Madri, capital da Espanha, fica no centro do país. Uma grande cidade com belas praças, avenidas largas, fabulosos museus, palácios e palacetes.
Uma cidade para descobrir de dia e à noite.
Fazia bastante tempo que queria conhecer a Europa. Sempre aparecia algo e íamos adiando este sonho. Enfim, chegou o momento de iniciar a realização de algo tão esperado.
Uma cidade para descobrir de dia e à noite.
Fazia bastante tempo que queria conhecer a Europa. Sempre aparecia algo e íamos adiando este sonho. Enfim, chegou o momento de iniciar a realização de algo tão esperado.
Viajamos com destino à Europa. Pelo menos parte dela. A Europa é um mundo de opções e destinos. O importante é começar.
Começamos pela Espanha e Portugal. Uma semana em cada país.
Na Espanha, visitamos Madri e Toledo.
Já em Portugal (são tantas opções), conhecemos Porto, Coimbra, Leiria, Óbidos, Sintra e Lisboa.
Para que a postagem não fique muito longa, irei falar um pouco de cada cidade por vez.
Começarei pela primeira cidade visitada, Madri, capital da Espanha.
Conhecendo Madri, Espanha.
Saímos do Brasil através de um voo da TAP com destino a Lisboa e sem escalas. Foram 7 horas de voo, tranquilo e sem intercorrências. Graças a Deus.
A TAP tem uma promoção bem interessante, o voo direto do Recife dá direito a duas conexões na Europa. Optamos por Recife -Lisboa - Madri (ponto final de ida) - Porto - Lisboa - Recife (ponto final do retorno). Nossas conexões escolhidas, foram Madri e Porto. Naturalmente, com direito a descer e permanecer alguns dias em cada conexão.
Chegamos em Madri no dia 08 e permanecemos até o dia 14 de junho. No dia 10 de junho, visitamos Toledo, mas não pernoitamos por lá. Fomos e voltamos de trem.
De Madri, seguimos de avião até Porto. Já em Porto pegamos um carro e descemos Portugal, parando em algumas cidades até chegarmos a Lisboa. Depois de alguns dias em Lisboa, retornamos ao Brasil. Todos os voos pela TAP. O carro fizemos a locação no próprio Brasil, bem como as hospedagens. Entrarei em maiores detalhes quando chegar o momento.
1º DIA: Chegada em Madri e acomodação.
Em Madri, ficamos em um pequeno e charmoso apartamento na Cale Salitre 24. A rua é bem simpática e muito bem localizada. Ficamos próximos de várias estações de metrô, bares, restaurantes, padaria, além de uma mercearia e um mercado. O que ajudou bastante a nossa estadia.
Chegamos em Madri no dia 08 e permanecemos até o dia 14 de junho. No dia 10 de junho, visitamos Toledo, mas não pernoitamos por lá. Fomos e voltamos de trem.
De Madri, seguimos de avião até Porto. Já em Porto pegamos um carro e descemos Portugal, parando em algumas cidades até chegarmos a Lisboa. Depois de alguns dias em Lisboa, retornamos ao Brasil. Todos os voos pela TAP. O carro fizemos a locação no próprio Brasil, bem como as hospedagens. Entrarei em maiores detalhes quando chegar o momento.
1º DIA: Chegada em Madri e acomodação.
Em Madri, ficamos em um pequeno e charmoso apartamento na Cale Salitre 24. A rua é bem simpática e muito bem localizada. Ficamos próximos de várias estações de metrô, bares, restaurantes, padaria, além de uma mercearia e um mercado. O que ajudou bastante a nossa estadia.
Chegamos no apartamento no início da noite. O proprietário foi bem atencioso e nos orientou sobre pontos de metrô, mercados, restaurantes e padaria próximos ao apartamento. Depois de nos acomodarmos e conhecer a redondeza, com direito a uma pequena feira no mercado, relaxamos e nos preparamos para o dia seguinte.
2º DIA:
Agora que tal um tour por Madri? Não se esqueçam de pegar um mapa da cidade no próprio Aeroporto. Coloque um sapato bem confortável que iremos andar.
Do apartamento seguimos caminhando até a Plaza Mayor. Parando para admirar algumas construções no caminho.
Como no caso da Igreja de Santa Cruz, construída em tijolo vermelho, com detalhes em pedra branca de Colmenar e, uma torre de 60 metros de altura. Torre que era chamada nos tempos medievais de Atalaia da Corte. ...
... ou desta pequena praça chamada Plaza de La Villa. Conjunto arquitetônico de prédios da era medieval e bem conservados. Lá encontramos a Torre Lujanes, Casa de la Villa, Casa de Cisneiros e Monumento ao almirante espanhol Alvaro de Bazan, que planejou a invasão à Inglaterra.
É a beleza de fazer turismo andando e apreciando cada recanto. Pena que a igreja estava fechada.
Enfim, a poucos metros da Plaza de La Villa, encontramos a Plaza Mayor.
É uma praça bem diferente. Ela é rodeada por prédios de 3 pisos de cor vermelha, formando um grande retângulo. O acesso é através de 9 pórticos. Na realidade não é necessariamente uma praça, visto não ter plantas e nem jardins, mas um grande pátio. No centro deste pátio fica uma estátua de Felipe III.
Fizemos a visita na parte da manhã. Um ótimo horário para tirar fotos pela pouca quantidade de pessoas circulando. Mas, com vários pequenos caminhões e vans fazendo o abastecimento dos cafés, bares, restaurantes e lojas de souvenir.
Após o abastecimento as vans e caminhões são rapidamente substituídas por mesinhas na rua. Estes funcionam plenamente a partir do meio dia, tendo o seu ponto alto à noite. Naturalmente, que sendo um ponto turístico a comida e o preço são para turistas. Entende? Preços altos e a qualidade nem tanto. kkkkkkkkkk.
Antes, cada atual café ou restaurante já foi um ponto comercial tipo mercado. A maioria mantém o nome original e alguns possuem o cardápio seguindo a origem do empreendimento. É o caso do Museo del Jamon. Que apesar do nome e possuir vários tipos de presuntos e apresuntados, não é um museu, e sim uma cafeteria/restaurante.
Curiosa é a Casa de la Panaderia que ocupa o lado norte da praça e tem pinturas mitológicas bem coloridas na sua fachada. Atualmente, neste prédio, funciona o Centro de Turismo de Madrid. Um bom lugar para tirar algumas dúvidas e pedir informações.
Um dos pórticos da Plaza Mayor dá acesso ao Mercado de San Miguel.
Um ponto turístico bem apreciado para quem quer comer algo e tem pressa. Muita gente e poucas cadeiras.
O número de assentos é quase inexistente e você fica realmente em pé na maior parte do tempo. Um bom lugar para comer tapas e beber sangria ou cerveja. Em outras palavras é um lugar para beliscar e beber, nada de refeições grandes e elaboradas.
Mas, se você quiser, pode comprar algumas guloseimas para levar para casa. As frutas são super convidativas. Parecem deliciosas e até dá vontade de morder cada uma delas. Se este for o seu caso, compre antes.
A fruta que mais gostei nesta viagem foram as cerejas frescas e graúdas. Volta e meia, comprava um bocado e saía comendo pelo caminho. Não se preocupe, lata de lixo não falta na cidade.
Seguimos o passeio até o Palácio Real de Madrid, construído em estilo barroco italiano. Esta visita é obrigatória.
O palácio é gigante e a praça em frente (Praça da Armería) é um enorme pátio. Não dá pra não tirar a clássica foto "Estive aqui". kkkkkkkkkkkk.
Todo em granito da serra de Guadarrama e pedra calcárea de Colmenar. Teve sua construção iniciada em 1738 e terminada em 1764. Não, não sou historiadora, apenas estou usando as informações adquiridas no local e alguns folhetos.
A escadaria na entrada do Palácio é em si um primor de encher os olhos.
Os lustres e tetos com seus afrescos são deslumbrantes e cada salão tem seu próprio estilo.
São vários salões com esculturas, relógios, pinturas, tapeçaria, porcelanas, retratos e mobiliários bem conservados.
O Palácio Real tem o formado quadrado com um pátio central interno, denominado Patio del Príncipe.
Mas atenção, fotos apenas na parte externa do museu, nas escadarias de acesso ao Palácio e em poucas salas. Na maioria dos salões nada de fotos, mesmo as sem flash. Só assim para economizar a bateria do celular. Aff, que pena. Mesmo assim, nas áreas onde as fotos são permitidas dá para tirar bastante interessantes.
Os principais aposentos do palácio podem ser visitados, mas não fotografados. Os mais importantes e fascinantes são: Salão do Trono; Salão de Gasparini; Sala de Carlos III; Salão de Porcelana; Salão de Jantar de Gala; Capela; sala de música.
O projeto definitivo do Palácio Real é do arquiteto italiano Giovanni Battista Sacchetti.
Para quem está em grupo tem a opção de visita guiada, ou você pode alugar um aparelho com foto e explicação em vários idiomas. O que é possível, não apenas no Palácio Real, como em vários museus de Madri.
O Palácio possui no seu exterior dois grandes jardins: Jardins do Campo de Moro e o Jardins de Sabatini. Não chegamos a passear nos mesmos. Nosso tempo estava curto e queríamos ver mais coisas. Mas, dizem que são maravilhosos e em um deles (acho que o de Moro) tem o Museu de Carruagens. Fica para uma próxima visita a Madri. Chegamos a tirar algumas fotos do alto do Mirador, que mostram alguns bosques ao redor do Palácio Real.
Do lado contrário ao Palácio Real, bem em frente deste, fica a Catedral da Nossa Senhora da Almudena, a Catedral de Madrid.
A Catedral tem 102 metros de comprimento e 73 de altura. Sua planta forma uma cruz, com três naves.
O Cristo na cruz, no altar-mor, de Juan de Mesa, é estilo barroco.
O órgão é uma verdadeira joia. Isto, sem esquecer os detalhes do teto, que atrai o olhar e merece admiração.
Cada recanto da Catedral tem uma característica própria.
Vejam um dos entalhes de uma das portas da igreja. Belíssimo trabalho.
Almoçamos no Café Cerveceria San Millan. Pedimos dois pratos do dia, que na realidade é um combinado de entrada, prato principal, sobremesa, pão, bebida e café. Muito bem servido. Acho que um único prato teria sido suficiente, visto que lanchamos no Mercado San Miguel. Aderson declinou a sobremesa. Eu não resisti e pedi uma deliciosa cheesecake de frutas vermelhas já inclusa no prato do dia. Hummm, delícia. Em Madri, vários restaurantes possuem esta modalidade no cardápio com uma lista bem variada de opções para a entrada e o prato principal. Normalmente, a gorjeta não vem inclusa na nota, devendo ser acrescentada pelo cliente.
Seguimos o nosso passeio até a estação Latina, onde pegamos um metrô com destino a estação Retiro. Lá visitamos o Parque del Retiro. Uma deliciosa maneira de queimar as calorias extras do almoço. Bora andar, andar e andar.
O Parque del Retiro é na minha opinião o mais lindo de Madri. Quiçá o mais belo que já tive a oportunidade de ver e passear.
Com certeza põe o meu amado Parque da Jaqueira no bolso, fácil, fácil. São 120 hectares com mais de 15 mil árvores e muitas flores bem no coração de Madri.
No meio do parque, tem um lindo lago artificial em frente ao Monumento a Alfonso XII (em manutenção).
Há ainda o Palácio de Cristal e o Palácio de Velázquez, ambos destinados a exposições. O primeiro, o Palácio de Cristal, exposição de plantas exóticas, que infelizmente não estava ocorrendo no momento de nossa visita. Mas, vale entrar e apreciar a estrutura de ferro e vidro.
Na frente do Palácio de Cristal tem um lago com uma simples e simpática fonte central e algumas pequenas tartarugas que ficam paradas esperando a foto. Que fofo!!!
Já o Palácio de Velázquez destina-se a exposição de minerais de 1883 e outras exposições itinerantes.
As surpresas não acabam. Bem no coração do Parque del Retiro encontramos a estátua do Anjo Caído. Esta obra é considerada a única representação pública do diabo em forma de estátua de toda a Europa. Feita inicialmente de gesso pelo escultor Ricardo Bellver, foi posteriormente transformada em bronze.
Dia bem proveitoso com lugares maravilhosos para conhecer. Terminou o dia? Não. Nesta época do ano os dias são longos e só escurece por volta das 22 horas. Então, vamos aproveitar o restinho da luz diurna e desbravar um pouco mais as riquezas e belezas de Madrid. Pelo menos até quando as pernas suportarem. kkkkkkkkkkkk.
Passamos em frente à Estação Ferroviária de Madri (Estação de Atocha) e aproveitamos a oportunidade para comprar a passagem de trem para Toledo. Com certeza iríamos ganhar tempo no dia seguinte. Realmente, foi uma decisão acertada. Achamos um pouco confuso na hora de localizar o guichê para Toledo. A fila era longa e lenta. Foi um verdadeiro chá de cadeiras. Muita gente reclamando do serviço, sendo necessário o supervisor comparecer para esclarecimentos. Não resolveu muita coisa e até deixou algumas pessoas mais irritadas. Enfim, compramos as passagens aliviados por conseguir e não precisar enfrentar nova fila no dia seguinte. Pagamos 42 euros pelas duas passagens (jun 2017). Achei barato.
Voltamos a pé até o nosso apartamento. No caminho encontramos o Real Conservatório de Música de Madri e o Museu Reina Sofia. Infelizmente, pelo adiantar das horas, em parte por conta do tempo perdido na fila da estação rodoviária, não foi possível entrar no Museu. Terá que ficar para uma próxima volta a Madrid.
Nesta altura eu só tinha energia para uma rápida passagem no mercado próximo do apartamento, onde compramos alguns itens para um lanche rápido, um bom banho e dormir.
3º DIA: Toledo
Definir Toledo em uma frase é impossível. Só indo até lá para compreender o fascínio daqueles que a conhecem. Como eu disse no início desta postagem, irei falar de uma cidade por vez e, esta postagem é sobre Madri. E, Toledo, merece com certeza um artigo exclusivo. Então, aguardem.
Mas, para que vocês entendam o que quero dizer, deixo um pequeno estímulo à curiosidade de todos.
4º DIA: Mais um tour por Madri.
Domingo é dia de feira em vários lugares e em Madri também. Hoje temos a famosa Feira do Rastro. Trata-se de uma grande feira de artesanatos, comidinhas e antiguidades. Um bom lugar para comprar alguns itens e lembrancinhas.
Não deixe de olhar as lojas de antiguidades ao longo da Feira do Rastro. São maravilhosas.
Atenção: Evite bolsas grandes que chamem a atenção. Fomos alertados para o grande número de batedor de carteiras nos pontos de maior aglomeração e tumulto como estações de metrô e na Feira do Rastro. Não vimos nada do tipo, mas todo cuidado é pouco. Perder o dinheiro e/ou o passaporte pode tornar qualquer sonho em pesadelo. Então cuidado redobrado em lugares desconhecidos e com muitas pessoas.
Na feira do Rastro tem um pouco de tudo.
Madri tem muitas praças e fontes. Algumas grandes e famosas outras pequenas e desconhecidas. Ainda assim, um mimo no meio da cidade.
Da feira seguimos a pé até a Porta de Alcalá.
Um marco turístico importante da cidade.
Mesmo sendo no meio do trânsito, é possível chegar na praça da Porta de Alcalá e conseguir belas fotos.
Bem próxima da Porta de Alcalá, encontramos a Praça de Cibeles. Ao centro da Praça está uma espetacular fonte, a Fonte de Cibeles (ou Ceres). A deusa grega da agricultura, sentada em uma carruagem puxada por 2 leões, foi esculpida por Francisco Gutiérrez (1772).
Os prédios no entorno da praça são magníficos e imponentes. De um lado o Palácio das Comunicações (ou Palácio de Cibeles) que abriga o Centro de Refugiados. Acho que vou perder meus documentos e me refugiar por estas bandas. kkkkkkkkkkkkk.
Do outro lado o Banco de Espanha e seu cofre subterrâneo, na equina de Alcalá com o Paseo do Prado.
Além de outros que não sei nominar. Desculpem!
Perto da Fonte de Cibeles, seguindo pelo Paseo do Prado, chegamos ao Museu Thyssen-Bornemisza. Como amanhã é segunda-feira e a entrada é gratuita, resolvemos seguir adiante com o nosso passeio. Mas, amanhã retornaremos com toda a certeza.
Mais uma surpresa que o tour a pé nos revela. Outra linda praça com mais uma fonte bem próxima ao museu do Prado, a Praça de Cánovas, mais conhecida por Praça de Netuno.
Junto à Praça de Netuno está a Praça da Lealtad com um obelisco em homenagem às vítimas do embate com as tropas de Napoleão.
E depois de caminhar mais um pouco, chegamos ao Museu do Prado, em estilo neoclássico, sendo construído com pedras de granito e tijolos.
Aos domingos, das 17 às 19 horas, pode-se entrar gratuitamente. Chegamos à fila um pouco antes das 17 horas e fomos informados para aguardar um pouco e usufruir da entrada gratuita. Resolvemos aguardar e dar uma olhada ao redor do Museu e admirar este lindo espaço dedicado à cultura, entretenimento e turismo. O edifício em si e seu entorno compensa o passeio.
Não resisti ao apelo de uma gelada sangria na tentativa de minimizar o calor de 37º C. Uma justa pausa para descansar as pernas e admirar o lugar. Dizem que no verão (estávamos no final da primavera) a temperatura chega a 42º C.
Quando retornamos à entrada do museu, depois das 17h do domingo, para a fila de entrada, levamos o maior susto. A fila estava quilométrica e dava voltas nos jardins externos. Mas, não ficamos desanimados. Sorte nossa. Graças a organização e destreza dos funcionários, a fila fluiu sem complicações e, rapidamente entramos no museu. Valeu a espera.
O Museu é considerado uma das mais importantes pinacotecas do mundo. São mais de 5.000 mil pinturas, desenhos, gravuras e esculturas distribuídas em várias salas. Mas, não é permitido tirar fotos, mesmo sem flash. Juro que só fiquei sabendo depois do terceiro clik. rsrsrsrsrsrs. Foi mal.
Saímos do museu com apenas três fotos (tiradas inocentemente), mas maravilhados com o que vimos. Uma coleção inestimável que merece visita e atenção não apenas de turistas como dos moradores de Madri. Passeio imperdível de no mínimo 2 a 4 horas. O tempo gasto vai da capacidade de observação dos detalhes das obras por cada visitante. Ou da sua agenda de passeios para o dia. Mas, aviso que é impossível gastar menos que duas horas.
No entorno do Museu do Prado existem pequenos cafés, restaurantes e outros prédios e pontos turísticos bem interessantes e que merecem um olhar mais atento. Como a Real Academia da Língua Espanhola, o Jardim Botânico e a Igreja de São Jerônimo.
Ao sair do Museu do Prado, encontramos a Igreja de São Jerônimo aberta e resolvemos entrar. Só tenho uma sugestão a fazer: Não deixem de visitar a igreja.
Voltamos para o apartamento maravilhados e ansiosos pelo dia seguinte.
5° DIA:
Real Jardim Botânico de Madri: Fundado em outubro de 1755, às margens do Rio Manzanares. Posteriormente, foi transferido para o Paseo del Prado, na Plaza de Murillo 2, sendo reinaugurado em 1781, onde permanece até os dias de hoje. O Jardim Botânico fica bem ao lado do prédio do Museu del Prado. Não tem como errar.
A manutenção das alamedas é uma preocupação constante. As equipes trabalham sem interferir com o funcionamento do lugar. Isolam apenas a área em que estão fazendo a manutenção e deixam o restante para os visitantes.
A alameda dos bonsais nos leve a outro nível onde a paciência e dedicação constante são a marca principal desta arte japonesa. As espécies de bonsais expostos são, na sua maioria, procedentes do Japão, China, Canadá e América do Sul.
Em uma estufa de ferro e vidro, denominado Invernadero de Santiago Castroviejo, totalmente climatizado, encontramos espécies de suculentas, plantas das ilhas canárias, plantas tropicais comestíveis e da selva equatoriais entre outras espécies.
As plantas são separadas em três departamentos da estufa aclimatados para cada grupo.
No primeiro departamento ficam a que necessitam de uma maior umidade.
Em seguida vem as plantas com necessidade de umidade relativa.
E, no último, as que necessitam de uma menor umidade. Este último lembra o sertão nordestino brasileiro.
Há ainda um espaço reservado aos cactos e suculentas fora da estufa. Acho que é tipo um berçário.
Mas, não encontramos apenas plantas e flores no Jardim Botânico de Madri. Há também um belo pavilhão destinado a eventos e exposições, o Pabellón VillaNueva.
Enfim, o Jardim Botânico de Madri é um ótimo lugar para caminhar sem pressa, ler um bom livro ou simplesmente admirar a natureza em todo o seu esplendor.
Seguimos nosso passeio pelo Paseo del Prado até o Museu Thyssen-Bornemisza. Inaugurado em 8 de outubro de 1992, no Palácio de Villahermosa, abriga a coleção particular da família Thyssen-Bornemisza, de origem alemã.
São obras reunidas durante duas gerações da família ligadas a Heinrich Thyssen-Bornemisza (1875-1947), casado com Gunhild von Fabrice, e Hans Thyssen-Bornemisza (1921-2002), casado com Carmem Cervera.
Logo na entrada não deixe de pegar o seu programa que pode ser em diversas línguas, inclusive o português. O museu também oferece um guia de áudio pago ou aplicativo gratuito. Informe-se logo na entrada se for de seu interesse.
O acervo conta com pinturas incríveis do século XVII ao XX de artistas conhecidos e desconhecidos em uma grande variedade de estilos e técnicas. Todos merecem ser vistos. Alguns dos pintores mais conhecidos: Rembrandt, Monet, Lautrec, Van Gogh, Renoir, Dali, Rubens, Caravaggio, Cézanne, ...
Abaixo algumas telas encontradas no museu.
Para o visitante é só seguir o mapa guia que fica fácil entender a cronologia da arte.
Algumas molduras são simples enquanto outras são rebuscadas e bem trabalhadas.
Desculpem, mas é muita tela para nominar cada uma. Cansei e nem cheguei na metade das fotos. (rsrsrsrsrsr). Vou deixar para vocês pesquisarem ou darem uma passadinha no museu e tirar as possíveis dúvidas. Provavelmente, alguns quadros já são conhecidos por vocês.
A maioria do acervo trata de pinturas, mas no caminho você encontra algumas esculturas e outros trabalhos.
Eu fiquei encantada com a maquete em papel do museu. Lembrei de minha filha, estudante de arquitetura. Fazer maquete é muito mais complicado do que parece. Tudo tem que ser milimetricamente exato.
Não importa o material empregado, o importante é a criação. Pode ser tinta, barro, bronze, madeira, papel ou o que a imaginação do artista permitir. Você começa a se sentir artista e ter algumas ideias de trabalhos que podem ser feitos. Mesmo que a maioria não saia do imaginário, é um bom exercício para a mente.
Foi um passeio bem enriquecedor. Imperdível. Naturalmente, que este é um passeio para quem aprecia obras de arte ou quer aprender um pouquinho do assunto. A visita pode durar, como no caso de outros museus da cidade, de 2 a 4 horas ou mais, dependendo do tempo gasto na apreciação de cada quadro pelo visitante.
As fotos são liberadas, mas sem flash.
No pátio externo do museu tem um café-restaurante bem agradável.
E, ao final da vista, terminamos em uma lojinha com souvenir sortidos e bem variados.
Lembrando que nas segundas-feiras, a entrada neste museu é gratuita.
Almoço no final da tarde é almoço ou jantar? Para nós foi almoço com direito a menu bem espanhol: Paella mista. O lugar meio que foi escolhido ao acaso, La Rollerie, na Carrera de San Jerônimo 26. Passamos em frente e nos encantamos pelos detalhes da decoração. Entramos e adoramos. A Paella estava deliciosa e bem servida.
Depois do almoço caminhamos um pouco para fazer a digestão e ver outras maravilhas da cidade. Caminhar pela cidade nos presenteia com várias surpresas. Como no caso da estátua de uma carruagem romana puxada por cavalos colocada estrategicamente no alto de um edifício. Se você está de carro ou metrô, provavelmente não irá perceber estes detalhes.
Chegamos na Plaza Puerta del Sol, local onde fica o ponto zero, de onde as estradas espanholas são demarcadas. Em Puerta del Sol, encontramos mais uma estátua de Carlos III, próximo a uma fonte e o emblemático letreiro do Tio Pepe. Pode parecer estranho mais este letreiro está ali desde 1950 e tornou-se um ponto turístico da cidade. Não é o cartaz com as duas moças, mas o que está em cima dele.
Nesta mesma praça tem uma simpática estátua do famoso símbolo de Madri, o Urso e o Medronheiro (uma árvore frutífera). Inicialmente, eu achava que o símbolo se tratava de um urso comendo maças direto de uma macieira. Mas, não é. A pequena árvore é um Medronheiro, de origem mediterrânica e Europa Ocidental. Seu fruto é o medronho, usado principalmente no preparo de licores. O urso na realidade é uma ursa e simboliza o solo fértil de Madri. O medronheiro representa a aristocracia espanhola. Viu como viajar enriquece nossos conhecimentos em vários temas?
Comecei a divagar. 😊Hora de voltar ao apartamento e recarregar as baterias dos celulares e as nossas.
O dia foi maravilhoso, mas bem cansativo. Andamos, vimos coisas maravilhosas, provamos a comida espanhola e agora só quero um bom banho e por as pernas para cima. Amanhã será outro dia de caminhadas e descobertas.
6º DIA:
No nosso último dia passeando em Madri, amanhã seguiremos viagem. Para este dia escolhemos pontos bem diferentes e alguns nem fazem parte do trajeto normal das companhias de turismo. Para o primeiro lugar a visitar, seguimos de metrô com destino a Batán. Foi necessário pegar duas linhas de metrô para chegar ao nosso destino final. No sexto dia em Madri, isto foi moleza. 😄
Parque Casa de Campo é o maior parque público de Madri, situado no bairro Moncloa. Um super pulmão verde com vários locais de recreação como o lago artificial, o Parque de Atrações, o Zoológico e o Teleférico de Madri.
A Estação Batán é bem perto do Parque de Atrações e do Zoológico. Um bom lugar para curtir com a família, com vários brinquedos para adultos e crianças. O ideal é ir com roupa de banho e toalhas pois tem muitas atrações com água. É possível comprar o passe de entrada em conjunto com o Zoológico que fica na mesma área.
Como o parque de atrações só iria abrir às 12 h (eram 10 horas quando chegamos), seria uma atividade para o dia todo e não estávamos com roupa de banho, resolvemos seguir o passeio pelo Parque Casa de Campo. Pelo menos até onde as pernas permitissem. Afinal, este parque é, aproximadamente, quinze vezes maior do que o Parque del Retiro.
Oba! Hoje tem passeio de Teleférico.
Nossa como estes espanhóis são pontuais. Faltava apenas 3 minutos para abrir a estação e tivemos que aguardar do lado de fora.
Felizmente, só havia outro casal com um filho aguardando. Não houve fila. E a vista, ah a vista..., compensou o curto tempo de espera. E ainda nem começamos o passeio.
Depois de comprar os ingressos, nada melhor que uma lanchonete e um bom copo de suco ou água. É, nós esquecemos a garrafinha d`água. Não cometam este erro. A distância percorrida é maior do que eu esperava. Caso você queira se situar, vejam o mapa logo na entrado da estação do teleférico.
A lanchonete do teleférico dá acesso a um terraço com uma bonita vista do parque.
O passeio vai do Parque Casa de Campo até o Parque del Oeste, próximo ao Rosaleda (outro ponto turístico a ser visitado). É claro que você pode fazer o percurso contrário e até comprar ida e volta. Mas, como nós já tínhamos andado (bastante) pelo Parque Casa de Campo, compramos apenas o ingresso de ida.
Cada cabine do teleférico tem a capacidade máxima de 6 pessoas. Na nossa só tinha nós dois. Que delícia.
A vista é bem interessante, eu diria até que é bonita, mas nada espetacular. O melhor foi não termos descido o parque a pé. rsrsrsrsrsrs.
Enfim, chegamos à Estação de Rosales com tempo para mais caminhadas e descobertas.
Seguimos andando pelo Parque del Oeste, ao norte do Palácio Real e próximo deste, até chegar à Rosaleda (Rose Garden).
A Rosaleda fica aberta das 10 às 21 horas e a entrada é gratuita.
O jardim foi projetado em 1955 por Ramon Ortiz.
Cada rosa mais linda do que a outra. Neste local, anualmente, acontece o concurso Internacional de Novas Rosas Villa de Madri, sempre em maio.
Imagine como deve ficar o jardim no início da primavera. Deve ser belíssimo, de tirar o fôlego. Está bem, eu assumo. Eu adoro rosas. Você não?
Só para terminar, vejam que cantinho adorável com algumas plantas aquáticas.
Saindo dos Jardins de Rosaleda, andando alguns metros, encontramos uma escultura da Infanta Isabel de Borbón "La Chata", filha de Isabel II e irmã de Alfonso XII. A escultura é estilo neo-barroco de granito e pedra branca de Colmenar. Eu não irei comentar o apelido, nada carinhoso, de Isabel de Borbón. Dá para imaginar o motivo. kkkkkkkkkkkkkkkk.
Continuamos o passeio pelo Parque del Oeste. Lindo lugar para apreciar sem pressa ou preocupações.
Mais uma vez, o Palácio Real de Madri.
O Mosteiro da Encarnação, na praça da Encarnação. Construído como convento para a clausura de freiras Agostinianas. Atualmente, funciona como museu e oferece visita guiada. Mas, é proibido fotografar no museu. A igreja abre diariamente para missas e pode ser fotografada sem flash.
Encontramos também o prédio do Teatro Real de Madri, um dos mais importantes teatros de ópera da Europa. Abaixo a sua fachada vista da praça Isabel II. Mas, sua fachada principal fica na praça do Oriente em frente ao Palácio Real.
Caminhando um pouco mais, chegamos à Igreja de San Ginés, uma das igrejas mais antigas de Madri, da época medieval. Na sua lateral uma agradável surpresa. Um pequeno sebo a céu aberto.
Mais um almoço com ares de jantar. Vai acabar virando costume almoçar tão tarde. Restaurante Cafeteria La Catedral, na rua Carrera de San Jerônimo. No nosso último dia em Madri nada como um almoço especial. A decoração do restaurante é requintada e sua comida divina.
O menu do dia inclui pão, prato de entrada, prato principal, bebidas e sobremesa. Oferece Wifi grátis aos clientes. Preço dentro do esperado. Pagamos por duas pessoas o total de 32 euros (jun 2017).
Terminamos o dia com algumas pequenas compras nas lojas de Madri. Último dia, última oportunidade no comércio da cidade. Você sabe, turista sempre quer uma lembrança do lugar.
Meu marido ama relógios antigos. Não pode ver uma relojoaria que fica igual criança pequena em loja de doces. Ele se conteve e não comprou nenhum. 😅
7º DIA:
Entrega do apartamento de Madri e ida para a cidade de Porto em Portugal. Passagem de avião pela TAP comprada no Brasil bem antes da viagem. Seguimos de metrô para o aeroporto de Barajas. Pegamos a estação Anton Martin, trocamos de linha no trajeto e descemos no terminal Aeroporto T2. Não deixe de consultar o mapa do metrô antes de definir a baldeação necessária para chegar ao Aeroporto. Em caso de muitas malas, o importante é programar qual estação é a melhor. Muitas não possuem escada rolante ou elevador e você terá que descer com as malas pela escada normal.
A passagem para Porto, compramos antecipadamente no Brasil. Chegamos para o check in com folga no horário. O que parecia perfeito, por pouco não virou um pesadelo. Fomos informados que o horário de nossa viagem estava errado. Nosso bilhete eletrônico marcava o voo para às 12:20 horas, mas o horário correto seria às 23 horas. 😟😨?????? Como? E agora? Vamos ter que ficar o dia todo no Aeroporto por um erro que não foi nosso? A funcionária da TAP entrou em contato com o supervisor local e que nos ofereceu uma solução paliativa. Iríamos de Madri até Lisboa e lá seguiríamos para Porto, sem nenhum acréscimo financeiro. Apesar do balão que iríamos fazer, chegaríamos a Porto bem mais cedo do que esperar o voo noturno. A outra opção seria ficar no aeroporto até o horário correto do voo. Então, aceitamos a opção oferecida pela TAP. Confesso que me senti aliviada em não ter que ficar no aeroporto sem ter o que fazer até às 23 h.😃
Imprevistos sempre podem ocorrer em qualquer viagem. Portanto, imprimam o seu bilhete eletrônico. Ele pode lhe salvar em situações como a descrita acima.
Aqui termina nossa curta temporada em Madri, Espanha. Abaixo alguns comentários que podem ser úteis para quem quer conhecer Madri.
E qual seria a melhor maneira de circular pela cidade?
Andar de táxi, pode fazer o seu passeio ficar muito caro e sem necessidade. Então, evite esta opção.
Com uma rede de metrô considerada a melhor da Europa e cortando praticamente toda a cidade por subterrâneo, esta é uma excelente forma de deslocamento. Além de ser bem em conta. Foi a nossa escolha. As dificuldades ocorrem na primeira vez, depois vai ficando fácil. As estações são bem sinalizadas, com mapas, máquinas para emitir ingressos e funcionários para sanar as dúvidas e orientar os marinheiros de primeira viagem. Mas, saiba que o metrô não funciona 24 horas por dia. Caso você faça algum programa noturno, fique atenta. Dependendo do horário a opção pode ser ônibus.
Outra opção são os ônibus, todos com wifi, janelas que permitem tirar fotos durante o trajeto e funcionam nas 24 horas. Mas, as linhas diurnas são diferentes das linhas noturnas (búhu = coruja), tanto no trajeto quanto no nome. Verifique com antecedência quais são as linhas noturnas para o seu trajeto. A maior desvantagem ocorre nos momentos de pico, quando eles podem ficar mais lentos. Outro problema é que se você descer no ponto errado e tiver de pegar outro ônibus, terá que pagar outro ingresso. O que não ocorre no metrô. É preciso saber qual linha, direção e parada final você quer. Ou você vai ficar com a sensação de estar perdida em Madri.
O número de carros é bem reduzido para uma capital de tamanha importância e porte. As avenidas são largas e todos obedecem os sinais de trânsito. O que facilita bastante o ir e vir dos turistas. Inclusive os motorizados. Tenha sua carteira de motorista brasileira e o passaporte em mãos. No caso de ser turista e não ficar na Espanha mais de 90 dias é o suficiente.
Caso você vá passar mais de 90 dias (residente temporário), vai precisar de uma Permissão Internacional Para Dirigir (PID), que deverá ser emitida ainda no Brasil pelo DETRAN. Não deixe para a última hora.
Mas, se você for morar por um período maior terá que fazer a troca de sua carteira de motorista brasileira por outra carteira espanhola. O que só será possível se sua autorização de permanência estiver atualizada e nas conformidades legais. Procure se informar se for o seu caso.
Achei Madri uma cidade muito limpa e bem cuidada. Dá gosto circular pelas ruas e praças a pé. Fizemos muitos trajetos a pé. Para tanto ficamos hospedados no centro de Madri, próximos de várias estações de metrô e pontos turísticos.
Procure programar o seu dia para visitar pontos turísticos próximos um do outros, independente do meio de transporte escolhido. Isto economiza tempo no ir e vir.
Na primavera e no outono a temperatura é mais agradável que no inverno (muito frio) ou no verão (muito quente). Mesmo assim, tivemos um dia de calor seco que chegou facilzinho a 37º C. É comum nesta época encontrar cafés e restaurantes com suas mesinhas do lado de fora. Não esqueça o protetor solar e, se possível, um boné ou chapéu.
Roupas frescas e leves, sapatos confortáveis para o dia a dia, são essenciais na mala. Facilite a sua vida, é você quem irá carregar a mala. Nada de exagero na hora de prepará-las. Entretanto, tenha na mala uma ou duas peças de meia estação. Não precisa ser um casaco muito quente. Mas, algo que possa lhe tirar do sufoco no caso de uma frente fria atingir a cidade.
Mesmo não sabendo espanhol, conseguimos nos comunicar sem problemas. Basta falar o português bem devagar que todo mundo se entende. kkkkkkkkkkkkk.
Sei que ficou muita coisa e lugar sem ser visto. Uma boa desculpa para voltar novamente.
2º DIA:
Agora que tal um tour por Madri? Não se esqueçam de pegar um mapa da cidade no próprio Aeroporto. Coloque um sapato bem confortável que iremos andar.
Do apartamento seguimos caminhando até a Plaza Mayor. Parando para admirar algumas construções no caminho.
Como no caso da Igreja de Santa Cruz, construída em tijolo vermelho, com detalhes em pedra branca de Colmenar e, uma torre de 60 metros de altura. Torre que era chamada nos tempos medievais de Atalaia da Corte. ...
... ou desta pequena praça chamada Plaza de La Villa. Conjunto arquitetônico de prédios da era medieval e bem conservados. Lá encontramos a Torre Lujanes, Casa de la Villa, Casa de Cisneiros e Monumento ao almirante espanhol Alvaro de Bazan, que planejou a invasão à Inglaterra.
Enfim, a poucos metros da Plaza de La Villa, encontramos a Plaza Mayor.
É uma praça bem diferente. Ela é rodeada por prédios de 3 pisos de cor vermelha, formando um grande retângulo. O acesso é através de 9 pórticos. Na realidade não é necessariamente uma praça, visto não ter plantas e nem jardins, mas um grande pátio. No centro deste pátio fica uma estátua de Felipe III.
Fizemos a visita na parte da manhã. Um ótimo horário para tirar fotos pela pouca quantidade de pessoas circulando. Mas, com vários pequenos caminhões e vans fazendo o abastecimento dos cafés, bares, restaurantes e lojas de souvenir.
Após o abastecimento as vans e caminhões são rapidamente substituídas por mesinhas na rua. Estes funcionam plenamente a partir do meio dia, tendo o seu ponto alto à noite. Naturalmente, que sendo um ponto turístico a comida e o preço são para turistas. Entende? Preços altos e a qualidade nem tanto. kkkkkkkkkk.
Antes, cada atual café ou restaurante já foi um ponto comercial tipo mercado. A maioria mantém o nome original e alguns possuem o cardápio seguindo a origem do empreendimento. É o caso do Museo del Jamon. Que apesar do nome e possuir vários tipos de presuntos e apresuntados, não é um museu, e sim uma cafeteria/restaurante.
Curiosa é a Casa de la Panaderia que ocupa o lado norte da praça e tem pinturas mitológicas bem coloridas na sua fachada. Atualmente, neste prédio, funciona o Centro de Turismo de Madrid. Um bom lugar para tirar algumas dúvidas e pedir informações.
Um dos pórticos da Plaza Mayor dá acesso ao Mercado de San Miguel.
Um ponto turístico bem apreciado para quem quer comer algo e tem pressa. Muita gente e poucas cadeiras.
O número de assentos é quase inexistente e você fica realmente em pé na maior parte do tempo. Um bom lugar para comer tapas e beber sangria ou cerveja. Em outras palavras é um lugar para beliscar e beber, nada de refeições grandes e elaboradas.
Mas, se você quiser, pode comprar algumas guloseimas para levar para casa. As frutas são super convidativas. Parecem deliciosas e até dá vontade de morder cada uma delas. Se este for o seu caso, compre antes.
A fruta que mais gostei nesta viagem foram as cerejas frescas e graúdas. Volta e meia, comprava um bocado e saía comendo pelo caminho. Não se preocupe, lata de lixo não falta na cidade.
Seguimos o passeio até o Palácio Real de Madrid, construído em estilo barroco italiano. Esta visita é obrigatória.
O palácio é gigante e a praça em frente (Praça da Armería) é um enorme pátio. Não dá pra não tirar a clássica foto "Estive aqui". kkkkkkkkkkkk.
A escadaria na entrada do Palácio é em si um primor de encher os olhos.
Os lustres e tetos com seus afrescos são deslumbrantes e cada salão tem seu próprio estilo.
São vários salões com esculturas, relógios, pinturas, tapeçaria, porcelanas, retratos e mobiliários bem conservados.
O Palácio Real tem o formado quadrado com um pátio central interno, denominado Patio del Príncipe.
Mas atenção, fotos apenas na parte externa do museu, nas escadarias de acesso ao Palácio e em poucas salas. Na maioria dos salões nada de fotos, mesmo as sem flash. Só assim para economizar a bateria do celular. Aff, que pena. Mesmo assim, nas áreas onde as fotos são permitidas dá para tirar bastante interessantes.
Os principais aposentos do palácio podem ser visitados, mas não fotografados. Os mais importantes e fascinantes são: Salão do Trono; Salão de Gasparini; Sala de Carlos III; Salão de Porcelana; Salão de Jantar de Gala; Capela; sala de música.
O projeto definitivo do Palácio Real é do arquiteto italiano Giovanni Battista Sacchetti.
Para quem está em grupo tem a opção de visita guiada, ou você pode alugar um aparelho com foto e explicação em vários idiomas. O que é possível, não apenas no Palácio Real, como em vários museus de Madri.
O Palácio possui no seu exterior dois grandes jardins: Jardins do Campo de Moro e o Jardins de Sabatini. Não chegamos a passear nos mesmos. Nosso tempo estava curto e queríamos ver mais coisas. Mas, dizem que são maravilhosos e em um deles (acho que o de Moro) tem o Museu de Carruagens. Fica para uma próxima visita a Madri. Chegamos a tirar algumas fotos do alto do Mirador, que mostram alguns bosques ao redor do Palácio Real.
Do lado contrário ao Palácio Real, bem em frente deste, fica a Catedral da Nossa Senhora da Almudena, a Catedral de Madrid.
A Catedral tem 102 metros de comprimento e 73 de altura. Sua planta forma uma cruz, com três naves.
O Cristo na cruz, no altar-mor, de Juan de Mesa, é estilo barroco.
O órgão é uma verdadeira joia. Isto, sem esquecer os detalhes do teto, que atrai o olhar e merece admiração.
Cada recanto da Catedral tem uma característica própria.
Vejam um dos entalhes de uma das portas da igreja. Belíssimo trabalho.
Almoçamos no Café Cerveceria San Millan. Pedimos dois pratos do dia, que na realidade é um combinado de entrada, prato principal, sobremesa, pão, bebida e café. Muito bem servido. Acho que um único prato teria sido suficiente, visto que lanchamos no Mercado San Miguel. Aderson declinou a sobremesa. Eu não resisti e pedi uma deliciosa cheesecake de frutas vermelhas já inclusa no prato do dia. Hummm, delícia. Em Madri, vários restaurantes possuem esta modalidade no cardápio com uma lista bem variada de opções para a entrada e o prato principal. Normalmente, a gorjeta não vem inclusa na nota, devendo ser acrescentada pelo cliente.
Seguimos o nosso passeio até a estação Latina, onde pegamos um metrô com destino a estação Retiro. Lá visitamos o Parque del Retiro. Uma deliciosa maneira de queimar as calorias extras do almoço. Bora andar, andar e andar.
O Parque del Retiro é na minha opinião o mais lindo de Madri. Quiçá o mais belo que já tive a oportunidade de ver e passear.
Com certeza põe o meu amado Parque da Jaqueira no bolso, fácil, fácil. São 120 hectares com mais de 15 mil árvores e muitas flores bem no coração de Madri.
No exterior do parque, a vista é completada com lindas construções antigas e bem conservadas.
Muito bem arborizado e com grama verdinha, possui caminhos principais asfaltados e outros secundários de terra e cascalho. Além de muitos bancos e fontes espalhadas pelo parque.No meio do parque, tem um lindo lago artificial em frente ao Monumento a Alfonso XII (em manutenção).
Há ainda o Palácio de Cristal e o Palácio de Velázquez, ambos destinados a exposições. O primeiro, o Palácio de Cristal, exposição de plantas exóticas, que infelizmente não estava ocorrendo no momento de nossa visita. Mas, vale entrar e apreciar a estrutura de ferro e vidro.
Na frente do Palácio de Cristal tem um lago com uma simples e simpática fonte central e algumas pequenas tartarugas que ficam paradas esperando a foto. Que fofo!!!
Já o Palácio de Velázquez destina-se a exposição de minerais de 1883 e outras exposições itinerantes.
As surpresas não acabam. Bem no coração do Parque del Retiro encontramos a estátua do Anjo Caído. Esta obra é considerada a única representação pública do diabo em forma de estátua de toda a Europa. Feita inicialmente de gesso pelo escultor Ricardo Bellver, foi posteriormente transformada em bronze.
Dia bem proveitoso com lugares maravilhosos para conhecer. Terminou o dia? Não. Nesta época do ano os dias são longos e só escurece por volta das 22 horas. Então, vamos aproveitar o restinho da luz diurna e desbravar um pouco mais as riquezas e belezas de Madrid. Pelo menos até quando as pernas suportarem. kkkkkkkkkkkk.
Passamos em frente à Estação Ferroviária de Madri (Estação de Atocha) e aproveitamos a oportunidade para comprar a passagem de trem para Toledo. Com certeza iríamos ganhar tempo no dia seguinte. Realmente, foi uma decisão acertada. Achamos um pouco confuso na hora de localizar o guichê para Toledo. A fila era longa e lenta. Foi um verdadeiro chá de cadeiras. Muita gente reclamando do serviço, sendo necessário o supervisor comparecer para esclarecimentos. Não resolveu muita coisa e até deixou algumas pessoas mais irritadas. Enfim, compramos as passagens aliviados por conseguir e não precisar enfrentar nova fila no dia seguinte. Pagamos 42 euros pelas duas passagens (jun 2017). Achei barato.
Voltamos a pé até o nosso apartamento. No caminho encontramos o Real Conservatório de Música de Madri e o Museu Reina Sofia. Infelizmente, pelo adiantar das horas, em parte por conta do tempo perdido na fila da estação rodoviária, não foi possível entrar no Museu. Terá que ficar para uma próxima volta a Madrid.
Nesta altura eu só tinha energia para uma rápida passagem no mercado próximo do apartamento, onde compramos alguns itens para um lanche rápido, um bom banho e dormir.
3º DIA: Toledo
Definir Toledo em uma frase é impossível. Só indo até lá para compreender o fascínio daqueles que a conhecem. Como eu disse no início desta postagem, irei falar de uma cidade por vez e, esta postagem é sobre Madri. E, Toledo, merece com certeza um artigo exclusivo. Então, aguardem.
Mas, para que vocês entendam o que quero dizer, deixo um pequeno estímulo à curiosidade de todos.
4º DIA: Mais um tour por Madri.
Domingo é dia de feira em vários lugares e em Madri também. Hoje temos a famosa Feira do Rastro. Trata-se de uma grande feira de artesanatos, comidinhas e antiguidades. Um bom lugar para comprar alguns itens e lembrancinhas.
Não deixe de olhar as lojas de antiguidades ao longo da Feira do Rastro. São maravilhosas.
Atenção: Evite bolsas grandes que chamem a atenção. Fomos alertados para o grande número de batedor de carteiras nos pontos de maior aglomeração e tumulto como estações de metrô e na Feira do Rastro. Não vimos nada do tipo, mas todo cuidado é pouco. Perder o dinheiro e/ou o passaporte pode tornar qualquer sonho em pesadelo. Então cuidado redobrado em lugares desconhecidos e com muitas pessoas.
Na feira do Rastro tem um pouco de tudo.
Madri tem muitas praças e fontes. Algumas grandes e famosas outras pequenas e desconhecidas. Ainda assim, um mimo no meio da cidade.
Da feira seguimos a pé até a Porta de Alcalá.
Um marco turístico importante da cidade.
Mesmo sendo no meio do trânsito, é possível chegar na praça da Porta de Alcalá e conseguir belas fotos.
Bem próxima da Porta de Alcalá, encontramos a Praça de Cibeles. Ao centro da Praça está uma espetacular fonte, a Fonte de Cibeles (ou Ceres). A deusa grega da agricultura, sentada em uma carruagem puxada por 2 leões, foi esculpida por Francisco Gutiérrez (1772).
Os prédios no entorno da praça são magníficos e imponentes. De um lado o Palácio das Comunicações (ou Palácio de Cibeles) que abriga o Centro de Refugiados. Acho que vou perder meus documentos e me refugiar por estas bandas. kkkkkkkkkkkkk.
Do outro lado o Banco de Espanha e seu cofre subterrâneo, na equina de Alcalá com o Paseo do Prado.
Além de outros que não sei nominar. Desculpem!
Perto da Fonte de Cibeles, seguindo pelo Paseo do Prado, chegamos ao Museu Thyssen-Bornemisza. Como amanhã é segunda-feira e a entrada é gratuita, resolvemos seguir adiante com o nosso passeio. Mas, amanhã retornaremos com toda a certeza.
Mais uma surpresa que o tour a pé nos revela. Outra linda praça com mais uma fonte bem próxima ao museu do Prado, a Praça de Cánovas, mais conhecida por Praça de Netuno.
Junto à Praça de Netuno está a Praça da Lealtad com um obelisco em homenagem às vítimas do embate com as tropas de Napoleão.
E depois de caminhar mais um pouco, chegamos ao Museu do Prado, em estilo neoclássico, sendo construído com pedras de granito e tijolos.
Aos domingos, das 17 às 19 horas, pode-se entrar gratuitamente. Chegamos à fila um pouco antes das 17 horas e fomos informados para aguardar um pouco e usufruir da entrada gratuita. Resolvemos aguardar e dar uma olhada ao redor do Museu e admirar este lindo espaço dedicado à cultura, entretenimento e turismo. O edifício em si e seu entorno compensa o passeio.
Não resisti ao apelo de uma gelada sangria na tentativa de minimizar o calor de 37º C. Uma justa pausa para descansar as pernas e admirar o lugar. Dizem que no verão (estávamos no final da primavera) a temperatura chega a 42º C.
Quando retornamos à entrada do museu, depois das 17h do domingo, para a fila de entrada, levamos o maior susto. A fila estava quilométrica e dava voltas nos jardins externos. Mas, não ficamos desanimados. Sorte nossa. Graças a organização e destreza dos funcionários, a fila fluiu sem complicações e, rapidamente entramos no museu. Valeu a espera.
O Museu é considerado uma das mais importantes pinacotecas do mundo. São mais de 5.000 mil pinturas, desenhos, gravuras e esculturas distribuídas em várias salas. Mas, não é permitido tirar fotos, mesmo sem flash. Juro que só fiquei sabendo depois do terceiro clik. rsrsrsrsrsrs. Foi mal.
Saímos do museu com apenas três fotos (tiradas inocentemente), mas maravilhados com o que vimos. Uma coleção inestimável que merece visita e atenção não apenas de turistas como dos moradores de Madri. Passeio imperdível de no mínimo 2 a 4 horas. O tempo gasto vai da capacidade de observação dos detalhes das obras por cada visitante. Ou da sua agenda de passeios para o dia. Mas, aviso que é impossível gastar menos que duas horas.
No entorno do Museu do Prado existem pequenos cafés, restaurantes e outros prédios e pontos turísticos bem interessantes e que merecem um olhar mais atento. Como a Real Academia da Língua Espanhola, o Jardim Botânico e a Igreja de São Jerônimo.
Ao sair do Museu do Prado, encontramos a Igreja de São Jerônimo aberta e resolvemos entrar. Só tenho uma sugestão a fazer: Não deixem de visitar a igreja.
Voltamos para o apartamento maravilhados e ansiosos pelo dia seguinte.
5° DIA:
Real Jardim Botânico de Madri: Fundado em outubro de 1755, às margens do Rio Manzanares. Posteriormente, foi transferido para o Paseo del Prado, na Plaza de Murillo 2, sendo reinaugurado em 1781, onde permanece até os dias de hoje. O Jardim Botânico fica bem ao lado do prédio do Museu del Prado. Não tem como errar.
A entrada por pessoa foi de 4 euros (jun 2017) por pessoa. O horário de abertura é sempre às 10 horas, mas o encerramento varia conforme a estação do ano.
São 8 hectares com milhares de espécies de plantas. Árvores, arbustos, flores, fruteiras, ervas aromáticas e medicinais. Tudo distribuído em áreas bem cuidadas.A alameda dos bonsais nos leve a outro nível onde a paciência e dedicação constante são a marca principal desta arte japonesa. As espécies de bonsais expostos são, na sua maioria, procedentes do Japão, China, Canadá e América do Sul.
Em uma estufa de ferro e vidro, denominado Invernadero de Santiago Castroviejo, totalmente climatizado, encontramos espécies de suculentas, plantas das ilhas canárias, plantas tropicais comestíveis e da selva equatoriais entre outras espécies.
As plantas são separadas em três departamentos da estufa aclimatados para cada grupo.
No primeiro departamento ficam a que necessitam de uma maior umidade.
Em seguida vem as plantas com necessidade de umidade relativa.
E, no último, as que necessitam de uma menor umidade. Este último lembra o sertão nordestino brasileiro.
Há ainda um espaço reservado aos cactos e suculentas fora da estufa. Acho que é tipo um berçário.
Mas, não encontramos apenas plantas e flores no Jardim Botânico de Madri. Há também um belo pavilhão destinado a eventos e exposições, o Pabellón VillaNueva.
Enfim, o Jardim Botânico de Madri é um ótimo lugar para caminhar sem pressa, ler um bom livro ou simplesmente admirar a natureza em todo o seu esplendor.
Seguimos nosso passeio pelo Paseo del Prado até o Museu Thyssen-Bornemisza. Inaugurado em 8 de outubro de 1992, no Palácio de Villahermosa, abriga a coleção particular da família Thyssen-Bornemisza, de origem alemã.
Logo na entrada não deixe de pegar o seu programa que pode ser em diversas línguas, inclusive o português. O museu também oferece um guia de áudio pago ou aplicativo gratuito. Informe-se logo na entrada se for de seu interesse.
O acervo conta com pinturas incríveis do século XVII ao XX de artistas conhecidos e desconhecidos em uma grande variedade de estilos e técnicas. Todos merecem ser vistos. Alguns dos pintores mais conhecidos: Rembrandt, Monet, Lautrec, Van Gogh, Renoir, Dali, Rubens, Caravaggio, Cézanne, ...
Abaixo algumas telas encontradas no museu.
Para o visitante é só seguir o mapa guia que fica fácil entender a cronologia da arte.
Algumas molduras são simples enquanto outras são rebuscadas e bem trabalhadas.
Desculpem, mas é muita tela para nominar cada uma. Cansei e nem cheguei na metade das fotos. (rsrsrsrsrsr). Vou deixar para vocês pesquisarem ou darem uma passadinha no museu e tirar as possíveis dúvidas. Provavelmente, alguns quadros já são conhecidos por vocês.
A maioria do acervo trata de pinturas, mas no caminho você encontra algumas esculturas e outros trabalhos.
Eu fiquei encantada com a maquete em papel do museu. Lembrei de minha filha, estudante de arquitetura. Fazer maquete é muito mais complicado do que parece. Tudo tem que ser milimetricamente exato.
Não importa o material empregado, o importante é a criação. Pode ser tinta, barro, bronze, madeira, papel ou o que a imaginação do artista permitir. Você começa a se sentir artista e ter algumas ideias de trabalhos que podem ser feitos. Mesmo que a maioria não saia do imaginário, é um bom exercício para a mente.
Foi um passeio bem enriquecedor. Imperdível. Naturalmente, que este é um passeio para quem aprecia obras de arte ou quer aprender um pouquinho do assunto. A visita pode durar, como no caso de outros museus da cidade, de 2 a 4 horas ou mais, dependendo do tempo gasto na apreciação de cada quadro pelo visitante.
As fotos são liberadas, mas sem flash.
No pátio externo do museu tem um café-restaurante bem agradável.
E, ao final da vista, terminamos em uma lojinha com souvenir sortidos e bem variados.
Lembrando que nas segundas-feiras, a entrada neste museu é gratuita.
Almoço no final da tarde é almoço ou jantar? Para nós foi almoço com direito a menu bem espanhol: Paella mista. O lugar meio que foi escolhido ao acaso, La Rollerie, na Carrera de San Jerônimo 26. Passamos em frente e nos encantamos pelos detalhes da decoração. Entramos e adoramos. A Paella estava deliciosa e bem servida.
Depois do almoço caminhamos um pouco para fazer a digestão e ver outras maravilhas da cidade. Caminhar pela cidade nos presenteia com várias surpresas. Como no caso da estátua de uma carruagem romana puxada por cavalos colocada estrategicamente no alto de um edifício. Se você está de carro ou metrô, provavelmente não irá perceber estes detalhes.
Chegamos na Plaza Puerta del Sol, local onde fica o ponto zero, de onde as estradas espanholas são demarcadas. Em Puerta del Sol, encontramos mais uma estátua de Carlos III, próximo a uma fonte e o emblemático letreiro do Tio Pepe. Pode parecer estranho mais este letreiro está ali desde 1950 e tornou-se um ponto turístico da cidade. Não é o cartaz com as duas moças, mas o que está em cima dele.
Nesta mesma praça tem uma simpática estátua do famoso símbolo de Madri, o Urso e o Medronheiro (uma árvore frutífera). Inicialmente, eu achava que o símbolo se tratava de um urso comendo maças direto de uma macieira. Mas, não é. A pequena árvore é um Medronheiro, de origem mediterrânica e Europa Ocidental. Seu fruto é o medronho, usado principalmente no preparo de licores. O urso na realidade é uma ursa e simboliza o solo fértil de Madri. O medronheiro representa a aristocracia espanhola. Viu como viajar enriquece nossos conhecimentos em vários temas?
Comecei a divagar. 😊Hora de voltar ao apartamento e recarregar as baterias dos celulares e as nossas.
O dia foi maravilhoso, mas bem cansativo. Andamos, vimos coisas maravilhosas, provamos a comida espanhola e agora só quero um bom banho e por as pernas para cima. Amanhã será outro dia de caminhadas e descobertas.
6º DIA:
No nosso último dia passeando em Madri, amanhã seguiremos viagem. Para este dia escolhemos pontos bem diferentes e alguns nem fazem parte do trajeto normal das companhias de turismo. Para o primeiro lugar a visitar, seguimos de metrô com destino a Batán. Foi necessário pegar duas linhas de metrô para chegar ao nosso destino final. No sexto dia em Madri, isto foi moleza. 😄
Parque Casa de Campo é o maior parque público de Madri, situado no bairro Moncloa. Um super pulmão verde com vários locais de recreação como o lago artificial, o Parque de Atrações, o Zoológico e o Teleférico de Madri.
A Estação Batán é bem perto do Parque de Atrações e do Zoológico. Um bom lugar para curtir com a família, com vários brinquedos para adultos e crianças. O ideal é ir com roupa de banho e toalhas pois tem muitas atrações com água. É possível comprar o passe de entrada em conjunto com o Zoológico que fica na mesma área.
Como o parque de atrações só iria abrir às 12 h (eram 10 horas quando chegamos), seria uma atividade para o dia todo e não estávamos com roupa de banho, resolvemos seguir o passeio pelo Parque Casa de Campo. Pelo menos até onde as pernas permitissem. Afinal, este parque é, aproximadamente, quinze vezes maior do que o Parque del Retiro.
Este parque é maravilhoso para longas caminhadas ou corridas, andar de bicicletas, fazer piquenique. O importante é estar preparado e nem pense em esquecer a água e um pequeno lanche. São quilômetros sem lanchonetes ou restaurantes.
Andamos, perguntamos, andamos e perguntamos até chegarmos na estação do Teleférico no Parque Casa de Campo.Oba! Hoje tem passeio de Teleférico.
Nossa como estes espanhóis são pontuais. Faltava apenas 3 minutos para abrir a estação e tivemos que aguardar do lado de fora.
Felizmente, só havia outro casal com um filho aguardando. Não houve fila. E a vista, ah a vista..., compensou o curto tempo de espera. E ainda nem começamos o passeio.
Depois de comprar os ingressos, nada melhor que uma lanchonete e um bom copo de suco ou água. É, nós esquecemos a garrafinha d`água. Não cometam este erro. A distância percorrida é maior do que eu esperava. Caso você queira se situar, vejam o mapa logo na entrado da estação do teleférico.
A lanchonete do teleférico dá acesso a um terraço com uma bonita vista do parque.
Cada cabine do teleférico tem a capacidade máxima de 6 pessoas. Na nossa só tinha nós dois. Que delícia.
A vista é bem interessante, eu diria até que é bonita, mas nada espetacular. O melhor foi não termos descido o parque a pé. rsrsrsrsrsrs.
Na foto abaixo, a construção mais a esquerda, aquela parecendo um disco voador em um pedestal, é o Faro de Moncloa. Um imenso elevador panorâmico com 92 metros de altura, que termina em um mirador com amplas janelas, tudo em uma torre de iluminação de 110 metros de altura.
O Rio Manzanares que corta Madri é um afluente do rio Jarama que por sua vez é afluente do rio Tejo.
Dá para ter uma vista do Palácio Real e da Catedral de Almudena por um ângulo normalmente não visto do chão. Use o zoom de seu celular para um clic com maiores detalhes.
Abaixo, vista aérea da Estação Ferroviária Príncipe Pio.
O passeio foi rápido, em torno de 10 a 15 minutos, mas valeu pelas vistas. A passagem do teleférico, em junho de 2017, foi de 4,20 euros por pessoa. No total pagamos 8,40 euros.Enfim, chegamos à Estação de Rosales com tempo para mais caminhadas e descobertas.
Seguimos andando pelo Parque del Oeste, ao norte do Palácio Real e próximo deste, até chegar à Rosaleda (Rose Garden).
A Rosaleda fica aberta das 10 às 21 horas e a entrada é gratuita.
O jardim foi projetado em 1955 por Ramon Ortiz.
Na primavera se pode encontrar uma grande variedade de rosas agrupadas por variedade, cor ou classe.
Apesar de estarmos no final da primavera e boa parte das rosas estarem murchas, ainda encontramos lindos exemplares.Cada rosa mais linda do que a outra. Neste local, anualmente, acontece o concurso Internacional de Novas Rosas Villa de Madri, sempre em maio.
Imagine como deve ficar o jardim no início da primavera. Deve ser belíssimo, de tirar o fôlego. Está bem, eu assumo. Eu adoro rosas. Você não?
Só para terminar, vejam que cantinho adorável com algumas plantas aquáticas.
Saindo dos Jardins de Rosaleda, andando alguns metros, encontramos uma escultura da Infanta Isabel de Borbón "La Chata", filha de Isabel II e irmã de Alfonso XII. A escultura é estilo neo-barroco de granito e pedra branca de Colmenar. Eu não irei comentar o apelido, nada carinhoso, de Isabel de Borbón. Dá para imaginar o motivo. kkkkkkkkkkkkkkkk.
Continuamos o passeio pelo Parque del Oeste. Lindo lugar para apreciar sem pressa ou preocupações.
O parque do Oeste tem uma colina, denominada Colina da Montanha, onde existiu um quartel do Exército Espanhol, o Quartel da Montanha. Este quartel foi totalmente destruído durante a Guerra Civil Espanhola.
Na base da montanha encontra-se um monumento dedicado aos mortos na sede do Quartel da Montanha. A imagem representa um soldado mutilado e morto durante o conflito. Ao fundo uma parede de sacos de areia, que por sua vez simboliza as trincheiras de guerra.
Subindo a montanha, você chega ao Jardim do Antigo Egito, onde fica o Templo de Debod. Templo egípcio bem no meio de Madri? Isto mesmo que você leu.
O templo egípcio de Debod, dedicado aos deuses Amon e Isis, do século IV a.C.. Este templo foi um presente dado pelo General Nasser (presidente do Egito de 1954 a 1970) ao General Franco (ditador espanhol de 1938 a 1975) no ano de 1968. Durante a construção da represa de Assuan no
Egito entre 1960 e 1970, muitos monumentos históricos iriam ser inundados pelas águas do rio Nilo. O governo espanhol cedeu uma equipe de engenheiros ao governo egípcio para transferir os monumentos para áreas mais seguras. Como reconhecimento o Egito fez a doação de um dos monumentos à Espanha, o Templo de Debod.
O templo de Debod foi desmontado totalmente no Egito e transferido pedra por pedra para a Espanha, sendo reconstruído no local onde ficava o antigo Quartel da Montanha. Uma operação realizada no período de 1970 a 1972.
O templo é rodeado por um espelho d'água artificial para simbolizar as águas do rio Nilo.
Infelizmente, as visitas ao interior do templo, estavam suspensas por tempo indeterminado por motivo de manutenção. Uma pena. Mas, compensa ir até o local apenas para admirar o exterior do templo, a vista ao redor do templo e pelo mirante no alto da montanha.
Vejam que vista espetacular do mirante da montanha. Ao fundo o Palácio Real e a Catedral de Almudena.
Dica: Dizem, que no verão, ocorrem apresentações teatrais e concertos ao ar livre e, do mirante, tem-se uma linda vista do pôr do sol.
Descemos a montanha sem pressa e resolvemos continuar o passeio à pé. Sempre admirando e registrando a paisagem e prédios.
Abaixo, o prédio do Senado Espanhol e suas imediações.Mais uma vez, o Palácio Real de Madri.
O Mosteiro da Encarnação, na praça da Encarnação. Construído como convento para a clausura de freiras Agostinianas. Atualmente, funciona como museu e oferece visita guiada. Mas, é proibido fotografar no museu. A igreja abre diariamente para missas e pode ser fotografada sem flash.
Encontramos também o prédio do Teatro Real de Madri, um dos mais importantes teatros de ópera da Europa. Abaixo a sua fachada vista da praça Isabel II. Mas, sua fachada principal fica na praça do Oriente em frente ao Palácio Real.
Caminhando um pouco mais, chegamos à Igreja de San Ginés, uma das igrejas mais antigas de Madri, da época medieval. Na sua lateral uma agradável surpresa. Um pequeno sebo a céu aberto.
Mais um almoço com ares de jantar. Vai acabar virando costume almoçar tão tarde. Restaurante Cafeteria La Catedral, na rua Carrera de San Jerônimo. No nosso último dia em Madri nada como um almoço especial. A decoração do restaurante é requintada e sua comida divina.
O menu do dia inclui pão, prato de entrada, prato principal, bebidas e sobremesa. Oferece Wifi grátis aos clientes. Preço dentro do esperado. Pagamos por duas pessoas o total de 32 euros (jun 2017).
Terminamos o dia com algumas pequenas compras nas lojas de Madri. Último dia, última oportunidade no comércio da cidade. Você sabe, turista sempre quer uma lembrança do lugar.
Meu marido ama relógios antigos. Não pode ver uma relojoaria que fica igual criança pequena em loja de doces. Ele se conteve e não comprou nenhum. 😅
7º DIA:
Entrega do apartamento de Madri e ida para a cidade de Porto em Portugal. Passagem de avião pela TAP comprada no Brasil bem antes da viagem. Seguimos de metrô para o aeroporto de Barajas. Pegamos a estação Anton Martin, trocamos de linha no trajeto e descemos no terminal Aeroporto T2. Não deixe de consultar o mapa do metrô antes de definir a baldeação necessária para chegar ao Aeroporto. Em caso de muitas malas, o importante é programar qual estação é a melhor. Muitas não possuem escada rolante ou elevador e você terá que descer com as malas pela escada normal.
A passagem para Porto, compramos antecipadamente no Brasil. Chegamos para o check in com folga no horário. O que parecia perfeito, por pouco não virou um pesadelo. Fomos informados que o horário de nossa viagem estava errado. Nosso bilhete eletrônico marcava o voo para às 12:20 horas, mas o horário correto seria às 23 horas. 😟😨?????? Como? E agora? Vamos ter que ficar o dia todo no Aeroporto por um erro que não foi nosso? A funcionária da TAP entrou em contato com o supervisor local e que nos ofereceu uma solução paliativa. Iríamos de Madri até Lisboa e lá seguiríamos para Porto, sem nenhum acréscimo financeiro. Apesar do balão que iríamos fazer, chegaríamos a Porto bem mais cedo do que esperar o voo noturno. A outra opção seria ficar no aeroporto até o horário correto do voo. Então, aceitamos a opção oferecida pela TAP. Confesso que me senti aliviada em não ter que ficar no aeroporto sem ter o que fazer até às 23 h.😃
Imprevistos sempre podem ocorrer em qualquer viagem. Portanto, imprimam o seu bilhete eletrônico. Ele pode lhe salvar em situações como a descrita acima.
Aqui termina nossa curta temporada em Madri, Espanha. Abaixo alguns comentários que podem ser úteis para quem quer conhecer Madri.
E qual seria a melhor maneira de circular pela cidade?
Andar de táxi, pode fazer o seu passeio ficar muito caro e sem necessidade. Então, evite esta opção.
Com uma rede de metrô considerada a melhor da Europa e cortando praticamente toda a cidade por subterrâneo, esta é uma excelente forma de deslocamento. Além de ser bem em conta. Foi a nossa escolha. As dificuldades ocorrem na primeira vez, depois vai ficando fácil. As estações são bem sinalizadas, com mapas, máquinas para emitir ingressos e funcionários para sanar as dúvidas e orientar os marinheiros de primeira viagem. Mas, saiba que o metrô não funciona 24 horas por dia. Caso você faça algum programa noturno, fique atenta. Dependendo do horário a opção pode ser ônibus.
Outra opção são os ônibus, todos com wifi, janelas que permitem tirar fotos durante o trajeto e funcionam nas 24 horas. Mas, as linhas diurnas são diferentes das linhas noturnas (búhu = coruja), tanto no trajeto quanto no nome. Verifique com antecedência quais são as linhas noturnas para o seu trajeto. A maior desvantagem ocorre nos momentos de pico, quando eles podem ficar mais lentos. Outro problema é que se você descer no ponto errado e tiver de pegar outro ônibus, terá que pagar outro ingresso. O que não ocorre no metrô. É preciso saber qual linha, direção e parada final você quer. Ou você vai ficar com a sensação de estar perdida em Madri.
O número de carros é bem reduzido para uma capital de tamanha importância e porte. As avenidas são largas e todos obedecem os sinais de trânsito. O que facilita bastante o ir e vir dos turistas. Inclusive os motorizados. Tenha sua carteira de motorista brasileira e o passaporte em mãos. No caso de ser turista e não ficar na Espanha mais de 90 dias é o suficiente.
Caso você vá passar mais de 90 dias (residente temporário), vai precisar de uma Permissão Internacional Para Dirigir (PID), que deverá ser emitida ainda no Brasil pelo DETRAN. Não deixe para a última hora.
Mas, se você for morar por um período maior terá que fazer a troca de sua carteira de motorista brasileira por outra carteira espanhola. O que só será possível se sua autorização de permanência estiver atualizada e nas conformidades legais. Procure se informar se for o seu caso.
Achei Madri uma cidade muito limpa e bem cuidada. Dá gosto circular pelas ruas e praças a pé. Fizemos muitos trajetos a pé. Para tanto ficamos hospedados no centro de Madri, próximos de várias estações de metrô e pontos turísticos.
Procure programar o seu dia para visitar pontos turísticos próximos um do outros, independente do meio de transporte escolhido. Isto economiza tempo no ir e vir.
Na primavera e no outono a temperatura é mais agradável que no inverno (muito frio) ou no verão (muito quente). Mesmo assim, tivemos um dia de calor seco que chegou facilzinho a 37º C. É comum nesta época encontrar cafés e restaurantes com suas mesinhas do lado de fora. Não esqueça o protetor solar e, se possível, um boné ou chapéu.
Roupas frescas e leves, sapatos confortáveis para o dia a dia, são essenciais na mala. Facilite a sua vida, é você quem irá carregar a mala. Nada de exagero na hora de prepará-las. Entretanto, tenha na mala uma ou duas peças de meia estação. Não precisa ser um casaco muito quente. Mas, algo que possa lhe tirar do sufoco no caso de uma frente fria atingir a cidade.
Mesmo não sabendo espanhol, conseguimos nos comunicar sem problemas. Basta falar o português bem devagar que todo mundo se entende. kkkkkkkkkkkkk.
Sei que ficou muita coisa e lugar sem ser visto. Uma boa desculpa para voltar novamente.
Eu simplesmente amei a cidade.
Animados? Então traçam o roteiro da viagem, comprem as passagens e façam as malas.
Bjs e até a próxima viagem!!!
Para quem se animar:
BOA VIAGEM!!!!!
Se vocês tiverem gostado desta viagem, não deixem de ver:
REGIÃO SUL parte I: CURITIBA, BRUSQUE, POMERODE, BLUMENAU E BETO CARRERO
Conhecendo os parques de Orlando, Flórida, USA
ARGENTINA
SANTIAGO - CHILE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Queridos visitantes deixem o seu comentário que irei responder o mais rápido possível.
Caso vocês fizerem alguma receita ou artesanato do meu blog, enviem as fotos para o e-mail: thecintra@gmail.com. Vou colocá-las na atualização do link correspondente.
Um forte abraço!