Em nossa terceira parada pelo cruzeiro Costa Fascinosa, aportamos em Nápoles, no dia 07 de maio de 2018, às 13:30 horas, com o tempo nublado e temperatura oscilando entre 18°C e 23°C. Mesmo com o tempo nublado, o dia foi bem agradável para caminhar. ⛅ Apenas no final do dia começou a chover, o que não atrapalhou o passeio. 🌂☔
Nápoles é a terceira maior cidade da Itália, depois de Roma e Milão. Um lugar com séculos de história e muitos monumentos para descobrir.
Um pouco da história para podermos compreender a magnitude da importância de Nápoles.
Estando a 250 metros acima do nível do mar, a partir de seus muros e terraços, oferece vista de 360º da cidade e do Vesúvio. É considerado o melhor mirante de Nápoles
Entrada gratuita no primeiro domingo de cada mês.
O bairro Vomero, onde fica o castelo, é conhecido por suas ruas mais largas e arborizadas, com lojas refinadas, belas e bem conservadas casas de classe média e alta. Um lugar tranquilo e seguro, com bons restaurantes, bares e cafés e vistas maravilhosas de Nápoles. Merece uma visita. Infelizmente, este bairro residencial, ficou fora do nosso tour turístico. Uma pena.
O trânsito em Nápoles, como em toda cidade grande, pode ser bem caótico. Nestas horas é uma benção estar em um ônibus de tour com guia. Embora, um aplicativo de GPS no celular auxilia bastante, caso você prefira dirigir.
Este é um ponto bem pessoal, eu particularmente não gosto de dirigir. Normalmente, prefiro passeios a pé, metrô ou ônibus. Raramente uso ônibus turístico. Mas, sendo um passeio curto de apenas algumas horas, em uma grande cidade, eu resolvi aderir ao tour turístico.
A polícia napolitana possui vários quarteis em Nápoles. Abaixo, um deles. Estes quarteis são denominados de Caserma.
Aproveitei o percurso de ônibus para alguns registros. Abaixo, da Via Ammiraglio Ferdinando Acton, podemos observar o prédio do Núcleo Subaquático da Capitania do Porto (Capitaneria di Porto Nucleo Subacqueo) ⇒ é o prédio vermelho à esquerda.
Nesta área observamos várias embarcações pequenas talvez para uso pescatório, esportivo ou lazer. Ao fundo, à esquerda, a área verde é o Giardini del Molosiglio (Jardins Molosiglio). A palavra Molosiglio deriva do espanhol Molosillo e significa "pequeno cais".
Giardini del Molosiglio, é um parque público com 21.000 m² de área, situado na via Anton. Foi projetado e construído em 1920, tendo passado por várias reformas ao longo dos anos. Este parque dá para o lado sul do Palácio Real, que iremos visitar mais adiante.
O monumento na foto maior, é o Monumento al Fante. Uma homenagem aos soldados que morreram durante a primeira Guerra Mundial. Trata-se de uma coluna em granito rosa, rodeada por cinco segmentos em pedra, que representam as cinco batalhas da grande guerra.
Na ponta da coluna do monumento, uma estrutura que lembra uma pira. Mas, não tenho certeza.
Existem referências da construção de uma vila, onde fica o castelo, já na antiguidade, por volta do século I a.C.
No século V, esta vila foi fortificada . Até o início do século XVI, serviu como palácio real dos soberanos de Nápoles.
Hoje a fortaleza, oferece salões para eventos, amostras, exposições e convenções.
Seguindo pela Via Francesco Caracciolo, podemos observar o cais do bairro Mergellina. Um terminal para balsas, catamarãs e pequenas embarcações, onde há a possibilidade de alugar embarcações.
No cruzamento da Via Mergellina com a Via Orazio, o prédio vermelho é um restaurante de comida italiana, Lo Squalo.
O simpático prédio ao lado do Lo Squalo, onde funciona uma farmácia e uma tabacaria no térreo, é a Estação Funicular Mergelina. Esta estação faz a ligação do bairro Mergelina com a parte mais alta do bairro Posillipo, um bonito bairro residencial nas colinas de Nápoles.
No alto da colina, paramos em um Mirante onde se pode ter uma espetacular vista do Golfo de Nápoles e da cidade, bem como o Vesúvio, Sorrento e a ilha de Capri, segundo informação de nossa guia. Mas, eu não sei qual montinho ao longe é Sorrento e qual é a ilha de Capri. 😶
Vesúvio é um super vulcão, adormecido desde 1944, com 1281 metros de altura. Morar aos pés do vulcão que pode ficar ativo de um momento para o outro, dá o que pensar.
O imponente prédio de seis andares, próximo ao paredão do penhasco, fica em frente a uma praça, a Piazza San Luigi, no bairro de Posillipo. Sua dimensão e formato curvo chama a atenção.
Apesar de parecer colado ao paredão, este prédio residencial de classe média, fica bem afastado e, por trás do mesmo, passa uma rua, a Via Petrarca. A construção da praça e dos prédios data de 1925 a 1930.
Depois de nos deliciarmos com as vistas, voltamos ao ônibus e descemos a colina. Retornamos pela Via Orazio até o cruzamento da Via Mergellina com a Via Francesco Caracciolo.
Fizemos a volta no Chalé do Ciro, onde fica uma pequena e simpática praça.
Abaixo, Via Francesco Caracciolo, bairro Chiaia.
Na próxima foto, o parque que vemos é a Villa Comunale di Napoli, (antiga Villa Reale ou Real Passeggio di Chiaia, passando a Villa Nazionale e Villa Municipale). Um dos principais jardins de Nápoles, desde 1697.
Nos anos de 1778 a 1780, a área da praia ao longo da costa foi convertida
em uma caminhada real, um jardim urbano, por Carlo Vanvitelli e o botânico e jardineiro real Felice Abbate. Neste parque fica o aquário mais
antigo da Europa (de 1872, pelo alemão Anton Dohrn).
No início do século XIX, por volta de 1807, o parque foi
ampliado e reestruturado pelos arquitetos Stefano Gasse e Paolo Ambrosino.
Entre 1997 e 1999, foi realizada uma nova e controversa reestruturação, por Alessandro Mendini.
Durante o tour de ônibus, eu tinha a sensação de estar andando em círculos e passando por lugares já percorridos. 😵 Alguns prédios são bem parecidos, com pequenas alterações ou cor diferente.
Na primeira foto abaixo, a estátua de Nicola Amore (1828 - 1894), advogado e político italiano, na Piazza Vittoria, que fica em frente a uma das entradas para o parque Villa Comunale di Napoli.
A segunda foto, mostra uma estátua do Rei Umberto I da Itália (1878-1900), na via Nazario.
Vocês se lembram do parque público, Giardini del Molosiglio, que mencionei anteriormente? Abaixo, no caminho para a Piazza del Plebiscito, uma temos uma breve apreciação em outro ângulo do mesmo parque. Parece bem menor do que tínhamos visto antes.
Nosso próximo destino em Nápoles, foi a Piazza del Plebiscito, também chamada Largo di Palazzo ou Foro Regio. Considerada a principal praça de Nápoles, não pode deixar de ser visitada. Além de prédios históricos e monumentos, a ampla praça é utilizada para várias atividades públicas e é carinhosamente denominada de "il salotto" (sala de estar) pelos napolitanos. Nela não circula veículos motorizados, apenas pedestres.
Esta imensa praça de quase 25.000 m², foi construída em homenagem à unificação do Reino das duas Sicílias ao Piemonte, ocorrida no dia 21 de outubro de 1860.
Nesta praça estão importantes construções como:
Nápoles é a terceira maior cidade da Itália, depois de Roma e Milão. Um lugar com séculos de história e muitos monumentos para descobrir.
⇒ "Nápoles, ao sul da Itália, na região da Campania, foi fundada por colonos gregos nos anos 600 a. C., antiga Neapolis. Após o domínio romano (século IV a.C.), passou para domínio bizantino no século VI. No século VIII constituiu-se em ducado independente. Em 1139 passou a pertencer ao reino da Sicília, e, no final do século XIII, passou a ser a capital do reino. Em 1282 passou para a coroa de Aragão, sendo intitulada como reino de Nápoles. No século XVIII passou a ser independente. Em 1860 foi anexada ao reino da Sardenha e, em 1861, ao da Itália."
Famosa por seus presépios natalinos é considerada a terra natal da Pizza e de vários papas (Bonifácio V, Urbano VI, Bonifácio IX, Paulo IV, Inocêncio XII).
O porto de Nápoles fica bem no coração da cidade, de onde se avista um dos seus atrativos histórico-culturais, o Castelo Nuovo.⇒ Como toda cidade grande com uma grande diversidade de culturas, Nápoles exige um pouco mais de cuidado por parte do visitante. Carteiristas são frequentes. Portanto, cuidado com a bolsa e pertences, principalmente se for sair à noite. Felizmente, não tivemos nenhum dissabor durante nosso pequeno tour pela cidade. Evite transitar sozinho(a). Observamos em alguns lugares, a presença de lixo no chão, o que não tínhamos visto em outras cidades que visitamos. Também, mendigos e pedintes circulam por alguns pontos turísticos, principalmente igrejas. Ou seja, é como muitas cidades grandes. Caótica com ruas estreitas e emaranhadas, meio desorganizada e suja em alguns setores, motoristas aflitos e ansiosos. Mas, em menor escala do que algumas cidades brasileiras. Então, não cheguei a ficar assustada. kkkkkkkkkkk.Estão vendo a colina lá no fundo da foto abaixo? É o elegante bairro Vomero, e no seu topo o Castel Sant'Elmo, uma fortaleza medieval bem conservada e com adaptações posteriores. Construído no século XIV, foi totalmente refeito no século XVI
Estando a 250 metros acima do nível do mar, a partir de seus muros e terraços, oferece vista de 360º da cidade e do Vesúvio. É considerado o melhor mirante de Nápoles
Entrada gratuita no primeiro domingo de cada mês.
O bairro Vomero, onde fica o castelo, é conhecido por suas ruas mais largas e arborizadas, com lojas refinadas, belas e bem conservadas casas de classe média e alta. Um lugar tranquilo e seguro, com bons restaurantes, bares e cafés e vistas maravilhosas de Nápoles. Merece uma visita. Infelizmente, este bairro residencial, ficou fora do nosso tour turístico. Uma pena.
Mesmo o centro da cidade sendo próximo ao porto, e podendo ser alcançado a pé, nós preferimos fazer uma das excursões oferecidas pelo Costa Fascinosa.
Optamos por: "Nápoles, una ciudade que merece la pena descubrir".
Saindo do Porto dos Cruzeiros, na Piazzale Stagione Marittima, o Totem della Pace (Totem da Paz), uma escultura em aço com 12 metros de altura. Uma homenagem da cidade aos que partiram de Nápoles, para uma nova vida ou foram mortos no mar.O trânsito em Nápoles, como em toda cidade grande, pode ser bem caótico. Nestas horas é uma benção estar em um ônibus de tour com guia. Embora, um aplicativo de GPS no celular auxilia bastante, caso você prefira dirigir.
Este é um ponto bem pessoal, eu particularmente não gosto de dirigir. Normalmente, prefiro passeios a pé, metrô ou ônibus. Raramente uso ônibus turístico. Mas, sendo um passeio curto de apenas algumas horas, em uma grande cidade, eu resolvi aderir ao tour turístico.
A polícia napolitana possui vários quarteis em Nápoles. Abaixo, um deles. Estes quarteis são denominados de Caserma.
Aproveitei o percurso de ônibus para alguns registros. Abaixo, da Via Ammiraglio Ferdinando Acton, podemos observar o prédio do Núcleo Subaquático da Capitania do Porto (Capitaneria di Porto Nucleo Subacqueo) ⇒ é o prédio vermelho à esquerda.
Giardini del Molosiglio, é um parque público com 21.000 m² de área, situado na via Anton. Foi projetado e construído em 1920, tendo passado por várias reformas ao longo dos anos. Este parque dá para o lado sul do Palácio Real, que iremos visitar mais adiante.
O monumento na foto maior, é o Monumento al Fante. Uma homenagem aos soldados que morreram durante a primeira Guerra Mundial. Trata-se de uma coluna em granito rosa, rodeada por cinco segmentos em pedra, que representam as cinco batalhas da grande guerra.
Na ponta da coluna do monumento, uma estrutura que lembra uma pira. Mas, não tenho certeza.
O edifício abaixo, na via del Chiatamone, número 62, bairro de Chiaia, foi desenhado por Vincenzo Compagnone e Michele Fontana e construído entre 1905 e 1907.
Desde 1962 abriga a sede do jornal Il Mattino di Napoli (A Manhã de Nápoles) ou simplesmente, Il Mattino. Este jornal considerado o número 1 de Nápoles, foi fundado em 1892.
Circulando pela via Partenope, na beira-mar, podemos observar uma curiosa construção medieval, em uma pequena ilha. Trata-se do Castel dell'Ovo (Castelo do Ovo, em português; Castrum Ovi, em latim). Localizado no bairro de Santa Lucia, em uma pequena ilha rochosa, denominada Ilhéu de Megáride, que está conectada ao continente por uma ponte.
Às margens do mar Mediterrâneo, este castelo é um dos mais antigo de Nápoles. Sua construção remota a antiguidade, bem antes da Idade Média.Existem referências da construção de uma vila, onde fica o castelo, já na antiguidade, por volta do século I a.C.
No século V, esta vila foi fortificada . Até o início do século XVI, serviu como palácio real dos soberanos de Nápoles.
Hoje a fortaleza, oferece salões para eventos, amostras, exposições e convenções.
⇒ Curiosidade sobre o Castelo do Ovo: O seu nome vem de uma lenda da Idade Média, na qual um poeta e mago, teria escondido em um ovo mágico o segredo para manter a fortaleza em pé. Segundo a lenda, este ovo teria sido escondido em lugar secreto durante a construção do castelo.Abaixo, o Consulado dos Estados Unidos em Nápoles (Consulate United States Of America), na Piazza della Repubblica, no bairro Chiaia.
Seguindo pela Via Francesco Caracciolo, podemos observar o cais do bairro Mergellina. Um terminal para balsas, catamarãs e pequenas embarcações, onde há a possibilidade de alugar embarcações.
No cruzamento da Via Mergellina com a Via Orazio, o prédio vermelho é um restaurante de comida italiana, Lo Squalo.
O simpático prédio ao lado do Lo Squalo, onde funciona uma farmácia e uma tabacaria no térreo, é a Estação Funicular Mergelina. Esta estação faz a ligação do bairro Mergelina com a parte mais alta do bairro Posillipo, um bonito bairro residencial nas colinas de Nápoles.
Como estávamos de ônibus, seguimos pela Via Orazio, uma via ascendente sinuosa e com muitas curvas fechadas.
Abaixo, podemos observar a baía de Nápoles, com o Vesúvio ao fundo. Pena que estava nublado e o não deu para ver o vulcão perfeitamente. Mas, dá para ver parte da colina que o forma.
Em algum momento, não sei precisar qual, mudamos de via e continuamos a subir a encosta de Posillipo. No alto da colina, paramos em um Mirante onde se pode ter uma espetacular vista do Golfo de Nápoles e da cidade, bem como o Vesúvio, Sorrento e a ilha de Capri, segundo informação de nossa guia. Mas, eu não sei qual montinho ao longe é Sorrento e qual é a ilha de Capri. 😶
Vesúvio é um super vulcão, adormecido desde 1944, com 1281 metros de altura. Morar aos pés do vulcão que pode ficar ativo de um momento para o outro, dá o que pensar.
Apesar do tempo nublado, valeu a subida para poder
contemplar Nápoles por um inusitado ponto de vista. Se o tempo estive aberto, a vista seria de tirar o fôlego.
Na foto abaixo, podemos ver a praia Riva
Fiorita, na parte mais baixa de Posillipo, onde só se chega de barco ou bote. A pé é preciso descer uma longa distância do alto da colina até o mar. Mas, a praia não é particular e é gratuita.
O castelo vermelho é a Villa Volpicelli.
Pela ausência de varandas e pátios internos nos prédios, a maioria das coberturas são aproveitadas, para criar uma pequena área de convivência.
Um espaço para plantas e lazer, para uso nas estações da primavera e verão.O imponente prédio de seis andares, próximo ao paredão do penhasco, fica em frente a uma praça, a Piazza San Luigi, no bairro de Posillipo. Sua dimensão e formato curvo chama a atenção.
Apesar de parecer colado ao paredão, este prédio residencial de classe média, fica bem afastado e, por trás do mesmo, passa uma rua, a Via Petrarca. A construção da praça e dos prédios data de 1925 a 1930.
Depois de nos deliciarmos com as vistas, voltamos ao ônibus e descemos a colina. Retornamos pela Via Orazio até o cruzamento da Via Mergellina com a Via Francesco Caracciolo.
Fizemos a volta no Chalé do Ciro, onde fica uma pequena e simpática praça.
Abaixo, Via Francesco Caracciolo, bairro Chiaia.
Na próxima foto, o parque que vemos é a Villa Comunale di Napoli, (antiga Villa Reale ou Real Passeggio di Chiaia, passando a Villa Nazionale e Villa Municipale). Um dos principais jardins de Nápoles, desde 1697.
Entre 1997 e 1999, foi realizada uma nova e controversa reestruturação, por Alessandro Mendini.
Na primeira foto abaixo, a estátua de Nicola Amore (1828 - 1894), advogado e político italiano, na Piazza Vittoria, que fica em frente a uma das entradas para o parque Villa Comunale di Napoli.
A segunda foto, mostra uma estátua do Rei Umberto I da Itália (1878-1900), na via Nazario.
Vocês se lembram do parque público, Giardini del Molosiglio, que mencionei anteriormente? Abaixo, no caminho para a Piazza del Plebiscito, uma temos uma breve apreciação em outro ângulo do mesmo parque. Parece bem menor do que tínhamos visto antes.
Nosso próximo destino em Nápoles, foi a Piazza del Plebiscito, também chamada Largo di Palazzo ou Foro Regio. Considerada a principal praça de Nápoles, não pode deixar de ser visitada. Além de prédios históricos e monumentos, a ampla praça é utilizada para várias atividades públicas e é carinhosamente denominada de "il salotto" (sala de estar) pelos napolitanos. Nela não circula veículos motorizados, apenas pedestres.
Esta imensa praça de quase 25.000 m², foi construída em homenagem à unificação do Reino das duas Sicílias ao Piemonte, ocorrida no dia 21 de outubro de 1860.
Nesta praça estão importantes construções como:
- Palazzo Reale;
- Basílica Real de San Francesco di Paola;
- Palazzo Salerno;
- Palazzo della Prefettura.
O palácio Real, foi residência do vice-rei espanhol, do vice-rei
austríaco e dos reis da Casa de Bourbon. Em 1925 passou a ser a sede da Biblioteca Nacional Vitor Emanuel III, além, de um museu e escritórios (como o
Conselho Regional de Turismo).
O palácio e os aposentos reais foram restaurados e estão abertos para visitação. Se você tiver tempo, entre. E, se deixe encantar pelo pátio interior, a escadaria em mármore branco e rosado, as diversas salas históricas, o teatro da corte, a capela real e os jardins reais.
No centro da fachada podemos ver os brasões reais e
vice-reais. Com mais de 160 metros de extensão, a fachada conserva sua arquitetura original. Exceção para o pórtico que teve seus arcos fechados de forma alternada, na segunda metade do século XVIII, pelo arquiteto Luigi Vanvitelli.
Após a segunda Guerra Mundial, novos reparos foram necessários.
Foram criados nichos que acolheram estátuas, oito no total, de antigos soberanos de Nápoles. São eles Rogério II da Sicília, Frederico II da Suábia, Carlos I de Anjou, Afonso V de Aragão, Carlos V de Habsburgo, Carlos III de Bourbon, Joachim Murat e Vítor Emanuel II. Na foto abaixo podemos ver com mais detalhe duas destas estátuas: Frederico II da Suábia, Carlos I de Anjou.
Infelizmente, não tivemos tempo para explorar o interior do prédio. (Tour em grupo é ...).
A basílica fui encomendada em 1817
pelo Ferdinando I de Bourbon ("Rei Narigudo"), como o ex-voto pela reconquista do reino, sendo projetada pelo arquiteto italiano Pietro Bianchi (1787-1840).
As colunatas foram projetadas como um tributo ao imperador.
Como a igreja só foi concluída em 1848, foi finalizada pelos seus aprendizes do arquiteto.
As colunatas foram projetadas como um tributo ao imperador.
Como a igreja só foi concluída em 1848, foi finalizada pelos seus aprendizes do arquiteto.
A basílica, com seu formado curvo que parece acolher o visitante.
Sua grande cúpula central, atrai os olhares pela grandiosidade e beleza.
A estátua equestre é de Carlo III di Borbone (1716 - 1788), rei da Espanha, que conquistou durante o seu reinado, os reinos de Nápoles (1734 a 1759) e da Sicília (1735 a 1759). Conhecido como "governante iluminado" por se cercar de artistas, intelectuais e políticos.
O Palazzo de Salermo, projeto e construção do arquiteto Messina Francesco Sicuro, no passado, foi usado como alojamento para os cadetes reais.
Atualmente, é sede do Comando das Forças Operativas do Sul.
No lado contrário e com a fachada principal voltada para o Palácio de Salermo, fica o Palazzo della Prefettura. Ambos com construção muito similar.
Ao sair da praça do Plebiscito, se houver tempo, não deixe de tomar um cafezinho no tradicional e famoso Gran Caffé Gambrinus.
O endereço não podia ser mais emblemático. O café fica na
parte posterior em uma das extremidades do Palazzo della Prefettura, com vista
invejável para a praça.
Mesmo com uma bela vista da Piazza del Plebiscito, é o seu interior que
conquista pela esmerada decoração. Uma merecida pausa, em um ambiente refinado
e elegante, antes de continuarmos o nosso passeio.
No centro histórico de Nápoles, na Piazza Trieste e Trento, perto da Piazza Plebiscito, da Via Toledo e da Galleria Umberto 1, podemos observar a Fontana del Carciofo, uma das fontes monumentais de
Nápoles. Construída entre 1952 e 1957, foi restaurada em 2015.A fonte possui em sua base uma grande bacia com um suporte no meio que sustenta uma pequena bacia de onde sai uma escultura em forma de corola floral, semelhante a uma alcachofra. Três pares de vasos dispostos em volta da fonte, complementam sua decoração.
Originalmente foi dedicada a São Francisco Xavier.
Em 1767, com a expulsão dos jesuítas, passou a ser dedicada a San Ferdinando.
A parte inferior da fachada em pedra e mármore é mais trabalhada que a parte superior. Parecem ser de épocas diferentes. Veja a riqueza do detalhe do portal principal.
UAU!!!
Se seu exterior é simples e rústico, seu interior encanta pela conservação, riqueza de detalhes, afrescos e várias obras de arte. É uma igreja pequena em forma de cruz latina com uma única nave.
A entrada é gratuita. Não deixe de entrar e observar cada detalhe. Como o piso que conduz ao altar maior.
Abaixo, a Capela Mor e seu altar principal em estilo barroco (1742 a 1743), trabalho do escultor italiano Domenico Antonio Vaccaro.
Por trás do altar-mor fica uma belíssima tela do final do século XIX representando São Fernando, de Giuseppe Maldarelli.
Mais acima, podemos observar uma tela a óleo de meados do século XIX, retratando o aparecimento de Cristo ressuscitado aos apóstolos, de autor desconhecido.
A cúpula da Capela Mor com afrescos do início do século XX, com figuras alegóricas, anjos e outros elementos, por Giovanni Diana.
A igreja possui quatro capelas laterais de cada lado ao longo do comprido corredor da sua nave.
Cada capela com decoração única em mármore, estuques, pinturas barrocas e estatuetas.
Na abóbada do corredor central o afresco intitulado “TRIONFO DELLA RELIGIONE SULLE ERESIE" (Triunfo da Religião sobre Heresias), autoria atribuída a Paolo De Matteis (1695 a 1698).Embora seja uma pequena igreja, os detalhes são muitos, bem ao estilo barroco.
Impossível não se encantar com o lindo presépio.
Uma preciosidade única que merece um olhar mais detalhado e demorado.
Inaugurado em 1737, em arquitetura neoclássica, pelos arquitetos Antonio Niccolini, Elisabetta Fabbri. Com 1444 assentos é considerado o teatro mais antigo da Europa em atividade ininterrupta e o maior teatro italiano da península. Famosa como casa de ópera, mas seu repertório vai além de peças de óperas, também apresenta concertos e danças.
É possível fazer visita guiada. Infelizmente, não estava previsto em nosso tour.
O prédio avermelhado, adjunto ao teatro, é uma parte da lateral do Palácio Real.
Ainda na mesma praça seguimos a pé para nossa próxima atração, a Galeria Umberto I, construída no final do século XIX (1887 a 1890), em arquitetura moderna com predominância do estilo Art Nouveau Italiano, projetada por Emanuele Rocco e Francesco Paolo Boubèe.
Esta galeria é na realidade uma reestruturação e revitalização de vários prédios comerciais de uma área devastada por guerras e pelo tempo. Uma área que, no passado, foi importante centro comercial.
Com a ousadia de cobrir as ruas, em que ficavam os prédios, com uma estrutura de ferro e vidro, criou-se o primeiro Shopping Center do mundo. A intenção era proteger a área das chuvas ocasionais, sem perder a oportunidade em criar um monumento compatível aos já existentes nas proximidades. Como a praça do Plebiscito, o Teatro de San Carlo, entre outros.
São quadro andares, com lojas de marcas de luxo, cafeterias, restaurantes e lojas de souvenir. Os prédios são todos trabalhados com lindos entalhes e pinturas.
Impossível não olhar para cima e admirar a grandiosidade da estrutura metálica, no estilo arquitetura industrial, seus detalhes e acabamentos. Uma estrutura que permite o aproveitamento da luz diurna. Pena que o dia estava nublado. Deve ser maravilhoso quando o tempo está aberto, com o céu azul e sem nuvens.
A galeria possui 4
entradas cada qual em uma rua diferente. As vias são: Via Toledo, Via Santa Brigida, Via San Carlo (principal e ao lado do Teatro San Carlo) e Via Giuseppe Verdi.
Estas entradas formam dois largos corredores cobertos que se cruzam no meio, formando uma cruz com um amplo espaço circular no ponto de encontro, sendo este coroado por uma linda cúpula de vidro e ferro. A entrada que vemos abaixo fica na Via Santa Brigida.
No centro da Galeria, abaixo da cúpula principal, no átrio central, o chão é decorado com um lindo trabalho em mosaico com os 12 signos do zodíaco. Este é um lugar imperdível. A entrada é gratuita e aberta 24 horas. Você só paga o que comprar ou consumir.
⇒ Uma pequena curiosidade: A galeria, foi cenário em um livro do americano John Horne Burns, que retrata uma Nápoles recém libertada pelos aliados durante a 2ª Guerra Mundial. Guerra em que ele atuou como soldado.
Abaixo, um pequeno trecho da Via Chiaia entre a Piazza Trieste e Trento e a Piazza del Plebiscito.
Retornarmos ao nosso ônibus até nossa próxima parada. No caminho algumas maravilhas despertaram a minha curiosidade. Como o Castel Nuovo (Castelo Novo) mais conhecido como Maschio Angioino, cercado por cinco robustas torres cilíndricas.
O castelo é de origem medieval e renascentista e foi construído por Carlos I de Anjou, em 1266, depois de ter derrotado os suevos. Em meados do século XV, foi remodelado por Afonso I de Aragão, alterações mantidas até os dias atuais.
A fachada principal, no lado oeste, é cercada por três torres:
- Torre de S. Giorgio ou "forana" (à esquerda)
- Torre de Mezzo (a do meio)
- Torre de Guardia (à direita)
Entre as torres do meio e a da direita, fica a entrada principal, dominada por um rico e trabalhado arco de mármore como celebração à entrada triunfal, em Nápoles, de Afonso I de Aragão (1443). Arcos, colunas, nichos, estátuas de vários escultores, como Laurana, Sagrera, Gagini, Isaia da Pisa, decoram este espaço.
Na fachada posterior do castelo, no lado leste, podemos observar as duas torres restantes:
- Torre dell'Oro
- Torre Beverello
No lado norte, entre a Torre Beverello e a Torre de S. Giorgio, podemos observar um imenso paredão, cortado por inúmeras janelas.
Este castelo que inicialmente serviu de residência da realeza, passou a fortaleza, e nos dias atuais é parcialmente ocupado pelo Museu Cívico. Uma área do castelo é reservada para eventos particulares.Não paramos para entrar. Mas, quem conheceu o interior do castelo em outras visitas, informou que não é muito interessante.
Abaixo, a Piazza Municipio, próxima ao Castelo Novo e terminal de cruzeiros.
Nesta praça fica a Fonte de Netuno, de 1601, por Giovanni Domenico. Esta antiga fonte foi instalada inicialmente perto do Arsenal no porto. Tendo sido desmontada, transferida e remontada em várias ocasiões. A última transferência foi em 2014 para esta praça em frente do Palazzo San Giacomo (prefeitura).Na parte central e mais elevada da fonte, está Netuno, deus marinho da mitologia grega, com seu tridente.
Minha vontade era parar em cada construção e desvendar sua história.
Se o seu objetivo por compras, Nápoles possui várias ruas voltadas ao comércio. Como a Spaccanapoli (souvenirs), Via Toledo (marcas famosas), Via Poerio, Piazza dei Martiri, Via Calabritto, Via dei Mille e Via Filangeri.
Mas, o tempo era muito curto para compras ou esmiuçar cada esquina e cada prédio de Nápoles. Tínhamos que nos ater na programação do tour.
Esta foi a última parada em nosso tour, Piazza del Gesù Nuovo. No centro desta praça, fica o imenso Obelisco Guglia dell’Immacolata ("Espiral da Imaculada"), dedicado à Imaculada Conceição.
Construído para invocar a proteção da Imaculada contra a Peste Negra, que assolou várias cidades europeias no período da idade média.
Esta intrigante obra de 34 metros de altura, de 1746, em mármore, no estilo barroco, foi construída pelos padres jesuítas. Projeto de Giuseppe Genoino, execução de Giuseppe Di Fiore e do arquiteto jesuíta Filippo D'Amato, esculturas de mármore de Matteo Bottiglieri e Francesco Pagano. No ápice do obelisco, a escultura em cobre da Imaculada.
Este complexo medieval, construído de 1310 a 1340, pelo Rei Roberto d’Angiò e sua esposa, Sancia di Maiorca, sobre terreno ocupado pelas antigas termas
romanas, é formado por:
- Igreja gótica ((Santo Ostia ou Sagrado Corpo de Cristo, depois Basílica de Santa Chiara);
- Mosteiro duplo com claustro: Ordem dos Franciscanos (convento) e das Clarissas (mosteiro);
- Museu dell'opera Francescana (nos antigos quartos das freiras) - arqueologia, arte e peças sacras.
- Escavações arqueológicas → Banhos Romanos - Descobertos após os bombardeiros de 1943.
O complexo monástico foi, por vários séculos, a sede
da Universidade de Nápoles, tendo abrigado personalidades
ilustres como Tomás de Aquino e o filósofo Giordano Bruno. Também foi sede da Ordem Dominicana durante o Reino de Nápoles.
O tempo em Nápoles, que estava nublado a maior parte do dia, piorou. Uma fina chuva começou poucos minutos depois de chegarmos ao Complexo. Não. Não desistimos. Seguimos para conhecer um pouco do complexo. A Basílica de Santa Chiara (Santa Clara) é a maior igreja em estilo gótico da cidade.
Esta construção sofreu várias avarias, remodelações e alterações ao longo de sua existência, pela ação do tempo, guerras, terremotos, inundações e pilhagens. Mas, foram os ostensivos bombardeiros da Segunda Guerra Mundial que praticamente a destruiu.
Resumindo:
⇒ Construída inicialmente sob a direção de Gagliardo, e posteriormente, por Lionardo di Vito. Em 1742, a igreja foi radicalmente modificada para o estilo barroco, com acréscimo de revestimentos e estátuas em mármore pelo arquiteto Domenico Antonio Vaccaro. Em 1943, a igreja foi atingida por bombardeiro aéreo. Sua reconstrução e restauração ficou a cargo de Mario Zampino, que recuperou o estilo gótico original. Em 1953, a igreja foi reaberta para o culto.Sua fachada é bem simples, com uma grande rosácea com vitral acima da entrada principal e pórtico com três arcos ogivais, elementos presentes no auge do período gótico.
O pórtico ogival central, precede a portal principal que dá acesso ao interior da igreja.
Ao entrar a amplitude do ambiente é impactante. São 130 metros de comprimento, 20 metros de largura (fora a sacristia) e 40 metros de altura.
A igreja possui uma única nave retangular, sem transepto, ladeada por 20 capelas, 10 de cada lado, abertas por arcos góticos. Não registrei todas as capelas apenas algumas que irei postar mais abaixo.
O altar principal é bem simples complementado com um grande crucifixo de madeira.
Pode parecer fúnebre e sinistro, mas antigamente era comum manter no interior das igrejas os restos mortais de reis, nobres e religiosos importantes. Por esta razão podemos observar vários monumentos funerários com tumbas góticas com dossel, datados entre os séculos XIV e XVII.
No presbitério ficam os monumentos funerários da família
real da casa capetiana de Anjou (Dinastia de Anjou).
No centro,
atrás do altar mor, podemos observar o Monumento funerário do rei Robert de
Anjou (1275-1343), o "Sábio", filho de Carlo II de Anjou. O trabalho dos irmãos florentinos Pacio
Bertini e Giovanni Bertini (1343) é colossal e possui 15 metros de altura.
No centro, o túmulo de Roberto de Anjou, considerado um dos maiores complexos de escultura gótica funeral italiano.
À esquerda do túmulo de Robert de Anjou, fica o monumento fúnebre de Maria di Durazzo (1328-1366), nome de batismo Maria
d'Angiò, também conhecida como Maria de Calábria, trabalho do escultor, Maestro Durazzesco.
À direita, o monumento fúnebre de Carlo de Anjou, Duque da Calábria, trabalho mestre Tino di Camaino.
Na primeira capela à esquerda, fica o túmulo
pós-Segunda Guerra Mundial de Salvo D'Acquisto. Um tributo ao soldado italiano que, durante a Segunda Guerra Mundial, se sacrificou
para salvar 22 civis de serem executados por soldados alemães.
A escultura de São Francisco de Assis, de 1616, é obra de Michelangelo Naccherino. Os medalhões de mármore, do início do século XVII, retratam membros da família Del Balzo. A abóbada é ricamente ornamentada com decorações barrocas e afrescos de Belisário Corenzio retratando momentos da vida de São Francisco.
Detalhe barroco do túmulo de Filipe da Calábria, também conhecido como Filipe de Nápoles das Duas Sicílias e da Espanha, Duque de Calábria, na lateral da Capela dos Bourbons, décima capela à direita. Filipe da Calábria, era filho de Carlo III, tendo morrido aos 30 anos por varíola.
O sepulcro foi projetado pelo arquiteto barroco italianos Ferdinando Fuga e executado pelos mestres de mármore Giovanni / Stefano Attigiati. As estátuas dos dois meninos (anjos? Não vi as asas) com o pergaminho são de Giuseppe Sanmmartino.
Neste mesmo espaço tem uma pintura maravilhosa do século XVI de Gerolamo Macchietti, intitulada como "A incredulidade de São Tomás". Infelizmente, minha foto ficou sem nitidez e tive que apagar. 😥Snif, snif, snif.
Para variar, os vitrais sempre me encantam. Impossível não parar alguns minutos para observar sua beleza, cores e efeito de iluminação. Belíssimos.
Na saída, ladeando a porta de entrada por dentro, mais dois monumentos funerários.
À esquerda, de quem sai da igreja, fica o Monumento
fúnebre a Agnese e Clemenza de Durazzo, século XV.
Abaixo, o que restou do
monumento funerário de Antonio Penna, à direita de quem sai da igreja. Restam apenas o dossel (datado entre 1407 a 1411) e o parte do afresco da Trindade (século XIV) que já existia no local antes do monumento funerário. O sarcófago, obra de Antonio Baboccio da Piperno, foi transferido em
1627 para a segunda capela à direita.
Tendo desabado durante o terremoto de 1456, foi reconstruída e restaurada sucessivamente até 1604, em estilo barroco. Apenas sua base em mármore é original.
⇒ A entrada para a igreja é gratuita. Mas, o claustro e museu são pagos. As termas romanas (banhos romanos) não estavam abertas para visitação. Nós não tivemos tempo de explorar o claustro e o museu do complexo. Quem visitou achou bem interessante. Talvez, em outra visita à cidade, quem sabe?...Da Basílica de Santa Chiara, seguimos para a Chiesa del Gesù Nuovo (Igreja do Jesus Novo) também conhecida por SS. Major da Trindade (Trinità Maggiore).
Um importante e belíssimo exemplo do barroco napolitano, construída pelos jesuítas, entre os anos de 1584 e 1601, aproveitando uma construção pré-existente dos príncipes de Salerno, o Palazzo Sanseverino.
O Palazzo de Sanseverino, construído para Roberto Sanseverino por Novello da San Lucano, data de 1470.
O prestígio dos Sanseverino sofreu altos e baixos em vários momentos históricos de Nápoles. Tendo, o palacete, sido confiscado, devolvido e novamente confiscado, sendo finalmente vendido aos jesuítas em 1584.
Os jesuítas não perderam tempo e no mesmo ano iniciaram a transformação do palacete em Igreja, tendo sido concluída em 1725.
A fachada rústica, austera e inusitada, foi reaproveitada do antigo palacete mantendo as pedras em forma de diamantes, que lembram pequenas pirâmides. Segundo lendas locais, as pedras possuem magia capaz de atrair energia positiva para os moradores. Na minha opinião, não acho que os Sanseverinos tenham sido beneficiados pelas pedras. Eles perderam a moradia, outros bens e prestígio em vários momentos.
Na realidade dizem que muitas pedras possuem marcas e sinais em sua superfície. Eu só fiquei sabendo disso depois. Então, não procurei por tais sinais. Que pena!!!
Não foi apenas
a fachada que se manteve da construção original. O portal de mármore renascentista também foi reaproveitado, sendo enriquecido, em 1695, com duas colunas, um frontão, quatro anjos e o Brasão de armas dos Jesuítas
(IHS).
Considerando o exterior do prédio, eu esperava algo mais simples, rústico e limpo. Mas, eu estava totalmente enganada. A fachada exterior da igreja não nos prepara para a beleza e grandiosidade do seu interior. Fiquei estupefata.😮😍
Por trás da sua fachada sóbria, esconde-se uma preciosidade do barroco napolitano, com uma suntuosa decoração, em estilo renascentista e barroco, com mármore de várias cores, vários afrescos bíblicos, detalhes em ouro, ..., é tanta coisa que é difícil enumerar.
A igreja tem uma das maiores coleções de pinturas e esculturas barrocas napolitanas.
Inicialmente, a construção ficou a cargo de Giuseppe Valeriano e Pietro Provedi.
Em decorrência de incêndio em 1639, Cosimo Fanzago, realizou várias obras de restauração.
Em 1717, Ferdinando Fuga reforçou todo o complexo.
A igreja, em forma de cruz grega (cruz com os quatros braços do mesmo tamanho), possui três naves.
Na extremidade oposta da entrada principal, na nave central, fica a capela-mor.
Exuberante! Extraordinária!
Com a expulsão dos jesuítas de Nápoles (1767), a igreja passou para a Ordem Franciscana. Foi nesta época que passou a ser conhecida como Trinità Maggiore.
Em 1804, os
jesuítas foram reintegrados no reino, mas novamente expulsos pelos franceses,
entre 1806 e 1814. Retornando em 1821, com a volta dos Bourbons. Em 1848 e 1860, os jesuítas foram expulsos novamente, só retornando em 1900.
Observem um dos nichos na laterais da área do abside, é o espaço reservado ao coro.
A partir do século XIX, a igreja passou a ser dedicada à Imaculada Conceição. Fato que justifica a linda imagem da Imaculada Conceição, sobre um globo de mármore, ladeada pelas estátuas de São Pedro e de São Paulo, na capela-mor (abside).
O altar-mor, de 1857, é projeto do jesuíta Ercole Giuseppe Grossi, sendo a execução de Raffaele
Postiglione.
Não poderia deixar de registrar as abóbadas e cúpula da igreja. Que trabalho minucioso e detalhado.
A cúpula original da igreja, localizada no centro do transepto, foi destruída no terremoto de 1688, tendo sido substituída no século XVIII (+ 1786), durante a reconstrução do telhado pelo engenheiro Ignazio
di Nardo. A original foi substituída por uma estrutura em cimento armado, rodeada por 12 janelas, e decorada com estuque com tema geométrico em perspectiva.
As abóbadas, são ricamente decoradas com estuques e afrescos. Os afrescos do italiano Massimo Stanzione, narra a vida da Virgem Maria. As capelas laterais, 5 de cada lado, foram sendo concluídas ao longo dos anos. São todas muito bem trabalhadas, mas irei postar apenas algumas.
Na nave lateral esquerda, próxima da capela-mor, fica a capela de San Francesco de Jerome (São Francisco de Jerônimo), que foi apóstolo de Nápoles na segunda metade do século XVI.
Esta capela foi encomendada pela família Ravaschieri.
No centro desta capela há
uma escultura de San Francisco de Jerome, trabalho de Francesco Jerace.
Na parede lateral da capela, podemos observar um enorme trabalho em madeira onde estão entalhados mais de 70 bustos.A parede oposta ao painel de madeira, possui outro trabalho de entalhe, mas estava isolada para reforma. Abaixo, um zoom para mostrar a riqueza deste painel. Não consegui descobrir o nome do artista deste intrigante trabalho.
Seguindo pela nave lateral esquerda, chegamos à Capela do Crucifixo e São Ciro ou Capela da Crucificação. Na urna funerária está o corpo de São Ciro.
Em seguida, chegamos na Capela de
Santo Inácio de Loyola (transepto esquerdo), projetada e executada por
Cosimo Fanzago, Costantino Marasi e Andrea Lazzari.
As estátuas (David e Jeremias) e os lados do altar (1643-1654), são de Cosimo Fanzago.
O retábulo central de 1715, trabalho de Paolo De Matteis, retrata Maria com Jesus, entre Santo Inácio de Loyola e São Francisco Xavier.
Acima do retábulo podemos ver três pinturas. A primeira, do século XVI, de autor desconhecido, retrata a Virgem com o Menino e Santa Ana.
A tela central e a da direita, de 1643-1644, são de Jusepe de Ribera e retratam a Glória de Santo Inácio e o Papa Paulo III aprovando a Regra de Santo Inácio, respectivamente.
A última capela do lado esquerdo é a Capela dos Santos Mártires, decorada em mármore na segunda década do século XVII por
Costantino Marasi, com esculturas de San Esteban e San Lorenzo (1613) de Girolamo
D'Auria e Tommaso Montani. O retábulo central, que representa a Virgem Maria, o Menino e os Santos Mártires, é
de autoria de Azzolino. Os afrescos são atribuídos
à Corenzio e são da primeira década do século XVII.
Na nave lateral direita, próxima da capela-mor, fica a capela do Sagrado Coração. Nas paredes laterais, imensos afrescos de Belisario Corenzio, 1605.
A capela seguinte é a Capela de San Francisco de Borja, com obras do século XVIII, visto as originais terem sido destruídas no terremoto de 1688.
No transepto à direita, fica a Capela San
Francesco Javier (São Francisco Xavier), pregador na Índia. As telas são de Luca
Giordano. As esculturas de San
Ambrosio e Sant'Agostino (1621), são de Cosimo Fanzago. Os detalhes decorativos em mármore são de Giuliano Finelli, Donato Vannelli e Antonio Solaro. À esquerda do altar, uma discreta porta leva ao oratório de San Giuseppe Moscati. Uma pequena sala com manuscritos, fotos, relatos, rosários e móveis do quarto/sala de estudo do santo, que contam parte de sua história, trabalho e beatificação.
Na penúltima capela à direita fica a Capela da Visitação ou Capela de San Giuseppe Moscati, o santo médico que, no início do século XX, dedicou-se aos pobres. O altar guarda a urna com os restos mortais de San Giuseppe Moscati, canonizado em 1987.
Nesta capela, uma estátua em bronze de San Giuseppe Moscati (1880- 1927), do escultor Luigi Sopelsa, é altamente venerada pelos napolitanos.
Para os ritos religiosos, a igreja conta com dois imensos órgãos de tubos instaladas em uma caixa barroca, situados em uma posição elevada na área do abside.
Apenas um dos órgãos, restaurado em 1989, funciona.
Abaixo, o púlpito ricamente trabalhado.
São tantos detalhes e histórias, que fica impossível registrar tudo.
Em todas as capelas, podemos observar lindas pinturas de pintores desconhecidos e consagrados como Girolamo
Imparato (Capela da Natividade), Azzolino (Capela
dos Santos Mártires), Massimo
Stanzione (Capela da Visitação), entre outros.
Vários confessionários em madeira entalhada, estão espalhados por toda a igreja.
O pavimento da igreja, merece destaque pelo lindo e original trabalho de marchetaria com pedras coloridas (mármore), que demarcam vários túmulos.
Ao sair da igreja, a contra parede da entrada principal, não deixa nada a desejar. Sobre os quatro pilares que suportam a cúpula figuram os frescos dos
Quatro Evangelistas.
Acima do portal um grande fresco intitulado "Expulsão de Heliodoro do Templo de Jerusalém", trabalho do pintor barroco italiano, Francesco Solimena. Imperdível! Visita obrigatória em Nápoles. Entrada gratuita, mas convém verificar horário de abertura.
Para finalizar a postagem e o dia, mais uma bela fonte de Nápoles. A Fontana di Monteoliveto, na Piazza Monteoliveto, bem próxima à Piazza Gesù Nuovo. Pena que estava rodeada por lixo.
Trata-se de uma fonte barroca tardia, do século XVII.
O prédio por trás da fonte era o antigo Convento Monteoliveto construído no século XVI. Em 1860, passou a abrigar um quartel, a Caserma Pastrengo.
De volta ao ônibus, agora com destino ao cruzeiro. 🚌🚌🚌
Ufa, que alívio que deu para ver tantas coisas, mesmo com o tempo nublado. Durante o passeio, em alguns momentos tivemos uma chuva fina, quase um chuvisco. Nosso passeio terminou bem na hora que a chuva ficou mais intensa. Sorte nossa.
O que eu não vi e gostaria de ter visto:
- Capela de Sansevero onde está o "Cristo Velato" (Cristo Velado), escultura em mármore de 1753, por Giuseppe Sanmartino.
- A Catedral de Nápoles ou Duomo di Napoli ou Duomo de San Gennaro ou Duomo di Santa Maria Assunta.- O interior do Teatro San Carlo. Só passamos pelo lado de fora, rapidamente.
- Museu Arqueológico Nacional, onde ficam os tesouros de Pompeia e Herculano, além de outras preciosidades.
- Pompeia e Herculano.
- Igreja San Lorenzo Maggiore, do ano de 1235, em arquitetura gótica.
- Piazza Dante.Zarpamos de Nápoles a bordo do navio Costa Fascinosa às 20:00 horas.
Nosso próximo destino: CATÂNIA, Itália. 🚢
Eu amei conhecer Nápoles, seu povo, sua história e curiosidades. O tempo foi curto e corrido, mas deu para ver muita coisa.
Mas, eu teria amado passar uma ou duas noites em Nápoles. A cidade é um encanto e tem muito a oferecer aos turistas.
Espero que vocês também tenham apreciado esta postagem.
Se gostaram não deixem de curtir e compartilhar.⇨ 😎Viajando e sempre aprendendo. Muitas informações da postagem, foram conseguidas in loco, nos folhetos informativos dos monumentos, com os guias ou através de pesquisas na internet ("Santo Google" 🙌). 😉
Aguardem a próxima postagem ⇒ CATÂNIA, Itália.
Bjs e até a próxima postagem que pode ser artes, guloseimas ou companhia (pensamentos, viagens, passeios)!!! 💋💋💋
Bjs e até a próxima postagem que pode ser artes, guloseimas ou companhia (pensamentos, viagens, passeios)!!! 💋💋💋
Para quem se animar:
FAÇAM A MALA e BOA VIAGEM!!!!!
FAÇAM A MALA e BOA VIAGEM!!!!!
Um abraço carinhoso a todos os meus familiares, amigos e visitantes,
Teresa Cintra
Se vocês tiverem gostado desta viagem, não deixem de ver:
Noli, Itália
FINALBORGO, Itália
BARCELONA, Espanha
CRUZEIRO PELO MEDITERRÂNEO - Cidades do sol
BATALHA, Portugal
LEIRIA, Portugal
Noli, Itália
FINALBORGO, Itália
BARCELONA, Espanha
CRUZEIRO PELO MEDITERRÂNEO - Cidades do sol
BATALHA, Portugal
LEIRIA, Portugal
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