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segunda-feira, 28 de setembro de 2020

CÁDIS, Espanha

Cádis (em castelhano: Cádiz), antiga cidade portuária, de clima mediterrâneo, na costa do sudoeste da Espanha (Costa de la Luz). Capital da província homônima, uma das oitos que formam a comunidade autônoma de Andaluzia. Cidade com longo histórico de existência, banhada pelo Oceano Atlântico.
Na realidade a cidade de Cádis, fica em uma pequena península com 1 km de largura e 6 km de comprimento. Esta península é ligada ao continente por uma estreita faixa de areia.  Uma simpática e compacta cidade chamada carinhosamente de La Tacita de Plata.
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Inicialmente, Cádis não fazia parte de nosso roteiro. Mas, como o hotel em Jerez só ficaria disponível a partir das 14 horas e saímos cedo de La Linea, resolvemos fazer um pequeno desvio de rota. Uma das grandes vantagens de viajar de carro sem guia turístico. Você pode fazer algumas alterações sem dramas ou traumas. 😍
Portanto, não pernoitamos na cidade. Foi apenas uma rápida passagem para conhecer a famosa Catedral de Cádis. Isto foi em maio de 2019, bem antes da pandemia do Coronavírus. 
Chegamos antes da igreja abrir, então fizemos um pequeno tour pelo entorno da Catedral.
Catedral Nueva de Cádiz; Catedral de Santa Cruz; Sem guia; Europa; Espanha;

Indo de La Línea Cádis:
Para acessar a ilha por via terrestre é preciso atravessar uma das duas pontes que ligam a ilha ao continente e partindo de Puerto Real. Ou seguindo para San Fernando, e de lá por uma estrada em uma faixa de areia que forma a Playa del Chato, também conhecida como Urrutia
Escolhemos o caminho mais curto, seguindo para Puerto Real. 
Abaixo, a foto tirada do Google Maps mostra as duas opções.
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Foto do Google Maps
Saímos do hotel em La Línea, logo após o café da manhã. Para o nosso próximo destino, Cádis (ou Cádiz), seguimos de carro por 1 h e 20 min. 
Na saída de La Línea, seguimos pela autovia A-381 por aproximadamente 50 minutos. Foram 85 km na A-381, antes de passar para a A-408 em direção à Cádis. Neste ponto fique atento à rotatória e mudança de estrada. Em certo momento, haverá outra rotatória com várias saídas e rampas de acesso, fique atento para pegar a certa com destino final em Cádis (A-34). Desta rotatória até o destino final foram mais 30 minutos. 
Para quem não conhece a estrada, o GPS é de extrema necessidade e importância.
A foto abaixo, mostra o mapa do Google Maps, onde podemos observar as duas pontes que acessam a cidade e o ponto vermelho que demarca a localização da Catedral de Cádis.
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Foto do Google Maps

BREVE RESUMO SOBRE CÁDIS:

Cádis, conhecida como a cidade de Hércules, é considerada a cidade mais antiga da Espanha, com mais de 3.000 anos de civilização e evolução. Sua fundação data do século XII a.C., pelos fenícios oriundos do Tiro. Na época era nominada por GDR (Gádir), que significava "recinto amuralhado".
Há quem diga, que é a cidade mais antiga da civilização ocidental. Mas, existem cidades na Grécia com mais de 5.000 anos de civilização.
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Ao longo de sua história, Cádis foi desbravada e colonizada por vários povos. Fenícios (1104 a.C.), cartagineses, romanos (206 a.C.), visigodos, mouros (séc. VIII) e os cristãos espanhóis (a partir de 1262, pelo rei Alfonso X, El Sábio, do reino de Castilla). Cada qual deixando sua marca na cultura, tradições e arquitetura. 
Ocupando uma faixa de terra cercada pelo pelas águas do Oceano Atlântico, tornou-se sede da marinha espanhola. No século XVI, seu porto cresceu ocasionando desenvolvimento da exploração e o comércio marítimo.
Porto de Cádiz; Sem guia; Europa; Espanha;
Em 1596, foi seriamente abalada pela por uma esquadra anglo-holandesa, durante a guerra entre Espanha e Inglaterra.
No final do séc. XVII e início do séc. XVIII, o monopólio do comércio com as Américas pela Espanha, marcou a época de ouro espanhola. Fato que beneficiou várias cidades, entre elas Cádis que renova sua importância portuária. A antiga Casa da Contratação de Comércio, responsável pelas atividades mercantis com o continente americano, é transferida de Sevilha para Cádis. 
No decorrer dos séculos XVIII e XIX, tornou-se importante porto comercial e centro industrial. Entretanto, no início do séc. XIX, conflitos bélicos como a Batalha de Trafalgar (1805) e o Sítio à Cádis pelo exército napoleônico (1810/1812) trouxeram novos abalos à cidade. Após o qual, retornou a crescer política e economicamente.
Em 1812, durante a Guerra da Independência, no Oratório de San Felipe Neri, em Cádis, foi elaborada e promulgada a Constituição de 1812, a primeira constituição espanhola, conhecida popularmente como "La Pepa". Por toda cidade há referências e monumentos alusivos a este fato histórico. 
Atualmente, com uma população aproximada de 135.000 habitantes, a cidade é dividida em duas partes: a cidade velha e a cidade nova. A cidade velha ou bairro central, concentra os principais prédios históricos de Cádis.
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TOUR POR CÁDIS:

- Puente De La Constitución de 1812
Espero que vocês estejam animados como eu me senti na época. Então, lá vamos nós turistar por esta linda cidade portuária. 😎😎
Chegamos em Cádis pela Puente De La Constitución de 1812. Uma elegante e moderna ponte que nos leva diretamente ao coração histórico da cidade, a cidade velha. Não tirei nenhuma foto da ponte na chegada. Mas, tirei ao sair da cidade, a partir da outra ponte. Veja a foto abaixo.
Sem guia; Europa; Espanha; Puente De La Constitución de 1812;
- Baluarte de San Roque:
Seguimos para o Passeo Marítimo, na costa sul da cidade, orla marítima que ladeia a Av. Fernández Ladreda, na altura do Baluarte de San Roque, (Bastião de São Roque). O bastião é uma construção retangular com dois pisos. 
Baluarte de San Roque;
Foi construído para fins defensivos em 1754. Época que fazia parte das Muralhas da Terra. Em 1940, parte do baluarte e da muralha foram derrubados visando a melhoria do fluxo de carros com a criação de novas avenidas.
O exterior do que restou do Baluarte, mantem sua concepção rústica de pedras de ostras e argamassa. (Tentei descobrir o que exatamente é pedra de ostra. Pelo que entendi é uma rocha sedimentar porosa formadas por restos de conchas marinhas, encontradas na própria região.)
Sem guia; Europa; Espanha; Baluarte de San Roque
Atualmente, a antiga construção é ocupada por uma galeria de arte, carpintaria e bar/cafeteria. Os recintos comerciais são acessados pela avenida. No interior das dependências é possível admirar belas vistas das largas janelas voltadas para o mar.
Baluarte de San Roque;
- Torre Tavira II:
Daqui, podemos avistar uma curiosa torre de comunicação da empresa telefônica de Cádis. Conhecida como Torre Tavira II ou "Piruli", projeto do arquiteto Guillermo Vázquez Consuegra. A torre em concreto armado branco, com 5 andares e 114 metros de altura contando com a antena, construída entre 1990 a 1993. Ao longo da torre, existem 4 plataformas abertas e 1 plataforma fechada com vidro.
Este edifício é referência da arquitetura andaluza contemporânea e não está aberto para visitação.
Torre Tavira II; Sem guia; Europa; Espanha;
Playa Santa Maria del Mar e Playa Victoria:
Dois braços de quebra-mar feitos de pedra, adentram o mar, formando a pequena Playa Santa Maria del Mar, de areia fina. Considerada a melhor praia desta área por sua localização e águas mais calmas que sua vizinha Playa de la Victoria. A Praia da Vitória fica logo após a Praia Santa Maria do Mar. Ambas são brindadas por faixa arenosa que permitem o banho de sol.
Sem guia; Europa; Espanha; Playa Santa Maria del Mar;
Sendo Cádis, uma península, cercada por água, é natural a necessidade de conter o avanço do mar. Uma das soluções são os grandes blocos de concreto empilhados de maneira a formar uma barreira (quebra-mar), sem precisar construir altos muros de contenção, garantindo a bela vista marítima. 
Em boa parte da costa sul, estas pilhas de blocos de concreto escondem os antigos muros defensivos que circundavam boa parte da península no passado. Em alguns trechos, estes muros podem ser parcialmente vistos. Como é o caso do calçadão Passeo del Vendaval, que veremos mais adiante.
Sem guia; Europa; Espanha;
Esta é uma solução que acompanha a maior parte da costa da cidade. 
Sendo a cidade uma "ilhota", o mar é uma presença constante e cobra seu preço.
Sem guia; Europa; Espanha;
Ao longo da orla marítima, largas calçadas embelezam e permitem caminhar e praticar esportes individuais ao ar livre.
Na foto abaixo, ainda na costa sul, temos parte do Paseo del Ventaval, que começa ao lado do Bastião de São Roque e vai até o Bastião dos Mártires. Este calçadão corre ao lado da Av. Campo del Sur, ao longo do Mar del Vendaval ou Mar da Galé, que faz parte do Oceano AtlânticoVeremos esta calçada em outros momentos de nosso tour pela cidade. 
Neste trecho, podemos ver os blocos de concreto amparados nos antigos muros da cidade. 
Sem guia; Europa; Espanha;
Plaza de la Constitución (Praça da Constituição):
Da orla marítima de Cádis, seguimos para a Plaza de la Constitución, que celebra a Constituição de 1978.
Em um dos canteiros da praça uma curiosa escultura de uma jaula em formato de pássaro, intitulada como “Pájaro Jaula”. Monumento em aço inoxidável sobre pedestal de mármore negro, do escultor Luis Quintero, de 2008. 
Ao fundo da segunda imagem, o prédio da Junta de Andaluzia Delegação Territorial de Agricultura, Pesca e Meio Ambiente em Cádis. 
Sem guia; Europa; Espanha; Plaza de la Constitución; Pájaro Jaula; Luiz Quintero;
- Muralha, Baluarte e Puertas de Tierra:
A praça, fica defronte ao sistema defensivo que protegia a cidade de possíveis ataques por terra, as Muralhas de Tierra
A muralha medieval do século XVI, na entrada terrestre da cidade, com o crescimento e desenvolvimento urbano, gradualmente se tornou obsoleta. Novas muralhas e melhorias foram aos poucos sendo acrescentadas.
Em 1574, foram construídos os dois baluartes ainda existentes, São Roque e Santa Elena.
Mas, as remodelações não pararam por aí. Ao longo dos anos, as muralhas passaram por várias reformas e remodelações de sua estrutura, em prol do desenvolvimento da cidade.
No século XVIII, o arquiteto Torcuato Cayón, deu a aparência atual do complexo defensivo.
Puertas de Tierra; Sem guia; Europa; Espanha; Plaza de la Constitución; 
A cobertura do prédio forma um terraço conhecido como Passeo Superior de la Puertas de TierraToda extensão das muralhas é contornada por ameias destinadas à infantaria armada. Em vários pontos são mantidos canhões como parte de um museu histórico ao ar livre. 
Puertas de Tierra; Sem guia; Europa; Espanha; Plaza de la Constitución;
Os portões na muralha eram o único acesso ao sítio histórico de Cádis (cidade velha), no passado. Estes portões são denominados como as Puertas de Tierra
Do alto desta muralha, você terá belas vistas da cidade e do mar e pode tirar lindas fotos ao lado de réplicas de canhões. O acesso é gratuito.
Puertas de Tierra; Sem guia; Europa; Espanha; Plaza de la Constitución;
No jardim defronte a torre central, ficam duas altas colunas de mármore canelado. Sobre as colunas ficam as esculturas dos santos padroeiros de Cádis, San Servando (o guardião) e San Germán (o guerreiro), do escultor Andrea Andreoli, séc. XVIII. Irmãos, legionários de Roma que se converteram ao cristianismo e em 305 d.C., foram perseguidos e martirizados por Diocleciano, Imperador de Roma. As esculturas são do século XVIII e "guardavam" a entrada terrestre da cidade.
Puertas de Tierra; Sem guia; Europa; Espanha; Plaza de la Constitución;
No centro da muralha fica o pórtico central em mármore, ao estilo Arco do Triunfo, de 1756. Nela, em relevo, estão as armas reais e da cidade.
A torre acima do pórtico foi anexada apenas em 1850, uma estrutura para receber a linha do telégrafo óptico da região de Andaluzia. De 1851 a 1857, desta torre foram enviadas e recebidas mensagens entre o Ministério do Interior (Madri) e Cádis. 
Puertas de Tierra; Sem guia; Europa; Espanha; Plaza de la Constitución;
Na primeira metade do século XX, com o crescimento urbano na área externa aos muros, ocasionou novas demolições e arranjos no complexo da Puerta de Tierra. Época em que foram preenchidos os fossos da muralha e aberto dois grandes e largos arcos nas paredes da muralha para facilitar o fluxo do trânsito (1950). Modificação feita pelo arquiteto Antonio Sánchez Esteve.
Atualmente, o complexo das Puertas de Tierra, separa a cidade nova da cidade velha, onde ficam as principais construções históricas e culturais. Sua estrutura atual mantém os dois baluartes nas pontas, o passeio superior, o portal e a torre central. 
Neste histórico complexo funcionam dois museus. O Museu da Oficina Litográfica e do Museu Del Titere (museu de bonecos tipo marionetes). Nós só vimos por fora, mas deixo a dica para quem tiver tempo para maiores explorações.
Puertas de Tierra; Sem guia; Europa; Espanha; Plaza de la Constitución;
Abaixo, podemos ver as Puertas de Tierra, pelo lado do sítio histórico, após atravessar um dos arcos. Dizem, que foram estas muralhas que impediram a entrada das tropas napoleônicas em Cádis.
Daqui, seguimos pela Calle Concepción Arenal, onde poderemos admirar várias construções antigas.
Puertas de Tierra; Sem guia; Europa; Espanha;
- Colégio Público del Sur
Na Av. Campo del Sur, o prédio do Colégio Público del Sur (C.E.I.P.), construído entre 1930 a 1938, atrai os olhares de quem passa. Trata-se de uma escola infantil e primária. Projeto do arquiteto espanhol Antonio Sanchéz Esteve (1897 - 1977).
Colégio Público del Sur; Sem guia; Europa; Espanha;
Sua fachada frontal lembra uma igreja católica, ou, quem sabe, um convento. Não foi nem uma coisa e nem outra. Foi edificado para ser uma maternidade, mas nunca funcionou com tal propósito. Em 1938, após a conclusão da obra, foi convertido em escola pública.
O prédio branco com detalhes amarelo ouro, em estilo barroco, possui uma varanda sobre o portal de entrada e uma única torre lateral (campanário ou torre sineira).
Na altura da entrada principal do colégio a avenida muda de nomenclatura, passando a se chamar Av. Campo Sur, pela qual seguiremos até o nosso destino.   
Colégio Público del Sur; Sem guia; Europa; Espanha;
- Orla marítima ao longo da Av. Campo del Sur:
Abaixo, vista da fachada posterior da Catedral de Santa Cruz, a partir da Av. Campo del Sur. 
Catedral de Santa Cruz; Sem guia; Europa; Espanha;
A catedral é uma imensa estrutura que marca o centro do sítio histórico, difícil de não ser notada. Em seu topo a famosa e imensa cúpula dourada.
Catedral de Santa Cruz; Sem guia; Europa; Espanha;
No alto da catedral várias esculturas religiosas complementam a decoração. Algumas com destaque maior que outras, como a estátua abaixo. 
Sobre um grande pedestal, a escultura de um homem segurando um cajado com a mão direita, na mão esquerda um livro ou pergaminho enrolado (não consegui visualizar direito). No pedestal, placas com inscrições impossíveis de serem lidas.
Catedral de Santa Cruz; Sem guia; Europa; Espanha;
Para estacionar, tivemos que nos afastarmos da catedral. Parte do trecho da orla marítima estava em reforma, o dificulta encontrar onde estacionar. Conseguimos um lugar não muito distante, o Parking Campo del Sur, pago por hora. 
Uma vez estacionado o carro, vamos seguir andando. Se você quiser conhecer o centro histórico da cidade, a melhor opção é fazer os trajetos a pé. Por ser uma cidade bem compacta, os principais pontos turísticos ficam bem próximos. Assim, você economiza tempo tentando estacionar. Além disto, muitas ruas são tão estreitas que não há lugar para parar.
Catedral de Santa Cruz; Sem guia; Europa; Espanha;
Mais um pouco da orla marítima de Cádis. O oceano Atlântico é presença marcante em vários pontos da cidade, seja na orla ou no terraço de algum edifício alto. Afinal, estamos em uma pequena ilha.
Gente, poder admirar a imensidão do Oceano Atlântico, em um horizonte sem limites é lindo demais. Eu não me canso desta vista. 
Sem guia; Europa; Espanha; Passeo del Ventaval; Mar Ventaval;
Estamos na metade do Passeo del Vendaval, que vimos anteriormente e contorna boa parte da orla marítima sul, de Cádis. Aqui é bem visível o que postei anteriormente a respeito dos blocos de concreto servindo de quebra-mar e praticamente cobrindo os antigos muros defensivos da cidade. Eram muralhas defensivas contra invasores bárbaros e piratas que vinham pelo mar. Estas muralhas foram mantidas e reforçadas contra um inimigo natural das cidades costeiras, o avanço do mar e a deterioração constante produzida pelas ondas do mar nas paredes do muro. Isto sem falar na maresia que oxida os metais presentes nas construções, carros, maquinários e equipamentos diversos.
Atualmente, as largas bordas destes muros, servem de mirante para apreciar o Mar del Ventaval (Oceano Atlântico) e como assento para um descanso.
Sem guia; Europa; Espanha; Passeo del Ventaval;
- Plaza de la Catedral:
Caminhamos em direção à Catedral Nova e contornamos sua lateral até uma grande praça, a Praça da Catedral.
Esta praça é uma das mais emblemáticas de Cádis, por conter vários prédios históricos e ser ponto de referência para outros pontos de interesse turístico e cultural no sítio histórico, que pode ser explorado a pé.
Sem guia; Europa; Espanha; Plaza de la Catedral;
A Praça da Catedral é um importante ponto de encontro cultural e social da cidade, procurada por moradores locais e turistas.
Igreja de Santiago Apóstolo:
A igreja que vemos abaixo, não é a catedral nova, é a barroca Igreja de Santiago Apóstolo. Em 1564, os jesuítas construíram uma escola com uma igreja neste local. O complexo colégio e igreja foram destruídos em 1596 durante ataque por tropas anglo-holandesas. E, em 1647, apenas a igreja foi reconstruída, seguindo projeto do padre jesuíta Alonso Romero
Possui uma única torre sineira (campanário). No séc. XVIII, foi acrescentado o segmento octogonal à torre sineira. 
A igreja mantém a sua função religiosa.
Sem guia; Europa; Espanha; Plaza de la Catedral; Igreja de Santiago Apóstolo;
Entrada gratuita para esta igreja, se estiver aberta. Infelizmente, não estava. Quem a visitou, alega que seu interior é espetacular com vários retábulos de madeira ricamente trabalhados e muitas esculturas barrocas de artistas locais. Então, se você a encontrar aberta, não se acanhe, entre.
Sem guia; Europa; Espanha; Plaza de la Catedral; Igreja de Santiago Apóstolo;
Esta praça possui várias lojas de souvenir e está repleta de cafeterias, bares e restaurantes. Na primavera e verão, é comum as mesinhas no exterior dos estabelecimentos, para relaxar, petiscar e observar o fluxo dos turistas.
Sem guia; Europa; Espanha; Plaza de la Catedral; Igreja de Santiago Apóstolo;
Arco de la Rosa:
Próximo da igreja, entre dois prédios, fica uma das preciosidades históricas de Cádis, o Arco de la Rosa, antigo portão das antigas muralhas medievais da cidade. Construído no séc. XIII, com o nome Arco de Santiago, pelo rei Alfonso X, o sábio. A mudança nominal para Arco de la Rosa, é uma homenagem ao Capitão Gaspar de la Rosa, que viveu na cidade no séc. XVIII. Há outra teoria para a mudança do nome. O arco recebeu este nome em homenagem a um antigo eremitério nas redondezas que recebia o nome La Rosa
Não há como subir no alto do arco. Eu até procurei uma portinhola e não achei. Acho que se existia foi demolida ao revitalizar o centro histórico.
Arco de la Rosa; Sem guia; Europa; Espanha; Plaza de la Catedral;
Catedral de Santa Cruz sobre el Mar:
O destaque maior desta praça é, sem sombra de dúvidas, a nova Catedral de Cádis, a Catedral de Santa Cruz sobre el Mar ou Catedral de Santa Cruz sobre las Aguas. Também conhecida como Catedral Nueva por substituir a antiga Catedral, ou popularmente como Sé Nueva.
Nosso objetivo principal, era conhecer a Catedral de Cádis, ponto turístico de maior destaque na cidade. E aqui está ela, em sua plenitude e beleza arquitetônica. 
Este colossal monumento levou mais de 100 anos de construção. Haja persistência.
Catedral de Cádiz; Catedral Nueva; Catedral de Santa Cruz sobre el Mar; Europa; Espanha; Plaza de la Catedral;
Esta catedral começou a ser edificada na época de ouro da Espanha, quando Cádis foi nomeada a sede da Casa de Contratação (1717) e principal porto comercial com o continente americano. Época em que a antiga catedral foi considerada simplória para o novo período de glórias e riquezas que se descortinavam. 
Sua construção iniciada em 1722 só foi finalizada em 1838, com o total de 116 anos.
O projeto inicial é do arquiteto Vicente Acero. Mas, pelo longo tempo de execução, outros arquitetos foram envolvidos como Gaspar Cayón, seu sobrinho Torcuato Cayón, Miguel OlivaresManuel Machuca e Juan Daura
O período de atuação de cada arquiteto foi:
Ø  De 1722 a 1739 por Vicente Acero
Ø  De 1739 a 1757 por Gaspar Cayón
Ø  De 1757 a 1738 por Torcuato Cayón.
Ø  De 1783 a 1790 por Miguel Olivares
Ø  De 1790 a 1832 por Manuel Machuca e Vargas
Ø  De 1832 a 1838 por Juan Daura
Embora os traços originais do projeto tenham sido mantidos, cada um dos arquitetos atuou em períodos diferentes, com estilos diferentes e oscilações nas verbas necessárias. Fato que levou a uma grande variação de estilos e acabamentos.
Europa; Espanha; Plaza de la Catedral;
Em um misto de estilo neoclássico e barroco, com detalhes em rococó. A fachada principal traz formas côncavas e convexas, dividida em três seções.
No centro da fachada, a seção convexa é dividida em dois corpos. No primeiro corpo fica o pórtico principal em mármore branco, finalizado por 4 colunas caneladas. O segundo corpo é uma grande janela central acima da entrada principal, ladeada por esculturas dos santos padroeiros, San Germán e San Servando. Sobre o segundo corpo fica um imenso frontão triangular com um arco alargado no meio. Sobre o frontão fica uma escultura do Divino Salvador. As três esculturas mencionadas são do genovês Esteban Frucos, do século XVII, em mármore Carrara e foram remanejadas da antiga catedral de Cádis.
Ao lado da seção convexa, ficam as seções côncavas, idênticas e uma de cada lado. No centro de cada seção côncava fica a entrada lateral trabalhada em mármore e jaspe, com as portas em madeira de lei. Cada porta é dedicada a um dos irmãos padroeiros da cidade.
Emoldurando o conjunto, duas grandes torres sineiras gêmeas com 40 metros de altura, em formato octogonal com três corpos. As torres não faziam parte do projeto inicial e foram acrescentadas apenas no século XIX, assim como a sacristia.
É marcante a diferença de tonalidade da linha inferior da construção com a parte superior. Resultado de estilo, materiais e acabamentos diferentes, em épocas distintas. 
Na praça, as diversas palmeiras que rodeiam a praça, complementam o cenário.
Catedral de Cádiz; Catedral Nueva; Catedral de Santa Cruz sobre el Mar; Europa; Espanha; Plaza de la Catedral;
As torres octogonais, assim como a catedral em si, são compostas por três estruturas, a primeira em estilo barroco e as outras duas em estilo neoclássico. A torre em evidência nas duas fotos abaixo é a Torre de Poniente (Torre oeste) ou Torre do Relógio. Se você olhar com atenção irá ver um relógio encaixado em uma das janelas logo abaixo dos sinos. Este relógio, da autoria de José Manuel de Zugastifoi acrescentado ao prédio em meados do séc. XIX.
Europa; Espanha; Plaza de la Catedral; Torre do relógio; Europa; Espanha; Plaza de la Catedral;
A outra torre é a Torre de Levante, que não é liberada para visitação.
A catedral é acessada por uma larga escadaria. Para facilitar a acessibilidade, no centro da escadaria, foi montada uma larga rampa em madeira. Eu achei a iniciativa bem simpática e providencial, embora pareça uma estrutura temporária.
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👉O ingresso para a visitação da Catedral, custava 6 euros (2019). Este ingresso dá direito a subir na Torre de Poniente (Torre do relógio), visitar o interior da Catedral, a cripta, a sacristia, museu sacro e empréstimo de audioguia explicativo. Apesar da proximidade da Espanha com Portugal, o audioguia não tinha a opção da língua portuguesa. As opções eram: Espanhol, inglês, francês, alemão e italiano. Optamos pelo espanhol. Apesar de não dominarmos o idioma, dá para compreender a maior parte das explicações. Não que iremos memorizar tudo, mas no geral, ..., dá pra acompanhar.
Europa; Espanha; Plaza de la Catedral;
Na foto abaixo podemos ver a entrada que leva à Torre Barroca de Poniente, a única liberada para visitação. Esta torre é também conhecida como a Torre do Relógio.
O guichê para a compra do ingresso, fica a meio caminho para a subida da torre. 
👉 Por uma questão de espaço e segurança, existe limite de pessoas na torre. Então, se a fila estiver pequena ou inexistente, comece a visitação pela torre.
Catedral de Cádiz; Catedral Nueva; Catedral de Santa Cruz sobre el Mar; Europa; Espanha; Plaza de la Catedral;
A subida é um pouco cansativa, mas nada do outro mundo. Suba devagar a rampa em espiral. Na parte final, um pequeno trecho de escada, bem estreito. No alto, pare alguns segundos para observar os vários sinos. Os sinos ficam tão próximos que a vontade é dar umas boas badaladas. Mas, segure a vontade de badalá-los, isto é proibido. 🔔🔔🔔
Europa; Espanha; Plaza de la Catedral;
Você está na parte mais alta da catedral. As diversas aberturas da torre, oferecem magníficas vistas panorâmicas da cobertura da catedral e da cidade. 
Europa; Espanha; Plaza de la Catedral;
Lá de baixo, você não consegue ver todos os detalhes da cobertura do prédio. 
Ao fundo a vista panorâmica de Cádis. Então, comece observando o telhado da igreja, a outra torre sineira, os pináculos e esculturas. 
A segunda torre da igreja, aquela que não está liberada para visitação, é nominada como Torre de Levante.
Do alto, temos uma perspectiva inusitada da torre da Igreja de Santiago Apóstolo, na praça da Catedral.
Europa; Espanha; Plaza de la Catedral;
Aproxime para examinar os detalhes com exatidão.
No canto direito da foto abaixo, podemos observar o topo da Torre Tavira, histórica torre de vigia em estilo barroco, situada no Palácio dos Marqueses de Recaño, de 1778. Sua parte superior é decorada com figuras geométricas na cor vermelho ocre. Infelizmente, está muito longe para apreciar todos os detalhes.
Nesta torre, na sala da Camera Obscura (Câmera Escura) um conjunto de lentes ópticas e espelhos, projeta imagens instantâneas de toda cidade e sua baía, sobre uma tela branca côncava. Isto é único, pois a imagens por serem em tempo real, estão em movimento. Esta sala, eleva a torre ao patamar de segundo ponto turístico mais visitado na cidade, perdendo apenas para a catedral nova. Além da câmera escura, há o mirante no topo da torre que pode ser acessado. Não visitamos, mas deixo a dica para vocês. 😉

Abaixo, a cúpula do transepto, decorada externamente com azulejos vitrificados na cor amarelo ouro, vista da torre sineira. Esta cúpula é formada por uma base tipo tambor com janelas semicircular, sobreposta por uma tampa hemisférica. Na base da cúpula, erguem-se esculturas dos Apóstolos. 
A cúpula dourada é um símbolo do período de exuberância e riqueza de Cádiz, durante o período de ouro da Espanha.
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A manutenção de toda estrutura predial deve ser uma preocupação constante. Afinal, a maresia cobra um alto preço pela localização privilegiada.
A cúpula menor, que aparece parcialmente por trás da cúpula dourada, pertence à capela da guarda das relíquias. 
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A construção com o teto triangular amarelo, que aparece na foto abaixo, pertence à Escola Infantil Virgem de la Palma, um jardim de infância público. 
Se você seguir pela Av. Campo del Sur, na orla marítima além da escola infantil, você irá chegar no Baluarte de los Martires, que não aparece na foto. Se for a pé, é só seguir pelo Passeo del Vendaval até o fim.
Após o bastião, na altura da Puerta de la Caleta, a avenida passa a se chamar Av. Duque de Nájera. A Puerta de la Caleta conduz ao Passeo Fernando Quiñones, que leva ao Forte de São Sebastião. Este forte ou Castelo de São Sebastião fica em uma ilhota afastada da costa de Cádis. 
A praia ao lado da Puerta de la Caleta é a Playa de la Caleta. Na outra ponta desta praia fica o Forte de Santa Catarina. Se você tiver tempo disponível eu sugiro que visite estes dois fortes ou castelos. Não foi o nosso caso.
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Depois, olhe para baixo, e admire a praça da catedral, por um ângulo diferente. 
Do alto da torre sineira da catedral, a praça parece tão distante. Os prédios que circundam a praça são residenciais e em seu térreo funcionam cafeterias, bares e restaurantes que espalham mesinhas pela praça da Catedral.  
Reparem com atenção na segunda imagem da foto abaixo. Você verá um traçado branco no pavimento da praça. Na realidade é o desenho da planta baixa da catedral, em escala, com mármore branco.
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Espetacular a vista abaixo. Nela podemos observar a Torre Tavira II, que vimos no início de nosso passeio. 
Em 1770, haviam 160 torres de vigia espalhadas pelo centro histórico, das quais apenas 129 foram mantidas. Este extraordinário número de torres, garantiu à Cádis, o título de Cidade das Torres.
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O prédio branco com vários pisos e uma torre branca finalizada com um telhado de tijolos em estilo Mudéjar, é a Casa de la Contaduría (Casa da Contabilidade), construída no séc. XVI.
É lá que fica o Museu da Catedral, com várias esculturas, quadros, documentos, paramentos e objetos da liturgia católica em ourivesaria. O ingresso para a Catedral, dá direito ao museu, mas não fomos até lá. Nosso tempo estava curto. 
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A construção com cobertura de estruturas convexas, é a igreja católica da Paróquia de Santa Cruz, antiga catedral, conhecida por Catedral Vieja (Catedral Velha), edificada no séc. XVI sobre antiga igreja gótica do tempo de Alfonso X. Foi substituída como catedral, passando a exercer a função de igreja paroquial. Visitação gratuita. 

Reparem na sua torre alta, larga e quadrada, com torre circular acoplada, é a Torre del Sagrario. Atualmente, nesta torre funciona a Fundación Centro Tierra de Todos. Uma fundação de acolhimento aos imigrantes.
Nesta foto, é possível ver ao longe, a Praia Santa Maria do Mar, protegida pelos quebra-mar de pedras, após a qual temos a Praia da Vitória.
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A entrada para o Teatro Romano de Cádiz fica na avenida beira mar, ao lado das construções que acabei de enumerar. Este teatro descoberto em 1980, data
do século I a.C. 
O ingresso é gratuito. Infelizmente não visitamos. Mas, se você tiver sobra de tempo, não deixe de ir. (É, eu estou ficando repetitiva. Pagamos o ônus da opção de uma rápida passagem na cidade. Bom, ..., antes uma passagem rápida que nenhuma.).
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Observe as construções caiadas em branco, uma herança dos séculos de domínio árabe.
Do alto da torre, dá para ver o porto de Cádis, que fica na orla contrária à localização da Catedral, do outro lado da ilhota. 
Lá no horizonte, à direita, está a ponte que atravessamos, a Puente De La Constitución de 1812
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O Porto de Cádis, na baía de Cádis, é um complexo que abrange as atividades portuárias comerciais, turísticas e recreativas. No século XVIII, foi considerado o porto mais influente e rico de toda Europa Ocidental.
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O porto de Cádis, possui uma área reservada aos catamarãs e cruzeiros turísticos. O fluxo de cruzeiros de turismo se justifica pelo apelo cultural e histórico do centro histórico da cidade, bem preservado e com várias atrações. Além disto, é possível ir do porto ao centro histórico a pé em poucos minutos.
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Após nos deliciarmos com as espetaculares vistas da torre, descemos e entramos na catedral pelo portal central.
O traçado da planta da catedral é em cruz latina com três naves, capelas ambulatoriais e laterais. No total são 16 capelas.
As naves são separadas por pilares com colunas coríntias caneladas. A nave central é larga com alto pé direito.
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A Capela-mor fica no cruzeiro da igreja, o ponto de encontro da nave central com o transepto, bem debaixo da grandiosa cúpula dourada que vimos anteriormente. Projetada em um nível mais alto que as naves, seu acesso se dá através de uma escada. 
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A Capela-Maior (Capela-Mor) tem o formado de um baldaquino circular, um tabernáculo em estilo neoclássico de mármore colorido, jaspe vermelho e bronze dourado, projeto de Manuel Machuca e execução de Juan de la Vega, 1790. Obra que substituiu o tabernáculo anterior, de madeira pintada, por ocasião da visita da Rainha Elizabeth II, em 1862.
Esta capela parece estar "solta", dentro da catedral, permitindo que você circule ao seu redor.
É dedicada à Imaculada Conceição, cuja escultura de Francisco Villegas, data do séc. XVII. 
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Não deixem de reparar nas pinturas, logo abaixo das janelas da grande cúpula da capela-mor. Estas pinturas representam cenas da Paixão de Cristo, entre elas a Última Ceia e a Crucificação. 
Não se vocês conseguem perceber as redes de proteção que cobrem a maior parte do teto da catedral. Estas redes foram colocadas para evitar a queda de eventuais escombros. Isto se deve aos longos anos de construção que expuseram a estrutura da construção aos rigores do tempo e da maresia, que com o tempo desintegra as estruturas de ferro e pedra calcária.
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A cúpula do tabernáculo que serve de capela-mor, é corada com uma Cruz Cristã, ladeada por dois anjos em mármore.
Lindo o tapete persa aos pés da capela-mor.
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A capela-mor é contornada por um deambulatório circular cujas pontas se prolongam nos corredores das naves laterais.
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O acesso para a cripta da catedral, fica nas laterais da capela-mor. Veremos a cripta mais adiante, aguardem.
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No momento veremos um pouco mais do interior da catedral.
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A igreja conta com dois belos púlpitos. Um defronte ao outro, em estilo elisabetano em bronze dourado, obra de Juan de la Vega.
Abaixo, a vista de um dos púlpitos.
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No lado contrário ao Altar-mor, fica o belíssimo coro da catedral. Localizado em uma posição nada usual nas igrejas. Fica bem no centro da nave central, entre o altar-mor e a entrada principal da catedral. O coro foi projetado por Juan de la Vega Correa.
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O coro é cercado por um gradil de ferro fundido, trabalhado com motivos elizabetanos, elaborado nas oficinas de Manoel Grosso, em Sevilha.
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Este espaço, destinado
aos membros capitulares responsáveis pela reza do Ofício Divino, é carregado de simbolismo e arte. 
O cadeiral de madeira, minunciosamente entalhado, que compõe o coro é dividido em duas partes de alturas diferentes. 
O cadeiral alto é mais antigo (século XVII) com primoroso acabamento do escultor Augustín Perea, feito incialmente para a Cartuja de las Cuevas de Sevilla, no séc. XVII. Foi transferido para a Catedral Nueva em 1858. 
O cadeiral baixo do séc. XVIII foi transferido da catedral velha. Claramente uma adaptação posterior.
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Confeccionados em madeira de lei (cedro, mogno, carvalho e ébano) com entalhes escultóricos primorosos, em especial no cadeiral alto.
É visível a diferença entre o cadeiral alto e baixo. Não apenas a cor do cadeiral baixo é mais escura, mas o tipo e qualidade do entalhe é bem diferente.
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Elevados acima das cadeiras laterais do coro, ficam dois magníficos órgãos tubulares. Um de cada lado, de época e estilo distintos.
Não sei se troquei as referências dos órgãos. Mas, me parece que o menor é o mais antigo, oriundo da antiga Catedral de Santa Cruz. Provavelmente, feito no final do século XVI ou início do século XVII. Conhecido como do evangelho.
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O segundo órgão, maior e com três teclados, data de 1870, obra dos organistas Antonio Otín Calvete e Pedro Roqués. Conhecido como da epístola.
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Internamente, os espaços são delimitados por largos e altos pilares, envoltos em conjuntos de colunas coríntias. 
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No total, são 150 colunas coríntias que se unem em arcos. Conjunto responsável por sustentar as abóbadas do teto.
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A grande cúpula do transepto, sobre o altar-mor. 
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O teto abobadado com várias cúpulas é algo impressionante e magistral.
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Grande parte do teto e cúpulas é ricamente decorado em baixo-relevo.
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Capelas laterais:
No total, são 16 capelas distribuídas nos espaços entre as pilastras de sustentação. Cada capela é dedicada a um santo específico e possuem seu próprio altar.
Não fotografei todas apenas algumas. Mas, nem todas que fotografei consegui muitas informações. Mesmo assim irei postar as fotos. Se alguém tiver alguma informação é só colocar nos comentários para atualizar a postagem.
Capilla de las Relíquias ou Capilla del Sagrario (Capela do Tabernáculo) 
Por trás do altar-mor, ocupando a abside da catedral, temos a sala com as relíquias. Esta capela é fechada com gradil de ferro forjado, elaborado por Eugenio Zeta. No centro do altar, a escultura do Crucificado, de Juan de Arfe, séc. XVIII. A capela é também conhecida como Capela do Santíssimo.
Capilla de San Germán e Capilla de San Servando
À direita na foto abaixo, temos parcialmente a Capilla de San Germán, capela dedicada a um dos irmãos padroeiros da cidade. Ao lado desta capela fica a Capilla de San Servando, o outro irmão. As esculturas em madeira entalhada policromada são de autoria de Luisa Roldán, La Roldana, filha do escultor Pedro Roldán. Esculturas datam de 1687.
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Capilla de San Benito
Em destaque a tela representando San Benito, do pintor Carlos Blanco, de 1838. Sobre o altar uma escultura de San Antonio de Padua, do escultor José Risueño, séc. XVIII.
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Capilla de San José:
Na parede do altar temos três pinturas. A maior retrata o titular da capela com o menino Jesus. Acima da primeira tela outra menor de São Antônio de Pádua. Ambas de José García Chicano de Cádiz, de 1838. 
No topo, bem no alto da capela, uma pintura da Virgem del Carmen. 
Sobre o altar de mármore, a escultura da Imaculada Conceição, entalhada em madeira policromada, de Ignacio Vergara, séc. XVIII.
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Capilla de San Sebastián:
No centro da capela o belo quadro do mártir, de Andrea Ansaldi, de Gênova, de 1621
Menção honrosa à escultura do Ecce Homo (Eis o homem), esculpido por Luisa Roldán, La Roldana, de 1684.
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Capilla del Santo Ángel de la Guarda 
A Capela do Sagrado Anjo Guardião é representada por uma imensa tela do titular (1838), sobre a qual fica uma menor representando San Benito (1842), ambas de Joaquín Manuel Fernández Cruzado. Sobre o altar uma escultura de Santo Antônio da escola levantina, séc. XVIII. 
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Capilla de Santa Teresa
No centro da capela uma grande pintura emoldurada de Santa Teresa representando o êxtase da santa, obra de Cornelio Schut, de 1668. 
Sobre o tampo do altar, uma escultura contemporânea em tamanho real do Papa São Pio X (1835 - 1914). 
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Capilla del Sagrado Corazón de Jesús
Capela do Coração de Jesus, com imagens em bronze, de Mariano Benlliure, de 1935.
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Capilla de Fray Diego José de Cádiz
Presidida por um trabalhado retábulo neoclássico, em mármore, dentro do qual está a escultura em tamanho natural do titular da capela, obra de Diego Garcia Alonso, de 1890. Na parte superior do retábulo, um relevo de Santa Gertrudis, em mármore. Coroando o conjunto um medalhão com pintura do Santo Anjo Guardião.
Capilla de Fray Diego José;
Capilla de la Asunción (Capela da Assunção)
Magnífico retábulo barroco com colunas, em mármore policromado italiano. No centro da capela, uma grande imagem da Virgem no momento da assunção, em mármore. A autoria do altar e retábulo é polêmica, alguns afirmam ser de Alessandro Aprile e outros de Francesco Maria Schiaffino. A escultura da virgem é provavelmente de Carlo Cacciatori, colaborador de Schiaffino.
Esta capela dedicada à Assunção, foi a primeira a ser concluída, sendo aqui realizado o primeiro culto religioso da Catedral, em 1775. 
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Capilla del Corpus Christi
Nesta capela fica a fabulosa e monumental Custódia Processional do Corpus Christi em prata de lei, esculpida pelo ourives de Cádis, Alfonso Suárez, em 1664.
A custódia é dividida em três partes: o corpo principal ou corpo inferior, onde é encaixado o "Cogollo" (custódia interior) durante celebrações da Semana Santa. O segundo corpo ou corpo intermediário, exibe uma imagem do Cristo Ressuscitado. O terceiro corpo ou corpo superior, sustenta a cúpula, rematada com escultura alegórica da Fé. 
A custódia interior ou Cogollo, com 62 cm de altura, esculpida em estilo gótico em ouro com pedrarias, é da autoria de Enrique de Arfe. Fica guardada no Museu da Catedral. Apenas nas procissões da Semana Santa, toma o seu lugar de honra na Custódia Processional.   
A custódia processional fica apoiada em uma base (Zócalo), de Bernardo Cientolini, 1692. Por sua vez, todo conjunto é posicionado sobre um carro de madeira talhada e prateada, sobre rodas, obra de Francisco Arena, 1721. Sobre o carro de madeira e ladeando a custódia ficam quatro lanternas.
Juntando todas as peças, forma um conjunto com três metros e meio de altura e 390 kg.
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Nas laterais das diversas capelas, podemos admirar nichos com esculturas de vários santos, talhadas entre os séculos XVII e XVIII.
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Boa parte das esculturas que vemos nas capelas ou nichos foram remanejadas da antiga catedral.
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Pia em mármore para água benta, próxima à entrada da Catedral.
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Cripta da Catedral:
A cripta da catedral fica no subsolo do Altar-mor, abaixo do nível do mar. Sua construção ocorreu entre 1722 a 1732, por Vicente Acero.
O acesso para a Cripta se dá por duas escadarias laterais ao Altar-mor.
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Possui configuração circular com teto abobadado, praticamente plano, em pedra ostra. Pedra comum na região que confere um ar genuíno e rústico ao recinto. A decoração é complementada com pinturas à óleo, esculturas e símbolos da fé cristã.
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A cripta da Catedral guarda os restos mortais de bispos e personalidades importantes da cidade. Os mais ilustres são Manuel de Falla (compositor e músico) e José María Pemán (escritor e poeta).
Abaixo, uma capela com altar da Virgem do Rosário, escultura barroca em mármore branco, autoria do italiano Alejandro Algardi. Esta escultura era originária da velha catedral.
Destaque para o altar mármore genovês do século XVII. Nas paredes desta capela, vários nichos para sepulturas.
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Em uma das capelas da cripta, temos algumas maquetes e peças antigas.
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Abaixo, a maquete em escala do Monumento de Jueves Santo (Monumento da Quinta-feira Santa). Feita em madeira segundo projeto original de Torenato Cayón (1780). A maquete foi esculpida por Juan García de Santiago
O monumento original, em madeira policromada imitando mármore, era decorado com esculturas de anjos e profetas, foi deteriorando pelo tempo, má conservação e esquecimento. 
cripta;
Abaixo, a Capela das Tumbas dos Bispos, onde repousam os restos mortais dos eclesiásticos falecidos após a inauguração da catedral. 
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No centro desta capela, o Cristo Crucificado da escola mexicana, o Cristo de la Aguiniga, do século XVII.
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Sacristia da Catedral:
Não deixe de visitar a Sacristia-mor, ao lado da capela-mor, próxima de uma das escadarias da cripta. 
Espaço dividido em duas partes, uma antessala e a sacristia propriamente dita.
Comece pela antessala, um pequeno espaço octogonal que precede a sacristia.
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Nesta antessala, ficam expostos alguns itens da indumentária e objetos dos ritos litúrgicos religiosos em dois armários com tampa de vidro. Atenção, este não é o museu da Catedral. O museu fica na Casa da Contabilidade, fora da Catedral.
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Enfim, a monumental sala da Sacristia
Não é permitido entrar nesta sala. Você irá vê-la através de um portão de ferro forjado que separa as duas salas.
A sacristia é um grande espaço retangular. No centro de um dos lados, fica um fabuloso altar neoclássico em mármore.
Ao lado do altar, uma arara expõe peças da indumentária dos ritos religiosos. 
No centro do espaço, temos uma grande mesa em mármore branco. Várias poltronas de madeira de lei com estofamento vermelho estão espalhadas no recinto. 
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O espaço é ricamente ornado com grandes telas e várias cômodas de madeira com tampos de mármore branco, distribuídos entre os vãos delimitados por colunas e largos arcos. 
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Plaza de las Flores ou Plaza Topete:
Após visitarmos a Catedral, seguimos pela Calle Compañía até a Plaza de las Flores.
Impossível não reparar no imponente prédio dos Correios. Este lindo prédio, antes de se tornar correio, abrigava o Convento dos descalços.  
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Nesta praça, além das constantes barracas de flores que nominam a praça, encontramos algumas barracas de artesanatos, roupas e antiguidades.
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Embora a fachada frontal dos Correios fique voltada para a praça das flores, sua fachada lateral dá para uma segunda praça, a praça da liberdade. A torre do prédio dos Correios fica na esquina onde as duas praças se encontram.
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Plaza de la Libertad:
Nesta segunda praça, temos o MERCADO PÚBLICO CENTRAL DE ABASTOS, construído na área da horta do antigo Convento dos Descalços, após expulsão dos frades. Inaugurado em 1838, sendo remodelado em 1928 e 2009. O projeto inicial é de Torcuato Benjumeda, em forma de quadrilátero retangular, com entrada em alto e largo arco. No seu interior, uma praça neoclássica decorada com colunas dóricas e um grande pátio central.
Em 1928, para minimizar os efeitos das chuvas, foi construído no pátio central uma estrutura coberta com vários pavilhões, projeto de Juan Talavera
A última remodelação, de 2006 a 2009, foi do arquiteto Carlos de Riaño.
Criado como mercados dos fazendeiros locais, tornou-se ponto de interesse econômico, cultural, social e turístico. Aqui você encontra barracas de frutas, verduras e legumes, peixes e mariscos frescos, carnes, mercearias, pães e doces, embalagens de plástico e papel, cafeteria no primeiro andar. Além do Cantinho Gastronômico ou Cantinho Gourmet, com barracas com iguarias locais, nacionais ou internacionais. 
Sem guia; Europa; Espanha; MERCADO PÚBLICO CENTRAL DE ABASTOS; Plaza de la Libertad; Torcuato Benjumeda; Juan Talavera; Carlos de Riaño;
Depois de uma manhã movimentada, acho que temos o direito a um pequeno lanche para repor nossas energias. No mercado, as opções são muitas. Aqui você pode degustar sushi, queijos, tapas, entre outros petiscos. Ou se deliciar com chá, café, sucos, vinho, sangria ou cerveja. Não espere mesa posta e serviço de garçom. Aqui é cada um por si. Escolha e compre sua guloseima direto nas barracas e procure uma das mesinhas de madeira ou distribuídas na área ainda sem cobertura. Conseguir um banco para sentar é o mais difícil. Mas, como o objetivo é manter o "fluxo" ativo e constante, a mesa é o bastante.
Eu escolhi os famosos "tapas". Petisco espanhol com várias possibilidades de cobertura. Tapas de atum com cream cheese e tapas de presunto com cream cheese. 
Delicioso! 😋😋😋
* O atum usado não é enlatado, é fresco. Este pescado é muito apreciado nesta região e está presente em vários pratos locais.
* Com relação ao presunto, Espanha (pata preta) e Itália (pata branca) disputam o título de melhor presunto. Então, ao visitar um ou outro país, não deixe de experimentar seus presuntos. Você não irá se arrepender. No Brasil, apesar da vasta experiência com criação de suínos, os presuntos estão muito aquém em sabor e qualidade.
Na foto, dá para ver parte das colunas dóricas na área interna do mercado.
Sem guia; Europa; Espanha; MERCADO PÚBLICO CENTRAL DE ABASTOS; Plaza de la Libertad; Torcuato Benjumeda; Juan Talavera; Carlos de Riaño;
Saindo de Cádis, seguimos pela avenida que corre ao lado da orla marítima. Abaixo vista do Passeo Marítimo, uma espécie de calçadão à beira-mar.
Sem guia; Europa; Espanha; Passeo Marítimo
Ao longo do calçadão da orla marítima, podemos ver algumas construções na areia da praia, destinada a bares e restaurantes. Como exemplo, abaixo, temos o Beach Club Potito.    
Passamos para a Av. José León de Carranza. Estamos na parte conhecida como cidade nova.
A cidade nova lembra outras cidades da costa espanhola. Prédios altos, mas nada dos arranha-céus. Residenciais ou comerciais, muitos com sacadas e varandas. Normalmente, na parte térrea dos prédios, inclusive nos residenciais, ficam lojas comerciais, bares e restaurantes.
Em vários trechos você pode apreciar palmeiras ladeando as avenidas. Segundo contam, estas palmeiras foram introduzidas na Espanha por Cristóvão Colon, em suas viagens às Américas.
No caminho, uma linda e simpática praça arborizada, Plaza Telegrafía sin Hilos. Não paramos, mas esta praça possui um parque infantil público e vários bancos para sentar e relaxar.
Plaza Telegrafía sin Hilos;
Ainda na Av. José León de Carranza, repare no prédio à esquerda na foto abaixo. É o Complexo Desportivo de Cádis, (Complejo Deportivo Ciudad de Cádiz) onde funciona o Clube de Natação. 
Enfim, chegamos à Puente José León de Carranza.
Puente José León de Carranza;
Atravessamos a baía de Cádis pela Puente José León de Carranza (CA-36).
Puente José León de Carranza;
À nossa esquerda podemos observar parte do porto de Cádiz.
Puente José León de Carranza;

Puente José León de Carranza;
A alta torre que sobressai na foto abaixo é um dos Pilones de Cádiz
Os Pilones de Cádiz são duas torres de alta tensão, construídas com estrutura similar à torre Eiffel de Paris, em 1957. Possuem 150 metros de altura cada uma, projeto dos italianos Toscano e Scalla. Uma na cidade de Cádis (Pilón Puntales) e a outra do outro lado da Ponte, em Puerto Real (Pilón Matagorda).
O Pilón de Puntales fica em uma área militarizada de Cádis. Nenhuma das duas torres está aberta para visitação. O que é uma pena. Imaginem a vista lá de cima. 
Puente José León de Carranza;
A ponte que corre paralela a que estamos é a ponte pela qual acessamos Cádis em nossa chegada, a Puente De La Constitución de 1812.
Puente José León de Carranza;
Ao chegarmos do outro lado, temos à nossa direita a Isla del Trocadero. Um lugar histórico com várias ruínas, como o Forte de São Luís, moinhos de sal e outras construções. 
Esta ilha é separada da costa por um canal de águas tranquilas que permitem o acesso de pequenas embarcações. Este canal é conhecido como Caño del Trocadero.
Sem guia; Europa; Espanha; Puente José León de Carranza; Isla del Trocadero; Caño del Trocadero;
Nosso próximo destino era Jerez de la Frontera, Espanha. Seguimos pela CA-37 até a via A-4. São aproximadamente 25 a 30 minutos de viagem. Sim, estas cidades ficam muito perto uma da outra, mas mesmo assim use o GPS. Você não quer parar na cidade errada.

O que não visitamos em Cádis:

Torre Tavira, (camara obscura)

⇒ Complexo Arqueológico Casa del Obispo - Plaza Fray Félix s/n, Bairro do Pópulo

 Catedral Vieja (Paroquia de Santa Cruz) - Plaza Fray Félix, 6, 11005 Cádiz, Espanha

 Teatro Romano de Cádiz - Calle Mesón nº 11-13, bairro do Pópulo

 Parque Genovés - Maior parque da cidade, com jardins, monumentos, fontes, lago artificial, cachoeiras e pequena caverna.

⇒ Parque Alameda Apodaca - Jardins, fontes, esculturas, bancos coloridos e piso em pedra branca e preta. 

 Forte de Santa Catalina

 Forte de São Sebastião

 Castillo de San Lorenzo del Puntal

 Museu de Cádiz (arqueologia)

 Museo de las Cortes de Cádiz

 Teatro Falla

 Praças diversas: Plaza de España, Plaza San Juan de Dios, Plaza de Mina, Jardim de Alameda Apodaca

 Casino Gaditano

Deixamos de visitar muitos monumentos e pontos turísticos. Considerando que o nosso objetivo era a Catedral de Santa Cruz de Cádiz, atingimos o nosso objetivo primordial. Achei a visita maravilhosa. 
Eu sei que a Espanha possui inúmeras catedrais espetaculares. Mas, a de Cádiz tem uma magia e encanto único. Partimos da cidade com o sentimento de saudades. Um dia, quem sabe, voltaremos.
Sem guia; Europa; Espanha;

É bom saber 👉🏽: O fuso horário de Cádis (Espanha) em relação ao Brasil é de + 4 horas (horário de Brasília). 🕓 
E vocês, já visitaram Cádis? Se sim, como foi a sua experiência? 
Aguardem a próxima postagem  Jerez, Espanha.
⇨ 😎 Viajando e sempre aprendendo. Muitas informações da postagem, foram conseguidas in loco, nos folhetos informativos dos monumentos, na recepção do hotel ou através de pesquisas na internet ("Santo Google" 🙌). 😉 
Se gostaram, façam as malas e boa viagem. ✈🚌🚊🚗
Não deixem de curtir e compartilhar. 
Bjs e até a próxima postagem que pode ser artes, guloseimas ou companhia (pensamentos, viagens, passeios, ..., devaneios)!!! 💋💋💋
Para quem se animar:  
FAÇAM A MALA e BOA VIAGEM!!!!!
Um abraço carinhoso a todos os meus familiares, amigos e visitantes,
                   Teresa Cintra
Se vocês tiverem gostado desta viagem, não deixem de ver:

Um comentário:

  1. Gracias. Recomiendo a todo el mundo que visite Cádiz como destino turístico ineludible para quienes buscan una mezcla de historia, cultura, gastronomía y playa.

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Queridos visitantes deixem o seu comentário que irei responder o mais rápido possível.
Caso vocês fizerem alguma receita ou artesanato do meu blog, enviem as fotos para o e-mail: thecintra@gmail.com. Vou colocá-las na atualização do link correspondente.
Um forte abraço!