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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

MOSAICO

MOSAICO E RECICLAGEM DE MÓVEIS:

ARTESANATO; DECORAÇÃO; FAÇA VOCÊ MESMO; MOSAICO; RECICLAGEM; pastilha; recuperando móveis; reforma de móveis com mosaico

Em meu antigo apartamento, eu tinha um apoio na cozinha que servia para colocar alguns eletrodomésticos.

Quando nos mudamos o móvel deixou de ser necessário em sua antiga função. Os móveis planejados resolveram a questão de maneira mais prática, funcional e bonita. Passou a ser um entulho.

Desfazer dele era uma possibilidade. Mas resolvi dar mais uma oportunidade para ele. Afinal, tratava-se de um móvel de madeira maciça. Não é algo que simplesmente jogamos fora.

Onde aproveitá-lo?

Estava precisando de um apoio na varanda. Por que não usar aquele móvel? A ideia era bem interessante e resolvi deixa-lo lá. Mas ele não se encaixava.

Era laqueado de branco e a laca já estava descascando em vários pontos. O tampo tinha cerâmica branca que precisavam ser substituídas. Resolvi reciclar o móvel.

Pensar nas diversas possibilidades é tão prazeroso quando a execução em si do trabalho.

O que fazer?

Recuperar a pintura? Retirar a tinta e dar outro acabamento? E o tampo, qual seria a solução?

Após algumas deliberações, decidi que o melhor seria tirar toda a pintura e deixar na madeira. Simplesmente adoro a madeira natural. No tampo decidi fazer um trabalho com mosaico. Como o móvel será mantido na varanda, o mosaico seria floral.

Hora de deixar de especulações e passar para a ação propriamente dita.

A primeira medida foi juntar os materiais necessários.
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- 2 Espátulas. Uma mais estreita e outra mais larga;
- Lixa de madeira;
- Pastilhas de cerâmica, vidro, azulejos, pedras...  várias cores de acordo com o seu projeto;
- Molde do desenho do mosaico;
- Lápis;
- Papel carbono;
- Torquês de mola ou torquês de roldana ou alicate;
- Material de segurança (óculos e luvas);
- Cola branca tipo extra-forte;
- Recipiente com água;
- Rejunte;
- Espátula plástica;
- Paninho e esponja para limpeza;
- Jornal velho.

PASSO A PASSO:
  • Com o uso das espátulas, raspei toda a pintura do móvel. Comecei pelas falhas na laca. Fica mais fácil se já tiver um buraco na pintura. Bem mais fácil.
Existem vários produtos no mercado para amolecer a pintura e facilitar a sua remoção. Cuidado são tóxicos. Como fiz o trabalho em casa (na minha área de serviço), resolvi não lançar mão deste recurso. É, fui na espátula mesmo.
É a parte mais trabalhosa e cansativa. Nesta fase é preciso alguns ingredientes extras: paciência, perseverança e teimosia. Nada de desistir. Eu consegui você consegue. rsrsrsrsrsrsrs...
  • Depois de toda a tinta removida, lixei o móvel. Inicialmente usei uma lixa grossa e depois finalizei com uma mais fina. Você pode lixar usando a furadeira manual com lixas apropriadas. Cheguei a tentar, mas desisti. Queria deixar vestígios da pintura sobre a madeira. Gosto do efeito.
  • Escolha do desenho: Como iria deixar o móvel em minha varanda, escolhi um motivo de flores, com o fundo verde.
  • Hora de passar o desenho para o tampo do móvel. Isto pode ser feito de duas maneiras: com o auxílio de um lápis e papel carbono ou com moldes.
Eu preferi fazer moldes que dispus sobre o tampo, pesquisando a melhor distribuição.
  • Cortei as pastilhas com o torquês (alicate próprio para a quebra das pastilhas). Existem vários modelos no mercado com preços bem variados. 
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Se não tiver um torquês, coloque a pastilha em um saco plástico ou envolvido por um tecido e bata com um martelo. Neste caso cuidado para não esfarinhar a pastilha. Basta uma ou duas pancadas com o martelo, tendo o cuidado com a superfície de trabalho. Vá quebrando aos poucos. A quebra ficará irregular, conferindo um efeito interessante ao trabalho.

Atenção com os cacos das pastilhas. São altamente cortantes. Mosaico com pastilhas quebradas não é serviço para crianças ou pessoas distraídas.

Use sempre óculos de proteção e luvas, quando for quebrar as peças com o martelo ou cortá-las com o torquês. Um pequeno fragmento nos olhos pode provocar danos irreparáveis à córnea. Evite acidentes.
  • Limpei o tampo, tirando toda poeira para facilitar a colagem.
  • Comecei a colar as pastilhas seguindo o desenho. Primeiro fiz os miolos, depois as flores e por fim o fundo. No miolo usei uma pedra tipo meio círculo, como se fosse uma bola de gude cortada ao meio. Colei com a parte arredondada para cima. Ficou um efeito legal. Caso você for usar o móvel para por objetos em cima, lembre-se que estas meias esferas, deixam o tampo em falso pois ficam mais elevadas que o resto do mosaico.
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Caprichei no contorno das flores, para que ficassem bem definidas. Fui encaixando os pedaços de pastilhas aos poucos.
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Quando passei para o fundo fiz primeiro o contorno no móvel e depois preenchi a área de dentro.
A cola indicada para superfícies de madeira é a cola branca de rótulo azul (extra forte), ideal para trabalhos artesanais.
Passei a cola no tampo aos poucos à medida que foi colando. É importante que a cola também seja passada em cada pedacinho da pastilha que será colada.

É como um quebra-cabeça. Requer paciência e dedicação.
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  • Deixei a cola secar bem. Esperei 24h para passar o rejunte.
  • Preparei o rejunte conforme orientação do fabricante. Existem rejuntes próprios para área externa e áreas internas. Como o móvel iria ficar na varanda e sofrer com as variações do tempo (sol, chuva, poeira...) usei um rejunte para o exterior. É mais caro, mas vale o investimento. Não se esqueça de verificar o prazo de validade do rejunte.
O ponto ideal do rejunte é úmido, sem excesso de água. Fica uma pasta. Você pode fazer o teste da colher para verificar o ponto: ele não deve escorrer da colher.
  • Com o uso de luvas e de uma espátula plástica passei o rejunte. Além da agressão do próprio rejunte as bordas das pastilhas podem ferir os dedos.
  • Retirei o excesso do rejunte com uma esponja úmida (não encharcada) e finalizei a limpeza com um paninho também úmido. No final use jornal velho para tirar qualquer resídio do rejunte sobre as pastilhas. A limpeza deve ser no máximo com 15 minutos após a aplicação. Caso contrário o excesso só será retirado com o uso de um removedor específico. 
  • Deixei secar na área de serviço. Na sombra. O sol direto pode rachar o rejunte e favorecer a entrada de água no móvel.
  • Depois de seco, impermeabilizei a madeira com laca para exterior. 
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Se preferir você pode usar verniz naval.
  • Novamente, deixei secando. É preciso esperar cada etapa secar antes de passar para outra. A durabilidade do trabalho irá depender da qualidade dos materiais (principalmente rejunte e cola) e da correta secagem.
Só então levei o trabalho para a varanda.
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Com as pastilhas que sobraram, cobri alguns descansos de panela. A base era de madeira e o tampo de cortiça estava totalmente acabado. Com a espátula raspei totalmente a cortiça e colei as pastilhas. Fiz o miolo da flor com pastilhas de cor contrastante. Afinal é para colocar panelas e toda superfície deve estar no mesmo nível. Veja o resultado já finalizado com o rejunte.

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Cada mosaico é único. 

Mesmo que você repita o mesmo desenho, cada pastilha quebrada artesanalmente se junta a outro caco de maneira a não permitir sua repetição em outros trabalhos. É esta a beleza e encanto do mosaico.

É uma técnica muito versátil, podendo ser utilizada em móveis, objetos decorativos, piscinas, pisos, paredes dos mais diversos ambientes. Enfim, onde a imaginação permitir.


BOA SORTE e SUCESSO NOS TRABALHOS!

2 comentários:

  1. Teresa, ficou lindo! Continuo sendo uma admiradora de seus trabalhos manuais; quem me dera ter estas habilidades. bj. Maria

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    Respostas
    1. Obrigada, Maria. Realmente sempre gostei de trabalhos manuais. Ver algo sendo criado ou transformado por minhas mãos é algo que me agrada bastante. Mas, minha amiga, não se esqueça que habilidades são desenvolvidas. É só começar. Bjs.

      Excluir

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