Chegando na vila, nossa primeira providência foi localizar nosso Hotel.
Hotel Sintra Jardim, um antigo casarão com mais de 150 anos. A decoração é estilo antiga o que combina muito com o casarão. Muito charmoso e encantador! Os quartos são confortáveis e limpos!
O casarão é rodeado por jardins e possui uma grande e convidativa piscina.
A vontade era de relaxar e descansar, mas como chegamos em Sintra depois das 14 horas e, no dia seguinte, iríamos embora após o café da manhã, não foi possível. Sintra tem muitas atrações e monumentos para serem vistos. Impossível ver tudo em tão pouco tempo. Mas, tentaremos ver o máximo possível.
Depois que acomodamos nossas bagagens e conhecemos algumas dependências
do hotel, resolvemos sair sem o carro. Já tinham nos alertados que dirigir em Sintra pode ser bem caótico. As suas ruas são estreitas e a quantidade de estacionamento é bem reduzido, praticamente inexistente.
Com um mapa na mão e atenção às placas no caminho, não tem como errar. Aliás, placas tem bastante. Nosso objetivo era localizar a linha de ônibus 434, cuja parada mais próxima fica no início da Volta do Duche, no centro histórico de Sintra.
Com um mapa na mão e atenção às placas no caminho, não tem como errar. Aliás, placas tem bastante. Nosso objetivo era localizar a linha de ônibus 434, cuja parada mais próxima fica no início da Volta do Duche, no centro histórico de Sintra.
A vila de Sintra é especial, com muito verde e colinas. Na época da monarquia, a vila era o refúgio preferido da realeza e nobres que desejavam descansar da rotina da capital.
Vamos dar uma rápida caminhada pelas imediações do hotel e seguir para algum ponto turístico. No caminho, um pequeno lanche para enfrentar as ladeiras de Sintra. Para mim, o delicioso e tradicional Travesseiro de Sintra (folhado
de massa fina com recheio de creme de ovos) e café. Para meu marido, uma cerveja gelada.
Admirando a paisagem e construções, rapidamente chegamos ao Centro Histórico da Vila de Sintra. Todo o Centro Histórico, com suas ruelas e construções, é considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO. É impressionante os detalhes e curiosidades que apenas o percurso a pé pode oferecer. Impossível não se encantar com o prédio da Câmara Municipal de Sintra.
Admirando a paisagem e construções, rapidamente chegamos ao Centro Histórico da Vila de Sintra. Todo o Centro Histórico, com suas ruelas e construções, é considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO. É impressionante os detalhes e curiosidades que apenas o percurso a pé pode oferecer. Impossível não se encantar com o prédio da Câmara Municipal de Sintra.
Continuamos nossa caminhada. Vez e outra um click.
Ainda na Volta do Duche, o caminho que leva ao Museu Anjos Teixeira, assinalado por uma de suas obras. No museu obras de dois grandes escultores contemporâneos de Portugal, e que eram pai e filho: Artur Anjos Teixeira (1880-1935) e Pedro Anjos Teixeira (1908-1997). Infelizmente, era segunda-feira (19 de jun 2017) e estava fechado. Entrada gratuita.
Algumas esculturas expostas no caminho, interagem com o passante de forma bem lúdica. Meu trono de ferro e pedra. Pequenos segundos de glória e poder. Tempo curtíssimo, nem deu para descansar. kkkkkkkkkkkkkk.
Por uma discreta escadaria, escondida na Volta do Duche, você pode acessar o Parque da Liberdade. Um caminho alternativo para o portão principal.
E, para refrescar, uma deliciosa e gelada sangria. Não era igual a que tomei em Madri, que tinha pedaços de frutas. Mas, estava geladinha e muito refrescante.
Abaixo, o portão principal do Parque da Liberdade. Entramos por um lado e saímos por outro.
As principais atrações que queríamos ver eram: Palácio Nacional de Sintra, Palácio Nacional da Pena, e se der tempo, o Castelo dos Mouros.
No Centro Histórico de Sintra, que também é chamado de "Vila Velha de Sintra", fica o Palácio Nacional de Sintra.
Os outros dois ficam no alto da Serra de Sintra. O mais cômodo, para quem não está de carro ou não quer usar o carro na cidade, é pegar o ônibus (autocarro turístico) número 434 (Circuito da Pena) na estação Sintra que vai até a entrada do Castelo dos Mouros e Palácio da Pena. 🚌🚌🚌
Como já estávamos no Centro Histórico de Sintra, resolvemos ir a pé até o Palácio Nacional de Sintra, edifício facilmente identificável pelas suas enormes chaminés brancas.
A paisagem verde e exuberante da vila é entrecortada, em alguns pontos, por suntuosas construções de diversos períodos da história. Verdadeiras pérolas
arquitetônicas, algumas mais importante que a outra. A mansão
apalaçada, na foto abaixo, foi desenhada em 1920, pelo arquiteto português Raul Lino (1879-1974).
Mesmo sendo monumental, a construção reflete a preocupação do arquiteto em
criar uma arquitetura integrada na paisagem. Esta mansão é conhecida pelo nome de Casa dos Penedos.
Enfim, chegamos na Volta do Duche, uma interessante rua com aproximadamente 1 km de comprimento, que vai do Centro Histórico até a estação ferroviária. Seu nome se deve ao estabelecimento de banhos públicos no local, por volta de 1848 a 1908. A casa de banhos foi fechada, mas o nome permaneceu. Bem arborizada, uma de suas calçadas, denominada como “Sintra Arte Pública”, serve como expositor ao ar livre para vários escultores, nacionais e estrangeiros.
No meio da Volta do Duche, do lado contrário à exposição de esculturas, fica a Fonte Mourisca, toda decorada com azulejos
neo-mudejares. Foi construída em 1922, para substituir o antigo chafariz.Ainda na Volta do Duche, o caminho que leva ao Museu Anjos Teixeira, assinalado por uma de suas obras. No museu obras de dois grandes escultores contemporâneos de Portugal, e que eram pai e filho: Artur Anjos Teixeira (1880-1935) e Pedro Anjos Teixeira (1908-1997). Infelizmente, era segunda-feira (19 de jun 2017) e estava fechado. Entrada gratuita.
Algumas esculturas expostas no caminho, interagem com o passante de forma bem lúdica. Meu trono de ferro e pedra. Pequenos segundos de glória e poder. Tempo curtíssimo, nem deu para descansar. kkkkkkkkkkkkkk.
Por uma discreta escadaria, escondida na Volta do Duche, você pode acessar o Parque da Liberdade. Um caminho alternativo para o portão principal.
Parque
público, inaugurado em 1937, com imensa variedade de plantas, flores e árvores, inúmeros recantos e caminhos. Um grande mimo no meio do caminho.
O
Parque da Liberdade conta com zona de merendas (imensa área de piquenique, lanchonetes e bares), ringue de patinagem, quadra de tênis, fontes e lagos. Tudo muito arborizado.
E, para refrescar, uma deliciosa e gelada sangria. Não era igual a que tomei em Madri, que tinha pedaços de frutas. Mas, estava geladinha e muito refrescante.
Abaixo, o portão principal do Parque da Liberdade. Entramos por um lado e saímos por outro.
Sua entrada é gratuita e merece uma visita sem pressa. Esqueça o relógio, .... Relógio? 😦😨 Ops! Turista descansada, ainda temos muito o que ver! 🕒🕓
As principais atrações que queríamos ver eram: Palácio Nacional de Sintra, Palácio Nacional da Pena, e se der tempo, o Castelo dos Mouros.
No Centro Histórico de Sintra, que também é chamado de "Vila Velha de Sintra", fica o Palácio Nacional de Sintra.
Os outros dois ficam no alto da Serra de Sintra. O mais cômodo, para quem não está de carro ou não quer usar o carro na cidade, é pegar o ônibus (autocarro turístico) número 434 (Circuito da Pena) na estação Sintra que vai até a entrada do Castelo dos Mouros e Palácio da Pena. 🚌🚌🚌
O Palácio Nacional de Sintra ou Palácio da Vila, foi morada por vários séculos dos monarcas portugueses e sua corte. Por ser localizada em uma serra, próxima da capital e ter clima mais ameno no verão, a vila conquistou a monarquia portuguesa.
Este palácio era usado pela realeza, na Idade Média, nos períodos de caça, para fugir da capital durante episódios de peste ou do seu verão escaldante ou, simplesmente, espairecer e relaxar.
Construído, no século XV, abrigou a Família Real Portuguesa até
o fim da monarquia, em 1910. Hoje é utilizado pelo estado com fins turísticos e
culturais.
A edificação com traços medievais, góticos, renascentistas e manuelinos, tem como marca registrada suas duas enormes chaminés da cozinha, acopladas e paralelas com mais de 33 metros de altura, em formado de funil invertido (ou cones).
A beleza do Palácio não fica restrita apenas ao prédio em si. Também o seu entorno merece destaque.
Subindo a escadaria central do Palácio da Vila, chega-se a área com uma fonte de onde pode-se obter belas fotos do local e de seus arredores.
Mas, é internamente, que o Palácio termina por conquistar os turistas que ali se aventuram. Cada sala conta uma história própria e a riqueza de detalhes encantam. Vejam abaixo, a Sala dos Cisnes. Sala que recebe este nome devido à minuciosa pintura no teto de madeira. Era nesta sala, a maior do Palácio, que ocorriam as recepções e celebrações mais importantes do tempo da monarquia portuguesa.
Antes de seguir para o cume da Serra, onde está a pérola maior da cidade, o Palácio Nacional da Pena, última circulada pelo centro histórico e uma rápida passagem na Igreja de São Martinho, de provável origem gótica romana, tendo sido destruída pelo terremoto de 1755 e reconstruída no final do século XVIII.
Depois de uma breve oração, localizamos uma parada de ônibus 434 (ônibus que leva aos palácios no alto da Serra de Sintra) bem próximo da Igreja. OBA! Não precisamos retornar à Volta do Duche. 🚌🚌🚌🚌🚌🚌 O bilhete pode ser comprado no próprio ônibus e custa em torno de 5 € e pode ser adquirido dentro do próprio ônibus. Guarde o bilhete, pois ele vale para ir e voltar. Além disto você pode subir e descer quantas vezes quiser, podendo parar em cada ponto turístico da rota.
Para outros monumentos, utilize a rota do ônibus 435. Veja o mapa abaixo e escolha a sua melhor rota.
De ônibus, do centro histórico até a entrada para o acesso do Palácio Nacional da Pena e/ou Castelo dos Mouros, leva-se aproximadamente 10 a 15 minutos. Mas, a pé pode ser outra história. O acesso é uma subida íngreme, difícil e com partes em ziguezague. Não recomendo.
Mas, não foi tão simples assim. O ônibus 434 não entra no Parque, e sim até sua entrada, onde fica a bilheteria para o Parque de Sintra que engloba o Palácio Nacional da Pena, o Castelo dos Mouros e os jardins e floresta no entorno. Ao adentrar ao Parque, é preciso escolher o destino final e percorrer um trecho, relativamente longo e tortuoso. Ou pagar um acréscimo, não me lembro se foi 2 ou 3 €, para usar um ônibus local do parque até cada monumento. Sugiro que quem não estiver na sua melhor condição física, pague o acréscimo.
Como o Palácio Nacional da Pena era o ponto alto de nossa visita em Sintra e fica na parte mais elevada da Serra, resolvemos descer no ponto final do ônibus. Depois seria mais fácil descer ou apanhar novamente o ônibus. Uma vez pago, o bilhete pode ser usado mais de uma vez.
Não deixe de pegar o mapa com as dependências do Castelo. Vai te ajudar bastante durante o passeio.
O Palácio Nacional da Pena ou Palácio da Pena ou Castelo da Pena, é uma das maiores edificações do romantismo do século XIX no mundo, tendo sido declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e uma das 7 Maravilhas de Portugal.
Impossível não se encantar com este Palácio extremamente colorido, cheio de adornos, torres, torrinhas e terraços. Um Palácio que bem poderia ter saído de um livro de contos infantil. Não é à toa que, esta construção acastelada e assentada sobre rochedos, é considerada a melhor atração de Sintra.
O Palácio Nacional da Pena, inaugurado em 1840, fica na parte mais alta do Monte da Pena, na Serra de Sintra. Em seu entorno, um imenso parque com muito verde e encostas íngremes. Sua construção aproveitou um antigo Mosteiro de Nossa Senhora da Pena que, em 1503, foi doado à Ordem de São Jerônimo por D. Manuel I. A este mosteiro foi acrescentado outras alas seguindo o desejo de D. Fernando de Saxe-Coburgo Gotha (D. Fernando II), o rei artista, que o teria comprado em 1838 (um pouco da história do Palácio pesquisada e obtida no local). Em 1910, após a queda da monarquia e instalação da república, o Palácio foi convertido em museu.
O palácio é um monumento singular, tanto pela sua estrutura arquitetônica de influência manuelina e mourisca, como pelas suas fortes cores e por seu valor histórico. Com certeza, muito da história portuguesa foi vivenciada e decidida entre as paredes deste palácio.
Enfim, a entrada oficial e principal para o Palácio Nacional da Pena. Agora, sim, chegamos ao Palácio.
A visita ao interior do Palácio é indispensável. Procure circular com calma e observar os detalhes de cada recinto.
Um requinte a Copa e Sala de Jantar do Palácio, paredes e teto revestidos com azulejos do século XIX. Mantem o mobiliário de carvalho, prataria e utensílios originais, dispostos para a refeição. Este recinto, era o antigo refeitório dos monges jerônimos.
Quarto da Rainha D. Amélia é um luxo com suas paredes
e teto revestidos por azulejos do século XIX de autoria de Wenceslau Cifka,
amigo pessoal de D. Fernando II. Era o antigo quarto do rei D. Fernando II.
Outros quartos e salas, primorosamente decorados e preservados, dão a ideia de que podem ser usados a qualquer momento.
O Palácio Museu recria todos os detalhes que remetem à rotina da família real durante sua estadia em Sintra nos anos de 1840 a 1910.
Em um maravilhoso e trabalhado teto, pende um magnífico e restaurado lustre neogótico, adquirido em 1867.
Impossível passar pelo extravagante Salão Nobre do Palácio sem ficar impressionada com a riqueza de detalhes e com o mobiliário do século XIX. Tudo restaurado de forma fiel ao seu passado, tal como era na época de D. Fernando II. Pense em um rei consorte de bom gosto. Não foi à toa que recebeu o merecido título de "rei-artista".
Quando você acha que já viu tudo que merecia ser visto, eis que você chega em uma curiosa sala: A Sala dos Veados. Uma ampla sala com uma coluna central, projetada para ser a Sala de Cavaleiros, usada para banquetes.
A maior Cozinha do Palácio, entre outras, era utilizada para atender aos banquetes da realeza que ocorriam na sala dos veados. Mantem os utensílios em cobre usados na época. Tem tudo o que uma cozinha com mais de 150 anos necessitava.
A pequena Capela do Palácio, foi construída em uma pequena sala dos monges, no antigo Mosteiro, por D. Fernando II. Abaixo, a Sacristia da Capela, revestida com azulejos mudéjares.
O Pátio Central do antigo Mosteiro (claustro), mantem seu revestimento de azulejos. Em vários pontos fica presente a necessidade de reparo.
Mas, não é apenas a vista que encanta os visitantes. A miscelânea de detalhes na arquitetura do conjunto do Palácio e no acabamento diferenciado de cada prédio nos remete a um mundo de faz de conta e sonhos, onde o imaginário assume o controle e tudo é possível.
Na foto abaixo podemos observar dois detalhes arquitetônicos curiosos desta construção.
O primeiro, as colunas retorcidas que sustentam a varanda do auditório.
E, o segundo, a janela do Tritão, criatura mitológica meio homem e meio peixe, simbolizando a alegoria da criação do mundo e os temores do mar.
O Palácio da Pena é sem dúvida o ponto alto de Sintra, em todos os sentidos. Um lugar incrível que deve ser visitado e apreciado em cada detalhe.
Não importa quanto tempo você tenha disponível, não deixe de ir ao Palácio da Pena. Você não irá se arrepender.
Torres e torrinhas em vários tamanhos, formados e acabamentos, tornam a construção um misto de tendências arquitetônicas que podem parecer confusas, mas criam um cenário quase mágico. Difícil de explicar. Só vendo para entender.
Vejam esta exótica torrinha neoárabe, única em todo o Palácio.
Em algumas vistas, é possível obter detalhes de construções curiosas. Mas, que nem sempre conseguimos descobrir do que se tratam.
Ao longe, a estátua do guerreiro provavelmente D. Fernando II, guardião do Palácio. Uma imensa escultura pétrea que, segundo dizem, tem gravada em sua base as armas do arquiteto Barão de Eschewege, responsável pela ampliação e transformação do Mosteiro em Palácio. Muito longe para ir andando. Vimos de longe apenas pelo zoom do celular. Além da estátua, o mar.
Nossa ideia inicial era ir nos dois Castelos da Serra e, para tanto, compramos o bilhete conjunto (combinado). Mas, depois de percorrer o Palácio Nacional da Pena, terminamos desistindo de ir ao Castelo dos Mouros. Estava ficando tarde e, em LEIRIA e ÓBIDOS, já tínhamos percorridos dois castelos medievais e suas muralhas.
Tivemos que nos contentarmos com as fotos do Castelo dos Mouros, tiradas a partir da Vila de Sintra e do Palácio Nacional da Pena.
O dia já tinha rendido bastante e eram quase 19:30 h. No final das contas, fizemos a programação para um dia em uma única tarde. Não daria mais para conhecer outro monumento ou lugar na cidade. Voltamos para o hotel e aproveitamos os últimos raios de sol na beira da piscina. Uma boa maneira de relaxar depois de tantas caminhadas.
No dia seguinte, após o café-da-manhã, seguiríamos para Lisboa, onde já tínhamos providenciado nossa hospedagem.
Como nós só tínhamos uma tarde para exploração da cidade, não foi possível visitar todas as atrações. Algumas só vimos ao longe, outras nem isto. As que deixamos de visitar foram:
► Museu Anjos Teixeira (fecha nas segundas)
► Castelo dos Mouros (vimos apenas ao longe)
► Quinta da Regaleira ou Palácio da Regaleira
► Convento dos Capuchos
► Palácio de Seteais
► Palácio de Monserrate
► Chalet e Jardim da Condessa d'Edla
Sintra é uma vila fantástica com muita coisa para fazer e
conhecer. Realmente foi uma visita que valeu a pena. Mas, para quem quiser
conhecer melhor a vila, sugiro passar pelo menos 2 a 3 dias.
Click aqui para saber PREÇOS DOS PARQUES DE SINTRA.
Este palácio era usado pela realeza, na Idade Média, nos períodos de caça, para fugir da capital durante episódios de peste ou do seu verão escaldante ou, simplesmente, espairecer e relaxar.
A edificação com traços medievais, góticos, renascentistas e manuelinos, tem como marca registrada suas duas enormes chaminés da cozinha, acopladas e paralelas com mais de 33 metros de altura, em formado de funil invertido (ou cones).
A beleza do Palácio não fica restrita apenas ao prédio em si. Também o seu entorno merece destaque.
Subindo a escadaria central do Palácio da Vila, chega-se a área com uma fonte de onde pode-se obter belas fotos do local e de seus arredores.
Casa dos Penedos, ao fundo |
No alto da serra, o Castelo dos Mouros |
A Sala Manuelina, com as paredes revestidas de cópias de azulejos antigos e um grande lustre Murano do final do século XIX. Antigo aposento do rei D. Luís.
A Sala dos Brasões, dedicada aos brasões dos reis, armas reais
portuguesas e símbolo da intervenção manuelina. No meu ponto de vista, é a sala mais ricamente decorada.
A Capela Palatina, embora pequena, com apenas uma nave, tem suas paredes e o teto ricamente decorados e pintados. Nos afrescos das paredes, pombas com ramos de oliveira no bico, evocam o Espírito Santo.
Pátio Central do Palácio da Vila com uma coluna torsa no centro.
E muitas outras salas como o Quarto D. Sebastião, a Sala das Sereias, Sala das
Pegas, Sala Chinesa ou do Pagode, Sala Árabe, Cozinha, o Quarto- Prisão de
Afonso VI, Gruta dos Banhos, Pátio de Diana, ... Infelizmente, não deu para percorrer com calma todos os recintos abertos ao público. Para ver tudo é necessário pelo menos uma a duas horas. Então, vamos terminar por aqui e seguir em frente.Antes de seguir para o cume da Serra, onde está a pérola maior da cidade, o Palácio Nacional da Pena, última circulada pelo centro histórico e uma rápida passagem na Igreja de São Martinho, de provável origem gótica romana, tendo sido destruída pelo terremoto de 1755 e reconstruída no final do século XVIII.
Uma simples e pequena igreja se comparada a outras de Portugal. Apesar da fachada austera e sóbria, chegando a ser discreta, esta igreja merece uma rápida parada. Seu interior é reconfortante, bonito e agradável. A entrada é gratuita e você não irá perder mais do que 10 a 15 minutos. Entramos por uma porta lateral.
Para outros monumentos, utilize a rota do ônibus 435. Veja o mapa abaixo e escolha a sua melhor rota.
Mas, não foi tão simples assim. O ônibus 434 não entra no Parque, e sim até sua entrada, onde fica a bilheteria para o Parque de Sintra que engloba o Palácio Nacional da Pena, o Castelo dos Mouros e os jardins e floresta no entorno. Ao adentrar ao Parque, é preciso escolher o destino final e percorrer um trecho, relativamente longo e tortuoso. Ou pagar um acréscimo, não me lembro se foi 2 ou 3 €, para usar um ônibus local do parque até cada monumento. Sugiro que quem não estiver na sua melhor condição física, pague o acréscimo.
Como o Palácio Nacional da Pena era o ponto alto de nossa visita em Sintra e fica na parte mais elevada da Serra, resolvemos descer no ponto final do ônibus. Depois seria mais fácil descer ou apanhar novamente o ônibus. Uma vez pago, o bilhete pode ser usado mais de uma vez.
Não deixe de pegar o mapa com as dependências do Castelo. Vai te ajudar bastante durante o passeio.
O Palácio Nacional da Pena ou Palácio da Pena ou Castelo da Pena, é uma das maiores edificações do romantismo do século XIX no mundo, tendo sido declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e uma das 7 Maravilhas de Portugal.
Impossível não se encantar com este Palácio extremamente colorido, cheio de adornos, torres, torrinhas e terraços. Um Palácio que bem poderia ter saído de um livro de contos infantil. Não é à toa que, esta construção acastelada e assentada sobre rochedos, é considerada a melhor atração de Sintra.
O Palácio Nacional da Pena, inaugurado em 1840, fica na parte mais alta do Monte da Pena, na Serra de Sintra. Em seu entorno, um imenso parque com muito verde e encostas íngremes. Sua construção aproveitou um antigo Mosteiro de Nossa Senhora da Pena que, em 1503, foi doado à Ordem de São Jerônimo por D. Manuel I. A este mosteiro foi acrescentado outras alas seguindo o desejo de D. Fernando de Saxe-Coburgo Gotha (D. Fernando II), o rei artista, que o teria comprado em 1838 (um pouco da história do Palácio pesquisada e obtida no local). Em 1910, após a queda da monarquia e instalação da república, o Palácio foi convertido em museu.
O palácio é um monumento singular, tanto pela sua estrutura arquitetônica de influência manuelina e mourisca, como pelas suas fortes cores e por seu valor histórico. Com certeza, muito da história portuguesa foi vivenciada e decidida entre as paredes deste palácio.
Enfim, a entrada oficial e principal para o Palácio Nacional da Pena. Agora, sim, chegamos ao Palácio.
Na torre amarela, na entrada oficial do castelo, podemos ver o Brasão das Armas do rei D. Fernando II, de Portugal e da Saxônia.
O antigo
convento (edifícios vermelhos) foi reformado em 1840 e, por volta de 1850, foi acrescentado um novo complexo arquitetônico ao conjunto, que foi denominado na época como "Palácio Novo" (edifícios amarelos). Com a adaptação do antigo Mosteiro para Palácio,
o claustro passou a funcionar como espaço de
circulação e distribuição. No piso inferior encontra-se a Sala de Jantar e Copa da Família Real e os aposentos do rei D. Carlos. No piso superior encontravam-se os
aposentos da rainha D. Amélia.A visita ao interior do Palácio é indispensável. Procure circular com calma e observar os detalhes de cada recinto.
Um requinte a Copa e Sala de Jantar do Palácio, paredes e teto revestidos com azulejos do século XIX. Mantem o mobiliário de carvalho, prataria e utensílios originais, dispostos para a refeição. Este recinto, era o antigo refeitório dos monges jerônimos.
Outros quartos e salas, primorosamente decorados e preservados, dão a ideia de que podem ser usados a qualquer momento.
O Palácio Museu recria todos os detalhes que remetem à rotina da família real durante sua estadia em Sintra nos anos de 1840 a 1910.
O Salão Árabe com maravilhosos frescos (ou afrescos no Brasil) trompe-l'oeil. Não conhecia o termo e fui pesquisar para melhor compreendê-lo. A expressão francesa significa "enganar o olho". Trata-se de técnica artística, usada em pinturas ou projetos de arquitetura, que cria a ilusão de ótica, através de truques de
perspectiva, fazendo que formas de duas dimensões
aparentem possuir três dimensões. Alguns volumes podem ser reais e sobre e entre eles um elaborado trabalho artístico aumentam esta percepção. Como no caso do teto e paredes do Salão Nobre, no Palácio da Pena. O efeito é suntuoso e de uma complexidade e volume que na realidade não existe. A sensação é de que todas as paredes e teto possuem mais volumes do que realmente tem. Era a sala reservada para as visitas mais íntimas da família real.
De longe é impossível se dar conta deste efeito ilusório. Mas, com um olhar mais próximo, é possível detectar o jogo de luz e sombras que transformam uma pintura plana (2 D) em pintura volumétrica (3D). Você fica com uma vontade danada de tocar, só para confirmar o fato. Mas, não o faça. Mantenha suas mãos longe desta obra-prima ou de qualquer outra. Dica: Observe o teto e paredes, mas não deixe de apreciar todos os mobiliários e os muitos objetos decorativos do recinto. Dá vontade de sentar no sofá e tomar um delicioso chá com as "migas". 😍 Vontade que não será atendida. 😏
O belíssimo Salão Nobre, inicialmente denominada “Sala
dos Embaixadores”, justifica plenamente o seu nome. Restaurado no curso de três anos, 2011 a 2014,
Curiosas as quatro estátuas de "Turcos-tocheiros" que eram utilizados na época para iluminação do ambiente. Merece registro, oito grandes
sofás de espaldar alto com espelhos e estofamento capitonê.
Impossível passar pelo extravagante Salão Nobre do Palácio sem ficar impressionada com a riqueza de detalhes e com o mobiliário do século XIX. Tudo restaurado de forma fiel ao seu passado, tal como era na época de D. Fernando II. Pense em um rei consorte de bom gosto. Não foi à toa que recebeu o merecido título de "rei-artista".
Quando você acha que já viu tudo que merecia ser visto, eis que você chega em uma curiosa sala: A Sala dos Veados. Uma ampla sala com uma coluna central, projetada para ser a Sala de Cavaleiros, usada para banquetes.
A maior Cozinha do Palácio, entre outras, era utilizada para atender aos banquetes da realeza que ocorriam na sala dos veados. Mantem os utensílios em cobre usados na época. Tem tudo o que uma cozinha com mais de 150 anos necessitava.
A pequena Capela do Palácio, foi construída em uma pequena sala dos monges, no antigo Mosteiro, por D. Fernando II. Abaixo, a Sacristia da Capela, revestida com azulejos mudéjares.
O Pátio Central do antigo Mosteiro (claustro), mantem seu revestimento de azulejos. Em vários pontos fica presente a necessidade de reparo.
Detalhe fotografado pelo meu marido, mas não temos certeza do que é. Eu acredito se tratar de azulejo de alguma parede ou teto do antigo Mosteiro. Se alguém reconhecer, não deixe de mencionar nos comentários. Estamos perdidos com a imagem abaixo. kkkkkkkkkkkkkkkk. Agradecemos qualquer auxílio.
Depois da visita no interior, circular o exterior do Palácio é um deleite aos olhos. A localização do Palácio contribui muito para a sensação de magia que envolve os visitantes. Não deixe de olhar a vista seja pelas janelas ou pelos diversos pátios e terraços internos do Palácio.Mas, não é apenas a vista que encanta os visitantes. A miscelânea de detalhes na arquitetura do conjunto do Palácio e no acabamento diferenciado de cada prédio nos remete a um mundo de faz de conta e sonhos, onde o imaginário assume o controle e tudo é possível.
Na foto abaixo podemos observar dois detalhes arquitetônicos curiosos desta construção.
O primeiro, as colunas retorcidas que sustentam a varanda do auditório.
E, o segundo, a janela do Tritão, criatura mitológica meio homem e meio peixe, simbolizando a alegoria da criação do mundo e os temores do mar.
O Palácio da Pena é sem dúvida o ponto alto de Sintra, em todos os sentidos. Um lugar incrível que deve ser visitado e apreciado em cada detalhe.
Não importa quanto tempo você tenha disponível, não deixe de ir ao Palácio da Pena. Você não irá se arrepender.
Vejam esta exótica torrinha neoárabe, única em todo o Palácio.
Em algumas vistas, é possível obter detalhes de construções curiosas. Mas, que nem sempre conseguimos descobrir do que se tratam.
Ao longe, a estátua do guerreiro provavelmente D. Fernando II, guardião do Palácio. Uma imensa escultura pétrea que, segundo dizem, tem gravada em sua base as armas do arquiteto Barão de Eschewege, responsável pela ampliação e transformação do Mosteiro em Palácio. Muito longe para ir andando. Vimos de longe apenas pelo zoom do celular. Além da estátua, o mar.
Nossa ideia inicial era ir nos dois Castelos da Serra e, para tanto, compramos o bilhete conjunto (combinado). Mas, depois de percorrer o Palácio Nacional da Pena, terminamos desistindo de ir ao Castelo dos Mouros. Estava ficando tarde e, em LEIRIA e ÓBIDOS, já tínhamos percorridos dois castelos medievais e suas muralhas.
Tivemos que nos contentarmos com as fotos do Castelo dos Mouros, tiradas a partir da Vila de Sintra e do Palácio Nacional da Pena.
As duas principais atrações do Parque de Sintra, não são muito próximas, como pode ser visto na foto abaixo. Para chegar ao Castelo Mouro, também no Parque de Sintra, você tem que descer
o acesso do Palácio da Pena, até a bifurcação que indica o Castelo Mouro. Acredite,
é muito longe e o acesso é tortuoso. O ideal é esperar aquele ônibus que
circula apenas dentro do Parque.
Marco da ocupação árabe, o Castelo dos Mouros, permite acesso às muralhas de onde é possível desfrutar
de uma ampla e espetacular vista sobre a serra e vila de Sintra. Se você nunca foi em um castelo medieval, tiver tempo e disposição, vá. É uma experiência maravilhosa.
Castelo dos Mouros visto do Palácio da Pena |
No dia seguinte, após o café-da-manhã, seguiríamos para Lisboa, onde já tínhamos providenciado nossa hospedagem.
Como nós só tínhamos uma tarde para exploração da cidade, não foi possível visitar todas as atrações. Algumas só vimos ao longe, outras nem isto. As que deixamos de visitar foram:
► Museu Anjos Teixeira (fecha nas segundas)
► Castelo dos Mouros (vimos apenas ao longe)
► Quinta da Regaleira ou Palácio da Regaleira
► Convento dos Capuchos
► Palácio de Seteais
► Palácio de Monserrate
► Chalet e Jardim da Condessa d'Edla
Click aqui para saber PREÇOS DOS PARQUES DE SINTRA.
Próxima cidade: Lisboa, capital de Portugal, onde iremos pernoitar 3
noites. Aguardem.
Bjs e até a próxima postagem que pode ser artes, guloseimas ou
companhia (pensamentos, viagens, passeios, dicas)!!! 💋💋💋
Para quem se animar:
BOA VIAGEM!!!!!
Se vocês tiverem gostado desta viagem, não deixem de ver:
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