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quarta-feira, 11 de novembro de 2020

JEREZ DE LA FRONTERA, Espanha

Nosso destino de hoje será Jerez de la Frontera, com mais de 200.000 habitantes é a maior cidade espanhola da província de Cádiz e a quinta da comunidade autônoma de Andaluzia.
Cidade famosa pelas construções históricas, pelas várias vinícolas e bodegas com seus vinhos do tipo xerez, cavalos andaluzes (puro-sangue espanhol), a paixão pelo hipismo, a música e dança flamenca, suas praças, e mais recentemente o motociclismo. Atividades que geram uma grande diversidade econômica e cultural, atraindo turistas por diversos interesses. Economicamente, a cidade supera a própria capital da província, Cádiz. 
Esta viagem ocorreu em maio de 2019, bem antes da pandemia que assolou o planeta. Então, se for viajar consulte quais cidades estão liberadas e quais medidas sanitárias estão sendo executadas. Lembrem-se que muitos pontos turísticos podem estar fechados ou com redução de público. 😷😷😷
Viajando de Cádiz Jerez de la Frontera
Depois de uma manhã gloriosa em Cádiz, onde conhecemos a Catedral de Santa Cruz sobre el Mar (😍), seguimos para nossa próxima parada, Xerez da Fronteira, (em castelhano: Jerez de la Frontera). Mais uma cidade que visitaremos sem guia.
De Cádiz para Jerez, são aproximadamente 22 km de distância, percorridos em 25 a 30 minutos, em uma estrada bem sinalizada. Saímos de Cádiz pela Puente José León de Carranza, seguimos pela CA-37 até a via A-4 que nos levou ao nosso destino. 
Para os que viajam de carro alugado ou próprio e não estão acostumadas com a estrada (como nós), sugiro o uso do GPS ou Google Maps. Escolha o melhor trajeto. Lembrando que você pode viajar de ônibus ou trem. 
À primeira vista, a cidade nos agradou bastante pelas avenidas largas, arborizadas e floridas. O trânsito é bem sinalizado e nem um pouco caótico. Achamos bem fácil a locomoção de carro na cidade. 👉 Vale lembrar que usamos o carro apenas para chegar ao hotel e no dia seguinte para dar continuidade à nossa viagem. Em Jerez, fizemos todos os passeios a pé.
A sensação é de estarmos em uma cidade bem planejada e executada, desde o seu nascimento. Difícil acreditar que sua civilização data da pré-história. Da pré-história até os dias atuais, passando pela idade média, quantas modificações ocorreram? Com certeza, inúmeras. A maioria, provavelmente, nem foram documentadas. 
Apaixonante esta avenida ladeada por Ipês roxos, totalmente floridos. 😍😍
Breve história de Jerez:
Jerez de la Frontera tem uma longa história de existência que remota à pré-história.
Ao longo de sua existência seu nome sofreu várias alterações, de acordo com o povo que a dominava.
Inicialmente, no tempo dos Tartesos, era denominada por Asta Regia. Assentamento que foi chamado de Xera (ou Seres) pelos fenícios. Ao passar para o domínio dos Romanos, passou a ser Seret (ou Ceret). Após o declínio dos romanos, vieram os visigodos e, a cidade, passou a Xeritium. Após a invasão da Península Ibérica pelos muçulmanos e sua longa permanência na região (de 711 a 1264), ficou conhecida como Sherish. Reconquistada em 1264, pelos católicos espanhóis, sob o comando do rei Fernando III, recebeu o seu nome atual, Jerez. O Complemento nominal "de la Frontera", ocorreu no século XIV, época que a cidade ficava no limite da fronteira entre os reinos de Castilla e de Granada.
Após o descobrimento do Novo Continente, a América, a cidade passou por um período de expansão, desenvolvimento e prosperidade, a chamada "época de ouro espanhol". 
No século 18, a cidade ganhou fama internacional pela produção do vinho que recebe o seu nome, Jerez (Xerez). Período que iniciou o desenvolvimento industrial da região e a criação da primeira linha de trem em Andaluzia, unindo Jerez com o Porto de Santa Maria, na Costa de Cádiz.
Nem só de história e vinho, vive Jerez. A cidade é, também, conhecida pelos famosos cavalos andaluz, sendo sede da Fundación Real Escuela Andaluza del Arte Ecuestre, com apresentação de shows abertos ao público (pago). 
Curiosidade: Quem nasce em Jerez de la Frontera é Jerezano.

HospetagemHipotels Sherry Park
Nosso primeiro passo ao chegar em Jerez, foi procurar o hotel reservado pela internet. O Hipotels Sherry Park (★★★★), na Av. Alcalde Álvaro Domecq. 
Normalmente, escolhemos hotéis ou pousadas simples e confortáveis, visto que passamos a maior parte do dia fora. Mas, este hotel é uma exceção e irei tecer algumas considerações sobre o mesmo ao final da postagem.
Hipotels Sherry Park;
Após o check-in, seguimos para o quarto. Pausa apenas para conferir as acomodações, deixar as malas, tomar uma cerveja espanhola (ninguém é de ferro) e seguir para um tour na cidade. 
A cerveja espanhola Mahou, é refrescante e leve, ideal para um dia ensolarado e quente.
Tour sem guia em Jerez:
Na recepção do hotel, pegamos um mapa da cidade e nos informamos sobre o melhor caminho para a Catedral San Salvador.
Hotel;
Como a catedral fica distante do hotel 20 minutos a pé, resolvemos deixar o carro no estacionamento (gratuito) oferecido pelo próprio hotel. 
No percurso a pé é possível explorar alguns pontos do trajeto. O que de carro nem sempre é possível fazer.
Caminho marcado no mapa e lá vamos nós.
Plaza del Mamelón
Seguimos pela avenida do hotel, a Av Alcalde, passando para a Calle Sevilla, onde fica a Plaza del Mamelón. Uma grande praça com monumentos e uma imensa fonte que infelizmente estava seca.
Um dos monumentos é uma pilha formada por barris de madeira para vinho xerez, da bodega Gonzalez Byass, a mais conhecida da Espanha, com a famosa marca Tio Pepe.
Plaza del Mamelón
Após a fonte em formato de tanque com jatos d'água (que estava seca e, portanto, não fotografei 😌), fica uma espetacular escultura em escala quase real. Trata-se do Monumento a enganches y jinetes (monumento aos ganchos e cavaleiros). No caso, a tradução não deveria ser tão ao pé da letra. Neste caso, "enganches" é uma referência às antigas carruagens. Ou seria uma referência às "donzelas" que acompanhavam os cavaleiros? 😉
Plaza del Mamelón
Além da representação do "engate" (carruagem) puxado por cinco cavalos, um casal cavalga ao lado da carruagem, em um solitário cavalo.
O conjunto escultural em bronze, pesando aproximadamente 6 toneladas, é de autoria do escultor e artista plástico madrileno, Eduardo Soriano (1941-2007).
Plaza del Mamelón
Alameda Cristina e Alameda del Marqués de Casa-Domecq
Seguindo nosso trajeto pela Alameda Cristina. Ao final da alameda, em uma rotatória (rotunda), temos o lindo e moderno Monumento a las Cofradías de Semana Santa, do artista plástico Sebastián Santos Calero, de 2005. Este monumento é conhecido popularmente como "el recortable" (o talho). Representa as confrarias das irmandades que saem em procissão na Semana Santa.
O monumento, é parte central de uma fonte. Infelizmente, na ocasião de nossa visita a fonte estava seca.
Monumento a las Cofradías de Semana Santa
O prédio que aparece por trás do monumento é o Complexo formado pela Igreja e Convento de San Domingo, em arquitetura gótica espanhola, de 1266, por Afonso X, o Sábio. Nesta igreja foi realizada a primeira missa após a reconquista de Jerez pelos católicos espanhóis.
Estava fechada, mas pelo que li seu interior em arquitetura gótica é ricamente decorado com altares barrocos, contradizendo o exterior rústico e sóbrio. O claustro do convento com planta quadrada e fonte central, é rodeado por galeria finalizada com arcos e detalhes góticos. Se estiver aberta, não perca a oportunidade, entre para uma rápida visita ou oração. 
Monumento a las Cofradías de Semana Santa
Não passa despercebida a Hermandad de la Oracíon del Huerto. Uma das muitas irmandades de Jerez que saem em procissão na Semana Santa.
Hermandad de la Oracíon del Huerto
Abaixo, uma vista de uma das ruas que dão para a rotatória, a Calle Porvera. Uma simpática rua bem arborizada, com vários pontos comerciais. Não seguimos por esta rua. Apenas a atravessamos para chegar na Calle Tornería
- Plaza de la Asunción
Da Calle Tornería seguimos até a trifurcação com a Calle Sedería e Plaza Plateros
👉 A Plaza Plateros é tipo um largo calçadão com vários restaurantes. Um bom lugar para parar beber alguma coisa ou almoçar. Fica a dica.
Optamos pela Calle Sedería que passa a se chamar Calle Chapinería, após o cruzamento com a Calle Carmem. Seguimos até a Plaza de la Asunción. Parece confuso, mas é fácil compreender com um mapa em mãos. Naturalmente, existem outras opções de caminhos.
A Plaça de la Asunción, no passado, era conhecida como Plaza de los Escribanos (praça dos escribas ou escrivão) ou Plaza Doctor Revueltas Montel. 
Uma pequena praça com importantes prédios históricos. Um bom lugar para uma rápida parada para fotos.
Plaza de la Asunción;
No centro da praça, o Monumento a la Virgen de la Asunción (Monumento à Virgem da Assunção). Desenho do arquiteto Fernando de la Cuadra e execução do escultor Juan Luís Vasallo
A Imagem da Virgem fica no topo de uma alta coluna de calcário branco, finalizada pelos profetas esculpidos em sua borda.
Plaza de la Asunción
O edifício térreo em estilo renascentista, por trás da escultura é a Antiga Câmara Municipal ou Antigua Casa del Cabildo ou Cabildo Viejo, construído em 1575, durante reinado de Felipe II, pelos mestres Andrés de Ribera, Diego Martín de Oliva e Bartolomé Sánchez
Sua fachada principal é dividida em uma parte fechada e outra aberta com três grandes arcadas que formam uma galeria. A parte fechada recebe 8 colunas coríntias, e dois nichos com as esculturas de Hércules e Júlio César.
Foi utilizado como Hospital de San Bartolomé.
No passado abrigou a Biblioteca Municipal e o Museu Arqueológico. Atualmente, está vinculado à Prefeitura da cidade, através de um pátio interno.
Plaza de la Asunción
Nesta praça, temos a Paróquia Iglesia de San Dionísio, construída no final do séc. XV, em estilo gótico-mudéjar, em substituição à antiga igreja gótica do século XIII que ali existia. Paróquia dedicada ao patrono da cidade, São Dionísio Areopagita
Não entramos, mas o seu interior foi remodelado ao estilo barroco no séc. XVIII, pelos arquitetos Diego Antonio Díaz e Pedro de Silva
Plaza de la Asunción; San Dionísio;
Abaixo, podemos ver a fachada principal da Iglesia de San Dionísio e a Torre de la Atalaia (Torre da sentinela) anexada à igreja. Ambas construídas em pedra e tijolo.
A Torre de la Atalaia data de 1447. Em 1454, foi instalado um relógio na mesma. A partir de 1484, passou a ser usada como torre de vigia contra incêndios e invasões. 
Inicialmente, a função da torre era desvinculada da igreja. A igreja só foi construída por volta de 1457, 10 anos após a construção da torre. Mas, com a adição do campanário no seu topo, passou a somar a função de torre sineira.
Destaque para a silhueta marcada pelo telhado pontiagudo. No alto da fachada uma grande roséola com vitral colorido. Também chama atenção as duas janelas geminadas cegas, em estilo mudéjar, localizadas lateralmente, logo acima do portal de entrada.
Possui três portadas, uma na fachada principal e uma em cada lateral, estas menores que a primeira. 
Plaza de la Asunción; San Dionísio;
A portada principal recebe vários arcos ogivais.
Não entramos, mas dizem que o seu interior é bastante expressivo e contem belas peças artísticas. 
Nesta praça, do lado contrário à igreja, fica o Palacio de la Condesa de Casares, que terminei não fotografando. 😟 Antes do palacete ser remodelado, ali ficava a antiga prisão pública, a Cadeia Real, entre os anos de 1679 a 1836. Com o fechamento da prisão, a propriedade foi transferida para o Convento dos Mercedários Descalços. Em 1839, o prédio foi comprado por Manuel Pérez y Gómez e em seu lugar foi edificado o atual Palacete em estilo neoclássico, pelo arquiteto Balbino Marrón. Posteriormente, foi adquirido pela Condesa de Casares. Atualmente, a casa está desabitada e em seu porão funciona um bar/restaurante. 
Plaza de la Asunción; San Dionísio;
Da praça continuamos pela Calle José Luis Diez até trifurcação com a pequena Plaza del Arroyo e Calle Rafael Belido Caro. Os dois caminhos levam à Catedral. 
Seguimos a segunda opção. Pensem numa rua estreita. 
Na primavera é comum as janelas enfeitadas com vasos de flores naturais. Um mimo em cores e formas, que cria um belo contraste com as paredes envelhecidas pelo tempo.
Abaixo, na parede externa de um prédio, bem no cruzamento da Calle Rafael Bellido Caro com a Calle Beaterio, um lindo mosaico colorido com tema religioso. 
👉 Apenas como curiosidade, Don Rafael Bellido Caro (1924-2004), foi o primeiro bispo de Jerez, logo após a consagração da igreja como catedral, atuando de 1980 a 2000. Em 1999 foi declarado filho adotivo da cidade. Seus restos mortais estão em uma tumba na Catedral de San Salvador.
mosaico religioso;

Catedral de San Salvador: 

Saímos na Calle Aire, onde fica uma das fachadas laterais da Catedral de San Salvador
A rua é bem estreita e não foi possível registrar toda a extensão lateral da catedral como eu queria. Mas, dá para vislumbrar sua portada colateral e a complexidade arquitetônica de sua cobertura com vários detalhes e elementos. 
Reparem nos contrafortes (reforços estruturais) nas paredes externas da construção e nos arcobotantes no alto do telhado que dão sustentação às abóbodas da construção.
Sua construção, em pedra lavrada em formado quadrangular, oriunda da Serra San Cristóbal, só foi possível graças aos impostos cobrados pelo vinho da região, com a aprovação da Coroa Espanhola. Além dos dízimos e doações das "massas alcançadas" pelo cristianismo.
Catedral de San Salvador
A edificação atual da  Catedral, foi iniciada no final do século XVII, sobre antiga igreja medieval (Igreja de Nuestro Señor San Salvador), que foi consagrada no século XIII (1264) por Alfonso X, o sábio, aproveitando a Grande Mesquita de Jerez (Mesquita Maior), a Mesquita Aljama de Saris, operando adaptações e renovações graduais ao culto cristão ao longo dos séculos. 
A antiga igreja medieval deteriorou-se ao longo dos anos. E, em 1679, sua cobertura desmoronou, urgindo por grandes reformas. 
Mas, apenas em 1695, foram iniciadas as obras de reconstrução, com a demolição das ruínas da antiga igreja e construção da nova, tal como vemos hoje. Época que passou a ser denominada como Igreja Colegiada de Nuestro Señor San Salvador.
A construção, interrompida em vários momentos, só foi finalizada em 1778, mais de 80 anos depois de iniciada. No entanto, várias divisões internas, a sacristia e o claustro só foram construídos no séc. XIX.
A catedral possui três fachadas marcantes, uma de cada lado e a frontal.
A portada lateral, que vemos abaixo, é conhecida como Porta de Visitacíon (Porta da Visitação).
😉Aproveite e observe as gárgulas e pináculos presentes em todas as fachadas da construção.
Catedral de San Salvador;
Em 1980, a Igreja Colegiada foi elevada à categoria de Catedral, pelo Papa João Paulo II. Em 1884 foi criado a Diocese de Asidonia-Jerez. A igreja colegiada, passa ser chamada de Catedral de Nuestro Señor San SalvadorCatedral de San Salvador ou, simplesmente, Sé Catedral. Seu primeiro bispo foi Don Rafael Bellido Caro.
Em 1931, foi declarada Bem de Interesse Cultural, passando a ser Monumento Protegido. Além de estar inscrita como Patrimônio Imobiliário no Catálogo Geral do Patrimônio Histórico da Andaluzia
Observem, na foto abaixo, a compensação estrutural para resolver o desnível da rua. 
Catedral de San Salvador;
A arquitetura do projeto é uma mistura de vários estilos, como o gótico, barroco e neoclássico. Pode ser denominada como arquitetura eclética, com predomínio do estilo gótico tardio.
O projeto inicial é de Diego Moreno Meléndez, 1693. 
Sua construção envolveu, ao longo dos anos, vários construtores, arquitetos, pedreiros e escultores. Os principais arquitetos foram: Diego Moreno Meléndez (de 1693 a 1700) e Rodrigo del Pozo, responsáveis pelas fundações e nivelamento do terreno. Ignacio Díaz de los Reyes (de 1716 a 1748), responsáveis pelas paredes laterais da nave. Juan de Pina (de 1749 a 1755), responsável pela abóbada das naves principais e transepto. Torcuato Cayón de la Vega e Miguel Olivares (1755 a 1778) responsáveis pela cúpula do transepto (cruzeiro) e reduto, além da finalização e acabamento do exterior e interior da construção. Estava finalizada a igreja propriamente dita. Ficando de fora a área reservada ao clero (Sacristia e Claustro) construída apenas no séc. XIX.
A fachada principal ou frontal, fica na convergência da Plaza del Arroyo com o início da Plaza de la Encarnación. É a fachada mais elaborada e impactante, com portal triplo, alcançado por uma larga escadaria, criada pelo nivelamento do terreno. 
O portal central, mais largo e alto, é o mais monumental. Conhecido apenas por Puerta Principal.
Os portais laterais da fachada principal são praticamente idênticos, com exceção das representações em relevos que enfeitam os portais. Estes são dedicadas à Adoração do Magos e à Adoração dos Pastores, sendo denominados de Puerta de los Reyes e Puerta de los Pastores.
Catedral de San Salvador;
É visível parte dos arcobotantes que auxiliam na sustentação das paredes e abobadas da construção. Observem os arcobotantes no alto da fachada e como a parte superior da fachada se apresenta recortada. Estes recortes anunciam a existência de 5 naves e não 3 como na maioria das igrejas da época. Cada nave com alturas distintas. Aliás, a antiga igreja medieval que antecedeu a Catedral, só possuía três naves. 
👉 Para facilitar a compreensão, fiz um pequeno e simplório desenho da fachada principal. 😉😊😊 É o meu lado artístico se manifestando. 😁😂😂😂
Na foto abaixo, uma visão da parte central da fachada principal da Catedral. Colunas trabalhadas, emolduram o portal central e seguem até os telhados, onde são finalizadas com duas pequenas torres. A parte cilíndrica das colunas, escondem as escadas e rampas que levam às coberturas superiores.
A fachada principal e as laterais foram projetadas pelos arquitetos Diego Antonio Díaz e seu irmão Ignacio Díaz e foram concluídas em 1721.
Várias esculturas e relevos enfeitam a fachada, obras atribuídas ao escultor José de Mendonza, 1737 a 1741.
Acima do portal central, temos a escultura da Imaculada Conceição.
Catedral de San Salvador;
Abaixo, detalhe do portal central, logo acima da Imaculada Conceição. 
O conjunto escultórico, ora apresentado, retrata o Mistério da Transfiguração de Jesus.
Catedral de San Salvador;
Torre Primitiva Colegiada ou Torre Sineira
A única e esguia torre da igreja, a Torre Sineira, fica separada da catedral. Esta foi construída aproveitando o minarete da antiga mesquita. De modo geral, mantém o aspecto da época da Igreja medieval. Aliás, da antiga igreja colegiada, a torre é o único vestígio, segundo descobri.
Basicamente é dividida em duas partes. A primeira parte, do séc. XV, em estilo mudéjar, vai até a cornija cercada com gradil de ferro. A segunda parte, do séc. XVIII, em estilo barroco, divide-se em três corpos. Os dois primeiros em formado retangular e o último octogonal. Coroando a torre uma cúpula revestida de cerâmica. No primeiro corpo da segunda parte fica o relógio da igreja.
Catedral de San Salvador;
A Torre sineira, totalmente desvinculada da Catedral, parece incorporada à outras construções. Mas, não. A torre possui acesso próprio através de uma portinhola em sua lateral. A construção anexa à torre é a antiga Casa del Abad
Embora tenha subido à torre após visitar a igreja, eu irei postar as fotos antes. Assim vocês possam apreciar toda a complexidade estrutural externa da construção.
Catedral de San Salvador;
Do alto da torre, você tem vistas fabulosas da igreja, do seu entorno e da cidade.
Na foto abaixo, podemos apreciar a finalização das colunas em duas pequenas torres, cobertas com acabamento cerâmico. Nas pontas da fachada, temos pináculos em forma de cone. Aliás, pináculos é que não faltam no telhado da catedral.
Catedral de San Salvador;
Abaixo, no canto direito da foto, podemos ver parcialmente os arcobotantes ("contrafortes voadores") que ajudam na sustentação da abóbada da nave central.
Catedral de San Salvador;
Nas fotos a seguir, um pouco dos arcobotantes que ajudam na sustentação da abóbada da nave central. Arcobotantes, são meio arcos apoiados em pilares, que possuem a finalidade de melhor distribuir o peso do telhado, para que este pudesse ser elevado sem risco de desabar. (Pelo menos foi o que entendi). 
Catedral de San Salvador;
Foram construídos após 1679, quando a antiga cúpula e parte da abóbada despencou. Época que se percebeu a necessidade de reforço estrutural para evitar novas demolições.
Apesar dos arcobotantes não possuírem a finalidade estética, deixam a construção mais leve por dispensar a construção de paredes totalmente fechadas. Além de permitirem a abertura de vários vãos, nas paredes de todas as naves, com a função de janelas e promoção de iluminação natural de todo o recinto.
Catedral de San Salvador;
Reparem que existe um outro nível, ao lado do anterior, que também leva arcobotantes. Estes responsáveis pela sustentação das naves laterais. 
Como dito anteriormente, a igreja possui 5 naves em seu interior, cada qual com altura diferenciada, isto é possível constatar observando o seu telhado.
Catedral de San Salvador;
Vejam na foto abaixo e observem os detalhes da espetacular cúpula do cruzeiro. A cúpula semicircular fica apoiada em colunas octogonais, intercaladas por grandes janelas. Seu topo recebe uma lanterna, finalizada com azulejos nas cores do estandarte da cidade e um cata-vento em forma de cruz cristã. 
A cúpula, arremata a estrutura vertical da construção, sendo a parte mais elevada com 40 metros de altura em relação ao chão da igreja.  
As estátuas de pedra que circundam a cúpula representam 8 dos "santos doutores" da Igreja Católica: San Agustín, San Gregorio Magno, San Ambrosio, San Jerónimo, San Athanasio, San Juan Crosóstomo, San Basilio Magno e San Gregorio Nazianzen. 
Catedral de San Salvador;
A melhor forma de visualizar a parte superior externa da catedral é subindo na Torre sineira. 
Catedral de San Salvador;
Não deixe de observar e registrar as demais construções no entorno da torre. 
Na foto abaixo, podemos observar duas antigas construções católicas, ao fundo. 
Catedral de San Salvador;
Vou aproximar a imagem para que possamos ver melhor.
Temos a Iglesia de San Juan de los Caballeros em primeiro plano. (Se você tiver tempo, vale visitar).
E, mais ao fundo, o Convento de Santa Maria Reparadora, convento de freiras (servas do Santíssimo e da Imaculada), construção de tijolos vermelhos em estilo neo-mudéjar.
Catedral de San Salvador;
A torre abaixo, faz parte do Alcázar de Jerez. Na realidade são duas torres de épocas distintas. Torre del Rayo (islâmica) e Torre de Ponce de Leon (1471). Na mesma foto, ligada às torres, dá para ver parte da muralha do Alcázar.
alcázar; Catedral de San Salvador;
Nem só de vistas fabulosas, sobrevive a torre sineira. Os sinos que juntamente com a torre foram restaurados em 2017/2018, são um espetáculo à parte. A reabertura da torre para visitação só ocorreu em jan/2019. Sorte a nossa que visitamos a cidade em maio/2019.
A a parte da torre que compõe a torre sineira é formada por 3 salas, uma sobre a outra. O acesso aos patamares mais elevados é feito por uma escada caracol em ferro forjado.
torre do sino; Catedral de San Salvador;
A torre conta com oito sinos grandes, dois sinos pequenos para sinais e um chocalho. Cada sino tem nome próprio e foram adquiridos em épocas diferentes. Os sinos grandes são denominados por La Gorda (o maior e mais pesado), San Salvador, San Miguel Menor, San Miguel Mayor, Salvadora, San José, Sagrado Corazón e Santa Agueda (o mais antigo).
sinos; Catedral de San Salvador; sinos; Catedral de San Salvador;
Agora sim, estamos prontos para entrar e conhecer o interior desta fabulosa Catedral.
Catedral de San Salvador;
No desenho abaixo, podemos ter uma visão da planta baixa da catedral, tal como é atualmente.
A construção retangular em formado Planta de Salão, possui cinco naves de alturas diferentes. A nave central que se prolonga até o altar-mor, cortada pelo transepto, forma a cruz latina, ou cruz cristã.
Catedral de San Salvador;
O interior da igreja é de uma arquitetura impactante e recebe várias obras de arte de interesse cultural, artístico e religioso. 
Exemplo são os apóstolos dispostos em altos pedestais nas grossas pilastras que sustentam a abóbada da nave central. Estas esculturas são atribuídas ao escultor José de Arce, séc. XVII. 
O pavimento das naves, recebe ladrilhos de mármore em duas cores (branco e preto), similar a um tabuleiro de xadrez. 
Catedral de San Salvador;
São doze esculturas em madeira policromada. Seis apóstolos de cada lado do corredor, dois apóstolos em cada coluna. 
Catedral de San Salvador;
Cada pilastra, recebe dois apóstolos dispostos de tal maneira que, não importa se você estiver olhando para o altar-mor ou para a saída principal, você sempre verá seis apóstolos, três de cada lado do corredor.
Catedral de San Salvador;
Anteriormente, estas esculturas ficavam no Monastério de Cartuxa de Santa Maria de Jerez. Abaixo, detalhe da escultura de San Pablo em madeira policromada.
Catedral de San Salvador;Catedral de San Salvador;
Capela-Mor
O retábulo da Capela-Mor, trabalhado em mármore e jaspe vermelho, em estilo neoclássico foi desenhado por Miguel Olivares e executado por Jácome Baccaro.
No centro do retábulo podemos observar um grande portal que leva à antessala da sacristia e desta para as demais áreas reservadas ao clero.
Acima do portal, ficam as esculturas dos 4 Evangelistas, duas de cada lado. No centro, em relevo a Ascenção de Cristo aos Céus.
Catedral de San Salvador; Catedral de San Salvador;
Presidindo a Capela-Mor, temos o Cristo Crucificado do escultor José de Arce. Aliás, este escultor possui várias obras nesta catedral.
Catedral de San Salvador;
O presbitério e coro são delimitados por conjunto de cadeiras de madeira entalhada com encostos altos, desenhadas por B. Serrano. No centro, por trás do altar-mor e anterior ao Cristo Crucificado, ficam cinco cadeiras. Nas laterais, estão distribuídas mais trinta e duas cadeiras. Estas cadeiras eram do antigo coro da catedral e foram remodeladas para se adaptarem ao espaço atual.
O piso desta área, recebe pavimento de mármore branco.
Catedral de San Salvador;
Na coluna à esquerda que demarca a entrada da Capela-Mor, ao lado do Evangelho, temos uma escultura da Imaculada Conceição, sobre pedestal trabalhado em relevo, também de José de Arce.
O atual púlpito em mármore, simples e elegante, fica ao lado da escultura. 
Catedral de San Salvador;
Ao lado da mesma coluna, podemos observar um órgão de tração mecânica de 2012, de William d'Enoyer. A carroceria do órgão foi trocada em 2015, a anterior era mais alta.
Catedral de San Salvador;
Abaixo, o Vitral colorido da Capela-mor.
Catedral de San Salvador; mosaico; vitral;
A catedral possui várias janelas com vitrais coloridos com temas da liturgia católica. Estas janelas foram projetadas por Marcel Lobin, 1862.
Catedral de San Salvador; mosaico; vitral;
No interior, observamos grossas pilastras terminadas e unidas em arcos semicirculares que, juntamente com os arcobotantes da estrutura externa (vistos anteriormente), garantem a sustentação da cobertura da catedral.
Catedral de San Salvador;
É nítida a diferença de alturas das naves, sendo a central mais alta que as laterais. 
Na foto seguinte, além da diferença das naves, podemos visualizar alguns dos vitrais coloridos distribuídos nas laterais do edifício que contribuem na iluminação e embelezamento do recinto.
Catedral de San Salvador;
A nave central e o transepto possuem 20 metros de altura. As naves laterais, ao lado da central, alcançam 13 metros de altura. Já as naves laterais extremas, chegam a 8 metros de altura.
Catedral de San Salvador;
As colunas são bem marcantes e imperiosas. 
Também é impossível não observar o teto abobadado da construção que recebe nervuras ao estilo gótico. 
Catedral de San Salvador;
As abóbadas das naves laterais (colaterais) são feitas em tijolo e sem grandes enfeites, apenas as nervuras góticas em cruz simples, com pequeno enfeite no ponto de encontro central. Dá para perceber as fileiras de tijolos que formam o teto abobadado.
Catedral de San Salvador;
A abóbada da nave central (nave mayor) e do transepto são em pedra esculpida, resultando em vários ornamentos barrocos em relevo, entre arcos e nervuras góticas.
Catedral de San Salvador;
Mais, uma visão da complexa abóbada trabalhada em pedra lavrada, na nave central. Os arcos e nervuras estão conectados às colunas de sustentação.
Catedral de San Salvador;
Abaixo, em detalhe, a abóbada da nave central. Veja como os relevos esculpidos são diferentes em cada conjunto de nervuras em X. Nos arcos que intercalam com as nervuras, mais esculturas em relevo. 
Neste ângulo, repare nas janelas de vitral colorido em cada lado da nave.
Catedral de San Salvador;
Observe a passagem da abóbada da nave central para a grande cúpula do cruzeiro.
Nesta foto, mais uma vez, podemos observar a diferença de altura da nave central com a nave lateral justaposta (canto esquerdo da foto) e da cúpula. Esta última bem mais alta que as anteriores.
Catedral de San Salvador;
Na foto seguinte, temos uma boa visão do interior da cúpula do cruzeiro. Sua abóbada é, simplesmente, maravilhosa.
Os arcos que sustentam a cúpula, formam quadro cantos em ponta e são decorados em relevo com rocallas onde estão representados os 4 evangelistas. Um em cada ponta.
Catedral de San Salvador;
Retábulos laterais
Uma vez visto a estrutura geral da construção, vamos dedicar alguns minutos circulando entre os diversos retábulos e altares das naves laterais. Não registrei todos, mas a maioria.
Catedral de San Salvador;
Retábulos e altares nas naves laterais do lado da epístola:
Retábulo da Imaculada Conceição
Na capela à direita da capela-mor, fica o Retábulo da Imaculada Conceição, em estilo barroco renascentista, atribuído a Juan de Arce, de 1650.
Catedral de San Salvador;
No nicho central fica a imagem da Imaculada Conceição. Acima do nicho temos uma pintura à óleo da Ascensão de Cristo aos céus.
Ao lado desta capela, no corredor da nave extrema, fica a entrada para a sacristia construída no século XIX. Veremos a sacristia mais adiante.
Catedral de San Salvador;
Retábulo del Beato Juan Paulo II
Retábulo em homenagem ao Papa Jõao Paulo II, que converteu a igreja em catedral. Neste retábulo fica um relicário do século XVIII, contendo o sangue do Papa.
Catedral de San Salvador;
Retábulo de San Juan Grande e Sepulcro do Bispo Bellido Caro
O Retábulo recebe a imagem de San Juan Grande, de autoria de Damián Pastor, 1990. San Juan Grande era um beato conhecido como Juan Pecador, que na segunda metade do século XVI ajudava os pobres, enfermos, mulheres e crianças necessitados.
Abaixo do retábulo, em mármore branco, fica a tumba do Bispo Rafael Bellido Caro, primeiro bispo de Jerez após a consagração da igreja em Catedral.  
Catedral de San Salvador;
Altar de San Caralampio
Este altar fica ao lado da entrada lateral da igreja, pela Plaza Encarnación.
Catedral de San Salvador; presépio;
 
Catedral de San Salvador;
Nesta capela fica exposto um lindo e amplo presépio. 
Catedral de San Salvador;
Executado em Nápoles, Itália é intitulado como Presépio Napolitano. Um de muitos.
Catedral de San Salvador; presépio napolitano;
Impossível não se encantar com os detalhes da recriação dos tempos do nascimento de Cristo em Belém. Simplesmente, adorável. Amei! 😍😍😍
Catedral de San Salvador; presépio;

Catedral de San Salvador; presépio;
Retábulo de Nossa Senhora de Belém, em estilo barroco, 1756.
Catedral de San Salvador; Nossa Senhora de Belém;
Em detalhe, a escultura de Nossa Senhora de Belém. Não há definição de sua autoria. Provável trabalho de Jácome Baccaro.
Catedral de San Salvador; Nossa Senhora de Belém;
- Retábulos e altares da nave lateral do lado do Evangelho:
Retábulo do Santíssimo Cristo de la Viga
Situado à esquerda da capela-mor, fica o Altar del Cristo de la Viga
O retábulo em madeira construído para acomodar o crucifixo do Cristo de la Viga, é do entalhador Agustin de Medina y Flores, de 1741.
Catedral de San Salvador; Cristo de la Viga;
O Cristo da Viga é um crucifixo gótico de autoria desconhecida, executado entre o final do séc. XIV e início do séc. XV. O nome se deve ao fato da escultura do Cristo Crucificado, ter sido salva por uma viga durante desmoronamento da cúpula e parte do telhado. Daí, passou a ser conhecida como o Cristo da Viga. O ocorrido foi o responsável pela construção dos arcobotantes construídos no telhado da catedral, aqueles que vimos anteriormente, quando subimos na torre sineira.
Este Crucifixo, durante a semana santa, sai em procissão pelas ruas de Jerez, carregado pela irmandade de penitência, Irmandade do Cristo da Viga (Hermandad de Cristo de La Viga), que tem sua sede na catedral.
Catedral de San Salvador; Cristo de la Viga; Catedral de San Salvador; Cristo de la Viga;
Retábulo de Jesus Caído e Retábulo de la Virgem do Socorro
Retábulo de Jesus Caído é do final do século XVIII, em estilo neoclássico. Traz uma tela da escola sevilana, de autoria desconhecida, séc. XVII.
Retábulo de la Virgem do Socorro, que aparece de perfil na foto, é ornamentado em estilo rocalla (rocallie, em francês), de 1770, autoria desconhecida. Este era o antigo retábulo de São José, cuja escultura foi transferida para uma das colunas do presbitério. Atualmente, mantem a escultura da Virgem do Socorro, que é co-padroeira da cidade desde 1610. 
Catedral de San Salvador;
Retablo de las ánimas o de San Francisco (Retábulo das almas ou São Francisco). 
Retábulo do século XVIII (1740), onde São Francisco resgata almas do purgatório. Maravilhosa escultura de madeira policromada em alto relevo barroco, autoria atribuída à Diego Roldán.
A parte inferior do entalhe, simboliza o purgatório e traz a figura de São Francisco resgatando as almas. Na parte superior, simbolizando o céu, podemos ver no canto esquerdo Cristo segurando um crucifixo, o Cristo do Raio.
Catedral de San Salvador;
Retábulo de San Pedro, da segunda metade do século XVIII. Autoria provável de Jácome Baccaro.
Catedral de San Salvador;
No centro a escultura de San Pedro, nas laterais alguns mártires católicos. A escultura de São Pedro, também é atribuída à Jácome Baccaro.
Catedral de San Salvador;
Capilla de ánimas (Capela das Almas)
Retábulo em pedra esculpida, de 1756. 
No centro do retábulo a escultura do Senhor da Santa Ressurreição, de 1989, pelo escultor de imagens Luis Gonzalez Rey. Esta foi a primeira escultura de corpo inteiro deste escultor de Cádiz.
Sobre o altar, temos a imagem de Nossa Senhora da Luz, em vestes de tecido brocado.
Estas duas esculturas, também saem em cortejo na procissão da Semana Santa, aos cuidados dos detentores da Irmandade do Ressuscitado (Hermandad del Resuscitado), cuja sede fica nesta capela.
Catedral de San Salvador;
Capilla del Sagrário
Capilla del Sagrário ou Capela do Tabernáculo ou Capela Sacramental, em estilo neoclássico. A entrada desta capela é protegida com portão em ferro fundido forjado. O acesso fica na cabeceira da igreja no lado da epístola.
Catedral de San Salvador;
Escultura do Sagrado Coração de Jesus, sobre pedestal na coluna da entrada da Capela Sacramental. Não descobri quem é o escultor. Mas, vou arriscar como sendo de José de Arce (assim como a maioria das esculturas), século XVII.
sagrado coração de Jesus; Catedral de San Salvador;
Em sentido contrário ao altar-mor, temos a porta da fachada principal da catedral. Na foto abaixo, podemos admirar esta entrada pelo lado de dentro. Sob uma base elevada acima do portal principal de entrada, fica o antigo órgão tubular da igreja de 1850, realocado na última grande intervenção de manutenção, em 1990. Este é um órgão romântico, projeto de John Bishop.
Catedral de San Salvador;
Por falar em porta e entrada, vamos dar uma olhada nas portas da catedral pelo lado interno.
A porta central da fachada principal, tão trabalhada no exterior, internamente é bem simples se comparada às demais portas.
Catedral de San Salvador;
Porta de los Pastores pelo interior da igreja. Esta é uma das portas laterais da fachada principal. 
Ao lado desta porta, fica a Sacristia Pontifical, que não visitamos. 
Catedral de San Salvador;
As portas das fachadas laterais, fora alguns detalhes, são muito semelhantes entre si. Abaixo, temos a Porta de Encarnacíon, que dá para a Plaza Encarnación.
Catedral de San Salvador;
Abaixo, o interior da porta da fachada lateral, denominada como Porta de Visitacíon, e leva à Calle Aire. 
Catedral de San Salvador;

Museu da Catedral de Jerez (Sacristia e Claustro)

Concluímos o interior da igreja em si. Falta a Sacristia e o Claustro com seu pátio interno e salas, construídos no século XX. Atualmente, este espaço alberga o Museu da Catedral de Jerez ou Museu Catedralicio, inaugurado em outubro de 2011. Aqui fica a Exposição Permanente da Catedral.
De planta irregular, o museu é dividido em várias salas com uma coleção fabulosa de quadros à óleo, esculturas, talheres, objetos sacros de ourivesaria, adornos e vestimentas.
- Sacristia Menor:
Acessamos a Sacristia Menor pela Capilla del Sagrário
Esta sala é conhecida também como a Sala de Ornamentos Litúrgicos. Em armários expositores temos várias vestimentas eclesiásticas ricamente bordadas.
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
Nas paredes do espaço, várias telas com pinturas relacionadas ao cristianismo.
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;

Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
- Antessala da Sacristia:
A sala seguinte é a Antessala da sacristia. Esta sala pode ser acessada pelo portal do retábulo do Altar-Mor, que também serve de entrada para a sacristia. 
Em cada canto desta sala fica uma escultura em mármore Carrara dos 4 Evangelistas: Mateus, Marcos, Lucas e João.  Obra atribuída ao escultor Angelo Rocca, de 1907.
profetas; evangelistas; Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
No espaço, alguns painéis explicativos sobre a fé cristã.
O quadro abaixo é intitulado como "A Virgem do Rosário", autoria atribuída à Bartolomé Esteban Murillo (1617-1682), pintor barroco espanhol, natural de Sevilha. A moldura é recente, colocada após restauração do quadro. 
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
- Sala do Tesouro:
Armários vitrines expõe ricas peças em prata e ouro de inestimável valor histórico e artístico. São custódias, crucifixos, entre outras.
 Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
Várias telas são dedicadas à Maria, Nossa Senhora, mãe de Jesus. Telas que retratam suas glórias, privilégios e dogmas dentro de um contexto denominado pelos católicos como "Doutrinas Marianas".  
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
Na foto abaixo uma das paredes da sala do tesouro, toda trabalhada em relevo e nichos.
No canto esquerdo da foto, o crucifixo intitulado como Cristo de Bertemati, presente na celebração da Semana Santa, em evento conhecido como "A Adoração da Cruz". Infelizmente, não consegui uma foto mais nítida.
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
Em detalhe, a tela à óleo, La Virgem Niña dormida (ou en meditación), do pintor espanhol Francisco de Zurbarán (1598-1664).  Um dos maiores tesouros da Sé Catedral.

Virgem dormindo; Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
Sacristia Mayor:
É necessário sair da Sala de Tesouro e voltar para a Antessala da Sacristia para acessar a Sacristia Maior. Um amplo espaço com mais tesouros em exposição. 
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
Sobre um dos dois gaveteiros que servem de aparador, temos uma fabulosa escultura do Pelicano, símbolo Eucarístico.
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
Na Sacristia Maior fica a custódia processional de prata (1951), entalhada em estilo neobarroco, projeto de Aurelio Gómez Millán. É a Custódia Processional Corpus Christi, que sai em procissão na Semana Santa Cristã. São mais de 350 kg em prata.  
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
Nas paredes desta sala, estão dispostos quadros à óleo dos 12 apóstolos, do século XVII, trabalhos atribuídos ao pintor espanhol Francisco de Zurbarán (1598-1664).
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
Há várias outras telas de igual valor.
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;

Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
- Pátio de los Naranjos ou Pátio do claustro: 
Pequeno e simpático pátio interno ao ar livre, ajardinado, com laranjeiras e fonte central. Infelizmente, a fonte estava desligada. Mas, a primavera já mostrava sua força. 
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador; Pátio de los Naranjos;
O pátio é circundado por corredor coberto, formando larga galeria, que por sua vez levam às salas expositivas. 
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
Apesar de ser um corredor, não deixe de observar as peças expostas. Como as que vemos no armário em um dos cantos do corredor.
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
O corredor leva a uma série de salas expositivas conjugadas. 
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
- Sala dos Cânones:
A foto abaixo, traz uma visão da sala com pinturas, mobiliário e objetos ligados ao ritual religioso.
No extremo esquerdo da foto, podemos observar a cópia da pintura intitulada "O Martírio de San Caralampio", autoria atribuída a Juan Rodríguez García, o filho (1816-1880?). 
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
A pintura original é de seu pai, Juan Rodríguez Jimenez, "el grand Tahonero" ou "el Goya Andaluz" (1765-1830).
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
Abaixo, temos a pintura do séc. XVII, representando a última comunhão do rei Fernando III, El Santo, antes de reconquistar várias cidades espanholas sob o domínio muçulmano, tal como Sevilha. 
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
Escultura em madeira policromada representando São João Batista, do escultor José de Arce (1600 - 1660), do século XVII.
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
La Sala de los Cartujos
Belíssimo Altar neogótico do século XX, com tríptico flamengo com a Virgem protegendo os Cartuxos.
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador; Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;

Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
Escultura em madeira policromada, representando São Bruno segurando um crânio de caveira, também do 
escultor José de Arce (1600 - 1660), do século XVII. 
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
La Piedad, escultura em madeira policromada, autoria de José Esteves, séc. XVIII.
La Piedad; Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
A visita à Catedral e sua Torre Sineira é paga. Na época pagamos 7 euros. Mas, se quiser pode visitar apenas a Torre ou a Catedral. Em alguns horários e dias da semana a entrada na Catedral é gratuita. Informe-se antes.
Saindo da igreja contornamos a fachada principal até a fachada lateral que ainda não tínhamos visto. 
A Plaza de la Encarnación, possui um traçado irregular, continuando nesta lateral da igreja, onde iremos encontrar a portada denominada Porta da Encarnación.
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
Nesta parte da praça, fica a escultura em homenagem ao Papa João Paulo II, responsável pela conversão da igreja ao patamar de Catedral.
Conseguimos ver a Catedral por inteiro e como o dia ainda estava claro, resolvemos caminhar um pouco. 
Museu da Catedral; Catedral de San Salvador;
Da praça, seguimos pela Calle de la Rosa em direção ao Parque de la Alameda Vieja.
No caminho, encontramos a Bodega Gonzalez Byass, responsável por várias marcas de vinho Jerez, entre elas a marca Tio Pepe, conhecida internacionalmente. Além de vinhos, produz conhaque.
Em 2010, a Botega Gonzáles Byass, foi premiada como a melhor bodega do mundo pela International Wine & Spirit Competition.
A cidade conta com várias vinícolas e produção de vinho do tipo Jerez (xerez), sendo a Gonzalez Byass e a Pedro Domeneq as mais famosas. Porém, não são as únicas, há a Sandeman, a Terry, a Osborne, Lustau, Willians & Humbert, entre outras. 
Estas vinícolas são responsáveis de forma direta por boa parte do turismo na região. Muitos turistas, chegam à cidade apenas pelo apelo dos vinhos de fama internacional e, aqui chegando, se encantam com a cidade e sua história.
Parque de la Alameda Vieja; Gonzalez Byass;
Esta bodega, abre seu espaço para visitação guiada, com direito a passeio de trem e degustação, mediante entrada paga e agendada com limite de visitantes. Existem vários pagodes oferecidos, cada qual com valor específico. Mas, não é a única com este serviço, as demais marcas seguem o mesmo processo de divulgação de seus produtos. 
Infelizmente, pelo adiantado da hora, não entramos. Tivemos um dia bem cansativo. Pela manhã estivemos em Cádiz, pegamos a estrada para Jerez e ainda não paramos para descansar.
Se for de seu interesse, agende a visita com antecedência. É bom saber que a visita demora no mínimo 1h30', fora o tempo gasto na degustação. 
Atenção: Muitas bodegas e pontos comerciais fecham para a "siesta" (sesta). 
Parque de la Alameda Vieja; Gonzalez Byass;
👉"A marca Tio Pepe é referenciada em um imenso anúncio de neon, que antigamente ficava no alto do antigo Hotel Paris, atual prédio da empresa americana Apple, em Madri. Com a mudança de proprietário e decisão municipal contra a poluição visual, o anúncio foi retirado. Mas, pelo valor histórico e emocional dos madrilenos, retornou. Mas, foi transferido para o alto do edifício do Corte inglês, na praça Puerta del Sol. Hoje, o anúncio é um ponto turístico de Madri. Muitos turistas fotografam o anúncio, sem sequer conhecer sua trajetória. A foto abaixo, foi tirada em jun 2017, durante viagem à Madri." 

foto tirada em 2017, em Madri, Espanha
O Parque de la Alameda Vieja, fica em uma parte um pouco mais elevada, em relação com a Bodega do Tio Pepe.
Ao fundo do parque, podemos ver os muros do Alcázar muçulmano do século XII, que tinha a função dupla de fortaleza e castelo dos governantes árabes da cidade. Um complexo defensivo e governamental.
Parque de la Alameda Vieja; Alcázar.
O Alcázar conserva parte dos muros, sua mesquita, área dos banhos árabes (hammam), a Torre Octogonal, Torre del Rayo,
 moinho de azeite e o pavilhão do pátio interno. 
Após a reconquista cristã, outras torres e prédios foram adicionados à fortaleza árabe, como o Palácio de Villavicencio, em estilo barroco (1664), e a Torre de Ponce de Leon (1471), esta última, construída sobre a antiga Torre del Homenaje
Atualmente, o Alcázar é um Centro Cultural com várias apresentações como teatros, concertos, musicais, ... Pena que pelo adiantado da hora, estava fechado. Para compensar, iremos conhecer o Alcázar de Sevilha, aguardam o próximo post sobre turismo.

O parque no exterior do Alcázar, na realidade, é uma grande praça arborizada com muitos bancos e sombras. Um lugar para espairecer, descansar, ler um livro, tomar sol e tirar belas fotos de recordação. Com certeza, vale o passeio. Há momentos que tudo o que queremos é relaxar e descontrair.
Parque de la Alameda Vieja; Alcázar.
Ao fundo temos o Pavilhão Templete de Música, em estilo coreto, do século XIX. Ocasionalmente, ocorrem shows ao ar livre nesta praça. 
Parque de la Alameda Vieja;  Pavilhão de Música;
Depois da Alameda Vieja, seguimos pela Calle Armas até a Plaza del Arenal. Praça ampla, agradável e bem animada com muitos bares e restaurantes no entorno, que no passado foi palco de lutas e batalhas. Hoje é um local para eventos, cercado por bares e restaurantes. 
Na praça, uma grande fonte tipo tanque com esguichos d'água, circundada por canteiro, traz em seu centro o Monumento Equestre a Miguel Primo de Rivera (1870 - 1930), erguido em 1928, autoria do escultor espanhol Mariano Benlliure (1862-1947). 
Por se tratar de um ditador espanhol, a manutenção da homenagem foi e é alvo de críticas polêmicas. Mas, permanece no mesmo lugar com direito a manutenção. História é história. Não se pode apagar o passado eliminando parte de sua história.
Plaza del Arenal;
Nesta praça, um antigo e belo carrossel estilo Belle Époque (Bela Época) convida nossa "criança interior" a um momento de descontração, otimismo e alegria.   
Plaza del Arenal;
😟😥Tristeza, a bateria do meu celular acabou. Sugiro que vocês, em seus passeios, não esqueçam de levar uma bateria portátil "carregada". Grande e importante invenção para todo tipo de turista.
No final do passeio, sem bateria, retornamos ao hotel, praticamente pelo mesmo caminho. Vejam no mapa abaixo.
Hipotels Sherry Park
Retornamos ao nosso ponto de partida, Hipotels Sherry Park (★★★★), na Av. Alcalde Álvaro Domecq.
Neste momento, irei tecer algumas considerações a respeito de nossa hospedagem em Jerez de la Frontera.
Hipotels Sherry Park
O hotel conta com 173 apartamentos com banheiro privativo, ar condicionado, canal de Tv via satélite, Wi-Fi, varanda. Além de possuir estacionamento amplo gratuito e muito mais.
Na época, o café da manhã era tipo buffet não incluso na diária. ☕😋 Com a questão atual da pandemia pelo coronavírus, não sei como está funcionando. Provavelmente, não é mais buffet. 😷😷😷
O hotel conta com dois restaurantes, um a la carte (El Abaco) e outro tipo buffet (Maestranza). 🍝🍤🍗 Além de Lounge Bar (próximo da recepção e restaurantes) lanchonete/bar (piscina externa). Acredito que aqui também ocorreram adaptações por conta da pandemia. 
Hipotels Sherry Park
A localização do hotel é próxima do centro histórico (pontos turísticos históricos e artísticos), diversos museus, centro comercial (compras), escola de arte equestre (cavalos andaluz e museu de carruagens), Botega Sanderman (entre outras), muitos bares e restaurantes.
Hipotels Sherry Park
Como todo bom hotel, a recepção funciona 24 horas, de segunda a segunda.
Hipotels Sherry Park
O apartamento é bem espaçoso com uma decoração contemporânea de cores suaves. 
Todos os apartamentos possuem uma pequena varanda com vista, banheiro privativo, frigobar (minibar). Tem até um menu de travesseiros. 
A única coisa que estranhei foram as duas camas "solteirão" juntas, no lugar de uma cama de casal. 💔 Eu, preferiria uma cama de casal, conforme estava previsto em nossa reserva. Mas, entendo que para alguns isto pode funcionar. Embora, isto não tenha estragado a nossa estadia. 😏 
Hipotels Sherry Park
Ah, a vista da varanda. E que vista. 
De um lado temos a piscina externa com muitas espreguiçadeiras. A piscina externa tem o apoio de um serviço de bar/lanchonete exclusivo.
No entorno, uma linda jardinagem no estilo "paisagem tropical".
Hipotels Sherry Park
Do outro lado, um extenso e cuidado gramado confere um ar bucólico. Você até esquece que está em área urbana, bem no centro comercial da cidade.
Hipotels Sherry Park
As varandas dos apartamentos, contornadas por floreiras, estão dispostas de maneira a favorecer a vista da área externa do hotel. 
Apesar do hotel não ser muito alto, são apenas três andares, acredito que do último andar você terá uma visão além dos muros. Entretanto, o andar mais baixo, por não permitir a visão do exterior, dá a sensação de estarmos no campo. 
Hipotels Sherry Park
Após um bom banho e rápido descanso, resolvemos curtir o hotel. Apenas um bocadinho. No dia seguinte iríamos seguir viagem para Sevilha. 
Hipotels Sherry Park
Além da piscina externa, o hotel conta com uma piscina interna climatizada, academia, sauna seca, salas para reuniões, sala de conferência, ...
Hipotels Sherry Park
Para uso da piscina interna, informe-se na recepção sobre os horários de funcionamento.
Hipotels Sherry Park
O Jerez ou Xerez (português) ou Sherry (inglês), é um tipo de vinho fortificado e licoroso, de alta concentração alcoólica, mencionado em vários livros de suspense e mistério, principalmente nos de Agatha Christie. Sempre presente nas cenas após o almoço ou jantar, para acompanhar as sobremesas ou quando os personagens se dividiam em dois grupos e ocupavam salas distintas. Os homens para fumar charuto, falar de política e beber Brandy (conhaque) ou Whisky. As mulheres para conversar, tocar piano e beber uma taça de Jerez. Parecia algo tão chique e sofisticado. Nos livros, entre uma taça e outra, mistérios e crimes ocorriam. 😄😄😄 
Como não fizemos nenhuma visitação às diversas vinícolas e bodegas da região, resolvemos degustar o famoso vinho Jerez no Lounge Bar do hotel.
Hipotels Sherry Park
O vinho jerez é elaborado através de uvas selecionadas e processadas na região da província de Cádiz. São três variedades de uvas utilizadas, individualmente ou misturadas, num processo que mistura vinhos novos e velhos. Processo denominado de Solera. As uvas são da variedade Palomino (uva branca, sabor seco e delicado), Pedro Ximenéz (encorpado, doce e potente) e moscatel (doce e licoroso). O resultado é um vinho fortificado e licoroso em uma escala bem variada.
Iniciamos com uma taça de Tio Pepe e Alfonso.
Hipotels Sherry Park
O bar é ambientado de forma encantadora, convidando para um drink antes do jantar ou dormir. Ou se preferir após as refeições. A temperatura ideal é variável, dependendo do tipo escolhido.
Hipotels Sherry Park
O vinho Jerez vem de uma cultura de vinícolas iniciadas na região pelos fenícios há mais de 3000 anos. É muita história e evolução até chegar aos tempos atuais.
Na tranquilidade da noite, sem nenhum mistério ocorrido entre um drink e outro, programamos nosso dia seguinte. 
Hipotels Sherry Park
E foi neste ambiente confortável e relaxante que satisfiz minha curiosidade em relação à bebida e terminamos nosso dia. 
Adoro vinho do Porto. E, os Jerez mais encorpados e fortes, lembram esta deliciosa bebida portuguesa.
Hipotels Sherry Park
Basicamente o jerez, branco ou tinto, é classificado em Fino, Manzanilla, Oloroso, Amontillado, Palo Cortado, Moscatel, Pedro Ximenes, Cream, indo do seco ao muito doce.
Abaixo, parte da carta de vinhos que o hotel oferece. Sem conhecimento prévio é difícil escolher. Confiamos na barwomen (bartender). 
Bebemos com moderação. Afinal, uma tacinha de cada e iríamos direto para o hospital, em coma alcoólico. 😂😂
Hipotels Sherry Park
Antes de dormir, embalados pelos cálices de Jerez, uma última visão da área externa do hotel, obtida da varanda do apartamento. Nesta foto vemos a piscina externa com iluminação noturna. Lindo efeito.
Hipotels Sherry Park
Impressionante o que conseguimos ver e fazer em tão pouco tempo. Mas, não foi possível visitar e ver tudo que a cidade oferece. Sempre fica alguma coisa para justificar futuras visitas. 😉😎
O que não vimos e gostaríamos de ter visto:
⇒ Iglesia de San Miguel
⇒ Iglesia Santiago
⇒ Iglesia de San Juan de los Caballeros
Alcazar de Jerez de la Frontera e Câmara Escura
Real Escuela Andaluza de Arte Ecuestre 
Visita guiada às bodegas e vinícolas da região.
⇒ Palácio de Bertemati (sede da Diocese de Asidonia-Jerez) 
Palácio de Villavicencio (construído dentro do Alcazar de Jerez)
⇒ Palácio del Virrey Laserna (casa museu)
⇒ Museu del Belén (museu de presépios)
⇒ Museu de la Atalaya (museu de relógios)
Museu arqueológico de Jerez

É bom saber 👉🏽: O fuso horário de Jerez (Espanha) em relação ao Brasil é de + 4 horas (horário de Brasília). 🕓 E vocês, já visitaram Jerez? Se sim, como foi a sua experiência? 
Aguardem a próxima postagem  Sevilha, Espanha.
⇨ 😎 Viajando e sempre aprendendo. Muitas informações da postagem, foram conseguidas in loco, nos folhetos informativos dos monumentos, na recepção do hotel ou através de pesquisas na internet ("Santo Google" 🙌). 😉 
Se gostaram, façam as malas e boa viagem. ✈🚌🚊🚗
Não deixem de curtir e compartilhar. 
Bjs e até a próxima postagem que pode ser artes, guloseimas ou companhia (pensamentos, viagens, passeios, ..., devaneios)!!! 💋💋💋
Para quem se animar:  
FAÇAM A MALA e BOA VIAGEM!!!!!
Um abraço carinhoso a todos os meus familiares, amigos e visitantes,
                   Teresa Cintra
Se vocês tiverem gostado desta viagem, não deixem de ver:









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