no século XX.
⇒ Terraço Inferior ou Jardim baixo:
Este é o jardim mais imponente e bonito do complexo paisagístico do Alcázar.
Como eu já contei, os jardins baixos do Alcázar foram construídos em uma parte da antiga Huertas del Alcázar. A parte da horta não utilizada como jardim, foi destinada para a abertura da Av. del Alcázar. É o progresso que pede passagem e impõe modificações.
Observe que as grandes piscinas ornamentais são rodeadas por canteiros de flores coloridas e possuem esguichos d'água. Complementando o jardim, lindas laranjeiras podadas.
Dois bustos femininos em pedra, delimitam a área que separa o nível médio do nível baixo. Ao lado de cada escultura, ficam as escadas de acesso para o próximo nível.
Paseo de los Reyes (caminhada dos reis):
No mesmo nível e paralelo aos grandes tanques do jardim baixo, visto anteriormente, fica o Paseo de los Reyes. Um comprido corredor com ciprestes podados cilindricamente dos dois lados, e dois tanques estreitos com chafariz ao longo do trajeto.
Entre os ciprestes, sobre pedestais de pedra, há várias esculturas de antigos governantes cristãos.
A mais emblemática fica ao final do jardim. O Monumento à primeira audiência dos Reis Cristãos com Cristóvão Colombo, que ambicionava apoio para chegar nas Índias Ocidentais. Com o apoio incondicional da rainha Isabel I, seguiu sua viagem que terminou com a descoberta das Américas.
A mais emblemática fica ao final do jardim. O Monumento à primeira audiência dos Reis Cristãos com Cristóvão Colombo, que ambicionava apoio para chegar nas Índias Ocidentais. Com o apoio incondicional da rainha Isabel I, seguiu sua viagem que terminou com a descoberta das Américas.
No final do passeio, saímos dos Jardins do Alcázar, pelo mesmo caminho de entrada.
⇒ Depois, ficamos sabendo que existe uma passagem que conduz dos jardins à Av del Alcázar. Esta passagem, a segunda entrada/saída dos jardins, é ideal para quem não irá visitar o interior do museu/fortaleza ou já o fez. Confesso que não a vi. Talvez, este acesso não esteja liberado.
Lembrando que a entrada para visitar o museu é pela Torre de Los Leones (Torre Norte).
😉 Eu não tenho certeza se classifiquei corretamente os jardins de acordo com o nível (superior, médio e inferior). Usei a lógica para tal. Tudo o que estava na parte mais alta, considerei como Jardim Alto e, assim, sucessivamente. Acho que um fôlder ajudaria bastante. 😎
👉 Amigos com destino a Córdoba, não deixem de incluir em seu planejamento de viagem a visita a este belo recinto. Embora careça de mobiliários e obras da época em maior quantidade (o museu é relativamente pequeno), os jardins internos são maravilhosos. Também a vista da cidade e arredores das torres é fantástica. Deixo abaixo os horários para os interessados.
Apesar de alguns trechos do Alcázar não serem liberados aos turistas, ficamos encantados com a visita. Apenas senti falta de folheto explicativo sobre o monumento.
- Puente Romana (Ponte Romana)
Em uma caminhada curta, seguindo pela av. del Alcázar às margens arborizadas do rio Guadalquivir, chegamos a mais uma atração turística, a pedonal Puente Romana.
Córdoba mantem algumas construções do tempo romano preservadas. É o caso da antiga Ponte Romana sobre o rio Guadalquivir.
Erguida na época do Imperador Romano Augusto, com 16 arcos, 89 metros de altura e 247 metros de comprimento. Passou por várias reformas na época dos mouros e após, os cristãos. A última reforma foi em 2008.
Poder percorrer uma antiga ponte, construída no período do Império Romano, é impagável. É evidente que a estrutura da ponte sofreu manutenção ao longo dos séculos.
No meio da ponte fica uma escultura do Arcanjo São Rafael do escultor Barnabé del Rio, século XVII, após epidemia de peste.
Nós atravessamos a ponte no período noturno, mas infelizmente, terminei não fotografando esta escultura. Na outra extremidade da ponte, temos a Torre de la Calahorra, que veremos mais adiante.
- Puerta del Puente (Portão da Ponte)
Na Plaza del Triunfo, também conhecida como Plaza del Puente, fica a Puerta del Puente, foi construída pelos romanos, sendo um dos muitos acessos da antiga muralha da cidade.
No período muçulmano, foi o acesso principal para a cidade.
No período muçulmano, foi o acesso principal para a cidade.
Hoje, a muralha e o portão original desta área, não mais existem.
O portão, visto atualmente, foi construído em 1575, projeto do arquiteto castelhano Hernán Ruiz III, como homenagem a Felipe II, que visitaria Córdoba.
Algo como um Arco do Triunfo, em estilo renascentista, inspirado nos tempos romanos.
Portanto, as características atuais decorrem da segunda metade do século XVI.
Com uma única passagem central, ladeada por duas colunas de cada lado e coroada por um frontal semicircular.
Não deixe de passar pelo arco e ver os dois lados do portal. A sensação é de que os detalhes de embelezamentos comuns a estes monumentos, são escassos. Talvez não tenham sido concluídos.
Não deixe de visitar a Plaza del Triunfo no período noturno.
A iluminação noturna cria uma atmosfera mágica.
- Triunfo de San Rafael
O portão, visto atualmente, foi construído em 1575, projeto do arquiteto castelhano Hernán Ruiz III, como homenagem a Felipe II, que visitaria Córdoba.
Algo como um Arco do Triunfo, em estilo renascentista, inspirado nos tempos romanos.
Portanto, as características atuais decorrem da segunda metade do século XVI.
Com uma única passagem central, ladeada por duas colunas de cada lado e coroada por um frontal semicircular.
Não deixe de passar pelo arco e ver os dois lados do portal. A sensação é de que os detalhes de embelezamentos comuns a estes monumentos, são escassos. Talvez não tenham sido concluídos.
Não deixe de visitar a Plaza del Triunfo no período noturno.
A iluminação noturna cria uma atmosfera mágica.
- Triunfo de San Rafael
Próximo à Porta da Ponte, está o monumento intitulado de Triunfo de San Rafael. No século XVIII os cordobenses possuíam verdadeira adoração pelo arcanjo padroeiro e guardião da cidade.
Da decisão de sua construção em 1736, até a elaboração do projeto e sua execução passaram-se muitos e muitos anos.
Por fim, foi executado entre os anos de 1765 a 1781, projeto do arquiteto francês Baltasar Dreveton e execução pelo escultor francês, Jean-Michel Verdiguier (1706 - 1796).
O monumento, em mármore, é cercado por gradil de ferro.
O conjunto monumental, lembra uma colina com uma caverna no centro. Sobre a colina sobe uma torre cilíndrica que por sua vez sustenta uma delgada coluna.
No alto da coluna fica a imagem do santo padroeiro, São Rafael, com 2,60 m de altura.
Ao redor da torre, mais três estátuas: San Acisclo, Santa Victoria e Santa Bárbara.
Acima do arco da entrada da caverna, uma águia sustenta uma placa com juramento professado pelo Arcanjo Rafael ao padre Roelas: "Juro-lhe por Cristo Crucificado que sou Raphael Angel, a quem Deus encarrega de guardar esta cidade".
- Torre de la Calahorra
Esta torre defensiva construída no sopé da Ponte Romana éda era islâmica, século XIV. Após a reconquista cristã sua configuração original, foi totalmente modificada em 1369, por Enrique II.
No decorrer dos anos, foi usada como escola, hospital e prisão.
Atualmente, nesta torre funciona um pequeno museu permanente, o Museu Vivo Al-Andalus, fundado em 1987. Dedicado às três culturas/religiões que tanto contribuíram para a cidade: Muçulmanos, Judeus e Cristãos.
São três andares com várias salas temáticas.
Entre as maquetes do museu, há uma maquete de Alhambra (Granada) e da mesquita (Córdoba). Além das várias esculturas de cera de personagens importantes em Córdoba (Rei Alfonso X, Averroes, Maimonides e Ibn Arabi), instrumentos musicais medievais e projeções audiovisuais sobre as três culturas.
Pelo adiantar das horas, o museu estava fechado. Mas, a vista ..., de tirar o fôlego.
Ao fundo, a Mesquita-Catedral se ergue majestosa. Em primeiro plano, a ponte iluminada complementa o visual. Não vamos nos esquecer do rio Guadalquivir (Wad al-kabir), o "Grande Rio".
O contraste obtido pelo efeito da iluminação na noite escura e nas águas do rio é imperdível. Sendo o melhor visual obtido do lado da Torre Calahorra.
À noite, o número de turistas circulando pelos pontos históricos é pequeno. A maioria está nos pátios e restaurantes.
Por fim, foi executado entre os anos de 1765 a 1781, projeto do arquiteto francês Baltasar Dreveton e execução pelo escultor francês, Jean-Michel Verdiguier (1706 - 1796).
O monumento, em mármore, é cercado por gradil de ferro.
O conjunto monumental, lembra uma colina com uma caverna no centro. Sobre a colina sobe uma torre cilíndrica que por sua vez sustenta uma delgada coluna.
No alto da coluna fica a imagem do santo padroeiro, São Rafael, com 2,60 m de altura.
Ao redor da torre, mais três estátuas: San Acisclo, Santa Victoria e Santa Bárbara.
Acima do arco da entrada da caverna, uma águia sustenta uma placa com juramento professado pelo Arcanjo Rafael ao padre Roelas: "Juro-lhe por Cristo Crucificado que sou Raphael Angel, a quem Deus encarrega de guardar esta cidade".
Esta torre defensiva construída no sopé da Ponte Romana éda era islâmica, século XIV. Após a reconquista cristã sua configuração original, foi totalmente modificada em 1369, por Enrique II.
No decorrer dos anos, foi usada como escola, hospital e prisão.
Atualmente, nesta torre funciona um pequeno museu permanente, o Museu Vivo Al-Andalus, fundado em 1987. Dedicado às três culturas/religiões que tanto contribuíram para a cidade: Muçulmanos, Judeus e Cristãos.
São três andares com várias salas temáticas.
Entre as maquetes do museu, há uma maquete de Alhambra (Granada) e da mesquita (Córdoba). Além das várias esculturas de cera de personagens importantes em Córdoba (Rei Alfonso X, Averroes, Maimonides e Ibn Arabi), instrumentos musicais medievais e projeções audiovisuais sobre as três culturas.
Pelo adiantar das horas, o museu estava fechado. Mas, a vista ..., de tirar o fôlego.
Ao fundo, a Mesquita-Catedral se ergue majestosa. Em primeiro plano, a ponte iluminada complementa o visual. Não vamos nos esquecer do rio Guadalquivir (Wad al-kabir), o "Grande Rio".
À noite, o número de turistas circulando pelos pontos históricos é pequeno. A maioria está nos pátios e restaurantes.
Se o seu tempo em Córdoba for suficiente, não deixem de incluir a visita ao museu desta torre. Nós não conseguimos, mas deixo a dica para vocês.
- Mesquita-Catedral de Córdoba:
Enfim, chegamos na famosa Mesquita-Catedral, localizada no Centro Histórico de Córdoba.
A Mesquita-Catedral de Córdoba, conhecida como a Grande Mesquita de Córdoba recebe o nome eclesiástico de Catedral de Nossa Senhora da Assunção.
A Mesquita-Catedral de Córdoba, conhecida como a Grande Mesquita de Córdoba recebe o nome eclesiástico de Catedral de Nossa Senhora da Assunção.
Nós resolvemos visitar o interior da igreja no dia seguinte, quando aproveitamos e assistimos uma belíssima missa (8:30 h às 9:30 h).
Para a missa o acesso é gratuito, mas ao término você terá que sair. Se quiser fazer a visita, não deixe de adquirir o ingresso pela internet ou nos guichês no pátio das laranjas.
O ingresso custa 10 euros/pessoa. Se for subir o campanário são mais 2 euros/pessoa. (preço em maio 2019)
Para a missa o acesso é gratuito, mas ao término você terá que sair. Se quiser fazer a visita, não deixe de adquirir o ingresso pela internet ou nos guichês no pátio das laranjas.
O ingresso custa 10 euros/pessoa. Se for subir o campanário são mais 2 euros/pessoa. (preço em maio 2019)
👉Nós optamos em circular pela fachada da igreja e seu entorno, de dia e à noite. E apenas no dia seguinte entramos. Para ficar mais fácil o entendimento e não ficar indo e vindo, vou postar as fotos fora da sequência temporal.
Brevíssimo resumo sobre a Mesquita-Catedral de Córdoba:
Resumindo, trata-se de uma Catedral Católica, construída dentro de uma Mesquita Islâmica (Mesquita de Aljama), que por sua vez foi erguida sobre os vestígios de uma primitiva igreja cristã do período visigodo, a Basílica de San Vicente.
Vestígios da ancestral igreja visigoda, do século VI, foram descobertos durante escavações arqueológicas no subsolo da Mesquita-Catedral, realizadas na terceira década do século XX. Alguns pilares e outros achados arqueológicos estão expostos no Museu de São Vicente e uma "abertura" no chão permite ver parte do pavimento original da antiga basílica visigoda. Fique atento.
A Mesquita erguida entre os anos 785-787, sofreu várias ampliações no tempo dos Emirados e Califado de Córdoba, totalizando três fases de ampliação. Apenas no século X, a antiga mesquita foi finalizada.
Após a reconquista cristã, em 1236, a mesquita foi consagrada como igreja católica, antes mesmo de qualquer alteração/acréscimo em seu interior.
No século 16, uma catedral católica é erguida no centro da mesquita. O nome eclesiástico é Catedral de Nossa Senhora da Assunção. Mas, todos conhecem como Mesquita-Catedral.
Vestígios da ancestral igreja visigoda, do século VI, foram descobertos durante escavações arqueológicas no subsolo da Mesquita-Catedral, realizadas na terceira década do século XX. Alguns pilares e outros achados arqueológicos estão expostos no Museu de São Vicente e uma "abertura" no chão permite ver parte do pavimento original da antiga basílica visigoda. Fique atento.
A Mesquita erguida entre os anos 785-787, sofreu várias ampliações no tempo dos Emirados e Califado de Córdoba, totalizando três fases de ampliação. Apenas no século X, a antiga mesquita foi finalizada.
Após a reconquista cristã, em 1236, a mesquita foi consagrada como igreja católica, antes mesmo de qualquer alteração/acréscimo em seu interior.
No século 16, uma catedral católica é erguida no centro da mesquita. O nome eclesiástico é Catedral de Nossa Senhora da Assunção. Mas, todos conhecem como Mesquita-Catedral.
😎 Nós não descemos ao subsolo (não sei se é permitido). E, nem subimos no campanário. Algo que sabia que iria me arrepender, como de fato ocorreu, mas já estávamos com as malas fechadas para continuar nossa viagem. Era só assistir à missa e visitar rapidamente o interior. Mero engano. O deslumbre da igreja nos encantou e ficamos mais tempo do que queríamos. É a maravilha de não se estar preso a horários de tour com guia.
Abaixo, o folder detalha e facilita o entendimento das diversas alterações e acréscimos ocorridos no monumento.
- Portas de acesso e outras estruturas na fachada externa:
O monumento é cercado por uma extensa muralha feita de imensas pedras quadradas.
Para o acesso ao Monumento Mesquita-Catedral, existem uma infinidade de portas e portões.
São cerca de 20 portas, cada qual com estilo arquitetônico único de acordo com a sua finalidade específica e época de abertura. Atualmente, a maioria permanece fechada. O acesso ao interior é através das portas que levam ao pátio das laranjeiras.
Fotografei apenas algumas.
⇒ Muralha Leste da Mesquita Catedral
Puerta de la Grada Redonda
Na foto em perspectiva abaixo, na esquina da muralha leste (fachada oriental), na Calle Magistral González Francés, a Puerta de la Grada Redonda remodelada em 1738 em barroco extravagante, denominado de churrigueresco. Estilo comum originado na Espanha e difundido na América Latina. Vejam como o estilo é bem marcante e exagerado.
O monumento é cercado por uma extensa muralha feita de imensas pedras quadradas.
Para o acesso ao Monumento Mesquita-Catedral, existem uma infinidade de portas e portões.
São cerca de 20 portas, cada qual com estilo arquitetônico único de acordo com a sua finalidade específica e época de abertura. Atualmente, a maioria permanece fechada. O acesso ao interior é através das portas que levam ao pátio das laranjeiras.
Fotografei apenas algumas.
⇒ Muralha Leste da Mesquita Catedral
Puerta de la Grada Redonda
Na foto em perspectiva abaixo, na esquina da muralha leste (fachada oriental), na Calle Magistral González Francés, a Puerta de la Grada Redonda remodelada em 1738 em barroco extravagante, denominado de churrigueresco. Estilo comum originado na Espanha e difundido na América Latina. Vejam como o estilo é bem marcante e exagerado.
Nós não percorremos toda Muralha Leste e seus vários portões e acessos, este foi o único acesso deste lado que registrei. Impossível registrar tudo.
No período cristão, vários arquitetos atuaram nas modificações e adaptações da Mesquita para Catedral Católica. Hernán Ruiz I, seguido pelo filho e neto, Juan de Ochoa, Felix Hermandez,
Antes de entrar na Mesquita-Catedral, vamos dar um giro pelo seu exterior.
⇒ Muralha norte da Mesquita-Catedral
Seguimos para a muralha Norte da edificação.
Antes de entrar na Mesquita-Catedral, vamos dar um giro pelo seu exterior.
⇒ Muralha norte da Mesquita-Catedral
Seguimos para a muralha Norte da edificação.
Altar da Virgem de los Faroles
Curioso o altar incrustado na muralha, de tal maneira a incorporá-lo à fachada da Mesquita. É como um apêndice.
Curioso o altar incrustado na muralha, de tal maneira a incorporá-lo à fachada da Mesquita. É como um apêndice.
É o Altar da Virgen de los Faroles (Virgem das Lanternas), século XVIII.
São onze lanternas, que permanecem acessas nas noites cordobenses. Juntamente com o campanário acesso, as lanternas formam um lindo espetáculo visual, independente da religião de cada um.
O altar é acessado por escadaria dupla. Quatro colunas sustentam um frontão trabalhado. No centro do retábulo fica a tela da Virgem da Assunção, de Rafael Romero de Torres Pellicer. Trata-se de uma cópia da obra de Julio Romero pai de Rafael. A tela original encontra-se no Museu Julio Romero.
Puerta del Caño Gordo, construída originalmente no século XVI, foi remodelada no século XVIII.
Torre Campanário
A atual e imponente Torre Campanário da Catedral, ou Torre del Alminar, com 93 metros de altura, foi construída sobre o minarete muçulmano. O minarete era responsável pelo chamado para as cinco rezas diárias islâmicas.
O topo da torre é atribuído ao arquiteto castelhano Hernán Ruiz III.
A atual e imponente Torre Campanário da Catedral, ou Torre del Alminar, com 93 metros de altura, foi construída sobre o minarete muçulmano. O minarete era responsável pelo chamado para as cinco rezas diárias islâmicas.
O topo da torre é atribuído ao arquiteto castelhano Hernán Ruiz III.
Esta noite estava particularmente agradável, com direito a lua cheia. Pena que o celular não capta a lua como a vemos. (Ou, talvez, eu não saiba fotografar a lua. kkkkkk).
O corpo dos sinos foi acrescentado por Hernán Ruiz III. Atualmente, atinge a altura de 93 metros. É o resultado de sucessivas alterações e acréscimos ao longo dos séculos.
Arca del Agua
A pequena construção que vemos ao lado da torre sineira tem a função de proteger, ventilar e facilitar o acesso à cisterna do século XVIII que abastecia a monumental Mesquita-Catedral e os prédios ao redor.
A estrutura em formado de caixa com uma pequena cúpula no topo é conhecida como Arca del agua. Anexada à muralha e bem próxima da torre sineira, foi construída para ventilar e facilitar o acesso à cisterna do século XVIII. Esta cisterna era responsável para suprir e distribuir água para o Conselho da Catedral e prédios próximos.
Arca del Agua
A pequena construção que vemos ao lado da torre sineira tem a função de proteger, ventilar e facilitar o acesso à cisterna do século XVIII que abastecia a monumental Mesquita-Catedral e os prédios ao redor.
A estrutura em formado de caixa com uma pequena cúpula no topo é conhecida como Arca del agua. Anexada à muralha e bem próxima da torre sineira, foi construída para ventilar e facilitar o acesso à cisterna do século XVIII. Esta cisterna era responsável para suprir e distribuir água para o Conselho da Catedral e prédios próximos.
Puerta del Perdon
À direita da Torre Campanário, temos a Puerta del Perdon (Porta do Perdão). Considerada a mais importante entre todas as entradas.
Construída em 1377, sendo reformada em 1650 pelo arquiteto Sebastián Vidal, que manteve o arco ogival original. Mas, diminuiu 2 dos 5 arcos com lóbulos cegos e eliminou os arcos do minarete muçulmano.
Como resultado temos estilos de épocas distintas, com predomínio do mudéjar.
O portal de entrada, mantem o arco ogival mudéjar, decorado com delicada ornamentação árabe do tipo vegetal. Ladeando a entrada, ficam dois brasões de armas de Henrique II.
As duas lâminas da porta possuem 10 metros de altura e dois de largura, cada. Feitas em madeira de pinho coberta com chapa de cobre pintado de verde.
Acima da porta, os três arcos lobados sobreviventes são envolvidos por um arco maior. Nos arcos lobados cegos, pinturas em afresco da Assunção da Virgem Maria no centro, ladeada pelos arcanjos Miguel e Rafael, obra do pintor Antonio del Castillo, datadas do ano de 1660.
À direita da Torre Campanário, temos a Puerta del Perdon (Porta do Perdão). Considerada a mais importante entre todas as entradas.
Construída em 1377, sendo reformada em 1650 pelo arquiteto Sebastián Vidal, que manteve o arco ogival original. Mas, diminuiu 2 dos 5 arcos com lóbulos cegos e eliminou os arcos do minarete muçulmano.
O portal de entrada, mantem o arco ogival mudéjar, decorado com delicada ornamentação árabe do tipo vegetal. Ladeando a entrada, ficam dois brasões de armas de Henrique II.
As duas lâminas da porta possuem 10 metros de altura e dois de largura, cada. Feitas em madeira de pinho coberta com chapa de cobre pintado de verde.
Acima da porta, os três arcos lobados sobreviventes são envolvidos por um arco maior. Nos arcos lobados cegos, pinturas em afresco da Assunção da Virgem Maria no centro, ladeada pelos arcanjos Miguel e Rafael, obra do pintor Antonio del Castillo, datadas do ano de 1660.
À noite a Porta do Perdão estava fechada. Mas, no dia seguinte pela manhã, ... que deslumbre. A cúpula interna é maravilhosa.
Esta é a porta mais impactante. Além de servir como acesso ao Pátio das Laranjeiras, é por onde passam os cortejos dos cerimoniais cristãos.
Abaixo, foto diurna com as portas abertas. Reparem na maravilhosa cúpula interna decorada com gesso, estilo barroco. Que rica.
⇒ Muralha Oeste da Mesquita-Catedral
Na Muralha Oeste ou Muralha Ocidental, encontramos várias portas, as que registrei foram:
Postigo de la Leche, remota à época da mesquita de Abderramán I. Sua última alteração, na primeira década do século XVI, foi obra do arquiteto Hernán Ruiz I, mesclando o estilo Gótico e Renascentista.
Na idade média, era nesta porta que as mães deixavam seus filhos famintos, para serem alimentados pelos sacerdotes e serem adotados por famílias abastadas.
Puerta del Espiritu Santo (Porta do Espírito Santo).Esta é a porta mais impactante. Além de servir como acesso ao Pátio das Laranjeiras, é por onde passam os cortejos dos cerimoniais cristãos.
Abaixo, foto diurna com as portas abertas. Reparem na maravilhosa cúpula interna decorada com gesso, estilo barroco. Que rica.
Na Muralha Oeste ou Muralha Ocidental, encontramos várias portas, as que registrei foram:
Postigo de la Leche, remota à época da mesquita de Abderramán I. Sua última alteração, na primeira década do século XVI, foi obra do arquiteto Hernán Ruiz I, mesclando o estilo Gótico e Renascentista.
Na idade média, era nesta porta que as mães deixavam seus filhos famintos, para serem alimentados pelos sacerdotes e serem adotados por famílias abastadas.
Porta moura restaurada no início do século XX pelo arquiteto Ricardo Velázquez Bosco (1843-1923) e o escultor Mateo Inurria (1867-1924).
Puerta del San Ildefonso (Porta de São Ildefonso).
Segue o padrão da Porta do Espírito Santo. Porém, o motivo geométrico (estilo gótico) que a decora é diferente, assim como o perfil de pedra do portal. Também restaurada pelo arquiteto Velázquez.
⇒ Muralha Sul da Mesquita-Catedral ou Muralha Meridional.Balcones
Dobramos mais uma esquina para a fachada sul, na Calle Corregidor Luis de la Cerda. Lá encontramos os Balcones (varandas). Construídos no século XVIII, para melhorar a iluminação natural da biblioteca e outras salas da Mesquita-Catedral.
A fachada leste é a única que não possui portas e acessos ao interior do monumento.
Formados por três andares de arcos sobrepostos. Cada andar com cinco varandas. No andar do meio, podemos visualizar alguns brasões com escudos episcopais pintados.
Os balcones ficam próximos da Plaza del Triunfo que já descrevi anteriormente.
A cúpula que se destaca no canto da foto abaixo, pertence à Capela de Santa Teresa, acessada apenas pelo interior da mesquita.
👉 Há uma lenda que se você tocar o centro de um fóssil de estrela do mar, encrustado na parede da esquina e fizer um pedido, ele será atendido. Este fóssil é conhecido como a Estrela dos Desejos. O difícil é achar o tal fóssil. Procurei, procurei e não encontrei. 👀
A cúpula que se destaca no canto da foto abaixo, pertence à Capela de Santa Teresa, acessada apenas pelo interior da mesquita.
👉 Há uma lenda que se você tocar o centro de um fóssil de estrela do mar, encrustado na parede da esquina e fizer um pedido, ele será atendido. Este fóssil é conhecido como a Estrela dos Desejos. O difícil é achar o tal fóssil. Procurei, procurei e não encontrei. 👀
Todo o monumento possui 24.000 m² de área total. É muito chão e detalhes.
..., no dia seguinte, bem cedo, fechamos nossas malas, tomamos o desjejum e voltamos à Mesquita-Catedral. Nesta hora o número de turistas é bem baixo. A entrada para a missa é gratuita. Se você for visitar a mesquita após a missa, compre o ingresso.
- Patio de Los Naranjos
Então, chegamos bem cedinho para desfrutar alguns minutos no Patio de Los Naranjos (Pátio das Laranjeiras), antes da missa das 08:30 h.
Após a reconquista cristã, o Pátio das Laranjeiras foi modificado para substituir o antigo Pátio da Ablução da Mesquita, que era utilizado pelos muçulmanos para a purificação antes da oração.
Se antes o pátio era aberto para o lado norte da Mesquita, na época cristã ele foi fechado para a construção de capelas.
Após a reconquista cristã, o Pátio das Laranjeiras foi modificado para substituir o antigo Pátio da Ablução da Mesquita, que era utilizado pelos muçulmanos para a purificação antes da oração.
Se antes o pátio era aberto para o lado norte da Mesquita, na época cristã ele foi fechado para a construção de capelas.
No período do Bispo Francisco Reinoso, final do século XVI, o arquiteto Hernán Ruiz I, foi contratado para modificar o pátio que adquiriu aspecto de jardim.
Atualmente, são pés de laranjeiras, palmeiras, oliveiras e ciprestes distribuídos em três amplos canteiros. Há ainda duas fontes nos jardins, Santa Maria (séc. XVII) e Cinamomo ou Canela (séc. XVIII).
O acesso ao pátio é gratuito.
O pátio é circundado por galerias cobertas com arcos.
A configuração atual das galerias ocorreu na reconstrução no período do episcopado de Martín Fernández de Angulo (1510-1516), pelo arquiteto Hernán Ruiz I.
Neste corredor, algumas obras estavam expostas, não sei se permanente ou temporariamente. Algumas peças bem interessantes, como a representação do Anjo Caído, abaixo.
Puerta de las Palmas
A Puerta de las Palmas, também conhecida como Arco das Bençãos é o principal acesso para a Mesquita-Catedral a partir do Pátio das Laranjeiras.
Em 1533, foi reformada por Hernán Ruiz I, que adicionou na parte superior do portal, ornamento arquitetônico característico do Renascimento Espanhol (plateresco).
Nos nichos, ficam as esculturas representativas da Virgem Maria (à direita) e do Arcanjo San Gabriel (à esquerda).
A Mesquita-Catedral é imensa e ao longo dos anos sofreu muitas alterações. Então, antes de entrar, é necessário adquirir um mapa do monumento com as principais atrações. Ou você ficará totalmente perdido sem saber em qual direção ir. E, pior, sem saber o que está vendo. Peça o seu mapa ao adquirir o ingresso.
Enquanto aguarda o momento de entrar observe a majestosa Puerta de las Palmas (Porta das Palmas). A porta é de madeira esculpida, com enfeites de mosaico de vidro. Entramos por uma passagem lateral na própria Porta das Palmas
A Mesquita-Catedral é imensa e ao longo dos anos sofreu muitas alterações. Então, antes de entrar, é necessário adquirir um mapa do monumento com as principais atrações. Ou você ficará totalmente perdido sem saber em qual direção ir. E, pior, sem saber o que está vendo. Peça o seu mapa ao adquirir o ingresso.
Enquanto aguarda o momento de entrar observe a majestosa Puerta de las Palmas (Porta das Palmas). A porta é de madeira esculpida, com enfeites de mosaico de vidro. Entramos por uma passagem lateral na própria Porta das Palmas
A Porta das Palmas dá acesso ao grande salão de orações da Grande Mesquita, acrescentada no império mouro, pelo califa Abderramão III, no período do apogeu da cidade, no século X. Abderramão III é lembrado como o maior governante islâmico da Península Ibérica.
Impossível não ficar extasiado em meio ao Bosque de Colunas e Arcos. São várias colunas finalizadas com capiteis romanos ou visigodos, que sustentam 365 arcos de ferradura duplos e sobrepostos. Os arcos duplos usados para elevar o teto da mesquita, foi uma arriscada inovação que deu certo.
O jogo de cores pela diversidade de materiais empregados é cativante criando um efeito cromático único.
Ao longo dos séculos sofreu alterações, mas manteve aspectos importantes de sua história e passado.
Todo o conjunto é uma impressionante demonstração de união entre arte e fé, numa fusão entre duas grandes culturas, islâmica e cristã.
Por isto e muito mais, a Mesquita-Catedral é o ponto turístico mais aclamado e visitado de Córdoba.
São 856 colunas com arcos e pilares, que sustentam todo o teto da Mesquita-Catedral. Mármore, granito e jaspe (vermelho e preto). O efeito é das arábias (literalmente).
A maioria dos capiteis das colunas e pilares são de origem romana ou visigoda.
A magnitude ao entrar é tão impactante que, após a reconquista cristã, o Rei da Espanha resolveu adaptar a Mesquita, ao invés de demolir, para a construção da Catedral. Sábia decisão.
O mais impressionante é saber que a base de sustentação das colunas é subterrânea. Portanto, não é visível.
Os tetos de madeira originais da mesquita primitiva de Abd al-Rahm an I, foram substituídos pelo risco de incêndios, no século XVIII.
Em 1919, os tetos foram reconstruídos como eram originalmente, pelo arquiteto Ricardo Vélazquez Bosco e escultor Mateo Inurria. Atualmente, é cuidadosamente preservado.
Vejam como é rico e delicado a ornamentação do telhado de madeira chanfrada e decorada nas cores preto, vermelho, verde e dourado.
O mais impressionante é saber que a base de sustentação das colunas é subterrânea. Portanto, não é visível.
Os tetos de madeira originais da mesquita primitiva de Abd al-Rahm an I, foram substituídos pelo risco de incêndios, no século XVIII.
Em 1919, os tetos foram reconstruídos como eram originalmente, pelo arquiteto Ricardo Vélazquez Bosco e escultor Mateo Inurria. Atualmente, é cuidadosamente preservado.
Vejam como é rico e delicado a ornamentação do telhado de madeira chanfrada e decorada nas cores preto, vermelho, verde e dourado.
O antigo chão de terra batida da mesquita, foi substituído com pedras de mármore ao se tornar templo cristão.
Se o exterior da Mesquita-Catedral tinha me conquistado, o seu interior superou todas as minhas expectativas, mesmo já tendo visto fotos antes da visita.
Não tenho palavras para descrever a imensidão e estranheza harmônica da mistura de estilos. Acho que cada visitante reage de maneira única, de acordo com seu olhar e crença (ou a falta desta).
São mais de um milênio de história e cultura em um mesmo lugar, impossível não visitar este marco histórico. Haja história.
As colunas, capiteis e materiais para a construção dos arcos foram espoliados pelos mouros de antigas construções romanas da região.
Após a reconquista cristã em 1236 e expulsão dos muçulmanos da cidade, a mesquita passou a ser catedral católica, sendo construídas várias capelas, cúpulas e altares cristãos.
Se o exterior da Mesquita-Catedral tinha me conquistado, o seu interior superou todas as minhas expectativas, mesmo já tendo visto fotos antes da visita.
Não tenho palavras para descrever a imensidão e estranheza harmônica da mistura de estilos. Acho que cada visitante reage de maneira única, de acordo com seu olhar e crença (ou a falta desta).
São mais de um milênio de história e cultura em um mesmo lugar, impossível não visitar este marco histórico. Haja história.
As colunas, capiteis e materiais para a construção dos arcos foram espoliados pelos mouros de antigas construções romanas da região.
Após a reconquista cristã em 1236 e expulsão dos muçulmanos da cidade, a mesquita passou a ser catedral católica, sendo construídas várias capelas, cúpulas e altares cristãos.
Além das capelas cristãs espalhadas entre os arcos, colunas e mosaicos islâmicos, as paredes ostentam vários quadros e paneis de temática católica. No mínimo uma convivência inusitada.
Catedral Nova da Mesquita:
A atual Catedral Católica, a Catedral de Nossa Senhora da Assunção, em estilo renascentista, foi construída apenas no século XVI, após autorização do monarca espanhol Carlos V, que não permitiu a destruição total da mesquita.
Em formado de cruz latina, a nova catedral foi edificada no centro do bosque de colunas e arcos islâmicos. Bem no coração da mesquita. Para isto, foi feito a derrubada de parte das 1036 colunas, restando 856 colunas que persistem até a presente postagem.
O resultado não podia ter sido mais especial e polêmico. Detalhes mouros, misturados ao gótico, renascentista e barroco.
Foi nesta Capela que assistimos à missa matutina. Não é permitido fotografar ou filmar durante o culto. Afinal, é um momento sagrado de oração. Momento de pura emoção.
Bastou terminar a missa e os clicks começaram. Turistas!
Catedral Nova da Mesquita:
A atual Catedral Católica, a Catedral de Nossa Senhora da Assunção, em estilo renascentista, foi construída apenas no século XVI, após autorização do monarca espanhol Carlos V, que não permitiu a destruição total da mesquita.
Em formado de cruz latina, a nova catedral foi edificada no centro do bosque de colunas e arcos islâmicos. Bem no coração da mesquita. Para isto, foi feito a derrubada de parte das 1036 colunas, restando 856 colunas que persistem até a presente postagem.
O resultado não podia ter sido mais especial e polêmico. Detalhes mouros, misturados ao gótico, renascentista e barroco.
Foi nesta Capela que assistimos à missa matutina. Não é permitido fotografar ou filmar durante o culto. Afinal, é um momento sagrado de oração. Momento de pura emoção.
Bastou terminar a missa e os clicks começaram. Turistas!
A construção da Capela Maior, teve várias fases de execução com vários profissionais envolvidos no processo.
O primeiro passo foi delimitar e ascender o espaço que abrigaria a construção. Capela-mor, cruzeiro e nave/coro, seguindo o projeto do arquiteto Hernán Ruiz I.
Em 1523, iniciam-se as obras do cruzeiro, por Hernán Ruiz I.
Com sua morte, o arquiteto é substituído pelo seu filho Hernán Ruiz II e depois por Hernán Ruiz III. Também trabalharam na construção da catedral os arquitetos Diego de Praves e Juan de Ochoa.
De 1599 a 1607, a cúpula do cruzeiro e a abobada do coro são finalizadas, por Juan de Ochoa.
O espetacular retábulo-mor, da Catedral, teve início no ano de 1618.
O lustre de prata que desce da cúpula da Capela-Mor é de 1629, obra do ourives Martín de Sánchez.
O retábulo do Altar-Mor, merece atenção especial. Utiliza em sua execução mármore vermelho, detalhes/esculturas em bronze e pintura a óleo sobre tela.
Seu projeto e execução contou com vários mestres. Alonso Matias, Sebastian Vidal (tabernáculo/custódia), Pedro Freile de Guevara (esculturas) e Antonio Palomino (pinturas).
No corpo principal, temos o tabernáculo ladeado por duas pinturas, Santo Acisclo e Santa Victória. Acima do tabernáculo em um pequeno frontão triangular, ficam as alegorias da fé e da abundância que seguram a ponta de uma guirlanda.
No registro superior, temos a Assunção no centro, ladeada pelos mártires San Eulogio (San Pelagio) e Flora (Santa Digna). Acima das pinturas dos mártires, as representações da Justiça e da Temperança. De cada lado, as esculturas de São Pedro e São Paulo.
No frontão triangular superior, a representação de Deus Pai, ladeado por anjos, em relevo.
As pinturas atuais de Palomino (1713), substituem as anteriores de Vela Cobo.
Lembrando que o nome desta catedral se deve a Nossa Senhora da Assunção, e portanto, merecia destaque no altar.
A Capela Maior, por ter sido construída dentro de outra estrutura que possui paredes e portas, não precisou de paredes em suas laterais e nem grandes portais com portas e trancas. Sua sustentação é feita por pilares em arcos, que permitem a visualização de seu interior. Nas cerimônias religiosas, cadeiras colocadas nas laterais, fora do espaço destinado à catedral católica, permitem acompanhá-las.
Você simplesmente anda e, de repente, está dentro da Capela Maior da Catedral.
Apenas a área do coro é fechada, como veremos mais adiante. Talvez por uma questão de acústica. (???)
Entre os pilares dos dois arcos que formam a atual capela-mor, ficam dois altares datados de 1620.
No lado do evangelho fica o altar do Apóstolo Santiago a cavalo.
No lado oposto, em um altar semelhante ao anterior, fica o enterro do Bispo Diego de Mardones, representado ajoelhado com as mãos em posição de oração.
Os altares são atribuídos ao mestre em mármore Juan Sequero de la Matilla, e as esculturas ao escultor Pedro Freile de Guevara.
Na entrada da capela-mor, ficam dois lindos e trabalhados púlpitos, um de cada lado do arco principal. Feitos em mármore e madeira mogno, pelo escultor Miguel Verdiguer, século XVIII.
O cruzeiro da atual Capela Mayor, tem cúpula com 54 metros de altura. É a parte mais alta da Mesquita-Catedral.
As paredes do cruzeiro e do navio, são do tempo de Hernán Ruiz I. Porém, ao longo dos anos, foram detectados problemas na estrutura da edificação.Em 1598, o mestre de obras da Catedral de Salamanca, Diego de Praves, orientou reparos na estrutura das paredes para sustentar a cobertura que seria colocada a seguir.
Para que a atual Capela Maior, ascendesse aos céus, o telhado da antiga mesquita, foi recordado na área correspondente. Isto pode ser visto tanto no seu interior, como no exterior, a partir de lugares que permitam ver o monumento como um todo. Principalmente de pontos altos, como do alto da Torre dos Leões do Alcázar ou da Torre Calahorra.
Enquanto a Mesquita muçulmana crescia horizontalmente ao longo do domínio islâmico, a Catedral Católica cresceu verticalmente.
No cruzeiro ficam os bancos destinados aos fiéis.
Em cada estremo dos braços do cruzeiro, temos um lindo confessionário trabalhado em madeira de lei, com estofamento vermelho.
Coro da igreja:Voltado em direção ao altar, fica o espetacular coro da igreja, construído em 1750.
Na entrada para o coro, acima do cadeiral, ficam dois fabulosos órgãos de tubos. Um de cada lado da entrada.
Os órgãos atuais, substituem os antigos órgãos da Capela Villaviciosa, do mestre Vincencio de Veneza e foram realocados para a nova construção.
Abaixo vemos o órgão do lado da Epístola e o que fica do lado do Evangelho.
Os órgãos atuais não são iguais, foram elaborados em anos diferentes por artistas distintos:
- O órgão do lado da Epístola, do início do século XVIII, por José Martínez Colmenero e Francisco Asensio.
- Ao longo dos séculos passaram por vários reparos e manutenções.
- O órgão do lado do Evangelho, data de 1658-1674, obra de Miguel Llobt, sendo o escultor da caixa de madeira, Bartolomé de Mendigutia.
Cada cadeira, recebe entalhes diferenciados. Cenas da vida de Cristo, cenas do Antigo Testamento, mártires cordobenses e cenas da vida da Virgem Maria.
Destaque especial para o lindo e exuberante Púlpito Dourado com águia. A águia é símbolo de Roma Antiga. Nos tempos romanos, era usada como insígnia, sempre presente nos acampamentos e movimentações dos exércitos romanos.
No centro, fica o trono episcopal com três assentos. Elaborado como um retábulo, tendo na parte
superior, a representação da Ascensão de Cristo em tamanho natural. No alto do
conjunto o Arcanjo São Rafael.
Com tantas maravilhas, muitas vezes nos esquecemos de olhar os tetos. Fique ligado, a abóbada da Catedral Nova merece destaque pela riqueza de detalhes.
Abaixo, em sequência, parte da abóbada do coro, a cúpula central do cruzeiro e a cúpula da capela-mor. Cada qual com seu estilo próprio e decorados com imagens e símbolos ligados à fé católica.
A abóbada da área do coro em estilo barroco é fantástica. Não deixe de elevar o olhar ao alto.
Trabalho do arquiteto Juan de Ochoa, que também foi responsável pela cúpula do cruzeiro. Na decoração da cúpula do cruzeiro e abóbada do coro, atuou o entalhador Francisco Gutiérrez Garrido.
Na área do coro, fica uma mesa de altar e o púlpito dourado em formato de águia. Vi um parecido na Catedral de Toledo.
Transcoro:
Saindo do Coro da Capela-mor, no lado oposto ao Trono Episcopal, fica o Transcoro.
Construído pelo arquiteto Juan de Ochoa (1554-1606), em estilo maneirista, com colunas e capiteis. No alto do trabalho, a representação de São Pedro sentado em uma cadeira. O trabalho é finalizado por um frontão triangular coroada com uma cruz cristã.
Não são as únicas capelas. São 40 capelas, vários altares e tumbas de membros da realeza e nobres de Córdoba espelhados pela Mesquita.
Elementos da antiga mesquita convivendo de maneira "harmoniosa" com capelas cristãs e altares em mármore ou madeira e pinturas diversas.
Não foi possível registrar tudo. Vamos conhecer algumas.
Transaltar e suas capelas:
As colunas e arcos islâmicos, situados por trás do altar da atual capela Maior (Transaltar), foram aproveitados para se criar três pequenas capelas cristãs, protegidas por grades de ferro forjado, algumas ricamente trabalhadas.
Detalhe do lado posterior ao altar da Capela Maior, o transaltar. Nesta foto temos o portal trabalhado e a porta de madeira que acessa a sacristia da atual Capela-Mor.
A sacristia do Altar-Mor, fica em nível elevado, desta forma Hernán Ruiz I, aproveitou o espaço sob a sacristia para construir três capelas com diversas cenas da Paixão de Cristo esculpidas em pedra.Observem as esculturas em relevo dentro dos arcos mudéjares.
Capela de São Bernabé
Abaixo, o interior da primeira capela do transaltar, a Capela de São Bernabé.
O retábulo de mármore branco é de autoria do escultor francês Jacques Luquim, em 1541. Em relevo vários santos, anjos e símbolos da paixão estão representados.
Sobre o altar, na área central, temos o relevo do Calvário de Cristo, com a Virgem Maria e São João.
Nos potes os três óleos sacramentais, denominados como "Santos Óleos". O Óleo dos Enfermos, o Óleo do Santo Crisma e o Óleo dos Catecúmenos (batismo).
Antígua Capilla Mayor ou Capela da Villaviciosa
A uma curta distância do transcoro, vemos um lindo e imenso arco, ricamente decorado com motivos católicos.
Inicialmente, após a Reconquista cristã e a conversão da Mesquita em igreja católica, foram instaladas capelas aproveitando os arcos da estrutura existente.
Na época, a única grande reforma foi a construção da Antígua Capilla Mayor (Antiga Capela-Mor), a Capilla da Villaviciosa.
Este belo arco, marca a entrada para a Capela da Villaviciosa.
Se a arte islâmica é representada por arcos trabalhados, figuras vegetativas e geométricas, a arte cristã emprega estátuas de santos, mártires cristãos e outras iconografias da fé.Este belo arco, marca a entrada para a Capela da Villaviciosa.
Ultrapassando, o arco adentramos no espaço da primeira Capela-mor da Mesquita-Catedral, construída alguns anos após a reconquista cristã.
Em 1489, começaram a construção de uma Capela-mor, na área do maqsurah da mesquita (sala de oração real que antecede ao mihrab). Foi a capela principal da Mesquita-Catedral, até a construção da atual Capela Maior, 300 anos depois.
O cruzeiro desta capela foi concluído apenas em 1607, época que passou a ser dedicada à Nossa Senhora da Villaviciosa, passando a ser chamada de Capela de Villaviciosa.
No passado, era ricamente adornada com afrescos, moveis, órgão tubular, ... Muitos de seus tesouros foram transferidos para outras capelas e museus.
Atualmente, na antiga Capela-Mor, permanece apenas um crucifixo, demarcando a área da antiga Capela Maior.
Por trás da parede da Capela-Mor da Capela Villaviciosa, fica a Capela Real, também conhecida como Capela de San Clemente, construída no século XIV, para abrigar os restos mortais dos reis cristãos. Por algum motivo não a visitamos. Se não me falha a memória estava fechada para reformas.
Mais uma vez, eleve o olhar para o teto e se atente aos ricos detalhes.
A claraboia moura da época da expansão de Al-Hakan II, demarca a área em que foi construída a Capela-mor da antiga Capela Maior, anos após a reconquista cristã.
No início do século XX, Ricardo Velázquez Bosco restaura a claraboia e o telhado da nave da capela.
É inacreditável. Imaginar que algo tão belo, que requer muito conhecimento de engenharia e arquitetura, tenha mais de um milênio.
Foi debaixo desta claraboia, em um altar provisório e antes de qualquer alteração pelos católicos, que ocorreu a primeira cerimônia de consagração da mesquita como templo católico, em junho de 1236.
Também o navio da capela, merece destaque.
A nave gótica da Capela Villaviciosa, foi construída entre os anos de 1486 a 1496.
Sobre pilares e grandes arcos transversais pontiagudos o telhado é elevado, sobressaindo em relação ao telhado mouro original. Não tão alto como a atual Capela Mayor.
Estes mesmos arcos dividem o teto do navio em quatro seções.
Várias janelas de estilo neogótico e com vitrais coloridos iluminam o recinto.
Esta cobertura envolvendo arcos de pedra e madeira acompanhando a curvadura da abóbada, é única em Córdoba.
Na parede de fundo, acima de três arcadas duplas muçulmanas, uma abertura em forma de roseta com rendilhado gótico e vitral colorido, completa a iluminação.
No século XX, Ricardo Velázquez Bosco, recupera o telhado, retirando a abóbada que cobria o trabalho de vemos atualmente.
MaqsurahSaindo da Capela Villaviciosa, e passando por belíssimo conjunto de arcos trabalhados (foto abaixo), adentramos na área que leva ao Maqsurah (área reservada ao califa, sua família e nobre da corte islâmica) que antecede o Mihrab Nuevo (nicho de orações).
A Maqsurah é delimitada por uma balaustrada de madeira.
Não tem como errar é só seguir o fluxo dos turistas, maravilhados e atraídos pela arte e riqueza do Mihrab.
Vejam, como é lindo o trabalho feito nestes arcos entrecruzados.
Mihrab Nuevo
O Mihrab Nuevo, principal nicho de oração islâmica, fica ao fundo, passando por mais um impressionante conjunto de arcos mouro.
Como é o costume dos muçulmanos fazerem suas orações direcionados para a Meca na Arábia Saudita na Arabia Saudita. O mihrab deveria ser construído no muro voltado para a Meca, direção denominada de qibla ou quibla. Mas, não o mihrab da Mesquita de Córdoba. Contrariando a própria tradição, o califa Al-Hakan II, mandou construir o mihrab voltado para o rio Guadalquivir, para o sudeste.
Do mihrab o imã dirige a oração.
Construído com mármore, estuque e belíssimos mosaicos bizantinos é uma obra-de-arte de puro requinte artístico.
Abaixo, a entrada do Mihrab, o lugar mais sagrado de toda a mesquita, segundo a fé islâmica.
O arco em ferradura da entrada é cercado com fabuloso mosaico bizantino, presente pessoal do Imperador bizantino Nicéphorus II Focas (912-969).
Sobre uma base de mármore, foi aplicado mosaico com ouro, bronze, prata e pasta de vidro em diversas cores. O tema do mosaico são desenhos geométricos e vegetal, além de inscrições em árabe de versos do Alcorão.
O acesso ao interior do Mihrab não é permitido.
Entre os séculos XIV e XIX, o Mihrab foi coberto pelo retábulo da Capela de São Pedro, construído inicialmente naquele local, tendo a área interna do mihrab como sacristia.
Por volta de 1816 a 1826, a Capela de São Pedro e este espaço foi restaurado por Patricio Furriel.
😐Gente, eu não acredito que não fotografei a cúpula da Maqsura que precede a área do Mihrab. Totalmente trabalhada em mosaico bizantino como o arco de entrada do mihrab. Um trabalho fabuloso. Se vocês forem lá, não deixe de ver a cúpula e registrá-la. Eu vi e não registrei. 😩
Abaixo, uma vista do Maqsurah a partir do cruzeiro da antiga Capela Maior (Villaviciosa).
Na foto abaixo, a sobreposição de vários arcos em um dos corredores da Mesquita-Catedral. Aqui podemos observar a união de símbolos e arte islâmica com católica. Esta foto foi tirada em uma área próxima ao transcoro.
Outras capelas e altares no interior da Mesquita-Catedral:
⇨ Capela
da Conversão de São Paulo ou Capela dos Muñices:
São Paulo que, de perseguidor de cristãos, tornou-se apóstolo de Jesus, sendo responsável pela propagação e expansão do cristianismo no Ocidente.
Capela construída em formato retangular, no lado norte da
extensão de Al-Hakam II, na fronteira com a parte de Abd-al-Rahman, ao lado da Capela Real.
Sua construção data de 1378, tendo sido restaurada em 1610.
O rico retábulo da capela é obra do escultor Felipe Vázquez de Ureta, século XVII.
A escultura central, no retábulo, representa São Paulo, sua autoria é desconhecida. A espada na mão direita do santo, simboliza a forma como foi morto, decapitado.
Na parte superior do retábulo, a cena da decapitação de São Paulo, em relevo.
É atribuído ao santo a frase "Combati
o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé".
Também
conhecida como Capela dos Muñices, por ter sido edificada para ser o mausoléu
de D. Pedro Muñiz de Godoy, mestre de Santiago (1387).
O
túmulo em mármore escuro, que vemos abaixo, é de Dom José Antonio Infantes Florido, bispo de
Córdoba entre 1978 e 1996.
A abóbada desta capela é decorada com estuque de gesso e relevos, finalizados em branco e dourado.
Nela estão representados os pais da Igreja Ocidental (San Gregorio
Magno, San Jerónimo, San Ambrosio e San Agustín), anjos, ..., entre outros.
No centro, há uma representação da
coroação de Maria, ladeada por dois anjos.
⇨ Altar de Nossa Senhora das Dores
Entre algumas colunas existem vários altares, que não são propriamente capelas. Mas, merecem destaque pelo belíssimo trabalho ou pelo simbolismo religioso.
Próximo da capela vista anteriormente, uma imagem de Nossa Senhora das Dores. Simples e de imenso significado. ".... Uma espada de dor transpassará a tua alma! ...".
⇨ Altar do Santo Cristo da Ponta ou Altar do Santíssimo Cristo do Ponto
Um deles é o Altar do Santíssimo Cristo do Ponto, conhecido também como altar de São
Sebastião.
Não deixe de observar a pequena e linda cúpula sobre o altar.
No corpo central do altar, entre colunas, a escultura do Cristo Crucificado.
Em um nicho abaixo do crucifixo, a escultura de São Sebastião.
No nicho superior do altar, uma pintura a óleo da Virgem em tela circular. Esta pintura, pode ser vista na foto anterior.
⇨ Capela do Santuário ou Altar do Santíssimo Sacramento ou Capela del Sagrario.
Construído originalmente em 1578, na antiga livraria do Cabildo, que por sua vez foi edificada na expansão islâmica de Al-Mansur. m espaço retangular com três naves, abóbadas góticas, muitos afrescos, esculturas, altar e bancos para os fiéis.
No alto da portada principal fica o escudo de Fray Martín de Córdoba, responsável por sua construção.
A entrada para a Capela del Sagrario é feita por uma porta lateral direita à porta principal. Onde somos recebidos por uma linda imagem de Cristo.
Um lugar de oração e adoração do Santíssimo Sacramento da Eucaristia.
A capela é simplesmente maravilhosa. Mas, como algumas pessoas rezavam no recinto, em respeito, optei em não a fotografar. Bom, pelo menos tirei estas duas fotos.
⇨ Capela de Santa Maria Madalena e Assunção de Nossa Senhora.
Belíssimo retábulo com esculturas na parte central e várias pinturas ao redor.
A maioria das pinturas são atribuídas ao pintor Pedro Fernández Guijalvo.
Nossa Senhora da Conceição é também conhecida como Imaculada Conceição, reverenciada por sua pureza e castidade.
Ladeando a imagem de Nossa Senhora, as pinturas de São João Evangelista e Santa Catalina.
A maioria das pinturas são atribuídas ao pintor Pedro Fernández Guijalvo.
Nossa Senhora da Conceição é também conhecida como Imaculada Conceição, reverenciada por sua pureza e castidade.
Ladeando a imagem de Nossa Senhora, as pinturas de São João Evangelista e Santa Catalina.
⇨ Capela de Santa Inês (Saint Agnes)
A capela foi projetada pelo arquiteto francês Baltasar Dreveton, em 1761.
O retábulo desta capela em estilo rococó com colunas de mármore e finalizadas com capiteis de inspiração romana, recebe vários materiais como mármore vermelho e preto contrastando com mármore branco.
No nicho central do retábulo, a imagem de Santa Inês. No alto, o cordeiro como símbolo da inocência.
Retábulo e escultura de Santa Inês são do escultor Miguel Verdiguier, final do século XVIII.
Retábulo e escultura de Santa Inês são do escultor Miguel Verdiguier, final do século XVIII.
⇨ Antiga Capela de Nuestra Señora de la Concepción ou Capela da Antiga Conceição
Construída em 1379, dedicada ao mistério da concepção da Virgem Maria.
O trabalho arquitetônico do recinto da capela (paredes. abóbada e pavimento) é atribuído ao arquiteto Hernán Ruiz I.
O rico retábulo renascentista dourado, possui duas esculturas centrais. Uma escultura Nossa Senhora da Conceição e acima desta o Cristo Crucificado.
Rodeando as esculturas, várias pinturas de santos complementam o conjunto.
Abaixo, a pintura a óleo sobre tela, na parede lateral direita da Capela Nossa Senhora da Conceição.
⇨ Capela da Natividade de Nossa Senhora
Espaço criado em 1565 para
ser o mausoléu de Andrés Pérez de Buenrostro, arquidiácono (vigário-geral) de
Pedroche, município da província de Córdoba.
⇨ Capela Santo Nome do Senhor.
Esta capela não é dedicada ao Cristo propriamente dito, mas ao seu santo e abençoado nome.
O layout arquitetônico é de Hernán Ruiz II. Execução do trabalho do retábulo é do escultor Martín de la Torre.
No centro do colossal retábulo de pedra, a pintura com a genealogia de Jesus Cristo, a Árvore de Jessé (1578), trabalho atribuído a Gabriel
de Rosales. As pinturas menores na base do retábulo (cenas da Anunciação, do Nascimento e da Visitação de Maria a Santa
Isabel) são do mesmo pintor.
O altar da capela traz um bonito trabalho de azulejaria retratando a Adoração dos Reis Magos.
⇨ Capela Santo Nome do Senhor.
Esta capela não é dedicada ao Cristo propriamente dito, mas ao seu santo e abençoado nome.
As pinturas do retábulo foram executadas pelo pintor Pedro Fernández Gijalbo, em 1570. A pintura central representa o calvário de Cristo e sobre ela fica o anagrama do nome de Jesus (IHS: Jesus Hominum Salvator) em dourado sobre fundo verde. Verde é a cor que simboliza o triunfo da fé, a ressurreição.
Anexo à capela de Santa Teresa, fica o museu do tesouro da Catedral Católica.
Aqui ficam várias peças de marfim, prata e ouro adquiridas entre os séculos XV e XX.
São castiçais, candelabros, bandejas, cálices, porta braseiro, custódias, estatuetas e outros objetos de adoração da fé católica.
Ao lado da capela de Santa Inês, temos o Altar da Encarnação com a tela intitulada A Encarnação, do pintor Pedro de Córdoba, datada de 1475.
Esta imensa pintura de óleo sobre painel, é cercada por moldura de madeira esculpida e dourada.
Na área um altar com frente de azulejos coloridos, do século XV, complementa a área.
Obra restaurada em 1990.
⇨ Capela de Santa Teresa ou Capela do Cardeal de Salazar
A Capela de Santa Teresa está localizada na parede sul da Mesquita.
Foi fundada em 1697, pelo Cardeal Pedro de Salazar Gutiérrez de Toledo, com planta octogonal, em estilo barroco.
Sua cúpula, assim como a Capela Maior, rompe o telhado da mesquita e pode ser vista no exterior.
Atualmente, é utilizada como sacristia.
Se estiver aberta, não se acanhe entre.
Sua maior riqueza é a Custódia del Corpus Christi, uma custódia processional em ouro, executada pelo ourives alemão Enrique de Arfe, século XVI.
A custódia mede aproximadamente 2,60 metros e pesa quase 200 quilos.
Meticuloso trabalho em formato de uma catedral gótica, em prata e revestida em ouro, foi executada entre os anos de 1510 a 1518.
Em 1734, a custódia é reparada pelo ourives Bernabé Garcia de los Reyes que acrescenta a parte superior da custódia.
Faz parte desta restauração o acréscimo das torres interligadas por golfinhos montados por anjos, o templo dos sinos (torres interligadas por grinaldas floridas), finalizando com uma coroa com sinos sobre o qual fica o pedestal com a representação de Cristo.
Uma vez ao ano, na procissão de Corpus Christi, a custódia desfila pelas ruas de Córdoba.
No resto do ano, este trabalho fica guardado no centro da Capela de Santa Teresa, apoiado sobre pedestal barroco. Todo o conjunto é encerrado em uma cabine de madeira ricamente esculpida, com vidro nas suas quatro faces para ser contemplado pelos fiéis e turistas.
Sala do Tesouro:Anexo à capela de Santa Teresa, fica o museu do tesouro da Catedral Católica.
Aqui ficam várias peças de marfim, prata e ouro adquiridas entre os séculos XV e XX.
São castiçais, candelabros, bandejas, cálices, porta braseiro, custódias, estatuetas e outros objetos de adoração da fé católica.
⇨ Capela de Santa Marina, São Matias e do Batistério. Localizada no alargamento de Almanzor na Muralha Oriental. Foi construída em 1411, para ser a capela funerária de Fernán Gómes de herrera e familiares, sendo inicialmente dedicada a São Matias.
Abaixo a pia batismal localizada no centro da capela, feita em jaspe preto, a concha interna de alabastro e a tampa em madeira entalhada e dourada.
Em um rústico armário de madeira, ficam expostas grandes ânforas de prata, utilizadas no ritual católico.
O retábulo da Capela do Batistério é na realidade uma grande pintura a fresco, situada na parede à direita de quem entra. Obra de Pedro Moreno.
⇨ Altar da EncarnaçãoEm um rústico armário de madeira, ficam expostas grandes ânforas de prata, utilizadas no ritual católico.
O retábulo da Capela do Batistério é na realidade uma grande pintura a fresco, situada na parede à direita de quem entra. Obra de Pedro Moreno.
Ao lado da capela de Santa Inês, temos o Altar da Encarnação com a tela intitulada A Encarnação, do pintor Pedro de Córdoba, datada de 1475.
Esta imensa pintura de óleo sobre painel, é cercada por moldura de madeira esculpida e dourada.
Na área um altar com frente de azulejos coloridos, do século XV, complementa a área.
Obra restaurada em 1990.
⇨ Extinta Capela de San Antonio ou Altar de João Batista:
Próximo do Altar da Encarnação, ficava a extinta Capela de San Antonio, atual Altar de João Batista, área que ainda conserva a pintura abaixo.
Intitulada como Batismo de Jesus, a pintura em estilo mural sobre argamassa de cal e areia, datada de 1390, autoria desconhecida.
As figuras no centro representam João Batista, com vestimenta adornada com motivos geométricos, despejando água sobre a cabeça de Jesus Cristo. A cena é ladeada por dois anjos.
Encontrada acidentalmente, atrás do altar da Encarnação em 1989. Foi restaurada em 1991.
Infelizmente não consegui encontrar a localização, autor e origem relacionados com as duas fotos a seguir. Se alguém souber me mande uma mensagem para atualizar a postagem. Deixo aqui o meu agradecimento antecipado.
Vitrais da Mesquita-Catedral:
Sendo apaixonada por vitrais, não poderia deixar de postar algumas fotos do tema.
Sendo apaixonada por vitrais, não poderia deixar de postar algumas fotos do tema.
Os vitrais da Capela-Mor, na Catedral Católica dentro da Mesquita, são do início do século XIX. Representam o Sagrado Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria.
Os vitrais coloridos com temas religiosos ou geográficos, espalhados pela Mesquita-Catedral, encantam o olhar do visitante.
Museu de San Vicente:
No interior da Mesquita-Catedral, o Museu de San Vicente, expõe diversos achados arqueológicos, como fragmentos visigodos, mouros. Este museu fica localizado em um canto da Sala de Orações da Mesquita Primitiva.
Relevo esculpido em pedra (1507) intitulado como "Imposição da casula a San Ildefonso", obra atribuída a Juan de Córdoba. Este relevo pertencia à antiga Capela de San Ildefonso.
Apesar de nosso tempo ter sido curto, só ficamos uma noite em Córdoba, conseguimos ver muita coisa. Naturalmente, que muito deixou de ser visto. Mas, eu acredito que vimos os monumentos mais importantes.
No interior da Mesquita-Catedral, o Museu de San Vicente, expõe diversos achados arqueológicos, como fragmentos visigodos, mouros. Este museu fica localizado em um canto da Sala de Orações da Mesquita Primitiva.
Entre os achados arqueológicos, uma lápide com inscrição em árabe.
Curioso o mecanismo abaixo. Parte da maquinaria
do relógio da Torre Sineira, de Manuel Garcia Pinto, 1747.
Relevo esculpido em pedra (1507) intitulado como "Imposição da casula a San Ildefonso", obra atribuída a Juan de Córdoba. Este relevo pertencia à antiga Capela de San Ildefonso.
Apesar de nosso tempo ter sido curto, só ficamos uma noite em Córdoba, conseguimos ver muita coisa. Naturalmente, que muito deixou de ser visto. Mas, eu acredito que vimos os monumentos mais importantes.
O que não vimos em Córdoba:
- Convento de La Merced;
- Capela de San Bartolomé, dentro da Faculdade de Artes;
- Palácio Viana, Palácio aristocrático com diversos pátios e museu;
- Museu de Julio Romero de Torres (trabalhos do famoso pintor local) e Museu de Belas Artes (arte barroca e Arte Moderna Espanhola). Ambos na Plaza del Potro;
- Museu Arqueológico e Etnológico de Córdoba, no antigo Palácio de Páez de Castillejo. Coleções de objetos romanos descobertos na região de Córdoba;
- Banhos Árabes do Califa Alcázar (Baños del Alcázar Califal);
- Caballerizas reales (Estábulos reais). Próximo ao Alcázar dos Reis Cristãos;
- Templo Romano de Córdoba;
- Mercado Victoria, que além do mercado em si, possui bares e restaurantes em seu interior, onde se pode provar a gastronomia andaluzi e mundial.
- Plaza de la Corredera: praça com muitos restaurantes, barzinhos e construções históricas. Foi nesta praça que os mosaicos expostos no Alcázar foram encontrados nas escavações de reparo.
- Museu das Três Culturas (interior da Torre Calahorra);
- Real Jardim Botânico de Córdoba;
- Medina Azahara: Escombros de antiga cidade do tempo dos Califados. Situada a 10 km de Córdoba;
- Galeria da Inquisição. Com exposição de instrumentos de torturas. Não faz o meu gosto, mas fica a dica para quem curte.
Considerações finais:
Eu e meu marido, amamos a cidade de Córdoba e teríamos adorado ficar pelo menos mais um dia. 💓💓💓
A cidade é super fácil de andar e, com um mapa e GPS no celular, não tem como se perder. 👣👣
A maioria das ruas do Centro Histórico é pedonal. Portanto, deixe o carro na garagem, coloque um sapato baixo e confortável. 👞👟
Aos moradores e comerciantes que foram atenciosos e cordiais, nossos sinceros agradecimentos. 🙋🙋
Dos monumentos que visitamos, não temos o que reclamar. Amamos cada cantinho e tudo o que vimos. Só lamentamos pelo que não conseguimos ver e a ausência de informações em alguns lugares. Tive muito trabalho para reunir a maioria das informações.
O importante é que conseguimos ver a Mesquita-Catedral (até assistimos uma missa 🙏) e o Alcázar dos Reis Cristãos, considerados os pontos mais emblemáticos e imperdíveis da cidade. 😍
Também visitamos outros pontos que engrandeceram nossa estadia. Então, eu fiquei muito satisfeita com a viagem. 😎
Também visitamos outros pontos que engrandeceram nossa estadia. Então, eu fiquei muito satisfeita com a viagem. 😎
Espero que vocês se animem e tenham apreciado esta postagem. Sei que ficou longa, mas com certeza está completa. 😇
Minhas postagens turísticas são meu diário e arquivo de minhas viagens. Um álbum de fotos com informações para relembrar e compartilhar com meus amigos, familiares e visitantes.
E, lá vamos nós em direção ao próximo destino, Granada.
Viajar de carro pelas estradas espanholas é bem agradável e tranquilo. As estradas são bem pavimentadas e sinalizadas, com pouco movimento. Ao longo do caminho, os campos de plantações diversas e as montanhas e serras ao longe dão a sensação de paz e tranquilidade.
Aguardem a próxima postagem ⇒ Granada, Espanha.
Viajar de carro pelas estradas espanholas é bem agradável e tranquilo. As estradas são bem pavimentadas e sinalizadas, com pouco movimento. Ao longo do caminho, os campos de plantações diversas e as montanhas e serras ao longe dão a sensação de paz e tranquilidade.
Aguardem a próxima postagem ⇒ Granada, Espanha.
⇨ 😎 Viajando e sempre aprendendo. Muitas informações da postagem, foram conseguidas in loco, nos folhetos informativos dos monumentos, com os guias ou através de pesquisas na internet ("Santo Google" 🙌). 😉
Bjs e até a próxima postagem que pode ser artes, guloseimas ou companhia (pensamentos, viagens, passeios, ..., devaneios)!!! 💋💋💋
Para quem se animar:
FAÇAM A MALA e BOA VIAGEM!!!!!
Um abraço carinhoso a todos os meus familiares, amigos e visitantes,
Teresa Cintra
Se vocês tiverem gostado desta viagem, não deixem de ver:
Recomiendo a todo el mundo que visite esta magnífica ciudad. Córdoba es el lugar perfecto para relajarse y disfrutar de la belleza de la vida en un ambiente encantador.
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