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sexta-feira, 7 de maio de 2021

SEVILHA, Espanha - Parte I

Olá amigos, faz tempo que quero postar uma de minhas viagens. Mas, sempre aparece alguma coisa e vou deixando para depois. 
Hoje irei postar sobre minha excursão sem guia em Sevilha, Espanha. Apenas eu e meu marido.
Passamos dois dias e duas noites em Sevilha, Espanha. Vimos muita coisa, embora não tenha sido possível ver tudo. Como a postagem estava ficando muito grande, resolvi dividi-la em duas partes. Uma parte para cada dia. Esta é sobre o nosso primeiro dia em Sevilha.
1ª PARTE:
- Conheça Sevilha e Breve história de Sevilha
- Chegando em Sevilha e hospedagem
- Tour no 1º dia:
  • Ayuntamiento de Sevilla e Edifício de La Adriática (exterior) 
  • Iglesia del Sagrário; Catedral de Sevilha; Iglesia Divino Salvador (exterior e interior).
  • Capilla de San Jose; Iglesia de San Gregorio (exterior)
  • Metrosol Parasol 
  • Outros: Monumento a Pastora Imperio e outras curiosidades.

Conheça Sevilha

Sevilha, cidade cosmopolita, construída às margens do rio Guadalquivir. Não é à toa que ela é a capital da região de Andaluzia, Espanha. Considerada a quarta cidade mais povoada da Espanha, com mais de 703.000 habitantes. 
Clima: mediterrânico com invernos suaves. Temperaturas agradáveis na primavera e outono. No verão os dias são longos e quentes. 
Ao longo dos anos, conforme mudava de mãos, a cidade foi nominada de várias formas até chegar ao nome atual, Sevilha. 

Breve história de Sevilha: 

"Conta a lenda que Hércules matou Gerião, entidade mitológica greco-romana com três cabeças. Este teria sido seu 10° trabalho, de doze. Após a morte de Gerião, Hércules roubou seu rebanho bovino que era guardado pelo guardião centauro Euridião e seu cão Ortus. Para marcar o local da batalha onde saiu vitorioso, Hércules teria construído 6 colunas de pedra. Local onde os romanos teriam construído a cidade." 
Já na história oficial, a cidade foi fundada por uma tribo tartessiana no século XIII a. C, sob o nome de Ispal ou Spal, muito antes da chegada dos romanos. 
Posteriormente, foi conquistada pelos fenícios e gregos
No século III, foi a vez dos cartagineses ocuparem a região. 
No ano de 206 a.C. foi tomada pelos romanos que expandiam seus domínios na região, ao comando do general Cipião, o Africano. A cidade passou a ser chamada de Iulia Romula Hispalis, ou simplesmente Hispalis. Por conta da violência e constantes conflitos provocados pelos cartagineses locais, Cipião fundou outra cidade nas proximidades da cidade, conhecida como Itálica, atualmente em ruínas. Em 45 a.C, Júlio César, converteu Hispalis em colônia romana, alcançando grande prestígio. Conta-se que a cidade prosperou com a captura, criação e curtição de couros de touros selvagens. Os supostos “bois vermelhos” de “Gerião”. 
Em 426, a região foi tomada pelos vândalos, comandados por Gunderico. Após um século de domínio dos vândalos, vieram os visigodos.
Os mouros vieram em 711. Comandados por Muça ibne Noçáir e seu filho Abdalazize ibne Muça, atravessaram o oceano, atingindo a península Ibérica através do Estreito de Gibraltar, como é conhecido atualmente. Seguiram, nas embarcações, até a foz do rio Guadalquivir, onde ficava Hispalis. Foram séculos de dominação moura na região, com uma sucessão de Califados. Época que Sevilha, juntamente com Córdoba, atingiu grande importância política, econômica, cultural, artística e arquitetônica, principalmente entre os anos finais do séc. XI e meados do séc. XII. Neste período, a cidade foi nomeada de Ishbiliya (árabe: أشبيليّة), depois em Shbiya, para terminar no nome atual, Sevilha.  
No ano de 1248, os cristãos espanhóis, sob o reinado de Fernando III de Castela, o Santo, reconquistam a cidade. Mesquitas foram convertidas em igrejas, outras igrejas, vários conventos e palacetes surgiram. 
O período cristão é marcado com um período negro, a Inquisição Espanhola, onde judeus e muçulmanos não convertidos ao cristianismo, eram queimados vivos em praça pública ou expulsos e seus bens desapropriados. Iniciada em 1478, por Fernando II de Aragão e Isabel de Castela, os reis católicos, a Inquisição Espanhola foi finalizada apenas em 1834. Período de muitas atrocidades cometidas em nome dos reis e de sua fé.
A descoberta das Américas, em 1492, trouxe riquezas e prosperidade. Fato que atraiu vários comerciantes de outras partes do continente europeu, ocasionando grande desenvolvimento econômico e crescimento urbano para a região. Sevilha se tornou um dos mais importantes portos para a América. A cidade se tornou um importante centro multicultural, com crescimento das artes (escultura, pintura, arquitetura e literatura). Foi o Século de Ouro Espanhol
No final do século XVI, o comércio com a Inglaterra, Flandres e Génova foi intensificado. 
O século XVII e século XVIII, foram marcados com altos e baixos, com direito a crise econômica, inundações, epidemias, conflitos internos e guerras com outros reinos, que abalaram não apenas a cidade, mas toda a região. 
No século XVII, durante a Guerra Peninsular, a cidade ficou sob o domínio francês, entre 1810 a 1812. 
No século XIX, a cidade sofreu grande crescimento demográfico pelos "comboios" vindos de outros lugares. Período em que as antigas muralhas foram demolidas para dar lugar à expansão da cidade.
No século XX, a Guerra Civil Espanhola, cobrou o seu preço com destruição, terror e mortes.
Mas, a cidade sempre se recuperou, preservando muito de seus tesouros arquitetônicos e culturais. Hoje é uma cidade de grande importância cultural, econômica e turística, que merece ser visitada.
A partir deste ponto, irei contar minha experiência, junto com meu marido, nesta encantadora cidade milenar.

Viagem de Jerez de la Fronteira para Sevilha, Espanha:

Seguimos de Jerez de la Fronteira para Sevilha, ambas cidades espanholas, no dia 20 de maio de 2019. 
Saímos de Jerez logo após o café da manhã. Existem várias alternativas para chegar em Sevilha. Carro, trem, ônibus. A forma mais barata, caso você não tenha carro disponível, é fazer o trajeto de trem. Naturalmente, que não será o mesmo percurso que fizemos. Estávamos com carro alugado, então optamos por um caminho escolhido no Google Maps
No caminho nos deparamos com o monumento intitulado como Monumento a la Vendimia (Monumento à Colheita). Trata-se de uma imensa escultura de mãos que seguram um cacho de uva. Uma homenagem aos homens e mulheres que trabalham nas plantações de uvas.
Trebujena; Monumento à Colheita; sem guia; viagem a dois;
Este monumento fica na rotatória na entrada da cidade agrícola de
Trebujena, bem antes de chegarmos em Sevilha. Nesta pequena cidade, várias propriedades rurais familiares se dedicam à plantação de uvas, são os vinhateiros.

Hospedagem:

Ao chegarmos em Sevilha, nossa primeira providência foi localizar a pousada que reservamos pela internet. Pousada Nochela Sevilha (★★), na Calles Redes, no Centro Histórico. O quarto era pequeno, simples e rústico, mas com banheiro privativo. No kit de higiene, fornecido pela pousada, havia dois pares de tampão para os ouvidos. Estranhei, mas ao cair a noite descobri o motivo. A rua, calma durante o dia, é muito movimentada e barulhenta à noite por ser passagem para vários bares noturnos. A vantagem maior é estar no centro histórico de Sevilha. Outro inconveniente são os andares superiores, acessíveis apenas por escadas. O que com bagagem é uma grande desvantagem. Foi o nosso caso. Sem contar que tenho hérnia de disco lombar. Não é uma pousada para ser explorada e aproveitada. Ideal para dormir e nada mais. Minha dica é: Não se encante apenas por fotos e localização, pesquise mais a fundo sua hospedagem.

Tour em Sevilha:

1° Dia em Sevilha:
Depois de fazer o "check in" na recepção, subir as escadas com a bagagem e tomar fôlego, começamos nosso tour pela cidade. 
Nosso objetivo era chegar na Catedral de Sevilha com sua famosa torre sineira e na Igreja do Salvador, ambas no centro histórico da cidade. 
Na foto abaixo, temos a Igreja do Salvador em primeiro plano. No segundo plano está a Catedral de Sevilha. Parecem mescladas, mas existem várias ruas separando as duas. 
Catedral de Sevilha; sem guia; viagem a dois;
Seguimos, primeiro para a Catedral de Sevilha
Nesta hora, um mapa da cidade ou o auxílio do "Google Maps", ajudam bastante. Andar a esmo pela cidade não vai te levar a lugar nenhum. Não se engane, esta é uma cidade grande com muitas ruas e ruelas. Fique atento. 
Google maps
Como na maior parte das vezes, seguimos a pé e, no caminho, encontramos algumas construções que mereceram registro. 

Ayuntamiento de Sevilla

Localizado entre duas praças, a Praça de São Francisco e a Praça Nova, fica o prédio da Câmara Municipal de Sevilha (Ayuntamiento de Sevilla), um edifício com relevos em estilo plateresco, típico do Renascimento Espanhol no século XVI. Sua construção iniciada em 1526, por Diego de Riaño, foi finalizada apenas no ano de 1579.
A fachada principal fica voltada para a arborizada Praça Nova. Mas é sua fachada plateresca, voltada para a Praça de São Francisco, que chama a atenção de quem passa.
Abaixo, uma das fachadas laterais do prédio municipal, entre as duas praças mencionadas.
O interior pode ser visitado. Mas, tínhamos uma meta a cumprir e não entramos.
Ayuntamiento de Sevilla; sem guia; viagem a dois;

Edifício de La Adriática:

Na foto abaixo, na Av de la Constitución, temos o edifício de La Adriática, projeto do arquiteto José Espiau y Muñoz, de 1922. Com uma localização que valoriza sua estrutura e chama a atenção. Impossível não parar para admirar esta construção colorida em arquitetura Neo-mudéjar.
O edifício que aparece no lado esquerdo, da mesma foto, pertence ao banco espanhol Santander
Daqui, retornamos nosso trajeto.
Edifício de La Adriática; sem guia; viagem a dois;

Iglesia del Sagrário ou Paróquia del Sagrário ou Paróquia do Tabernáculo:

Embora este edifício seja adjacente à Catedral é considerado um edifício à parte. Seu exterior e entrada são bem discretos se comparados à monumental catedral. Ocupa a galeria oeste do Pátio das Laranjeiras, onde outrora havia um antigo templo cristão (era visigodo), antes da invasão muçulmana. 
A construção do século XVII, estilo renascentista, em cruz latina, possui alto pé direito e decoração barroca. 
Surgiu pela necessidade de um local mais amplo para o tabernáculo. 
Iglesia del Sagrário; Paróquia del Sagrário; Paróquia do Tabernáculo; sem guia; viagem a dois;
A porta estava aberta e entramos. Em respeito ao culto religioso que ocorria no momento, não tiramos muitas fotos. 
Destaque especial para o retábulo principal, original da capela de Vizcaínos (extinto convento de São Francisco), da segunda metade do séc. XVII. O desenho do retábulo-mor é de Francisco Dionisio de Rivas. Os relevos e as esculturas são de autoria de Pedro Roldan.  
Na área central do retábulo-mor, temos a encenação da Descida.
👉Se você estiver em Sevilha, não deixe de visitar esta igreja. Parece que entrou em manutenção em novembro de 2019. Não sei se reabriu.
Iglesia del Sagrário; Paróquia del Sagrário; Paróquia do Tabernáculo;

Catedral de Sevilha

Saindo da igreja do Sagrário, continuando na mesma avenida, temos a fachada principal da Catedral de Sevilha, em estilo gótico tardio, no antigo bairro mouro de Aljama.
A catedral é conhecida como Catedral de Santa Maria da Sede. e é dedicada à Virgem de los Reys. Em seu interior abriga os restos mortais do Rei Fernando III, o Santo (padroeiro da cidade) e de Colombo.
Com 23.500m² de área, um quarteirão inteiro, é considerada a maior Catedral Gótica do Mundo. Se comparada às outras catedrais, sem considerar o estilo arquitetônico, fica em terceiro lugar, perdendo apenas para a Basílica de São Pedro (Roma) e Catedral de ST. Paul (Londres).
Em 1987, foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
Catedral de Sevilha; sem guia; viagem a dois;
Ocupa a área da antiga Mesquita Maior (Aljama), edificada entre 1184 a 1198 pelos árabes que dominavam a região, os almóadas, sobre uma antiga igreja visigoda de 712. Dos tempos árabes foi preservado o minarete transformado na torre sineira La Giralda, a Puerta del Perdón e o Pátio das Laranjeiras
Após a reconquista cristã da cidade por Fernando III, o Santo, a mesquita foi adaptada para uma igreja católica, sendo consagrada como Catedral em 1248.
No final do século XIV, foi decidido demolir a antiga mesquita para a construção de uma Catedral aos moldes da fé cristã. Uma imensa construção financiada pelo ouro das Américas.
Catedral de Sevilha; Mapa;
O projeto de transformação em Catedral gótica (como vemos hoje) é de 1401, mas foi iniciado em 1433, em pedras. A conclusão estrutural ocorreu em 1506, sendo a cúpula refeita por problemas estruturais. Envolvendo arquitetos, entalhadores, pintores, escultores, pedreiros, vidraceiros, supervisores, ..., em várias etapas.
Ao longo dos séculos ocorreram serviços de embelezamentos do interior, reformas, manutenção estrutural, além de remanejamentos e acréscimos de salas.
Em 1888, um terremoto, abalou a estrutura e destruiu a cúpula e vários ornamentos e decoração. As obras de recuperação só foram concluídas em 1903.
Catedral de Sevilha; sem guia; viagem a dois;
Antes de entrarmos, vamos circundar e apreciar as quatro fachadas da Catedral em estilo gótico. 
Fachada OestePrincipal fachada da Catedral, com 3 fenomenais entradas. 
- Puerta del Bautismo 
(Porta do Batismo). O relevo no tímpano do portal representa o batismo de Cristo.
- Puerta de la Asunción (Porta da Assunção) ou Puerta Mayor (Porta Maior) ou Puerta Principal. É a maior porta desta fachada, aberta apenas na época da Semana Santa, para as procissões da festividade cristã.
Puerta de San Miguel (Porta de São Miguel) ou Puerta del Nacimiento (Porta do Nascimento) é a terceira porta de acesso da fachada oeste. Representa o nascimento de Cristo.
Catedral de Sevilha;
Fachada Sul: Na Calle Fray Ceferino González.
Puerta de San Cristovan (Porta de São Cristóvão) ou Puerta del Príncipe (Porta do Príncipe). É por uma pequena porta lateral que os visitantes acessam o interior da Catedral.
Em frente ao pórtico, fica uma réplica da abóbada da Torre La Giralda e de sua escultura Giraldillo, em bronze (a original é em cobre).
Catedral de Sevilha; sem guia; viagem a dois;
Fachada leste: Na Plaza Virgen de los Reyes
- Puerta de Campanillas: representa a entrada de Jesus em Jerusalém.
Puerta dos Pallos: representa a Adoração dos Magos.
- Torre de La Giralda: nesta fachada que fica a única torre da catedral, a Giralda
Catedral de Sevilha;
Fachada Norte: na Calle Hernando Colón
- Puerta del Perdón: Uma das portas da antiga Mesquita Maior. Dá acesso direto ao Pátio das Laranjeiras, antigo Pátio das Abluções da Mesquita mencionada. Porta de saída dos visitantes.
Catedral de Sevilha;
Interior da Catedral de Sevilha
Enfim, terminamos de contornar a Catedral e entramos pela Porta do Príncipe (fachada oeste). Somos encaminhados ao controle de entrada/distribuição de áudio-guias (castelhano, inglês e francês) pagos à parte. Não tem em português. 
Não se esqueça de pegar o panfleto da Catedral. Disponíveis em vários idiomas, inclusive português de Portugal.
Catedral de Sevilha;

 👉 O valor do ingresso para maiores de 65 anos (pensionista) é reduzido. Se você comprar o ingresso via internet evitará a fila (grande, mas flui rápido), mas não terá o desconto se for o caso. Nós pagamos em maio 2019: 9 € (inteira) + 4 € (meia entrada). Um total de 13 €, que valeram cada centavo gasto. 😎😎😎

Pavilhão do Escritório ou Pavilhão de entrada ou, simplesmente, Pavilhão. Serve de passagem e sala museu, com exposição de esculturas, objetos e pinturas, como: 
- São Fernando, de Bartolomé Esteban Murillo, 1671. 
Abraão e os três Anjos, autoria de Abraham Van Diepenbeck, séc. XVII.
La Magdalena, autoria de Artemisa Gentilleshi, séc. XVII (1650).
Catedral de Sevilha;
Da Pavilhão, seguimos por um corredor até o interior da igreja, propriamente dito.
É muita coisa para ser vista. Coro, capela-mor, capela real, ... e 80 capelas/altares nas naves laterais. Além de exposição de objetos litúrgicos em expositores entre as colunas. Não foi possível ver e registrar tudo com detalhes. 
👉 Para a postagem não ficar muito longa irei colocar uma versão resumida. Posteriormente, farei uma postagem mais completa apenas com a Catedral.
As abóbadas da construção são sustentadas por pilares colossais de alvenaria, revestidas em pedra, que se unem no alto, formando largos arcos pontiagudos.
Catedral de Sevilha; sem guia; viagem a dois;
Impossível não notar o imenso candelabro triangular do Ofício das Trevas, conhecido como Tenebrário. Feito em bronze com mais de 7 metros de altura, recebe 15 velas. Faz parte dos rituais da Semana Santa. 
Catedral de Sevilha; sem guia; viagem a dois;
A planta retangular tipo salão, possui 126 metros de comprimento, 83 metros de largura. As 5 naves são de alturas distintas. As naves laterais possuem 26 metros de altura. A nave central e o transepto, 36 metros de altura. O Cruzeiro (ponto de encontro da nave central com o transepto), possui 40 metros de altura, é a parte mais alta do interior da Catedral. 
Repararem no belíssimo trabalho arquitetônico que forma a abóbada da igreja. A abóbada do cruzeiro apresenta lindo trabalho de nervuras. 
Catedral de Sevilha;
A iluminação diurna é obtida pelas 108 janelas espalhadas com vitrais dos séculos XV e XX. Abaixo alguns exemplos:
Quatros Evangelistas (São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João). Este vitral fica na Capela de Santo Antônio, obra de Enrique Alemán, de 1478.
Enrique Alemán, traz as representações de Abijah, Joel, Micah e Naum, profetas do Antigo Testamento, de Enrique Alemánentre 1478 a 1483. 
- Vitrais que enfeitam no arco do cruzeiro que antecede a Capela-Mor, na nave central. 
Catedral de Sevilha; Vitrais; sem guia; viagem a dois;
Naves da Catedral:
Nave Central:
Trascoro e Coro
O coro de uma igreja é a área reservada à musica, coral e instrumentos musicais.
Em formato retangular, é situado na nave central, defronte à Capela-Mor. Suas paredes externas formam o trascoro
Catedral de Sevilha;
Abaixo, temos a parede posterior externa do trascoro, em mármore e jaspe, com relevos e bustos de bronze. Realizado entre os anos de 1619 a 1635, por Miguel de Zumárraga.
No centro, temos uma pintura gótica da Virgen de los Remedios, de 1400. Ladeando a pintura os bustos em bronze das Santas Justa e Justina.
Catedral de Sevilha; Vitrais;
No chão próximo à parede posterior do trascoro, temos o túmulo de Hermano Colon, filho de Cristoval Colon (Cristóvão Colombo), o descobridor espanhol. 
Catedral de Sevilha; Vitrais;
As paredes laterais do trascoro recebem duas pequenas capelas e um grande órgão, em cada lado. Estas capelas são conhecidas por Alabastros e são protegidas por grades de ferro forjado. São elas: Capela da Imaculada, Capela da Encarnação, Capela da Virgen de la Estrella e Capela de San Gregorio
Abaixo, na Capela da Imaculada, com a escultura da Imaculada, apelidada a "Ceguinha", por estar com os olhos semicerrados, de Martínez Montañés, 1631. 
Catedral de Sevilha; Vitrais;
Os órgãos da igreja ficam no coro entre duas gigantescas colunas.
Catedral de Sevilha; Catedral de Sevilha; órgão tubular;
Abaixo, detalhe do rico trabalho em mármore da base que sustenta a caixa de madeira do órgão. Vista da área lateral do transcoro.
Catedral de Sevilha;
O antigo órgão da igreja foi destruído pelo terremoto de 1888. Os atuais são de Aquilino Amezua, em 1901.  
São dois órgãos tubulares gêmeos que ladeiam o coro, um de cada lado. Cada um deles com dois lados visíveis pela abertura entre as colunas no qual estão inseridos. 
Catedral de Sevilha;
O gradil de ferro fundido e forjado em estilo renascentista, é de Francisco Salamanca, em 1523. Representa as Oliveiras do Getsêmani, do Monte das Oliveiras.
Catedral de Sevilha;
No interior do coro fica a arquibancada eclesiástica, composta por duas fileiras de cadeiras em madeira marchetada e entalhada, em estilo gótico mudéjar, com cenas bíblicas do Antigo e Novo Testamento. Trabalho iniciado em 1475 e finalizado em 1511, por Nufro Sánches e outros. No centro, fica o púlpito renascentista em madeira e bronze, de 1562 a 1565. 
Catedral de Sevilha;
Capilla Mayor ou Capela-Mor e Altar-Mor:
Defronte ao coro, ainda na nave central, temos a Capela-mor. Circundada por alto gradil de ferro, século XVI. O gradeamento frontal, é do padre Francisco Salamanca
No centro, fica o altar-mor e, ao fundo, o monumental e rico retábulo gótico. É o maior retábulo da cristandade, com 30 metros de altura e quase 20 de largura, em madeira policromada. Projeto do escultor flamengo Pierre Dancart (Pieter Dancart ou Pedro Dancart), elaborado em várias etapas e envolvendo vários artistas.
Capela-Mor; Altar-Mor; Catedral de Sevilha;
O trabalho iniciado em 1482 foi finalizado em 1533. Em algumas literaturas é mencionado o término no ano de 1564, quando foi concluída uma segunda intervenção 
iniciada em 1550, com o objetivo de acrescentar duas ruelas perpendiculares em ângulo reto às laterais da fachada principal. Após a morte de Pierre Dancart vários artistas continuaram o projeto de Dancart. 
Catedral de Sevilha;
São mais de 44 relevos, com mais de 200 imagens de santos nas pilastras que articulam o retábulo e representações de passagens do Antigo e Novo Testamento. 
Na parte inferior, temos a imagem em madeira talhada folheada de prata, de Santa Maria de la Sede (Virgem da Sé), santa padroeira da Catedral, do século XIV, autoria desconhecida. 
Catedral de Sevilha;
No topo do retábulo, o fechamento superior é decorado com caixotões octogonais, sobre o qual se apoia uma viga, em estilo mudéjar. No centro, temos a Pietá ladeada pelos apóstolos de Cristo, trabalho atribuído à Jorge Fernandez. Acima, temos
 o calvário gótico do século XIV, cujo crucifixo é denominado de Cristo do Milhão, pelas diversas graças alcançadas em tempos de epidemia.
Cristo do Milhão; Catedral de Sevilha;
Trasaltar (Transaltar)
As paredes de sustentam o retábulo do altar-mor são revestidas com pedra, o que pode ser visto pelo lado externo, o trasaltar. Estas paredes recebem decoração bem peculiar.
No trasaltar posterior, segunda imagem da foto abaixo, temos a Cripta de Yanduri, dedicada à Virgen del Soterraño, em estilo neogótico, túmulo dos Marqueses de Yanduri.
Na terceira imagem podemos ver a capa pluvial do Monarca Carlos I da Espanha  
Catedral de Sevilha;
Transepto
Nas pontas do braço que forma o transepto temos duas importantes estruturas. 
- Altar de Prata ou do Jubileu:
Defronte a parte interna da Puerta de la Concepción, na ala norte, no lado esquerdo do transepto. A Puerta de la Concepción leva ao Pátio das laranjeiras.
Catedral de Sevilha; Altar de Prata;
No alto, temos um lindo vitral de Arnao de Flanders, de 1539, que retrata a Ascenção de Cristo.  
Abaixo do vitral, a pintura da Imaculada Conceição, de Alfonso Grosso, 1954. Feita para a comemoração do Centenário da Proclamação do Dogma da Imaculada Conceição, assinado em 1854 pelo Papa Pio IX. 
Ladeando a porta temos a Capilla Nuestra Señora de Belén e o Altar de la Asuncíon de Durango
Catedral de Sevilha;
No altar, temos o 
monumento de glória ao Santíssimo Sacramento, a Custódia de Corpus Christi, em forma de sol, do século XVI, em prata. 
O projeto inicial, executado por Mateo Gutiérrez (ourives), em 1647, sofreu vários acréscimos de outros ourives.
Na frente, fica a imagem policromada da Virgem de Granada, autoria desconhecida. A custódia é ladeada pelas imagens dos irmãos San Leandro e San Isidoro, também em prata, autoria de Duque Cornejo e Manuel Guerrero de Alcantara.
Catedral de Sevilha; Altar de Prata;
- Mausoléu de Cristóvão Colombo:
Na ponta direita do braço do transepto, na ala sul, temos o Monumento funerário de Cristóvão Colombodefronte à Porta do Príncipe (a porta com a réplica do Giraldillo).
A Porta do Príncipe é ladeada por duas pequenas capelas gradeadas: O Altar da Virgen de la Piedad e o Altar de la Concepción ou de la Gamba.
Catedral de Sevilha; Mausoléu de Cristóvão Colombo;
O monumento fúnebre de 1891, do escultor Arturo Mélida, foi realizado para a Catedral de Havana, Cuba. Após a independência de Cuba (1898), ficou decidido o retorno dos restos mortais de Colombo à Sevilha. 
A tumba é sustentada por quatro pajens, com escudos dos quatro reinos da Espanha: Castela, Leão, Navarra e Aragão. 
Na parede lateral, mural de San Cristóbal, estilo maneirista, de Pérez de Alesio, séc. XVI.
Catedral de Sevilha; Mausoléu de Cristóvão Colombo;
Extremos da Nave Central
Nas pontas da Nave Central temos, no centro da ala oeste da Catedral (nos pés da igreja), a face interna da porta principal da Catedral, a Porta da Assunção
Ladeando a entrada principal, duas pequenas capelas: A Capela do Anjo da Guarda e a Capela da Virgem del Consuelo  
Catedral de Sevilha;
No alto, o vitral (rosácea) traz os quatro Evangelistas ao centro, de Vicente Menardo (1557).
Abaixo do vitral, três esculturas simbolizam o Calvário, autoria desconhecida.
Catedral de Sevilha; vitrais;
Capilla Real 
Na outra ponta da nave central, no centro da ala leste (cabeceira da catedral), temos a Capilla Real (Capela Real), cujo acesso fica defronte à parede posterior da Capela-Mor. 
A capela, de planta quadrada, foi construída no lugar de duas outras capelas reais existentes, projeto e supervisão de Martín de Gainza, 1551. Em 1556, Hernán Ruiz II, terminou a cúpula, acrescentando caixotões com bustos de reis. Em 1754, a cúpula ruiu, sendo reconstruída por Sebastian Van der Borh, que também é responsável pelo projeto do gradil de entrada. No topo, da grade fica a escultura do Rei Fernando, o Santo, a cavalo, recebendo as chaves de Sevilha dos mouros, atribuída a Jerónimo Roldán.
Catedral de Sevilha;
A Capela Real, construída no século XVI, em estilo renascentista, possui duas capelas laterais, cada qual com uma sacristia própria. 
No altar-mor fica o retábulo de Luís Ortiz de Vargas, 1646, onde fica a imagem gótica da Virgen de los Reyes (Virgem dos Reis) com o menino Jesus, do séc. XIII, padroeira de Sevilha e da Arquidiocese. Diante do altar, numa urna de prata e vidro, ficam os restos mortais do Rei Fernando III (o Santo). 
Nas paredes laterais da capela ficam as tumbas de Alfonso X (o sábio) e de Beatriz de Suábia (mãe de Alfonso), uma de cada lado.
Numa cripta, em seu subsolo, estão depositados os restos mortais de Pedro I de Castela (o Cruel) e sua esposa Maria de Padilla
Catedral de Sevilha;
Capela do Cristo de São Paulo ou Capela da Grande Concepção ou Capela da Conceição
À esquerda da Capela Real, fica a Capela do Cristo de São Paulo, cujo retábulo barroco em madeira, traz a imagem da Imaculada Conceição, a Grande Conceição, ladeada por São Paulo e São José. 
Catedral de Sevilha;
No patamar mais elevado do retábulo, temos o Cristo de São Paulo, séc. XVI, ladeado por Santo Antônio de Pádua e São Gonzalo.
O vitral acima do retábulo conta sobre o Martírio de São Paulo, séc. XVI.
Catedral de Sevilha; vitrais;
Canto sudeste da Catedral. 
Seguimos para o canto sudeste da catedral 
Altar de Santa Justa e Rufina
No canto sudeste fica o Altar de Santa Justa e Rufina. Duas irmãs Santas Mártires Sevilhanas, protetoras da Torre La Giralda. Esculturas de Pedro Duque Cornejo, séc. XVIII. Entre as santas, uma bela réplica da La Giralda.
Catedral de Sevilha;
Capilla del Mariscal (Capela do Marechal)
No lado sul da construção, temos a Capilla del Mariscalque serve de acesso para a Ala do Cabildo.
O retábulo entalhado poligonal renascentista de Pedro de Becerril segue projeto de Hernán Ruiz II, 1555. As pinturas são de Pedro de Campaña, 1555-1556. 
O painel central simboliza a Purificação da Virgem ou Apresentação de Jesus no Templo.
Nas laterais, Santo Domingo (acima) e Santiago na batalha de Clavijo (abaixo) à esquerda. A estigmatização de São Francisco (acima) e A imposição da casula a São Ildefonso (abaixo) do outro lado.
Catedral de Sevilha;
Ala Capitular ou Ala do Cabildo:
Salas interligadas entre si que eram utilizadas pelo Clero. Atualmente, são abertas ao público visitante como parte do Museu de Tesouros da Catedral.
- Sala de Ornamentos
A Capela do Marechal conduz à Sala de Ornamentos, antiga Sala de Contabilidade ou Casa das Contas ou Sala do Tesouro. S
ala retangular destinada à exposição de parte do tesouro eclesiástico da Catedral, distribuídos em dois expositores em madeira. 
Catedral de Sevilha;
O tesouro eclesiástico em ouro, prata, pérola, strass e pedras preciosas é de uma riqueza sem igual. Verdadeiro arsenal artístico cultural.
Catedral de Sevilha;
Acima dos expositores, várias pinturas podem ser admiradas.
Entre elas, São João Batista perante o sinédrio. Obra do pintor espanhol barroco Sebastián Llanos y Valdés, 1668.  
Catedral de Sevilha;
Da Sala do Tesouro, você segue para um estreito corredor onde em uma das pontas há um pequeno armário vitrine com a cruz da foto abaixo. Uma linda Cruz feita de concha de tartaruga e ouro. Daqui você segue até um corredor curvo.
Catedral de Sevilha;
- Sala Capitular
No corredor curvo, entre na primeira saída à esquerda. Você acaba de chegar na Sala Capitular, com forma elíptica, cujo programa iconográfico foi desenhado pelo Cônego Francisco Pacheco.
Era neste espaço que o Capítulo da Catedral tomava suas decisões mais importantes. A disposição das cadeiras no entorno da sala, permitia a visualização de todos os membros.
A sala, estilo renascentista espanhol (maneirismo), foi iniciada por Hernán Ruiz II em 1558, sendo concluída por Asensio de Maeda em 1592. 
Os grandes relevos verticais, na extremidade da abóbada, são de Juan Bautista Vaázquez o velho e Diego de Velasco, executados entre 1582 a 1584. Os relevos horizontais são de Marcos Cabrera, 1590. No total são 16 painéis em relevo, sendo 8 verticais e 8 horizontais que se alternam, separados por colunas. Representam as virtudes que os eclesiásticos devem seguir. Faixas em latim esclarecem o conteúdo das imagens.
Contornando a cúpula, oito pinturas estilo medalhão, entre janelas circulares, são de Bartolomé Esteban Murillo, 1667 a 1668. Representam os santos católicos que protegem a cidade de Sevilha.
Catedral de Sevilha; Sala Capitular;
A Sala Capitular é presidida pela pintura da Imaculada Conceição (foto abaixo), de autoria do pintor espanhol B. E. Murillo, 1667.
Catedral de Sevilha; Sala Capitular;
Retorne ao corredor curvo siga até a próxima porta, na sala conhecida como ante-cabildo.
- Ante-cabildo 
Projeto arquitetônico de Hernán Ruiz II, 1560. Concluído em 1582 por Asensio de Maeda.
Sala retangular com abóbada em caixotões. Era nesta sala que o clero da catedral se reunia antes de se dirigirem à Sala Capitular.
Catedral de Sevilha; Sala Capitular;
As paredes são ricamente decoradas com esculturas, trabalhos em baixo relevos e inscrições, que exaltam as virtudes esperadas para os eclesiásticos, 
de Diego de Pesquera, entre 1575 a 1580.
Catedral de Sevilha; Sala Capitular;
- Pátio del Cabildo (pátio do Capítulo)
Pequeno pátio interno, projeto de Hernán Ruiz II, 1562. Cada portal e janelas possuem estilo diferente. No centro, fica uma pequena fonte de alabastro.
No Pátio do Capítulo, você terá duas importantes portas. Uma para a Sala de las Columnas e a outra para a Sacristia Maior.
Pátio del Cabildo; Catedral de Sevilha;
- Sala de las Columnas
Era reservada para o acesso da presidência do Cabildo à Sala Capitular. Atualmente, este acesso está fechado. Na foto abaixo, a lápide com baixo-relevo de D. Íñigo de Mendoza.
Pinturas e outras peças expostas são protegidas por grossas paredes de acrílico transparente. 
lápide; Sala de las Columnas; Catedral de Sevilha;
- Sacristia Maior ou Sacristia Principal
Retornando ao Pátio del Cabildo, do lado contrário à Sala de las Columnas, um estreito e curto corredor leva até a Sacristia Maior, recinto em planta em cruz grega com braços curtos. Mede 18 metros em cada lado e 33 metros de altura na parte mais alta
Catedral de Sevilha; Sacristia Maior;
A sala é uma construção renascentista com decoração plateresca, do século XVI, projeto do arquiteto Diego de Riaño, que iniciou a construção em 1528. Com a sua morte em 1534, Martín de Gainza a assumiu e finalizou em 1543. 
Vários expositores trazem peças maravilhosas, como o Relicário Tríptico das Mesas Alfonsí, em prata, do ourives Juan de Toledo, entre 1252 a 1284. 
Catedral de Sevilha; Sacristia Maior;
A cúpula da sala é sustentada por 4 pilares, com trabalho em relevo formando três anéis que simboliza o Juízo Final (o último julgamento), a Corte Celestial (profetas e anjos) e o Damned (os condenados ou a queda dos anjos rebeldes). 
Nas quatro abóbadas semicirculares que circundam a cúpula, representações em relevo de bispos, apóstolos e personagem do Antigo Testamento.
Catedral de Sevilha; Sacristia Maior;
No centro da Sacristia, fica a Custódia Processional de Prata, desenho de Francisco Pacheco e execução de Juan de Arfe, entre 1580 a 1587. Com 
cinco corpos decrescentes, possui 3,90 metros de altura e pesa 350 quilos. Decorada com relevos de cenas do Antigo e Novo testamento, os espaços são recebem esculturas de santos em tamanhos proporcionais a cada corpo.
- 1º corpo: A igreja militante. 
- 2º corpo: A Eucaristia. É onde fica o Santíssimo Sacramento durante as procissões.
- 3º corpo: A igreja triunfante.
- 4º corpo: A Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo).
- 5º corpo: A Fé Cristã.
Na parede ao fundo, podemos ver a pintura "A Imaculada"
, autoria desconhecida, 1620.
Catedral de Sevilha; Sacristia Maior;
A Sacristia Maior possui três capelas, cada qual com um altar-relicário específico.
A capela à esquerda é a Capela de São Lorenzo, com a tela "O Martírio de São Lourenço", de Lucas Jordán, séc. XVII. 
Na capela central, temos a tela intitulada "A Descida de Cristo", de Pedro de Campaña, 1547. 
A terceira capela é dedicada à Santa Teresa de Jesús, tela de Francisco de Zurbarán, 1650.
No canto direito da foto, a escultura em prata da "Imaculada Conceição", de Alonso Martínez, 1650. 
Catedral de Sevilha; Sacristia Maior;
Muitas outras peças expostas merecem destaque:
- Busto relicário de Santa Rosália em prata, trabalho do ourives italiano Lorenzo Castelli, 1688.
- Escultura em madeira talhada de San Fernando, obra de Pedro Roldán, 1671.
Catedral de Sevilha; Sacristia Maior; Catedral de Sevilha; Sacristia Maior;
Custódia-relicário do Santo Espinho ou Custódia-Chica (séc. XVI) e jarros de lírios de Nossa Senhora de Antígua (séc. XVII), ambos em prata. 
Catedral de Sevilha; Sacristia Maior;
👉Concluímos a Ala Capitular e retornamos ao ponto de partida, antes da visita às salas interligadas.

Capilla de San Andrés ou a Capilla del Sagrado Corazón:
Ao lado do acesso para a Sacristia Maior fica a Capilla de San Andrés ou a Capilla del Sagrado Corazónpresidida pelo Crucificado Cristo da Clemência ou Cristo dos Cálices ou Cristo de Vázquez de Leca, do escultor Martínez Montañés, 1603. 
Capilla de San Andrés; Catedral de Sevilha;
Capilla de los Dolores ou Capilla de San Tomé
Ao lado da 
Capilla de San Andrés, fica a Capilla de los Dolores (Capela das Dores) ou Capela de São Tomé. Estava aberta e entramos.
Retábulo barroco do séc. XVIII, numa das paredes laterais. No centro, o Crucificado de Juan Bautista Vázquez, o velho, séc. XVI. Num nicho abaixo, a talha da Virgem das Dores, de Pedro de Mena (1680).
Capilla de los Dolores; Catedral de Sevilha;
Como na maioria das capelas, várias pinturas decoram suas paredes.
Abaixo, tumba funerária do Cardeal Marcelo Spínola, por Joaquim Bilbao, entre 1906 a 1912. 
Catedral de Sevilha;
Sacristia dos Cálices
Capilla de los Dolores leva à Sacristia dos Cálicesem estilo gótico e formado retangular com pinturas do séc. XV ao séc. XIX.
No alto, acima do portal da sala, temos o Crucificado de Zurbarán, séc. XVII (1650).
Na parede esquerda de quem entra, temos quatro pinturas de Alejo Fernandes, realizadas entre os anos de 1508 a 1512. 
Na parede direita, também podemos observar várias pinturas de destaque, de autorias diversas.
Catedral de Sevilha; Sacristia dos Cálices;
A sala é presidida pela tela das irmãs Santa Justa y Santa Rufina, trabalho de Francisco de Goya, séc. XIX (1817).
Catedral de Sevilha; Sacristia dos Cálices;
Não poderia faltar os cálices 
do séc. XVII ao início do séc. XX, dispostos em duas vitrines
Catedral de Sevilha; Sacristia dos Cálices;
Saímos da Sacristia dos Cálices pela capela de acesso, a Capilla de los Doloresao lado do túmulo de Cristóvão. Continuamos a explorar as capelas deste mesmo lado.   

Capilla de la Virgen de la Antigua (Capela da Antiga)
À direita do Mausoléu de Cristóvão Colombo, temos a Capilla de la Antigua.
Fechada com grades de ferro forjado.
Catedral de Sevilha; Virgen de la Antigua;
Em 1500, a antiga capela foi ampliada por ordem do Cardeal Diego Hurtado de Mendoza
Na parede central, fica retábulo de mármores, projeto de Juan Fernández de Iglesias, 1738. Encomenda do bispo Arcebispo D. Luis de Salcedo y Azcona.
No centro do retábulo, fica a Virgem de la Antiguapintura mural bizantina de autoria desconhecida, anterior à antiga mesquita (aljama mihrab), provavelmente da igreja visigoda que ficava no mesmo local. A pintura foi encoberta pelos mouros, permanecendo oculta até a reconquista da cidade por Fernando III. 
Nos nichos esculturas em mármore de São Joaquim e Santa Ana e, acima delas, Cristo Salvador com os Santos Juanes, obra de Pedro Duque e Cornejo, século XVIII. 
Catedral de Sevilha; Virgen de la Antigua;
Na lateral esquerda fica o túmulo do Cardeal Diego Hurtado de Mendonza, do italiano Domenico Fancelli, 1510.
Na lateral direita, foto abaixo, fica o túmulo do Arcebispo Luis de Salcedo y Azcona, de Pedro Duque e Cornejo, entre 1738 a 1740. 
Sob o altar fica o túmulo do Arcebispo Gaspar de Zúñiga y Avellaneda, séc. XVI. 
Várias lápides cobrem o chão da capela, fato que pode ser constatado na foto anterior.
As paredes laterais são preenchidas por grandes pinturas barrocas de Domingo Martínez com auxílio de Andrés Rubira, entre 1734 a 1738.
Catedral de Sevilha; Virgen de la Antigua; 
Belíssimo o vitral moderno desta capela, que traz a representação de Fernando III, o Santo, obra da Casa Zettlerséc. XIX. 
Catedral de Sevilha; Virgen de la Antigua;  Vitral;
Capela de Santo Hermenegildo
Ao lado da Capela de la Antigua, fica a Capela de Santo Hermenegildo, com retábulo barroco rococó dourado, séc. XVIII. 
No centro, a escultura de San Hermenegildo, de Bartolomé Garcia de Santiago, do séc. XVIII. Nas laterais as esculturas de São Leandro e Santa FlorentinaAo pé do retábulo, a escultura de Santiago Peregrino (São Tiago Maior) e de Santiago el Menor (São Tiago Menor), ambas de meados do séc. XVI.
Catedral de Sevilha; São Hermenegildo;
O túmulo em alabastro branco no meio da capela pertence ao cardeal Juan de Cervantes. Obra do escultor Lorenzo Mercadante de Bretanha, entre 1453 a 1458. 
Catedral de Sevilha;
Capela de São José:
No interior da capela, foto abaixo, fica o vitral intitulado com Adoração dos pastoresobra da Casa Maumejean, de 1932. 
Catedral de Sevilha; Vitral;
Na parede esquerda da capela, fica o retábulo neoclássico, de Pedro de Arnal, final do séc. XVIII e início do séc. XIX, presidido pela escultura de São José, obra de José Estévez, séc. XIX. Ladeando São José, as esculturas de São Miguel e São Blas.
Nas paredes várias pinturas complementam o ambiente.
Catedral de Sevilha; Capela São José;
A Capela de São José, fica ao lado da passagem que leva ao Pavilhão por onde entramos no início da visitação.
👉Após a Capela de São José, atravessamos a catedral, indo do lado sul para o lado norte. Pulamos as capelas do canto sudoeste e lado oeste. 
No canto noroeste fica a porta de comunicação da Catedral com a Igreja do Sagrário, pelo interior da Catedral. O portal da entrada para a Igreja do Sacrário, é um retábulo de pedra em estilo barroco, de Pedro Sánchez Falconete, final do séc. XVII.
mostruário de madeira contem a bandeira do rei Fernando III.
Catedral de Sevilha;
Capela Batismal ou Capela de Santo Antônio
A primeira capela no lado norte é a Capela de Santo Antônio, com dois acessos de entrada.
No interior, o grande retábulo de madeira é obra de Bernardo Simón de Pineda. Contém duas pinturas de Bartolomé Esteban Murillo:  A Visão de Santo Antônio (1665) e O Batismo de Jesus (1668).
Catedral de Sevilha;
A próxima foto nos mostra a Fonte Batismal ou Pia Batismal, renascentista, em mármore branco, decorada com relevos, séc. XVI.
Catedral de Sevilha;
Capilla de las Doncellas ou Capela de las Virgenes:
Pulamos algumas capelas da ala norte, até a capela situada à direita do Altar de Prata, a Capela das Donzelas ou Capela das Virgensconstruída por Juan de Hoces, entre 1488 a 1496.
Foi escolhida por Micer García de Gibraleon, para ser seu local de enterro e sede da "Irmandade das pobres donzela casadouras", criada em 1521. 
O retábulo atual, em substituição ao original, é de autoria de José Rivera, de 1771. No nicho central, presidindo o retábulo, a talha da Anunciação com a Virgem e o Arcanjo Gabriel. 
Ladeando a Anunciação temos as pinturas de São Bartolomé, São Pedro, Santo Tomás e São Tiago Menor, salvas do antigo retábulo, do pintor Cristóbal de Morales, 1530. 
Catedral de Sevilha;
A "Irmandade das pobres donzelas casadouras", ajudava as jovens mulheres pobres a conseguirem dote para casar "adequadamente", conforme costume da época. 
A estante abaixo, contém os arquivos da antiga Irmandade das donzelas.
Catedral de Sevilha;
👉Infelizmente, como mencionei no início da postagem foi impossível visitar todas as capelas da Catedral. São várias capelas e altares que circundam a catedral. A maioria nas naves extremas, entre os contrafortes que as delimitam. Então, resolvemos agilizar o passeio. Era nosso objetivo subir na torre e desfrutar alguns minutos no Pátio das Laranjeiras. Fizemos o que foi possível. 😕😞

Torre Sineira ou Campanário ou La Giralda:

Depois de conhecer a Catedral, antes de conhecer o Pátio das Laranjeiras, optamos em subir a Torre da Catedral, cujo acesso é feito por uma rampa próxima da Puerta de Palos.
O acesso é próximo a face interna da Puerta de Palos ou Adoração ou dos Reis
Ao lado do ponto de subida para a torre, fica o Altar de Madalena.
Catedral de Sevilha; La Giralda;
Foto do Google. Não consegui fotografar pela quantidade de turistas na rampa.
A torre sineira (campanário) La Giralda, tem altura de 96 metros. A subida ao topo é suavizada por 35 rampas. 
No caminho as janelas gradeadas servem para iluminar e vislumbrar cenas exteriores.
Catedral de Sevilha; La Giralda;
A cada rampa, você vai subindo, subindo e subindo. E o cenário vai se modificando, quadro a quadro.
Uma boa oportunidade para admirar as coberturas e telhados da Catedral. Em alguns trechos as coberturas formam "quintais" privados.
Catedral de Sevilha; La Giralda;
Subir na torre da catedral é uma experiência única pelos sinos e pelas vistas panorâmicas. Imperdíveis.
Abaixo, temos a cúpula da Iglesia del Sagrário, construída em parte do antigo pátio das laranjeiras. 
A imensa torre ao fundo é a Torre de Sevilha ou Torre Pelli, o edifício mais alto de Sevilha. Este edifício construído entre os anos de 2008 a 2015, com 40 andares e 180 metros de altura, abriga o Hotel Eurostars Torre Sevilla (★★★★★) e vários escritórios. Fica do outro lado do rio Guadalquivir, na Isla de la Cartuja.
Hotel Eurostars Torre Sevilla; Catedral de Sevilha; La Giralda;
Sem delongas, você alcança a área dos sinos. 
É sino que não se acaba. kkkkkkkkkk. Ao todo são 25 sinos (não contei). Sinos pequenos, médios e grandes, adquiridos em épocas distintas. Alguns bem antigos, do início do séc. XVI ao séc. XX.
Cada um deles recebem um nome próprio.
Catedral de Sevilha; La Giralda; Catedral de Sevilha; La Giralda;
Em uma das paredes, um singular relógio, em substituição ao antigo e histórico relógio da torre que teria funcionado até meados do século XX. Provavelmente, para lembrar o sineiro do momento certo das badaladas. 
Apesar de haver limite de pessoas para subir, o espaço é estreito e a sensação é de congestionamento.
Catedral de Sevilha; La Giralda;
Os telhados da catedral possuem três níveis diferentes. 
Na foto abaixo, a parte quadrada mais alta, corresponde ao Cruzeiro da Catedral, considerado a parte mais alta da construção, com 40 metros no interior, sem contar a torre sineira.
Catedral de Sevilha; La Giralda;
Existe a opção de tour guiado nos telhados, por caminhos definidos, em espanhol ou inglês. 
A pequena lanterna que aparece na foto abaixo, com detalhes que lembram cerâmicas (azul e branco) no topo, pertence da cúpula da Capela Real
Catedral de Sevilha; La Giralda;
O prédio quadrado com um grande pátio central também quadrado era a antiga Casa Lonja, prédio renascentista do séc. XVI. Atualmente, é o Arquivo Geral das Índias, Patrimônio da UNESCO. Uma importante construção quadrangular com um imenso pátio central. A visita vale pela arquitetura interna do prédio. Apesar da entrada ser gratuita, não o visitamos.
Abaixo, a grande cúpula coroada com lanterna, pertence à Sacristia Mayor.
Catedral de Sevilha; La Giralda;
A torre oferece vistas espetaculares 
dos telhados da Catedral, da cidade e monumentos próximos. 
Catedral de Sevilha; La Giralda;
Abaixo, uma vista panorâmica da cidade. Onde podemos identificar o Alcazar e do Arquivo Geral das Índias
Catedral de Sevilha; La Giralda;
Quando mais alto você sobe, mais longe você avista. Adiante temos uma visão da arena de touradas de Sevilha, a Real Maestranza, conhecida como Plaza de Toros.
Catedral de Sevilha; La Giralda;
Mais uma vez a moderna Torre de Sevilha ou Torre Pelli, projeto do arquiteto César Pelli.
O edifício circular, à direita da alta torre, é conhecido como Torre Triana, edifício governamental da Junta de Andaluzia, projeto do arquiteto Francisco Javier Sáenz de Oizaconstruído entre 1990 a 1993.
Catedral de Sevilha; La Giralda;
Lá embaixo, o nosso próximo destino, o Pátio das Laranjeiras.
Catedral de Sevilha; La Giralda;
Uma vista do alto, da Puerta del Perdón, que já vimos anteriormente. 
Descemos da torre pelo mesmo caminho e junto à Puerta deL Lagarto, acessamos o Pátio das laranjeiras.
Catedral de Sevilha; La Giralda;

Pátio dos Naranjos (Pátio das Laranjeiras):

Pátio interno retangular (43m x 81m), cercado por muralhas remanescentes da antiga mesquita.
No período mouro, os fiéis muçulmanos faziam suas abluções (lavagem das mãos e pés, antes de orar), na fonte no centro do pátio.
Após a reconquista da cidade pelos cristãos espanhóis (1248), o pátio chegou a ser usado como cemitério e como pátio para as feiras anuais da cidade. No século XVII, teve sua ala oeste derrubada para a construção da Igreja do Tabernáculo (Sacrário).
Atualmente, é usado como Claustro da Catedral, com 60 pés de laranjeiras e uma fonte central.
A cúpula, que aparece na foto abaixo, pertence à Iglesia del Sagrário.
Catedral de Sevilha; Pátio das laranjeiras;
Do pátio das laranjeiras, uma linda vista da Torre Sineira, La Giralda, no lado leste. Um dos mais importantes símbolos de Sevilha.
No alto da torre fica a grandiosa escultura em cobre. Na realidade um cata-vento, apelidado de Giraldillo, que originou o nome da torre sineira como La Giralda. Hoje em dia é considerado um símbolo da cidade.
O cata-vento, cujo nome original é "Triunfo da Fé Vitoriosa", foi realizado por Bartolomé Morel, entre 1566 a 1568. 
Catedral de Sevilha; La Giralda;
A torre foi construída, no século XII, para ser o Minarete da antiga Mesquita, tendo como inspiração a torre Koutoubia da mesquita de MarrakechMarrocos. Mas, após a conquista cristã, o campanário no topo da torre e vários símbolos cristãos foram agregados à construção.
A altura atual da torre, do piso ao cata-vento, é de 96 metros. Cada lateral tem a largura de 13 metros.
Catedral de Sevilha; La Giralda;
Abaixo, a Puerta de la Concepción. Do pátio das laranjeiras para o interior da catedral, e vice-versa, a passagem se dava por esta porta. Esta porta só foi finalizada em 1887 pelo arquiteto Adolfo Fernandez Casanova, que manteve o estilo gótico do edifício.
No tímpano da porta fica a Imaculada, São Miguel e São João Evangelista. No alto, Cristo e seus apóstolos. Nas laterais, ficam quatro esculturas femininas.
Catedral de Sevilha;
👉 Esta foi minha postagem resumida da Catedral. Acho que tenho que rever este conceito. kkkkkkk. Mas, irei fazer uma postagem apenas da Catedral, e, aí, você verá que terei muito mais informações e fotos, mesmo não tendo visitado todas as capelas. Aguardem. Mas, na saída não deixe de passar na lojinha da Catedral e comprar pequenas e graciosas lembrancinhas.
Catedral de Sevilha;
Saímos da Catedral, pela Porta do Perdão. O Real Alcázar fica bem próximo da catedral, mas deixamos esta visita para a manhã do dia seguinte e será descrita na postagem da Parte II de Sevilha. Além do cansaço e fome, tínhamos que recarregar os celulares. 

Ovejas Negras Tapas

Após uma manhã longa, nada como uma pausa para pequenos prazeres gustativos. Optamos pelo Ovejas Negras Tapas. Seguimos pela Calle Hermano Colon, de fronte à Porta do Perdão e passamos para a Calle Cabo Noval, até o bar/restaurante. 
Por fora não é muito atrativo. Na realidade é bem sem graça. Mas, ao entrar você muda de opinião rapidamente. O ambiente é descontraído e muito agradável. É um bom lugar para alguns tapas e bebidas. 
Eu fui de "vino verano", meu marido de cerveja. Nas infinidades de opções de tapas, experimentamos Kocaccia de setas e Pluma de cerdo ibérico c/ Kimchi casero. Como cortesia uma amostra de jerez em tubo de ensaio. Tudo muito bem servido e super delicioso.
Ovejas Negras Tapas;
Depois, retornamos ao nosso tour.

Iglesia Colegial del Divino Salvador (Igreja Colegiada do Divino Salvador) ou Iglesia del Salvador

O ingresso para a Catedral de Sevilha, além de incluir sua própria torre, dá direito ao acesso da Iglesia Divino Salvador. Algo que muita gente desconhece. Para driblar a longa fila da Catedral, muita gente vem primeiro à esta igreja. E aqui adquiri o bilhete combo (Catedral + la Giralda + Igreja do Salvador). Maiores de 65 anos pagam meia entrada, desconto que não é oferecido pela internet.
Tempo católico em arquitetura barroca andaluz, com fachada no estilo maneirismo, considerada Bem de Interesse Cultural e Patrimônio Histórico de Espanha
É o segundo maior tempo católico de Sevilha, perdendo apenas para a Catedral, é claro. Fica situada no sítio histórico de Sevilha, cuja entrada principal fica na Plaza del Salvador. Abriga em seu interior várias confrarias e irmandades sacramentais.
A construção, possui uma das fachadas laterais na rua Villegas, esquina com a Plaza del Salvador. Na esquina da construção, entre estas duas fachadas, fica a Grã-Cruz ou Cruz de las Culebras, original do cemitério paroquial. Ao lado desta, sob uma pequena cobertura, um retábulo de azulejos com a imagem do Cristo del Amor. Infelizmente, não tenho foto desta lateral com o retábulo.

Iglesia Colegial del Divino Salvador; Iglesia del Salvador;

A Igreja ocupa o lugar da antiga Mesquita do Califado de Aljama de Ibn Adabbas de 829-830, que por sua vez ocupou as ruínas de edifícios públicos romanos e visigodos. Após a conquista de Sevilha pelo rei Fernando III (o Santo), em 1248, a mesquita foi adaptada ao cristianismo, acrescida de adornos e esculturas cristãs, além da entrada principal ser transferida para outra fachada e o pátio de abluções ser usado como cemitério.

A demolição da mesquita para a construção do prédio atual só ocorreu em 1661. E, a atual edificação se deu entre os anos de 1674 a 1712, sendo consagrada em 1742. De lá pra cá, ocorreram obras de manutenção e restauração.

Abaixo, podemos observar o detalhe das entradas da principal fachada da igreja. Esta fachada apresenta três portadas, uma para cada nave. As portadas recebem ornamentação trabalhada em pedra. Sobre cada portada, um frontão ladeado por dois pináculos em relevos, sendo o da portada central mais trabalhado que as laterais e finalizada com um frontão triangular que recebe a cruz cristã.

Iglesia Colegial del Divino Salvador; Iglesia del Salvador;

👉 Não deixe de pegar o panfleto da igreja com o resumo de sua história, algumas obras importantes que merecem atenção, além de conter um mapa com alguns de seus retábulos e capelas. Facilita muito a visita.
Iglesia Colegial del Divino Salvador; Iglesia del Salvador;
A igreja em planta retangular, possui três naves de igual altura, com vários pilares com grossas colunas quadradas agregadas com meias colunas, tudo em pedra. Estas colunas sustentam as elevadas abóbadas. 
Na igreja estão 14 retábulos ornamentados, alguns bem suntuosos e magníficos. 
Iglesia Colegial del Divino Salvador; Iglesia del Salvador;
Capilla Mayor
Na cabeceira da nave central, fica a Capilla Mayor (Capela Maior ou Capela-mor), numa elevação do piso, sendo acessada por larga escada de mármore com 4 degraus. 
Reparem nas largas colunas quadradas agregadas com meias colunas, estas ricamente decoradas com ornamentação vegetais. 
Iglesia Colegial del Divino Salvador; Iglesia del Salvador;
O retábulo-mor é magnificamente trabalhado em estilo barroco, com uma grande quantidade de detalhes e esculturas, obra do escultor português Cayetano de Acosta, entre os anos de 1770 a 1778. 
Medindo 21 metros de altura por 10,50 metros de largura, embora menor que o altar-mor da Catedral de Sevilha, é uma dimensão grandiosa. 
O retábulo em madeira talhada e dourada, recebe várias esculturas policromadas, de cores vivas e ricas em detalhes.
Iglesia Colegial del Divino Salvador; Iglesia del Salvador;
No centro do retábulo, podemos observar um conjunto de esculturas policromadas que contam a história da Transfiguração de Cristo no Monte Tabor. 
Nesta cena Jesus está acompanhado pelos representantes da Lei e dos Profetas, Moisés e Elias, que o declaram Messias e Salvador da Humanidade. O monte é sustentado por anjos, enquanto Jesus se eleva aos céus. Na base do monte, os Apóstolos Pedro, Tiago e João. 
No sótão do retábulo, Deus Pai ou Pai Eterno, ladeado por mais arcanjos e anjos, aguarda a vinda de seu filho Jesus, após declará-lo como tal. 
Fato bíblico comemorado no Domingo de Páscoa, pelos cristãos. 
Há uma verdadeira profusão de arcanjos e anjos em toda parte do retábulo.
Iglesia Colegial del Divino Salvador; Iglesia del Salvador;
No detalhe abaixo, à esquerda ao lado dos anjos que sustentam a cena central, estão os arcanjos Yehudiel, Rafael, Baraquiel. À direita, ficam os arcanjos Gabriel, Miguel e Seatiel
Na base do retábulo, no centro, fica o tabernáculo. Acima do tabernáculo, ainda na linha central, normalmente fica a escultura da Imaculada Conceição. Mas, no dia de nossa visita (maio 2019) a imagem era a da Virgem de Rócio do escultor Sebastián Santos Rojas, escultura normalmente alojada no Retábulo da Virgen del Rócio
Iglesia Colegial del Divino Salvador; Iglesia del Salvador;
Nas colunas que ladeiam o retábulo-maior, podemos apreciar dois ángeles lampareros (anjos lampadarios), um de cada lado.
Iglesia Colegial del Divino Salvador; Iglesia del Salvador;
Na abóbada do presbitério da capela-mor, uma belíssima pintura a fresco (mural) em estilo barroco, de 1775, por Juan de Espinal (★1714 +1783). A pintura elíptica e colorida dá continuidade ao tema central do retábulo. Representa a Glória Celestial, sendo presidida pelo Espírito Santo (pomba) ao centro, enquanto anjos esvoaçam rodeando a abóbada. Tudo interligado contando a mesma história.
Iglesia Colegial del Divino Salvador; Iglesia del Salvador;
Merecem destaque as colunas de pedra da cabeceira da nave central, com entalhes e relevos diversos, que incluem símbolos eucarísticos, castelos e leões, além de capiteis dourados.
Iglesia Colegial del Divino Salvador; Iglesia del Salvador;
Os dois púlpitos em mármore de duas cores, um em cada lado da entrada da capela-mor, são ricamente trabalhados. 
Iglesia Colegial del Divino Salvador; Iglesia del Salvador;Iglesia Colegial del Divino Salvador; Iglesia del Salvador;
Cúpula do cruzeiro
Estando posicionado no cruzeiro, de frente para a capela-mor, não deixe de olhar para o alto e observar a face interna da cúpula da igreja. Belíssimo trabalho de Leonardo de Figueroa.
A cúpula em tijolos (e não pedras como o restante da igreja), com planta octogonal, foi realizada quando o edifício estava praticamente concluído.
Iglesia Colegial del Divino Salvador; Iglesia del Salvador;
A cúpula é encimada centralmente por uma lanterna que permite a passagem de luz. Luz que também entra pelas oito janelas com vitrais coloridos na base da cúpula, responsáveis pelo tom azulado da cúpula.
A cúpula é sustentada por 4 colunas de mármore, unidas por arcos no alto para maior sustentação. Em cada canto formado pelo encontro dos arcos, temos a representação dos quatro evangelistas (Mateus, Marcos, Lucas e João), circundados com ornamentação vegetal.
Iglesia Colegial del Divino Salvador; Iglesia del Salvador;
Retábulo do Cristo dos Aflitos (cabeceira do Evangelho)
O altar lateral à esquerda da Capela-mor, na cabeceira do Evangelho, é conhecido como Cristo dos Aflitos.
O retábulo de madeira entalhada e dourada, estilo barroco espanhol, foi iniciado por José Maestre, entre os anos de 1721 a 1724. Mas, sofreu reforma e remodelação por Manuel Barrera y Carmona, em 1786. Inicialmente, era o retábulo da Confraria das Almas.
Em um pequeno nicho central no banco do retábulo, temos a pequena imagem da Virgem Dolorosa, autoria de Cristóbal Ramos. De cada lado ao nicho central do banco, há dois relevos que simbolizam as Almas, trabalho de Juan Bautista Padrone, 1787. 
A escultura da Virgem Imaculada com o menino Jesus, em um pedestal de mármore ao lado do retábulo, também merece destaque.
Iglesia Colegial del Divino Salvador; Iglesia del Salvador;
No centro do retábulo temos a escultura em madeira talhada do Cristo dos Aflitos, autoria de Gaspar Ginés, 1635 (séc. XVII). A escultura é conhecida como Nazareno dos Aflitos ou Nazareno das Almas.
A imagem de Cristo é ladeada por São Sebastião (à esquerda) e São Roque (à direita).
Iglesia del Salvador;
No centro do sótão do retábulo, em relevo, temos a Coroação da Virgem Imaculada, ladeada por Deus Pai (à direita) e seu filho Jesus (à esquerda).
No canto externo esquerdo temos São João Batista e no canto externo direito por São Lourenço. Sobre estes ficam as representações das virtudes da Fortaleza e Temperança.
No medalhão abaixo da cena da coroação, temos o medalhão com o relevo de São Jerônimo
Iglesia del Salvador;
A escultura que se destaca coroando o topo do retábulo é São Miguel, ladeado por anjos.
Na parede que recebe o retábulo podemos observar várias pinturas a fresco (tipo mural) que representam o Purgatório, a Flagelação de Cristo, a Aparição no Jardim das Oliveiras, entre anjos celestiais.      
Iglesia del Salvador;
Altar El Cristo del Amor (cabeceira da Epístola)
O altar lateral à direita da Capela-mor, cabeceira da Epístola, é conhecido como EL Cristo del Amor, por Juan de Mesa (1620). Financiada e mantida pela Irmandade do Amor.
No alto do retábulo, fica a talha de São José com o menino Jesus nos braços, atribuída ao escultor espanhol Pedro Roldán, final do séc. XVIII.
Pedro Roldán; Iglesia del Salvador;
No centro do retábulo, sob um dossel fica o Crucificado, o Santíssimo Cristo do Amor, em madeira de cedro, do escultor Juan de Mesa y Velasco, discípulo de Martínez Montañés, datado entre 1618 a 1620. Considerado o Crucificado mais expressivo e realista do barroco espanhol. 
Aos pés da cruz podemos observar uma singular escultura de um pelicano com três filhotes. A explicação é que esta ave, quando não há alimento para sanar a fome de seus filhotes, abre o próprio peito e os alimenta com seu sangue. A escultura remete ao amor de Cristo pela humanidade, a ponto de morrer na cruz pela mesma. Portanto, simboliza a morte do Redentor.
Ladeando o crucificado, à esquerda, temos a escultura esculpida da Virgem do Socorro, talha de Juan de Mesa y Velasco, realizada entre 1618 a 1620. Mas, encontrei referências como sendo de Gabriel Astorga.
À direita, fica a talha de São João Evangelista, do escultor Antonio Castillo Lastrucci, 1935.
Iglesia del Salvador;
Nave lateral direita ou Nave da Epístola:
Após ver os retábulos da cabeceira da igreja, seguimos à direita para conhecer as retábulos e altares da nave direita da igreja.
Aproveitamos para vislumbrar a grandiosidade e riqueza de detalhes da arquitetura interior da construção. Aqui a imagem fala mais do que palavras.
Iglesia del Salvador;
Aproveito para um pequeno comentário sobre os vitrais da igreja, assunto que me encanta muito. 
As janelas, originalmente, recebiam vitrais de cristal transparentes (séc. XVIII).
Em 1870, os vitrais foram substituídos pelos atuais, com o intuito de dar mais cor ao ambiente que se tornou muito sóbrio com a passagem dos anos.
Iglesia del Salvador; vitrais;
Estes vitrais possuem motivos florais, estrelados, geométricos. No centro de cada vitral, podemos identificar o emblema da Colegiada, a bola mundial (planeta Terra) coroada pela cruz (símbolo da fé cristã).
Iglesia del Salvador; vitais;
Retábulo da Borriquita ou Retábulo dos Santos Crispin e Crispiniano
O primeiro retábulo que visitamos na nave lateral direita foi o Retábulo da Borriquita. Também conhecido como Retábulo dos Santos Crispin e Crispiniano, por ser dedicados aos mártires sapateiros de profissão.
Este retábulo de madeira entalhada e dourada foi esculpido por Bartolomé García e montado pelos irmãos José Fernando e Francisco José Medinilla, entre 1730 a 1733.
Iglesia del Salvador;
No nicho central do retábulo, temos a representação da entrada de Jesus em Jerusalém, intitulada como "Sagrada Entrada em Jerusalém". Nela vemos Jesus montado em um burrinho, taí o nome "La borriquita". Escultura realizado por discípulo de Pedro Roldán, início do séc. XVIII.
Ladeando o nicho central, as esculturas em relevo dos Santos Crispin e Crispiniano, um de cada lado. Acredito que as estátuas no nicho do sótão também sejam dos santos em questão.
A parede que comporta o retábulo, recebe uma interessante pintura a fresco (tipo mural) com longas cortinas abertas por anjos. 
👉 Uma pequena porta à esquerda deste altar, leva às Sacristias Alta e Baixa, mas só as conheceremos ao final da visita.
Iglesia del Salvador;
Conjunto de la Virgen de las Aguas
Seguimos no mesmo lado até o Conjunto de la Virgen de las Aguas, formado pela Fonte Batismal, Altar com frente de prata e o retábulo da Virgem das águas.
Retábulo de la Virgen de las Aguas, séc. XVII.
Belíssimo retábulo em madeira dourada, execução de José Maestre, 1724 a 1731. Foi construído após a execução do camarim que se encontra por trás do retábulo.
Este retábulo abriga a imagem da Virgen de las Aguas, do séc. XIII. Esta imagem foi esculpida pela intercessão da Santíssima Virgem, pelas chuvas após longo tempo de seca. Daí o nome de Virgen de la Aguas.
Nas laterais do retábulo, ladeando a Virgem, temos as imagens talhadas e policromadas de São Isidoro e São Leandro, ambas trabalho de Felipe de Castro
Ao lado da base do retábulo, temos duas portas de madeira trabalhada, uma de cada lado, que conduzem ao Camarim da Virgem de las Aguas. Estavam fechadas (😕😳). Junto à estas portas, nas paredes laterais, ficam armários roupeiros com portas altas e decoradas com motivos orientais em ouro.
Iglesia del Salvador;
Pelo retábulo podemos vislumbrar o Camarim da Virgem das Águas, cuja visita precisa ser agendada com antecedência. Mas, dá para perceber pelas brejas, que se trata de um recinto ricamente ornado. Se você tiver condições, não deixe de visitá-lo.
Iglesia del Salvador;Iglesia del Salvador;
No sótão temos um interessante alto relevo em madeira policromada de 1727, representando a aparição da Virgem ao Rei Fernando, o Santo, durante o cerco de Sevilha. Após o terceiro dia da aparição, o rei espanhol recebeu as chaves da cidade dos muçulmanos, sem derramar sangue.
Ladeando este relevo, as imagens de São José com o menino Jesus (à esquerda) e São Diego de Alcalá (à direita).
No topo do sótão, dois anjos seguram o Brasão da Monarquia Espanhola. No topo, três anjos sustentam o Emblema da Igreja Colegiada, a bola (mundo) coroada com a cruz cristã. Emblema que pode ser visto em várias obras na igreja.
Iglesia del Salvador;
Neste espaço, o vitral colorido da janela circular traz o mesmo emblema em seus traçados. Na parede que circunda a janela podemos ver vestígios de um antigo mural a fresco.
Iglesia del Salvador; vitral;
Na bancada do retábulo, em um nicho central protegido por vidro, a imagem do Niño Jesus, trabalho de discípulo de Martinez Montañés, 1606.
O Altar da Virgem das Águas, é de madeira e sua face frontal em prata, obra conjunta de Diego Gallego com o prateiro Eugenio Sánchez Recente, 1756. 
Defronte ao altar, fica a Fonte Batismal, esculpida em mármore pelo pedreiro Pedro López de Verástegui, 1591.
Iglesia del Salvador;
A seguir temos dois retábulos lado a lado em uma mesma parede.
Iglesia del Salvador;
Retábulo de San Fernando
O primeiro é o Retábulo de San Fernando, pelo escultor entalhador José Díaz, 1760 a 1767. 
No centro do retábulo, a escultura da imagem de San Fernando é atribuída à Antônio de Quirós e policromada por Francisco Meneses Osorio, 1699.  
Ladeando o nicho central, as imagens de São Hermenegildo (à esquerda) e San Luís, Rei da França (à direita), são atribuídos a Blas Molner, mas há quem afirme ser de Antônio de Quirós.
Iglesia del Salvador;
No sótão do retábulo, uma custódia em relevo ocupa a parte central, ladeada pelas imagens de San Diego de Alcalá e San Juan Bautista, séc. XVIII. 
No topo do sótão, o Brasão da Monarquia Espanhola. 
Iglesia del Salvador;
Retábulo Cristo de la Humildad e Paciencia
O segundo é o Retábulo Cristo de la Humildad e Paciencia, foi talhado em estilo neoclássico, inicialmente para ser o retábulo de San Cristóbal, trabalho de José Maestre, dourado por Francisco Lagraña.
No centro do retábulo, temos a imagem do Cristo da Humildade e da Paciência, representa a solidão do Cristo torturado, obra de Antônio Quirós, 1669. Esta escultura foi inpirada na pintura à óleo de Dürer, intitulada como o "Cristo das Dores".
Ladeando o nicho central, temos a imagem do Arcanjo Rafael e de São Cayetano.
Iglesia del Salvador;
No sótão do retábulo, no centro temos a imagem da Imaculada Conceição, ladeada por São Pedro e São Paulo.
Iglesia del Salvador;
Escultura de San Cristóbal
Defronte aos altares anteriores, estava a escultura de San Cristóbal, em madeira policromada, considerado o primeiro trabalho de Juan Martinez Montañês, 1597. 
A escultura, com 2,20 metros de altura, foi inspirada no imenso mural que se encontra na Catedral de Sevilha. E, como no mural, São Cristóvão carrega o menino Jesus sentado em seu ombro esquerdo.
São Cristóvão é o patrono dos viajantes e motoristas. 
Esta escultura costuma ser mudada de posição na igreja. Mas, o seu lugar de honra é na Capela de São Cristóvão, que veremos mais adiante... 
Iglesia del Salvador; San Cristóbal;
Retábulo de Santa Justa y Rufina
O Retábulo de Santa Justa e Rufina fica no final da nave lateral direita. 
O retábulo ricamente ornado foi executado por Juan de Dios Moreno, entre os anos de 1728 a 1730. Anteriormente, alocado no antigo Hospital de las Cinco Llagas, atual sede do Parlamento de Andaluzia, foi trazido para esta igreja em 1902.
No nicho central ficam as esculturas das Santas Justa e Rufina, atribuídas a Jerónimo Hernández, final do séc. XVI.  
Entre as santas, uma réplica da La Giralda, torre que as irmãs são protetoras.
No sótão do retábulo, em um nicho central, temos a escultura de Maria Madalena ajoelhada, trabalho de Juan de Dios Moreno.
No banco do retábulo, em um nicho central, ficava a cabeça de Cirineo (trabalho em madeira de Juan de Mesa), pertencente à Irmandade da Paixão. No dia de nossa visita, não estava no local, provavelmente retirada pela irmandade durante os festejos da Páscoa.
Iglesia del Salvador;
Ao lado do retábulo, duas portas gradeadas dão acesso à Capela de São Miguel (esquerda) e Capela de São Cristóvão (direita). 
Iglesia del Salvador;
Capela de São Miguel 
Capela acessada pela porta com gradil de ferro forjado, à esquerda do retábulo de Santa Justa e Rufina.
Dentro da capela um retábulo de mármore (vermelho e preto) com colunas dóricas e frontão, obra do pedreiro Julián del Villar, 1781. Este retábulo pertenceu ao antigo transaltar (retrochoir) da Colegiada. A composição atual data do séc. XX;
No centro do retábulo fica a escultura em madeira talhada e policromada do Arcanjo São Miguel, vestido como general romano, com armadura, capacete e espada. Aos seus pés, um dragão morto, simboliza o triunfo do bem sobre o mal. A escultura é de autor desconhecido, séc. XVIII.
No alto do retábulo, bem no centro, o Emblema da Colegiada, o globo com a cruz cristã.
A capela possui outras estátuas, pinturas e objetos de interesse artístico-cultural-religioso.
Iglesia del Salvador;
Capela de São Cristóvão (San Cristóbal)
A Capela de São Cristóvão, antiga capela Batismal, não possui retábulo ou outras decorações nas paredes, exceção à janela circular com vitral colorido. O retábulo esculpido para São Cristóvão foi adaptado para ser o Retábulo Cristo de la Humildad e Paciencia, visto anteriormente. 
No centro da capela, há um imenso pedestal de mármore vermelho e preto, onde fica a escultura do Santo que nomina o recinto. A escultura que deveria estar na Capela de São Cristóvão é aquela que vimos anteriormente entre os retábulos de San Fernando e do Cristo de la Humildad e Paciencia. Em seu lugar, temporariamente, foi colocada uma custódia.
San Cristóbal, era mártir cristão da Ásia Menor, adorado desde o séc. V. 
Iglesia del Salvador;
👉"Conta a lenda que: Christopher (em grego "aquele que carrega Cristo") era um destemido guerreiro de grande estatura e força física. Serviu um rei após o outro, sempre passando para o lado vitorioso. Certo dia, ao perceber que o seu atual “senhor” tremeu diante da menção do demônio, resolveu servir a este. Para tal feito procurou um bruxo para levá-lo até o demônio. Ao passarem por uma cruz, o bruxo a contornou assustado e com medo. O bruxo explicou que não temia a cruz, mas àquele que morreu na cruz, o mesmo que o próprio demônio sente a simples menção de Jesus Cristo. Cristóbal, decide procurar por Cristo e o servir, pois ele era o grande vitorioso. Na procura chega em um rio, em cujas margens vários viajantes o pagam para serem atravessados até a margem oposta. Sempre questionando sobre Cristo, sem obter respostas.
Um certo dia, ele atravessa uma pequena e “insignificante” criança, não se dando ao trabalho de a questionar a respeito de Cristo. Mas, o peso da criança era muito maior do que os outros que havia atravessado o rio, exigindo grande esforço de Cristóvão. Ao final da travessia, volta-se para a criança a questionando: - Quem é você para pesar como se fosse o mundo inteiro? Ao que a criança responde: - Eu sou Cristo, aquele a quem procuravas. A partir de hoje seu nome será Cristoforo, Cristóbal, o portador de Cristo
Desde momento em diante, ele passou a servir à Cristo, pregando em seu nome em Lycia e Samos. Onde foi preso, pelo Rei Dagom que era subjugado ao Imperador Décio. Dagon tentou de várias formas persuadir Cristóbal. Mas, quando moedas, mulheres e tortura não funcionaram, Dagon ordenou sua decapitação, tornando-o um mártir cristão."
Iglesia del Salvador;
Nave lateral esquerda ou Nave do Evangelho:
Seguimos para a nave lateral esquerda da igreja.
Retábulo do Simpecado de la Virgen del Rocío
O primeiro retábulo que encontramos foi o Retábulo do Simpecado de la Virgen del Rocío. Retábulo recente, talhado em madeira por Francisco Verdugo e dourada por David de Paz
No nicho central fechado por vidro, temos o estandarte da Irmandade de Rocío del Salvador (ou Irmandade de Sevilha), bordado pela oficina da artesã D. Esperanza Elena Caro.
Na parte central do banco do retábulo, um pequeno nicho expõe grupo escultórico das irmãs Santa Justa y Rufina com La Giralda, em prata.
Iglesia del Salvador;
Retábulo da Virgen de la Antigua
Retábulo presidido por réplica da Virgen de la Antigua existente na Catedral de Sevilha. Trabalho de Juan Ruiz Soriano, 1715.
No sótão do retábulo, temos as esculturas de São Blas (centro), ladeado por Santa Águeda (à esquerda) e Santa Lúcia (à direita), do séc. XVII.
No banco do retábulo, em um pequeno nicho, fica a imagem de Santo Antônio de Pádua.
Iglesia del Salvador; Iglesia del Salvador;
Retábulo de Santa Ana
Retábulo de Santa Ana em madeira talhada, dourada e policromada, estilo barroco, é de autor desconhecido, séc. XVII. 
Presidido por escultura de Santa Ana ensinando a Virgem a ler, trabalho de José Montes de Oca (1714).
Ladeando o nicho central, temos as imagens de São Joaquim (à esquerda) e Santo Antônio de Pádua com o menino Jesus (à direita), trabalho provável de discípulos de José Montes de Oca.
No corpo superior do retábulo, no nicho central temos a Virgem de Carmem, do séc. XVIII, provavelmente de Pedro Duque Cornejo. No lado esquerdo, fica a imagem dos bispos São Leandro e à direita São Isidoro
Iglesia del Salvador;
Retábulo de la Virgen del Rocio, trabalho de Jóse Maestre, 1728-1731. No início, foi dedicado aos arcanjos Miguel, Rafael e Gabriel. Na metade do séc. XX, passou a ser dedicada à Virgem del Rocio e propriedade da Irmandade do Rocio.
A escultura que normalmente preside este retábulo é uma réplica da padroeira de Almonte, a Virgem del Rocio (Rainha dos Pântanos), de Sebastián Santos Rojos
No sótão do retábulo em um nicho, podemos observar o relevo de um sol com rosto.
Iglesia del Salvador;
No dia de nossa visita, a escultura da Virgen del Rocío tinha sido substituída pela escultura de Imaculada Conceição, original do retábulo-mor. E, a escultura deste retábulo foi para o retábulo-mor. Uma permuta temporária, assim informaram.
Iglesia del Salvador;
Retábulo Sacramental, retábulo em estilo barroco rococó, colossal pelo tamanho e detalhes, sendo tão impactante quanto o Retábulo-mor da igreja é, também, obra do escultor português Cayetano de Acosta, 1756-1764. Assim como o retábulo-mor, trata a iconografia da Transfiguração de Cristo.
Na base do retábulo temos as imagens da Virgem do Voto (à esquerda) e de São José com o menino Jesus (à direita). Acima destes, São Francisco de Sales e São Filipe Neri.
Por todo retábulo, encontramos arcanjos e anjos celestiais.
Iglesia del Salvador;
O sótão do retábulo tem inspiração no Antigo Testamento, com cena de adoração e oferta do Pão Eucarístico, afinal este retábulo tem como objetivo a Exaltação da Eucaristia com a adoração e oferta do Pão Eucarístico à Arca da Aliança e ao Cordeiro Pascal, com Moisés, Aarão e Melquisedeque.
Iglesia del Salvador;
No topo do sótão, Deus Pai ou Deus Eterno, rodeado por anjos e arcanjos. Um dos anjos sustenta o emblema da Colegiada, a bola mundial coroada pela cruz cristã, sobre o qual Deus descansa sua mão.
Iglesia del Salvador;
Capela Sacramental
O Retábulo sacramental, é um portal para a retangular Capela Sacramental ou Capela de Jesus da Paixão, protegida por gradil de ferro forjado.
A Capela Sacramental, é dedicada ao Santíssimo, à Eucaristia, o Sancta Sanctorum (sagrado dos sagrados), o eleito. Resumindo, ao Tabernáculo. 
Originalmente, a capela foi construída por Vicente Bengoechea, entre 1750 a 1756 e , em seu interior, possuía um retábulo de madeira dourada de Cayetano de Acosta (outro, e não o do portal). 
A grade de ferro estava fechada, mas foi possível contemplar o seu interior através da mesma. Um momento de exaltação, reflexão e encantamento. 👉Dica: Depois que saí da igreja, descobri que o acesso para esta capela se faz pela loja de souvenir no pátio da igreja.
Iglesia del Salvador;
Em 1905, em decorrência de incêndio na capela, o retábulo do interior da capela, esculturas e mobiliários foram perdidos. 
Em substituição ao retábulo queimado, foi instalado um novo de madeira talhada e dourada, que foi vendido entre 1957/1958, para o Priorado de Puerto de Santa María.
O retábulo vendido foi substituído pelo retábulo atual. Trata-se de um magnífico retábulo de prata do "Nuestro Padre Jesús de Pasión", obra do ourives Tomás Sanchez Recente, de 1753. Retábulo que foi transferido para esta capela em 1957, era de propriedade dos Jesuítas. 
Este retábulo é presidido por escultura em madeira de cedro natural de Nosso Senhor Jesus de Paixão, obra de Juan Martínez Montañês, entre os anos de 1610 a 1615. Representa o mistério da Paixão de Cristo, esta escultura desfila pelas ruas da cidade, em procissões da Semana Santa.
Aos pés de Cristo, fica o tabernáculo, em prata.
Em nichos laterais, os bustos de madeira talhada dos Jesuítas, Santo Inácio de Loyola (à esquerda) e São Francisco Xavier (à direita).
Iglesia del Salvador;
A escultura que vemos no lado esquerdo ao retábulo é a Virgem da Misericórdia, com rica vestimenta bordada e belíssima coroa de ouro com pedras incrustadas. Imagem de escultor desconhecido de 1654.
No lado direito ao retábulo, a escultura de São João Evangelista.
Iglesia del Salvador;
O interior desta capela é ricamente decorado com muitas pinturas e esculturas. Na parede esquerda da capela, temos uma imensa e bela pintura da Imaculada Conceição, trabalho de José Tovar Villalva, 1911.
Abaixo da pintura, uma porta de madeira com motivos mudéjar. 
O recinto recebe vários lustres de prata, que pendem do teto.
Iglesia del Salvador;
Sacristias
Por trás dos altares da cabeceira ficam as Sacristia Alta e Sacristia baixa, que atualmente funcionam como Museu da Colegiada.
- Sacristia Alta
Seguimos para a Sacristia Alta, composta por duas salas (sul e norte) ligadas por um longo e estreito corredor. Nas salas encontramos uma belíssima coleção de arte sacra muito interessante. Retábulos, pinturas, esculturas, cálices, livros, jarros para óleos, bandejas, castiçais, vestimentas, sinetes, crucifixos, ..., verdadeiro museu do Colegiado.
Abaixo, algumas fotos da ala sul da Sacristia Alta.
A pintura abaixo, intitulada como Piedade, é de autoria desconhecida, séc. XVII.
Iglesia del Salvador; sacristia;
Na primeira sala da Sacristia Alta, temos vários expositores de vidro (ou acrílico) com peças de interesse. São bandejas, vestimentas, ..., livros de regras das irmandades da igreja. 
Como exemplo temos na primeira imagem da foto abaixo, o livro de Regras abaixo, de uma das Irmandades, autoria desconhecida, provavelmente de 1855. Na segunda imagem da mesma foto, um par de sapatos ou algo do gênero. Provavelmente, pertence a alguma escultura da igreja. 
Iglesia del Salvador; sacristia;
Abaixo, uma das muitas versões da Virgem Maria, mãe de Cristo.
Iglesia del Salvador; sacristia;
No corredor que liga as duas alas da Sacristia alta, temos o Relicário de Santa Barbara, em prata dourada e cristal sobre o qual descansa o emblema do Colegiado, autor desconhecido, 1704. Dentro do relicário, um pedaço da extremidade distal do úmero da santa.
Iglesia del Salvador; sacristia; relicário Santa Barbara;
Abaixo, visão geral da ala norte da Sacristia Alta. No meu ponto de vista a ala mais bonita da sacristia alta.
Iglesia del Salvador; sacristia;
Abaixo, o retábulo central é conhecido como Retábulo do sacrifício de Isaac, trabalho do escultor José Maestre, 1717. A pintura a óleo no centro do retábulo é de Llanos Valdés
No canto direito da foto, parte do relevo que trata da Anunciação à Virgem Maria, pelo Anjo Gabriel, de que ela seria a mãe do filho de Deus. (infelizmente, a foto não ficou completa).
No canto esquerdo, o relevo retrata a Ressurreição de Cristo Triunfante e sua aparição sobre a pedra removida de seu sepulcro. Nesta cena, estão três centuriões romanos adormecidos.
Iglesia del Salvador; sacristia;
Oratório de madeira dourada, com imagem desconhecida. Seria São José?
Iglesia del Salvador; sacristia;
Relevo do antigo retábulo-mor, trabalho do escultor Juan Oviedo, séc. XVII. Tem como tema a Adoração dos Pastores. Na cena principal temos a Virgem, São José e o Menino Jesus na manjedoura. Ao lado desta cena um pastor ajoelhado oferece uma prenda. A cena é cercada por outros pastores. No alto, anjos celestiais comemoram o nascimento.
Iglesia del Salvador; sacristia;
Abaixo, pintura da Imaculada, autoria desconhecida, séc. XVII.
Iglesia del Salvador; sacristia;
Móvel gaveteiro, em madeira maciça, com exposição de vários candelabros de prata.
Iglesia del Salvador; sacristia;
- Sacristia Baixa ou Sacristia inferior
Espaço retangular, remanescente da antiga mesquita-escola, o que agrega importante valor histórico e cultural. Ao longo do tempo foi utilizado com várias finalidades, foi local de culto na época da construção da atual igreja, depósito de retábulos e peças sacras e litúrgicas do colegiado.
Presidido por um grande retábulo de madeira talhada dourada, com uma imensa pintura retratando a Transfiguração de Jesus, obra de Pablo Legot, 1631. Foi o retábulo-mor da igreja até a segunda metade do séc. XVIII quando foi substituído pelo retábulo-mor atual.
Iglesia del Salvador; sacristia; Iglesia del Salvador; sacristia;
Abaixo, podemos admirar duas belas pinturas alocadas nesta pequena sacristia.
A primeira com três metros de altura, retrata San Millán de la Cogolla, na Batalha de Simancas, obra da segunda metade do séc. XVII. Autor desconhecido, mas há alegações ser de Sebástián Llanos Valdés
A segunda retrata Maria Magdalena, obra de Pedro de Comprobín Passano, pintada entre 1632 a 1634.  
Iglesia del Salvador; sacristia;
Abaixo, as pinturas das cabeças decepadas dos mártires São João Batista (à esquerda) e São Paulo (à direita), trabalho de grande realismo de Sebastián Llanos Valdés, 1670. 
O Crucificado entre as pinturas é de autoria desconhecida, final do séc. XVI. Denominado como Crucificado del Buen Viaje (Crucificado de Boa Viagem). 
Nas paredes laterais desta sacristia ficam as antigas bancas do coro da Colegiada, talhadas em madeira (final do séc. XVIII).
Iglesia del Salvador; sacristia;
Órgão tubular
Retornamos à nave central da igreja. 
Não deixe passar despercebido o pavimento da nave principal em mármore branco e desenhos em mármore preto.
Iglesia del Salvador; órgão tubular;
Aos pés da nave central, sobre a porta principal da igreja, fica o único e imponente órgão da igreja, em estilo neoclássico, do final do séc. XVIII. Anteriormente fica alocado na segunda seção da nave central. Em 1861, foi transferido para o local atual.
Iglesia del Salvador; órgão tubular;
Órgão tubular em bela caixa de madeira, trabalho de Juan de Bono Manuel Barrera y Carmona, entre 1792 a 1796. 
A caixa de madeira é dividida em dois corpos sobrepostos. O primeiro corpo, com quatro pilastras entre as quais vislumbramos os tubos verticais do órgão, é o principal. Sobre este corpo são sobrepostos uma cornija horizontal e um segundo corpo com pequeno conjunto de tubos que corresponde ao sótão do órgão. O sótão é arrematado por frontão triangular sobre o qual fica um anjo trompetista. 
Iglesia del Salvador; órgão tubular;
A igreja possui um pequeno pátio com algumas laranjeiras e uma fonte no centro. Era o pátio das abluções da mesquita do séc. IX. Neste pátio é possível ver vestígios da antiga construção mulçumana. 
A base da única torre sineira, era parte do minarete da mesquita, acrescido do corpo de sinos por Leonardo de Figueroa no final do século XVII. Esta torre é bem menor que a torre da Catedral e não a subimos.
👉A cripta, o Camarim da Virgen de las Aguas e os telhados da igreja só são acessados através de visitas guiadas agendadas com antecedência. Não os visitamos. 
Nossa visita a esta igreja estava encerrada e retornamos à Plaza del Salvador. 
Na Plaza del Salvador, existe uma infinidade de bares/restaurantes com mesinhas do lado de fora, além de diversas lojas. 
Seguimos nosso passeio à pé pelas ruas de Sevilha. No caminho fomos surpreendidos por achados inesperados. Lembrando que um mapa ou GPS, ajuda bastante se você (como nós) não conhece a cidade.
Na praça, sobre um pedestal de mármore, fica o monumento em homenagem ao escultor espanhol Juan Martínez Montañés (★1568 1649), trabalho de Agustin Sánches, 1924.
Iglesia del Salvador; Plaza del Salvador;

Capilla de San José

Partindo da praça do Salvador, seguimos na direção norte, em direção a Calle Sagasta, viramos à esquerda na Calle Sagasta e novamente à esquerda na Calle Jovellanos
Na calle Jovellanos, encontramos mais uma preciosidade da cristandade de Sevilha, a Capela de São José. Uma construção que pode passar despercebida por estar comprimida entre os demais edifícios.
Da praça do Salvador até a Capela de São José foram, mais ou menos, 2 minutos de caminhada. Saímos da rota, mas valeu a pena, afinal foram poucos minutos. Só lamentei que a capela estivesse fechada. Abre diariamente para visitas e missas, mas fecha para a siesta, reabrindo no final da tarde. 
Esta pequena capela, em estilo barroco e com uma única nave, foi construída em duas etapas entre os anos de 1687 a 1766, no lugar onde ficava a capela do Hospital do Sindicato dos Carpinteiros, aos cuidados da Irmandade dos Carpinteiros. Quem mais poderia representar os carpinteiros que não São José? 
Fechada em 1868, foi declarada Monumento Nacional Espanhol apenas em 1912. Em 1931, durante a revolta da Proclamação da Segunda República, foi incendiada. Aos cuidados dos Capuchinhos, desde 1964 até os dias atuais.
Capilla de San José;
A fachada principal, como a vemos hoje, foi desenhada por Lucas Valdés, em 1716. 
Em sua construção participaram os mestres do séc. XVIII Pedro Romero (núcleo principal da nave) e Esteban Paredes (Fachada e Capela-Mor). Na reparação pós incêndio de 1931, o arquiteto José Maria Rodríguez Cano.  
Trabalhada em tijolos e azulejos, com uma única portada com trabalhos em baixo e alto relevo, além de nichos com imagens.
No centro, uma única porta de madeira com duas bandas. Ladeando a porta, temos dois nichos com as imagens de Santa Ana com a Virgem menina (à esquerda) e São Joaquim (à direita).
No nicho acima da portada, a imagem de São José com o menino Jesus.
Acima de tudo, fica o campanário, em tom contrastante com o restante da construção. No nicho maior e central fica o sino maior. No topo do campanário em um nicho menor fica um pequeno sino (não visualizado na foto).
Capilla de San José;
Abaixo, o detalhe acima do portal da fachada principal.
No nicho central, fica a escultura do "dono" da capela, São José com o menino Jesus no braço.
O nicho central é ladeado por dois medalhões em baixo relevo com as imagens de Santa Isabel da Hungria (à esquerda) e São Fernando (à direita).
Dizem que o interior desta capela, mesmo precisando de reformas, é espetacular. Ricamente ornamentado e com profusão de obras de grande importância cultural, artística e religiosa. Destaques para a abóbada com pintura mural, retábulos trabalhados em especial o retábulo-mor neoclássico, pinturas flamengas, coro e órgão tubular, além de muitas esculturas. 
Obras que contam a vida de São José, sua infância, noivado e casamento com Maria, fuga do Egito e morte.
Então, se a capela estiver aberta, entre sem cerimônias e se deixe encantar. Se não pela crença, pela arte e cultura. Paga-se uma pequena taxa de entrada.
Capilla de San José;
Da Capela de São José até nossa pousada, seria uma caminhada aproximada de 1 km. Mas, optamos por um caminho alternativo e mais longo. No caminho muitas lojas e outros atrativos, transformando os 12 minutos de caminhada previstos em um tempo mais largo. Tudo pelo turismo e algumas lembrancinhas da cidade. 😊😉😎
Contornamos a Capela até a Calle Tetuán uma rua comercial pedonal. Ao chegar nesta rua, seguimos à direita até a Calle Velázquez terminando no cruzamento com a Calle O`Donnel. Ruas com diversas lojas de roupas, calçados e outros artigos. Algumas marcas famosas.  
Sevilha;

Monumento a Pastora Imperio

O cruzamento da Calle Velázquez com a Calle O'Donnel, forma um espaço triangular calçado, onde fica o Monumento a Pastora Imperio. Um busto em bronze, sobre um pedestal de mármore, que homenageia a dançarina cigana do folclore flamenco Pastora Rojas Monje, conhecida pelo nome artístico Pastora Imperio (★1889 1979). Como dançarina de flamengo, realizou várias peças teatrais e teve participação em filmes do cinema. A obra é do escultor Luis Álvarez Duarte, inaugurada em 2006.
Sevilha; Monumento a Pastora Imperio
Nesta altura do passeio, cansados e com o celular e bateria extra se exaurindo, apelamos para o Google Maps, tendo como destino nossa pousada. (Santo Google, companheiro e protetor dos turistas incautos 😇🙌)
No caminho os últimos clicks do celular.

Iglesia de San Gregorio ou Iglesia del Santo Sepulcro

Abaixo, a Iglesia de San Gregorio ou Iglesia del Santo Sepulcro, na Calle Alfonso XII. Fechada, será que para a "siesta"?
Igreja fundada pelos Jesuítas no ano de 1592, como parte do convento da Companhia de Jesus. Na época abrigavam os religiosos ingleses, sendo também conhecida como Colégio dos Ingleses. Com a expulsão dos jesuítas em 1767, pelo rei Carlos III, o convento foi fechado, passando a ser propriedade do Estado. Em 1771, passou para as mãos da Sociedade Médica Real de Sevilha. A igreja do convento permaneceu pública. Em 1810, foi fechada após a invasão napoleônica. Ao longo dos tempos passou por várias reformas e remodelações até chegar à configuração atual. Nos dias atuais, pertence à ordem dos Frades Mercedários.
Externamente é bem austera e simples. Na fachada principal, há um único portal de entrada, simples, alto e largo, com cantos arredondados. As janelas e rosácea trazem vitrais coloridos. Internamente, possui três naves com vários altares nas naves laterais.
Sevilha; Iglesia de San Gregorio;
Cruzamento da Calle Alfonso XII com a Calle Redes
Sevilha;
Prédio na Calle Redes, rua da nossa pousada. Ufa, estamos perto, praticamente chegamos. 
 
👉Depois de uma longa manhã que adentrou no início da tarde, retornamos ao hotel para uma boa carregada nos celulares, enquanto tiramos um merecido e rápido cochilo, a famosa "siesta" espanholaAcho que posso me acostumar com esta tradição. 😁😴😴
Sevilha;
Após nosso rápido descanso e um revigorante banho, retornamos ao tour, cujo destino final seria a famosa "Setas de Sevilha". Novamente, lançamos mão do Google Maps e seguimos o caminho abaixo. Escolhemos este caminho, porque resolvemos fazer o retorno pela Calle Alfonso XII.
O caminho é tranquilo e agradável. A Calle Gardenal Cisneiros possui várias construções bem conservadas. Algumas com murais de azulejos pintados, encrustados em suas nas paredes externas. 
Na primeira imagem abaixo, temos a representação do Calvário de Jesus. Na segunda e terceira imagem, o mural de Nossa Senhora dos Bons Livros pintada por Antonio Martínez Adorna. (Gente, eu desconhecia a existência desta versão da Virgem Maria).
Sevilha; mosaicos;
No meio do percurso uma imensa loja de departamentos, da cadeia espanhola El Corte Inglés. Além de muitas outras lojas comerciais. Neste ponto, fique atento ao caminho, ou pegue um trajeto alternativo.

Palácio del Marqués de la Montilla

A partir do cruzamento triplo da Calle Orfila com a Calle Laraña e Calle Cuna, temos uma linda construção em tijolos no estilo medieval. 
É o Palácio del Marqués de la Montilla.
Palácio del Marqués de la Montilla; Sevilha;
Projeto e construção realizados entre os anos de 1921 a 1931, pelo arquiteto Gino Coppede. Sim, o estilo é medieval, mas a obra é relativamente recente.
A presença das plantas por detrás e acima de parte da fachada, sugere se tratar de um pátio interno arborizado. 
Palácio del Marqués de la Montilla;
Minha curiosidade e desejo de entrar estavam ativados. Mas, não entramos. 😑😒Trata-se de um prédio privado, não aberto ao público. Fato que não impede de o admirarmos e registrar o exterior em fotos. 
A retangular torre de vigia com 25 metros de altura, janelas articuladas com arcos neogóticos e finalizada com ameias, é simplesmente maravilhosa.
Depois de alguns breves minutos de admiração, seguimos à esquerda na Calle Laraña.
Palácio del Marqués de la Montilla;

Faculdade de Belas Artes

O austero prédio, ao lado do palácio de Montilla, pertence à Universidade de Sevilha e abriga a Faculdade de Belas Artes. Prédio com quatro andares.
O prédio foi construído em 1581, projeto original de Giuseppe Valeriani e execução com modificações do projeto por Juan Bautista Villalpando, ambos arquitetos jesuítas. Inicialmente, foi Casa Professa da Companhia de Jesus (Jesuítas), conhecida como Colégio da Anunciação. Em 1767 os Jesuítas foram expulsos e a casa fechada. 
Em 1771, o prédio passou a ser a segunda sede da Universidade de Sevilha, tornando-se a escola da Universidade Literária. 
Importantes obras de melhorias e reformas foram realizadas nos sécs. XIX e XX. 
Em 1924, o arquiteto José Gómez Millán, realizou a reformas dando a atual configuração do prédio, seguindo o estilo regionalista da época.
Em 1956, a sede da Universidade de Sevilha foi transferida para a antiga Fábrica de Tabaco. Após, alguns anos e novas reformas segundo projeto do arquiteto José Galnares Sagastizábal, o predio passou a abrigar a Faculdade de Belas Artes vinculada à Universidade de Sevilha.
Em 1969, este prédio foi listado como Monumento de Interesse Cultural.
Faculdade de Belas Artes; Sevilha;
Porta aberta, ..., algumas pessoas entrando, ..., não resisti. Entrei.
Uma intromissão inocente e fugaz, seguida por alguns clicks. 
Após passar pelo portal de entrada, você acessa o pátio interno da faculdade, circundado por galeria finalizada cor arcadas sustentadas por finas colunas de mármore, área do antigo claustro dos jesuítas. 
Uma pequena dúvida: Na época dos jesuítas, este pátio era ajardinado ou já era pavimentado? Tentei descobri e não achei referências. 
Faculdade de Belas Artes;
Esta faculdade oferece dois cursos de bacharelado: um em Belas Artes e outro em Conservação e Restauração de Ativos Culturais. Além de Mestrado em Arte, Ideia e Produção e Doutorado em Arte e Patrimônio.
Faculdade de Belas Artes;
Na galeria que rodeia o pátio interno, várias esculturas estão expostas em pequenos pedestais. Lembram as esculturas dos tempos romanos, mas acredito que são réplicas. Provavelmente, elaboradas por alunos da faculdade.
Faculdade de Belas Artes;

Iglesia de la Anunciación

Iglesia de la Anunciación, em estilo renascentista, foi edificada entre os anos de 1565 a 1579 pela Companhia de Jesus, os Jesuítas, para ser a igreja do antigo Colégio da Anunciação. Com a expulsão dos Jesuítas em 1767, passou a ser a capela da Universidade de 1771 até 1956.
O projeto inicial de Bartolomé de Bustamante, foi modificado pelo arquiteto Hernán Ruiz II. Sua austera fachada em alvenaria, destaca-se pela magnífica portada aos pés da igreja, contida entre duas altas colunas que sustentam um frontão triangular.
A portada principal é dividida em duas seções. A seção inferior é formada pelo grande arco semicircular que recebe a porta de madeira em duas bandas, sendo ladeada por dois nichos.  Já a seção superior contém três divisões tipo retábulos. No centro, um medalhão em relevo traz a imagem da Virgem com o menino Jesus, obra atribuída a Juan Bautista Vázquez, o velho. Nas laterais, dois nichos com as esculturas de São Miguel e São José com o menino Jesus, do séc. XVII.
Possui cripta que funciona como panteão de ilustres personalidade de Sevilha.
Não visitamos o seu interior. 
Iglesia de la Anunciación;

Metropol Parasol

E olhando para o outro lado, temos a Plaza de la Encarnación, e no centro o Metropol Parasol, conhecido como Las Setas de la Encarnación ou Las Setas de Sevilla. Setas em espanhol, significa cogumelos em português. 
Mesmo já tendo visto fotos, fiquei surpreendida pela visão impactante do edifício, por conta do seu formato e tamanho
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Esta impressionante construção é mais do que um simples edifício. É uma colossal escultura em madeira, exemplo impar da arquitetura moderna. É a maior estrutura em madeira do mundo, tornando-se um ícone da cidade. Projeto do arquiteto alemão Jürgen Mayer-Hermann
A Escultura/Edifício fica no centro da Plaza de la Encarnadión, onde ficava um parque de estacionamento, sendo inaugurada em 2011. Uma obra relativamente recente para a cidade milenar.
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
São seis estruturas cilíndricas que se elevam e, no topo, se abrem como um cogumelo ou guarda-sóis, e se conectam, formando uma única estrutura. Difícil descrever. Melhor observarem as fotos seguintes. Mas, o ideal seria observar "in loco".
Na base da estrutura, uma escadaria larga com vários degraus, nos leva a uma elevação do piso em torno de 5 metros de altura em relação ao nível da rua. Há uma escada rolante no cantinho, para os menos atletas. 
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Subimos esta escadaria e chegamos à Plaza Mayor. Uma praça dentro da 
Plaza de la Encarnación. Um grande espaço aberto e sombreado pelos cogumelos gigantes, que serve para eventos culturais, lazer, shows ou simplesmente desacelerar e relaxar. Na primavera e verão esta sombra é muito convidativa.
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Aproveitamos para observar a estrutura inferior da escultura. Parece um grande quebra-cabeça. E, de certa forma, o é. São mais de 3000 peças de madeiras de pinheiro finlandês, encaixadas em barras de aço fundido. Para suportar as oscilações de temperatura e umidade de cada estação, as peças são tratadas individualmente, tendo suas extremidades recebido poliuretano impermeável. 
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Não é pra qualquer um. O cara tem que saber o que está fazendo ou tudo desmorona. 👀😏
Pode não parecer, mas este prédio tem 4 níveis de piso:
- Piso 1: piso subterrâneo (bilheteria, elevador, escavação arqueológica, loja de souvenir e informações turísticas).
- Piso 2: piso térreo (mercado, restaurantes, acesso para o sub-solo, escadaria para a praça Maior).
- Piso 3: (banheiros, lanchonete/bar e mirante)
- Piso 4: mirante.
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Resolvemos subir no cogumelo e ver a vista lá de cima. Mas, pra isto é preciso descer até o subsolo da construção para depois subir de elevador até o topo da estrutura onde fica um mirante panorâmico em formato de passarela.  
Descemos a escadaria e encontramos a entrada que nos levaria ao subsolo da construção.  
A entrada desta escadaria é sinalizada pela área da escavação, atual Museu Arqueológico nomeado como Antiquarium de Sevilla.
Metropol Parasol; Setas de Sevilha; Antiquarium de Sevilha;
Após a compra dos ingressos, como a fila do elevador para o mirante estava bem longa, resolvemos ver área das escavações primeiro, o 
Antiquarium de Sevilla
Estas escavações foram descobertas acidentalmente, em 1990, durante os trabalhos para a construção de um estacionamento subterrâneo. Imaginem a surpresa e dúvidas que a descoberta arqueológica gerou na época. O estacionamento subterrâneo iria compensar o uso da área do estacionamento de superfície da praça que seria remodelada, mas este projeto foi imediatamente abortado. A descoberta era muito mais importante, do ponto de vista histórico e cultural.
Metropol Parasol; Setas de Sevilha; Antiquarium de Sevilha;
Em 2004, a Câmara Municipal de Sevilha aprovou o projeto arquitetônico do Metropol Parasol. O que gerou muitas críticas e polêmicas, contrárias e de apoio ao projeto. Como manter este antigo patrimônio recém descoberto e ao mesmo tempo construir neste local uma obra moderna? Como fazer para que uma não prejudicasse a outra? Compensaria a perda do estacionamento de superfície, visto que o subterrâneo não seria feito?
No final, resolveram que seria possível que duas estruturas coabitassem no mesmo endereço, a escavação arqueológica e o moderno Metropol Parasol. O estacionamento subterrâneo não foi feito, e, muito menos mantido na superfície da praça.
Calcularam o projeto de estruturação do alicerce do Metropol Parasol de tal maneira a manter o subsolo acessível aos escavadores e público geral. Os pilares subterrâneos construídos sustentam a estrutura dos "cogumelos" gigantes, teto que cobre as escavações e serve de piso para a praça, suportando todo o peso de estruturas e pessoas na superfície externa.
Ao todo são quase 5.000 m² de área escavada e coberta. O que não é pouca coisa. 
Metropol Parasol; Setas de Sevilha; Antiquarium de Sevilha;
As escavações são protegidas por grossas paredes de vidro que permitem sua observação sem danos ao patrimônio.
Estas escavações revelaram vestígios arqueológicos de épocas passadas, como do período romano, visigótico e islâmico. São ruas, casas, colunas, mosaicos, piscinas, fontes, utensílios domésticos, entre outros.
Metropol Parasol; Setas de Sevilha; Antiquarium de Sevilha;
A maior parte dos achados é do período romano, dos sécs. I e VI. Mas, identificaram uma casa almóada islâmica entre os sécs. XII e XIII. 
O projeto do Museu Arqueológico Antiquarium de Sevilla foi executado pelo arquiteto Felipe Palomino González.
Metropol Parasol; Setas de Sevilha; Antiquarium de Sevilha;
Enfim, subimos o pequeno elevador até o mirante panorâmico das Setas de Sevilha. São 360° de vista à 28 metros do nível da rua. 
A espetacular vista compensa o preço de 3 euros cobrados, que inclui uma bebida na lanchonete do terraço, que fica no terceiro piso, ou em um dos restaurantes no térreo.
Na foto seguinte, estamos no 4º piso, o mais elevado do Metropol.
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Toda estrutura é cortada por trilhas sinuosas e muradas que permitem a circulação segura dos visitantes. São 250 metros de comprimento em movimento ondulado, onde você circula livremente e no seu tempo. Compensa pelo inusitado que permite caminhar sobre uma obra de arte e pelas vistas panorâmicas.
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Não esqueçam de passar protetor solar e dos óculos escuros. 
😎 Um boné e roupas claras também são bem vindos. Minha blusa era preta e senti o preço da escolha. Era final da tarde, mas o sol estava a todo vapor, tão quente como se fosse meio-dia. Ô calorão. 😓🌞
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Do alto, uma vista da vizinha Iglesia de la Anunciación e sua trabalhada cúpula com lanterna, decorada com azulejos sevilhanos. Sua única Torre Sineira, não é muito alta se comparada com La Giralda da Catedral e dá a sensação de estar incompleta. Mas, cumpre o seu papel.
Iglesia de la Anunciación; Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Mais um ângulo da mesma igreja e outros edifícios nas imediações das Setas de Sevilha. Dá para identificar a fachada principal da Faculdade de Belas Artes e parte do Palácio Montilla. 
A Igreja foi declarada como Monumento Histórico Artístico em 1931. Em 1969, juntamente com a Faculdade de Belas Artes e outros prédios, foi listada como Monumento de Interesse Cultural.
Iglesia de la Anunciación; Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
É só seguir na passarela e você terá lindos cenários e belíssimas fotos como recordação.
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Nesta próxima foto, temos parte da superfície superior dos cogumelos e como eles se unem. Dá pra sentir a dimensão deste arrojado projeto.
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
A torre La Giralda, ao longe, nos dá uma noção da distância e altura que estamos.
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
A ponte estaiada no horizonte, no lado esquerdo da foto, é a Puente del Centenario.
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Apesar do pouco tempo em Sevilha, algumas construções conseguimos distinguir no meio de outras tantas. 
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Na foto seguinte, vemos a Igreja do Salvador em primeiro plano e a Catedral de Sevilha logo atrás. Parece se tratar de uma mesma construção, mas se observar com cuidado verá que há várias ruas entre elas. 
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Apesar de não ser tão alto como a La Giralda, você tem vistas panorâmicas belíssimas de Sevilha.
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
O rio Guadalquivir é cruzado por várias pontes, cada qual com estilo próprio. A que vemos abaixo, 
na faixa central um pouco à direita na linha do horizonte, é a Puente Alamillo
A torre próxima à ponte, que parece um vulto escuro, é o mirador Torre de los Perdigones
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Do alto observamos alguns prédios que podem passar despercebidos, mas donos de beleza que merece destaque. Como o prédio de 5 pisos, que vemos no canto esquerdo da foto. Construído em 1900, na Calle Regina, nº 4. O térreo é ocupado por lojas comerciais e os andares superiores são residenciais, algo bem comum nos prédios residenciais da Espanha. 
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Ah, como eu queria ficar em Sevilha o tempo suficiente para identificar as muitas construções locais. Mas, aí, não seria passeio. Seria morar e viver na cidade. Em outra vida, quem sabe?
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Do alto, uma espetacular visão de vários prédios históricos em contraste com a arquitetura moderna das Setas.
Na foto abaixo, no centro da linha do horizonte, podemos ver as torres da Plaza de España, que veremos na postagem de Sevilha, parte II. Aguardem.
No canto esquerdo, temos uma visão parcial da cúpula e torre sineira que eu acredito ser da Igreja de Santa Cruz. E, a cúpula e torre sineira que aparece no canto direito da mesma foto, acho que é a Igreja de São Alberto Magno (Oratório de São Felipe Neri). Não os visitamos.
A foto dá a impressão que estas construções estão muito próximas. Pura ilusão provocada pelo zoom do celular.
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Abaixo, ao fundo, um pouco da Isla de la Cartuja, um novo bairro, não residencial, criado entre dois braços do rio Guadalquivir. Nesta região ficava o antigo Cartuja de Santa María das Cuevas ou Mosteiro da Cartuja (séc XIV), hoje transformado em Centro Andaluz de Arte Contemporânea
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Esta região abrigou a Exposição Universal de 1992, a Expo 92. Parte das construções foram aproveitadas para o Parque Científico Tecnológico Cartuja 93 e o Parque Temático Isla Mágica. Também abriga centros universitários e de pós-graduação, jardins, teatros, sedes de empresas, órgãos oficiais, Estádio Olímpico La Cartuja, dois hoteis, entre outras construções.
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Dando zoom, podemos ver o Pavilhão do Futuro que se destaca pela parede de altos arcos. Durante a Expo 92, foi sede dos pavilhões de Meio Ambiente, Energia, Telecomunicações e Universo. Hoje é sede do Arquivo Geral da Andaluzia e conta com um centro de eventos.
O foguete que vemos no canto esquerdo da foto é uma réplica com 70 metros de altura do Foguete Ariane, responsável por colocar o satélite Hispasat em órbita.
Se você for ficar três dias em Sevilha, não deixe de atravessar o rio visitar a Isla de la Cartuja. Infelizmente, como só passamos dois dias em Sevilha, não tivemos tempo de explorar o outro lado do rio. Uma boa desculpa para retornarmos à Sevilha.
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Seguindo a passarela você desce do 4º ao 3º piso de maneira bem suave. Um momento de sombra bem apreciado. 
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
É surreal andar sobre esta estrutura inovadora e peculiar. 
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Neste piso ficam os banheiros, bebedouros e uma pequena cafeteria/lanchonete que também funciona como bar. É nesta lanchonete que você pode adquirir sua bebida com o ingresso do mirante. Pode ser uma água, refrigerante ou cerveja. Ou deixar para usar no restaurante do térreo. Optamos pela segunda alternativa.
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Como sempre, ao final do passeio sempre há uma lojinha de souvenir, localizada no sub-solo da escultura. 
Muito interessante a miniatura do monumento. Feita em papelão, reproduz fielmente a obra que terminamos de percorrer. 
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Mercado de la Encarnación
No térreo, aos pés do Metropol Parasol e usufruindo de sua sombra, fica o Mercado de la Encarnación, com várias bancas de frutas, frutos do mar e açougues. 
Na extremidade entre a Puerta Sur e a Puerta Este, alguns restaurantes com variado menu de refeições e petiscos, abrem suas portas para o exterior, com a opção de mesas dentro ou fora. 
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Depois do passeio, nada como repor as energias e líquidos perdidos. Escolhemos a franquia espanhola Cervecerá la Sureña. Bar/restaurante especializado em gastronomia da região da Andaluzia, 
na Plaza de la Encarnación. Fica explicitamente aos pés do monumental Metropol Parasol que acabamos de visitar. Não é a única opção, mas estava bem frequentado por locais e turistas, o que sempre é uma boa indicação.
Optamos por Huevos Jamon e trufas. Um prato em que a base são batatas fritas e por cima três ovos fritos, com jamon serrano (presunto) em finas fatias. Para beber uma taça de vinho para mim e "umas" cervejas para meu marido.
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Os prédios no entorno do monumento são comuns e sem grandes atrativos.
Muito bom rever as fotos deste passeio que ficará para sempre em minhas memórias.
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Nada como uma pausa para relaxar e refrescar.
Metropol Parasol; Setas de Sevilha;
Pelo adiantar da hora, resolvemos retornar à pousada. Uma noite de merecido descanso para nosso tour do 2º dia de Sevilha. 
Seguimos por um caminho diferente. 
Não se deixem enganar pela presença da luz solar, já é início de noite em Sevilha. Na primavera e verão o pôr-do-sol demora a ocorrer. Você perde, completamente, a noção do tempo.
Retornarmos, até o Palácio del Marqués de la Montilla. Amei este castelo urbano. Não resisti e tirei mais uma fotinha. 
Palácio del Marqués de la Montilla;
Interessante o prédio em estilo mudéjar, no cruzamento da Calle Martín Villa com a Calle Sta. María de Gracia, ocupado pelo Bankinter, banco espanhol com sede em Madri.
Bankinter;
Nesta altura a Calle Martín Villa, passa a ser nominada como Calle Campana. Fácil de identificar pela tradicional confeitaria e sorveteria La Campana, fundada em 1885. 
La Campana;
Neste trecho a calçada é recuada e larga, quase um calçadão. Onde há várias opções de lanches e refeições rápidas.

Alguns prédios são mais charmosos do que outros, como o prédio de esquina que abriga no piso térreo a Geladeria Amorino, marca italiana de sorvetes.
Geladeria Amorino;

Plaza del Duque de la Victoria

Seguindo pela mesma rua, chegamos em uma bonita e arborizada praça, a Plaza del Duque de la Victoria
A partir desta praça, ocorre nova mudança no nome da rua, que passa a ser Calle Alfonso XII.
Plaza del Duque de la Victoria; Velázquez;
Abaixo, no centro da praça, sobre um alto pedestal de mármore, temos a escultura do pintor sevilhano, Diego de Silva y Velázquez (★1599 
1660). A escultura em bronze é do escultor local Antonio Susillo, de 1892. O projeto do pedestal é do arquiteto Juan Tlavera e Heredia.  
Plaza del Duque de la Victoria; Velázquez;

Plaza del Museu

Seguimos nosso percurso, ainda na Calle Alfonso XII, até outra praça, a Plaza del Museu.
Plaza del Museu; Murillo;
No centro da praça, sobre um pedestal de mármore, fica a estátua em bronze de outro prestigiado filho de Sevilha, o pintor Bartolomé Esteban Murillo, conhecido popularmente apenas por Murillo 
(★1617 1682). Trabalho do escultor madrilenho Sabino de Medina Y Peñas, em 1864. O escultor fez réplica da estátua que se encontra na Praça Murillo, em Madri.
Plaza del Museu; Murillo;

Museu de Belas Artes de Sevilha

Voltada para esta praça, fica a fachada principal da segunda maior pinacoteca da Espanha, depois do Museu do Prado. Trata-se do Museu de Belas Artes de Sevilha.
Este museu, deste o ano de 1841, ocupa o antigo Convento de la Merced Calzada, construção do séc. XIII que foi modificada no séc. XVII e traduz o esplendor do barroco sevilhano. Construção do período conhecido como Siglo de Oro Espanhol (Século do Ouro), tempos áureos do Império Espanhol. Período em que os espanhóis exploravam o ouro, pedras preciosas e madeiras das Américas. 
São 15 salas de exposição, entre elas a antiga capela do convento, o Claustro Maior e os pátios de Aljibe e de Conchas. 
Museu de Belas Artes;
Além da construção em si, há uma infinidade de pinturas, retábulos, esculturas e outras artes, reunidas de conventos, mosteiros e igrejas da região de Andaluzia, obras de grandes mestres e artistas, locais e estrangeiros. No decorrer dos tempos, muitas obras foram anexadas ao seu acervo que inclui peças que vão do gótico ao século XX.
Entre os pintores figuram Bartolomé E. MurilloVelázquezZurbarán, Francisco de GoyaValdés Leal, Lucas ValdésFrancisco Herrera (o velho), Gonzalo Bilbao, Valeriano Bécquer, Eugenio Hermoso, Alonso CanoEl GrecoDomingo MartínezJosé García Ramos. Entre os escultores, encontramos Juan HispalensePietro Torrigiano. Além de muitos artistas anônimos.
A antiga capela do convento foi transformada em uma linda sala de exposições do museu, conservando a abóbada original decorada com pinturas de Domingo Martínez.
Na foto abaixo, temos a parte central da fachada principal do museu, desenhada por Miguel de Quintana, 1729. Apresenta um arco semicircular ladeado por dois pares de colunas que se apoiam em pedestais de pedra. 
Museu de Belas Artes;
No grande nicho acima da portada, temos as imagens da Virgen de la Merced (centro) ladeada por San Pedro Nolasco (fundador da ordem) e Rei Jaime I de Aragão (protetor da ordem). No sótão da fachada temos um frontão com o escudo da Ordem da Misericórdia (centro). No topo coroando o frontão, a Cruz Cristã.
Infelizmente, estava fechada pelo adiantar das horas. Mas, se estiver aberta, é um passeio que vale a pequena taxa de entrada cobrada. Fechado nas segundas-feiras (como a maioria dos museus). Confira horário antes de ir.
Museu de Belas Artes;

Capela da Expiração ou Capela do Museu

Abaixo, a lateral direita do museu forma um ângulo reto com a fachada da Capela da Expiração também conhecida como Capela do Museu. Mas, não é a capela original do convento (transformada em sala de exposição). A capela abaixo, ainda reza missa e abre para orações em horários regulares. 
A história é que, em 1575, foi criada a Irmandade da Penitência ou Irmandade da Sagrada Expiração de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em 1577, o Convento de La Merced, permitiu que fosse criada uma capela para a referida irmandade. Em 1613, o mesmo convento vendeu à irmandade o terreno para a construção da capela. No final do séc. XVII, a capela foi concluída, de planta retangular, nave única e cobertura de abóbada de caixotões.
A parede externa da capela, abaixo, corresponde ao lado externo da nave do evangelho.
Capela do Museu;
Nesta fachada podemos observar duas portas de acesso. Uma maior com portada trabalhada e outra bem menor e mais simples. Entre as entradas um intrigante retábulo de azulejos pintados, obra de Antonio Morilla, de 1964. Representados no retábulo temos Cristo em sua expiração no calvário e aos seus pés Nossa Senhora das Águas.
Envolvendo o retábulo, uma moldura em gesso de Guzmán Bejarano. No alto do trabalho, uma coroa de ferro trabalhado de Pablo Aguilucho.
Capela do Museu;
Daqui seguimos para o nosso hotel, que fica bem próximo. No caminho um rápido lanche e compra de algumas frutas e bebidas. Ninguém é de ferro. 😉😋
Como eu coloquei no início da postagem, dividi a postagem de nossa visita à Sevilha em duas partes. Mesmo assim ficou bem longa.
Na segunda parte sobre Sevilha, deixarei uma lista do que não vimos, mas que teríamos adorado ver.
Aguardem a próxima postagem  SEVILHA, Espanha - Parte II (Alcazár de Sevilha, Plaza España, Torre del Oro e outras atrações). Não deixem de ver.
 Esta viagem ocorreu em maio de 2019, bem antes da pandemia que assolou o planeta. Então, se for viajar consulte quais cidades estão liberadas e quais medidas sanitárias estão sendo executadas. Lembrem-se que muitos pontos turísticos podem estar fechados ou com redução de público. 😷😷😷
É bom saber 👉🏽: O fuso horário de Sevilha (Espanha) em relação ao Brasil é de + 4 horas (horário de Brasília). 🕓 E vocês, já visitaram Sevilha? Se sim, como foi a sua experiência? 
⇨ 😎Viajando e sempre aprendendo. Muitas informações da postagem, foram conseguidas in loco, nos folhetos informativos dos monumentos, na recepção do hotel ou através de pesquisas na internet ("Santo Google" 🙌). 😉 
Se gostaram, façam as malas e boa viagem. ✈🚌🚊🚗 Mas, antes confirmem como estão as regras com relação à pandemia, entrada no país e liberação dos pontos turísticos. Repetindo, esta viagem foi antes da pandemia pelo Coronavírus.
Não deixem de curtir e compartilhar com seus amigos e familiares. 
Bjs e até a próxima postagem que pode ser artes, guloseimas ou companhia (pensamentos, viagens, passeios, ..., devaneios)!!! 💋💋💋
Para quem se animar:  
FAÇAM A MALA e BOA VIAGEM!!!!!
Um abraço carinhoso a todos os meus familiares, amigos e visitantes,
                   Teresa Cintra
Se vocês tiverem gostado desta viagem, não deixem de ver:

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