A mandioca é classificada em mandioca-mansa (ou mandioca-doce) e mandioca-brava.
Esta última não pode ser consumida fresca. Precisa ser processada para tirar o "veneno" (toxina denominada ácido cianídrico presente em grande quantidade na mandioca-brava).
Dentro desta divisão cada região usa um nome diferente para a mesma raiz.
Aqui no Nordeste o termo macaxeira é a mandioca-doce e mandioca é a mandioca-brava.
No sul e no sudeste o termo mais usado para a macaxeira-doce é aipim.
Esta última não pode ser consumida fresca. Precisa ser processada para tirar o "veneno" (toxina denominada ácido cianídrico presente em grande quantidade na mandioca-brava).
Dentro desta divisão cada região usa um nome diferente para a mesma raiz.
Aqui no Nordeste o termo macaxeira é a mandioca-doce e mandioca é a mandioca-brava.
No sul e no sudeste o termo mais usado para a macaxeira-doce é aipim.
Mas, não se preocupe apenas a mandioca-doce é comercializada in natura. A mandioca-brava tem como destino principal as fábricas de farinhas.
Afinal o que é mandioca?
Mandioca é um arbusto originário dos Andes peruanos e era cultivada por várias nações indígenas da América Latina.
No Brasil, a mandioca ou macaxeira (raiz) é consumida cozida ou frita, como farinha (farinha d'água, farinha de mandioca ou tapioca), polvilho doce ou azedo (fécula de mandioca) que são responsáveis pela elaboração de vários pratos de nossa culinária.
Na grande maioria do território nacional, somente a raiz é aproveitada. Apenas na região norte há relato do uso das folhas em receitas típicas.
Algumas receitas são tão exclusivas que se tornaram patrimônio de alguns estados.
Na Amazônia, Amapá e Pará temos o tacacá com tucupi e a maniçoba. No Maranhão temos a tiquira uma espécie de cachaça de mandioca. Em Minas Gerais temos o pão de queijo que rompeu fronteiras e tornou-se popular em quase todo país. No Norte e Nordeste temos a tapioca que virou febre nacional entre os adeptos da dieta sem glúten com a famosa crepioca. Uma espécie de crepe feito com a tapioca. Em algumas comunidades indígenas ainda é comum o preparo de bebida destilada denominada cauim (nem me perguntem o gosto, pois nunca provei).
Hoje vou postar uma receita bem simples, fácil de fazer e bem conhecida em nosso imenso e diversificado país: Bolo de macaxeira.
Mandioca, macaxeira ou aipim, tanto faz. É tudo a mesma coisa.
No Nordeste é bolo de macaxeira, no Rio de Janeiro é de aipim, em Minas Gerais é de mandioca. E é provável que a mesma receita leve outro nome em outras localidades do país. Quem souber de algum diferente que se manifeste. Vou ficar aguardando para colocar em uma atualização da postagem.
Mas, quem se importa com o nome se o sabor é maravilhoso? Ninguém.
Eu quero é mais uma fatia desta delícia, que regime só na semana que vem. rsrsrsrsrsrsrs.
Ideal para acompanhar um cafezinho preto bem quentinho e coado na hora.
Que tal deixarmos o papo furado e passar a receita?
INGREDIENTES:
- 1 kg de macaxeira crua
- 1 lata de leite condensado
- a mesma medida de leite (usar a lata do leite condensado como medida)
- 200 ml de leite de coco (1 vidro)
- 4 ovos inteiros
- 1/2 xíc/chá de açúcar
- 1 c/sopa rasa de manteiga em temperatura ambiente
- 100g de coco ralado (fresco ou industrializado)
- Pré-aqueça o forno a 200ºC.
- Unte uma forma, assadeira ou pirex com manteiga e polvilhe açúcar. Reserve. Dica: esta é uma receita sem farinha de trigo. Quem quiser pode polvilhar farinha no lugar do açúcar, mas se estiver em dieta sem glúten use o açúcar ou apenas a manteiga. Importante que o pirex deve ser próprio para ir ao forno.
- Rale a macaxeira em ralo fino. Dica: Se você acha trabalhoso ter que ralar a macaxeira; pique-a e bata no liquidificador (tecla pulsar até ficar a seu gosto) com o leite e o leite de coco em pequenas porções por vez. Foi o que eu fiz.
- Coloque em uma tigela a macaxeira ralada, o leite de coco, o leite comum, o leite condensado, os ovos inteiros, o açúcar, a manteiga e o coco ralado. Misture tudo com um fouet (batedor manual). Uau!!! Que maravilha não precisar da batedeira!
- Despeje a massa na forma refratária (pirex) untada e polvilhada com açúcar.
Dica: eu usei um pirex redondo grande e fundo. Você pode usar um pirex quadrado ou retangular.
- Leve ao forno pré-aquecido a 200ºC para assar por 30 minutos.
- Após os 30 minutos iniciais passe a temperatura para 180ºC e deixe mais 30 minutos. O tempo total é de uma hora para assar. Dependendo da regulagem do forno pode ser um pouco mais ou menos. Dica: para não queimar o fundo do bolo, coloque uma assadeira com água na prateleira de baixo neste tempo final de cozimento.
- Sirva o bolo na própria forma ou desenforme-o ainda morno.
Esta receita também pode ser assada em banho-maria deixando o bolo com uma consistência e aspeto de pudim. Para isto é necessário o uso de forma para pudim tipo anel ou outra de sua preferência. O importante é que a forma seja alta para ficar como um pudim. Após o tempo de cozimento total (1 hora), retire do forno e deixe amornar para desenformar. O tempo de cozimento pode ser um pouco maior de acordo com o seu forno e altura do pudim. No caso de assar em banho-maria não precisa colocar a assadeira com água na prateleira de baixo como sugerido no item 6.
Agora é só coar aquele cafezinho e reunir a família e amigos para um bom bate-papo de fim de tarde.
É uma receita que rende um bolo grande. Meu pirex tem 26 cm de diâmetro por 5 cm de altura. Você pode dividir a massa em formas menores ou fazer apenas a metade da receita. Lembrando-se apenas que o tempo para assar será menor sempre que você diminui a quantidade de massa ou o tamanho das formas. Depois dos 30 minutos iniciais fique atenta para não ressecar muito ou queimar.
O bolo fica bem molhadinho e pouco doce (como eu prefiro). Se você gosta de mais doce aumente um pouco a quantidade do açúcar.
Gostaram?
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Se vocês fizerem esta receita, me enviem as fotos. Vou colocá-las na atualização do link.
Beijocas e até a próxima receita (ou arte).
BOM APETITE!!!
Obrigada pela visita. Um abraço carinhoso a todos.
Teresa Cintra
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