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domingo, 10 de dezembro de 2017

UM POEMA GEOLÓGICO

Poesia de Miguel Torga (1907 a 1995)
Ainda me sinto influenciada pela experiência maravilhosa em Porto, Portugal. Foi uma viagem que ficou registrada em meu coração. E, ao ler este poema, toda a emoção veio à tona e fui transportada, novamente, às águas do Douro. 
Compartilho com vocês um pouco deste momento.

"O Douro sublimado. 
O prodígio de uma paisagem que deixa de o ser à força de se desmedir. 
Não é um panorama que os olhos contemplam: é um excesso da natureza. 
Socalcos que são passadas de homens titânicos a subir as encostas, volumes, cores e modulações que nenhum escultor, pintor ou músico podem traduzir, horizontes dilatados para além dos limiares plausíveis da visão. 
Um universo virginal, como se tivesse acabado de nascer, e já eterno pela harmonia, pela serenidade, pelo silêncio que nem o rio se atreve a quebrar, ora a sumir-se furtivo por detrás dos montes, ora pasmado lá no fundo a reflectir o seu próprio assombro. 
Um poema geológico. 
A beleza absoluta."
                Miguel Torga
Este poema de Miguel Torga, poeta e escritor duriense do século XX, foi uma homenagem ao Rio Douro. As fotos são de minha autoria, todas tiradas na viagem recente à Porto.
Um forte abraço e obrigada pela visita.
                                          BOM DIA!!!

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